Cólicas fortes que impedem a mulher de seguir sua rotina e às vezes são seguidas de enjoos, tonturas e até desmaios podem sinalizar endometriose, doença que atinge 6 milhões de brasileiras. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) indicam que a quantidade de diagnósticos aumentou cerca de 65% nos últimos sete anos. De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Endometriose, o problema está presente em 10% das mulheres em idade reprodutiva. O ideal, segundo especialistas, é tratar a endometriose no início para evitar que ela cause outro problema: a infertilidade. A doença é caracterizada pelo crescimento anormal do endométrio (a camada interna do útero) em outros órgãos do corpo como trompas, ovários e intestino.
– Apesar da gravidade da doença e do grande número de mulheres que sofrem com este mal, a desinformação a respeito da endometriose leva ao diagnóstico tardio, piorando as condições de tratamento e prolongando o sofrimento feminino. Informações devem ser divulgadas principalmente entre adolescentes e mulheres em idade reprodutiva – afirma o ginecologista Isaac Yadid, da Huntington Centro de Medicina Reprodutiva. Um outro dado que chama a atenção é o crescimento da endometriose entre adolescentes. Cerca de 40% delas apresentam cólicas incapacitantes e, segundo Yadid, a dor pode ser um indício da doença. O médico lembra que a endometriose não tem causa definida, mas que o quadro pode piorar com o sedentarismo e o estresse.
– Sentir dor não é normal. Se a menina está sentindo muito incômodo durante a menstruação, é essencial que ela procure um ginecologista. As mulheres estão deixando para ter filhos mais tarde e, quanto mais tempo a endometriose passa sem ser diagnosticada, maiores são as chances da paciente ficar infértil – completa.
Agência O Globo
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