"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lula sanciona lei da presunção de paternidade a quem se negar a fazer exame

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou hoje sem vetos a lei que estabelece a presunção de paternidade nos casos em que o suposto pai se recusar a fazer o exame de DNA. A lei está publicada na edição de hoje do "Diário Oficial da União". "A recusa do réu em se submeter ao exame do código genético (DNA) gerará a presunção da paternidade a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório", diz o parágrafo que estabelece a presunção. A nova lei prevê ainda que "na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos". A presunção de paternidade em caso de recusa do exame já era praxe em decisões judiciais. Em maio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) passou a usar o mesmo raciocínio para a mãe que se recusa a submeter o filho ao exame. Na ocasião, o tribunal decidiu que o reconhecimento de paternidade será negado quando a mãe não aceitar colher o material genético da criança.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Atestados médicos vendidos em Florianópolis são entregues ao Ministério Público

Os dois atestados médicos comprados para o abono de falta no trabalho, terça-feira, foram entregues nesta quarta-feira para o coordenador geral do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público, promotor César Augusto Grubba, em Florianópolis. Ele disse que vai determinar a abertura de uma ação pública incondicionada (quando não há um denunciante).
Após receber uma denúncia anônima, a reportagem do jornal Hora de Santa Catarina adquiriu atestados em nome do repórter e de uma suposta esposa, por R$ 30 cada. A mulher que vendeu os atestados identificou-se como Lúcia e os documentos foram carimbados e assinados em nome do médico Nilton Olinto Cordeiro, em uma residência no bairro Ingleses, no Norte da Ilha de Santa Catarina. Ele não quis se manifestar sobre o assunto. Para o promotor, o médico infringiu o artigo 302 do Código Penal. O artigo prevê pena de detenção de um mês a um ano para o médico, que no exercício da sua profissão, passa atestados falsos. Quem compra pode ser denunciado no artigo 304 e tem pena semelhante.
— Como se trata de um crime de menor potencial ofensivo, cabe a um juizado especial abrir o procedimento. Vou encaminhar os atestados e gravações para o juizado especial do Norte da Ilha. O médico também pode receber uma multa determinada pelo juiz, porque teve vantagem financeira — explicou o promotor.
Após a divulgação da compra de dois atestados médicos em nome do médico do trabalho Nilton Cordeiro, que trabalha no posto de saúde do bairro Rio Vermelho, a Secretaria Municipal de Saúde da Capital resolveu abrir a sindicância. O procedimento tem 30 dias para ser concluído, mas pode ser prorrogado pelo mesmo período.
— Com base nas matérias publicadas e na gravação feita, o secretário João Cândido da Silva determinou a abertura de sindicância. Ele vai continuar trabalhando até o fim do procedimento porque não fazemos juízo de valor. O objetivo é apurar se também houve venda de atestado no posto de saúde — explicou o diretor do departamento de atenção à saúde primária, Carlos Daniel Moutinho.
DC Online

Mulheres chinesas fazem 13 milhões de abortos por ano

Cerca de 13 milhões de abortos são feitos por ano na China, em um país no qual há poucas dificuldades para passar por tal procedimento devido às restrições demográficas e onde 20 milhões de nascimentos são registrados anualmente, segundo números do próprio governo chinês.
Wu Shangchun, integrante da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar chinesa, declarou nesta quinta ao jornal China Daily que a metade das mulheres que abortam na China não usava nenhum método anticoncepcional.
As estatísticas do governo mostram que 62% das mulheres que abortam têm entre 20 e 29 anos de idade. Além disso, a maioria é solteira. Wu teme que o número real de abortos seja muito maior do que o publicado, já que a cifra atual foi calculada por meio de dados de instituições médicas e muitos abortos são feitos em clínicas clandestinas. Além disso, é preciso acrescentar outros 10 milhões de abortos decorrentes do uso de pílulas abortivas, segundo os números de vendas anuais destes remédios, acrescentou Wu. "Temos o duro desafio de reduzir o número de mulheres que abortam na China", afirmou.
Segundo Li Ying, professor da Universidade de Pequim, esta situação infeliz e evitável indica que os jovens chineses precisam saber mais sobre sexo. Uma pesquisa feita pelo hospital militar 411 do Exército de Libertação Popular em Xangai mostra, por exemplo, que menos de 30% das mulheres que engravidaram de forma indesejada e que eram atendidas no local não sabiam como evitar a gravidez, e apenas 17% tinham conhecimentos sobre doenças sexualmente transmissíveis.
Ainda segundo o estudo, mais de 70% dos entrevistados disseram desconhecer que a principal forma de contágio do vírus HIV é a relação sexual sem proteção. Segundo o professor Li, os pais chineses são reticentes no momento de falar com seus filhos sobre sexo. Por isso, ele pede um reforço na educação sexual por parte das universidades e da sociedade.
Para o ginecologista Yu Dongyan, parte do problema reside no fato de que o sexo não é mais considerado entre os jovens, que acham que podem aprender tudo sobre o assunto pela internet. "Entretanto, isto não significa que tenham desenvolvido uma compreensão do sexo", lembra.
É difícil fazer com que as escolas chinesas promovam a educação sexual porque alguns professores e pais acham que, com isso, estariam incentivando o sexo, diz Sun Xiaohong, do centro de educação da comissão de planejamento familiar de Xangai. De acordo com Sun Aijun, do Beijing Union Hospital, a falta de conhecimento por parte de muitas chinesas sobre a segurança do uso da pílula anticoncepcional é outro dos motivos pelos quais elas recorrem ao aborto.
Sun afirma que, além disso, os homens se negam a usar preservativos em suas relações sexuais antes ou fora do casamento. Um aborto na China custa 600 iuanes (US$ 88). Desde a década de 90, os médicos do país não perguntam sobre o estado civil da grávida antes de realizar um aborto.
Fonte: Agência EFE

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sindicância investigará venda de atestados médicos em unidade de saúde em Florianópolis

A Secretaria de Saúde de Florianópolis determinou a abertura de sindicância para investigar se houve venda de atestados médicos em uma unidade de saúde do município. O Conselho Regional de Medicina também deve apurar o caso denunciado na edição desta quarta-feira do jornal Hora de Santa Catarina.
A reportagem relata uma conversa entre um jornalista e uma mulher identificada com Lúcia, que vendeu, sem saber que negociava com o repórter, dois atestados médicos para dispensa do trabalho. Os documentos foram elaborados em nome do médico Nilton Olinto Cordeiro, que trabalha no posto de saúde do bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha de Santa Catarina.Um dos atestados saiu no nome do repórter e o outro de uma esposa fictícia, pelo valor de R$ 30 cada. O médico foi procurado pela reportagem na unidade de saúde e não quis falar. Mas, através da coordenadora, ele disse que só falaria em juízo e na presença de um advogado.

Sindicância investigará venda de atestados médicos em unidade de saúde em Florianópolis

A Secretaria de Saúde de Florianópolis determinou a abertura de sindicância para investigar se houve venda de atestados médicos em uma unidade de saúde do município. O Conselho Regional de Medicina também deve apurar o caso denunciado na edição desta quarta-feira do jornal Hora de Santa Catarina.
A reportagem relata uma conversa entre um jornalista e uma mulher identificada com Lúcia, que vendeu, sem saber que negociava com o repórter, dois atestados médicos para dispensa do trabalho. Os documentos foram elaborados em nome do médico Nilton Olinto Cordeiro, que trabalha no posto de saúde do bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha de Santa Catarina.Um dos atestados saiu no nome do repórter e o outro de uma esposa fictícia, pelo valor de R$ 30 cada. O médico foi procurado pela reportagem na unidade de saúde e não quis falar. Mas, através da coordenadora, ele disse que só falaria em juízo e na presença de um advogado.

Cresce uso de camisinha após projeto aplicado em escolas de MG

O Peas (Programa de Educação Afetivo-Sexual) implementado a um grupo de mais de 4,5 mil alunos da rede estadual de Minas conseguiu dobrar o uso regular do preservativo com parceiro casual e aumentar em 68% o uso de métodos anticoncepcionais na última relação sexual. Além disso, a intervenção não teve efeito sobre a idade da primeira relação sexual ou na prática de atividades sexuais dos adolescentes - alegação frequente de quem é contrário a aulas sobre o tema.Implementado pelas Secretarias de Educação e Saúde do Estado em parceria com a Fundação ArcelorMittal, o projeto abrangeu 20 escolas públicas de quatro municípios, totalizando 4.795 estudantes. As aulas foram ministradas no período de um ano letivo e os resultados foram acompanhados por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas e do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz.
"Os dados do programa podem contribuir para reduzir a resistência daqueles que expressam a preocupação de que a educação sexual estimula atividades sexuais, já que não existem evidências para tal crença", explica a médica Heloisa Andrade, coordenadora técnica do projeto. Ela conta que o foco das reflexões em nenhum momento estimulou a abstinência, mas sim o comportamento sexual responsável.
Programa de educação sexual, o projeto primeiro capacitou todo o corpo docente das escolas, fazendo com que professores refletissem sobre seus conhecimentos e práticas sexuais. Em seguida, foram propostas atividades para os adolescentes de 10 a 19 anos dentro e fora de sala de aula - o objetivo foi levantar debates e discussões sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não planejada. Os estudantes deveriam desenvolver projetos ligados ao tema da sexualidade e da saúde reprodutiva, elaborando programas de rádio, produção de jornal escolar, peças de teatro, entre outros. Em todos os produtos, eles deveriam discutir e apresentar aos colegas os danos provocados à saúde por práticas sexuais inseguras.
"Após o programa, eles adquirem maior conhecimento e responsabilidade sobre sua saúde, inclusive passando a procurar mais o professor para se orientarem quanto a questões relativas à sexualidade", complementa a coordenadora-geral do Peas, Zulmira Braga.
O projeto foi criado há nove anos e já atingiu 78 mil estudantes e 1.650 professores, agentes de saúde e de ação social. Atualmente, ele está sendo aplicado nas escolas públicas de onze municípios de Minas, Espírito Santo e Bahia - em várias dessas cidades, as prefeituras assumiram o projeto, expandindo-os para toda a rede.
Fonte: O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Paraná tem mais 3 mortes por gripe suína; total no País vai a 44

A Secretaria de Saúde do Paraná confirmou nesta segunda-feira mais três mortes causadas pela gripe suína no Estado. Um pouco antes, a cidade de Osasco (SP) havia confirmado outros dois óbitos causados pela doença. Com isso, o número de casos fatais da doença no Brasil sobe para 44. De acordo com a secretaria, as três vítimas são homens jovens e não se encaixam no grupo de risco, ou seja, eram saudáveis e não tinham doenças pré-existentes. Um morreu no último dia 19, um no dia 21 e o último no dia 22. Todos eram moradores da região de Curitiba.
Ainda nesta segunda-feira, outras três mortes foram contabilizadas nas cidades paulistas de Osasco e Mogi-Guaçu. Na primeira, as vítimas são uma mulher de 57 anos e um homem de 37, que morreram no dia 19 de julho em um hospital público. Em Mogi-Guaçu, a vítima foi um homem de 58 anos, que morreu no domingo. Ao todo, o Paraná registra quatro mortes, e São Paulo, 19. Os outros óbitos ocorreram no Rio de Janeiro (5) e no Rio Grande do Sul (16).
Fonte: Redação Terra

Menina de 11 anos dá à luz em Santa Catarina

Uma menina de 11 anos deu à luz um menino de quase quatro quilos na última segunda-feira, dia 20 de julho, em Joinville, no Norte de Santa Catarina. A criança estava com 40 semanas de gestação e teve o filho no Hospital Infantil por meio de cesariana.
Segundo a conselheira tutelar Eliana Sanches Dutra, a menina recebeu alta na quarta-feira e está em casa aos cuidados da mãe, que também cuida do neto. Conforme Eliane, o Conselho Tutelar recebeu a denúncia de que a menina engravidou após ser violentada sexualmente. A garota será acompanhada pelo Programa Sentinela, que dá apoio psicológico às pessoas que sofreram violência sexual. Ela também tem recebido acompanhamento especial da rede de saúde. A suspeita do abuso sexual já está sendo investigada pela Delegacia da Mulher, Criança e Adolescente de Joinville.
Fonte: Diário Catarinense

domingo, 26 de julho de 2009

Não há motivo para tanto alarme

A gripe suína preocupa milhões de brasileiros, mas ela mata muito menos que a gripe comum, e nada indica que o vírus transmissor ficará mais agressivo.
Uma onda de medo se espalhou entre os brasileiros nas últimas semanas, à medida que a gripe suína começou a fazer vítimas fatais no país. Até a sexta-feira passada, 33 mortes foram associadas à infecção pelo vírus H1N1, responsável pela transmissão dessa nova cepa gripal, em quatro estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Somadas à notícia de que, desde abril, a gripe suína já se espalhou por 160 países e matou 800 pessoas, tais mortes semearam um terreno fértil para imaginar que sair às ruas ou permanecer com outras pessoas em locais fechados se tornou um perigo. Muitas escolas paulistas e fluminenses iniciaram as férias mais cedo. No Rio Grande do Sul, prefeituras suspenderam a realização de festas populares. A arquidiocese de São Paulo recomendou aos padres que, durante as missas, tomem uma série de precauções, tais como pular a parte em que os fiéis rezam de mãos dadas. Hospitais montaram alas específicas para receber pacientes com suspeita de gripe suína. Até pela leitura dos jornais se tem a impressão de que o Brasil estaria à beira de uma epidemia de gripe suína capaz de ceifar milhares de vidas.
É lamentável, obviamente, que a nova gripe tenha feito vítimas fatais, e tomar medidas preventivas contra ela é uma atitude de bom senso, principalmente por parte do poder público. Há evidências, no entanto, de que não é preciso ficar alarmado com a doença, como se ela fosse uma peste da Idade Média. A gripe comum é bem mais letal do que ela. Para se ter uma ideia, no mesmo período de trinta dias, entre junho e julho, em que a gripe suína matou 33 pessoas no país, 4 500 pessoas morreram no ano passado em consequência da gripe sazonal. "A gripe suína tem se mostrado de baixa letalidade", diz o infectologista Mauro Salles, da Fundação Oswaldo Cruz. Como a transmissão do H1N1 é mais fácil do que a do vírus da gripe comum, os especialistas acreditam ser provável que muitas pessoas que ficaram gripadas recentemente tenham contraído a cepa suína sem nem sequer se dar conta da contaminação. Recuperaram-se em casa, como fazem no caso de uma gripe comum. A principal preocupação dos médicos com relação ao H1N1 é que, ao contrário das gripes sazonais, que praticamente só matam idosos, crianças ou pessoas debilitadas por outras enfermidades, a nova gripe é mais letal em jovens e adultos, alguns sem problemas de saúde anteriores.
Por enquanto, nada indica que o H1N1 assumirá as características de um vírus capaz de matar em larga escala. A probabilidade maior é que se enfraqueça. Foi o que ocorreu com o vírus da gripe espanhola, que, entre 1918 e 1919, ceifou 50 milhões de vidas no mundo. A variante de sua cepa é, hoje, um dos vírus mais fracos em circulação. Ao se tornar de fácil contágio entre seres humanos, ele sofreu mutações que o deixaram menos letal e mais infeccioso. Trata-se de uma estratégia de sobrevivência, já que os vírus que provocam gripes duram apenas alguns dias no ambiente – dependem, portanto, de seus hospedeiros para continuar a se disseminar. O temido ebola, ao contrário, é um exemplo de "vírus burro". Mata os seres humanos em pouquíssimo tempo – e, ao morrer com eles, inviabiliza a sua transmissão em larga escala. O ebola só se propaga em animais, porque não os mata.
A nova gripe não é um monstro indomável, mas também não é o caso de promover "festas da gripe suína", a exemplo do que ingleses e americanos vêm fazendo. Nesses eventos, convidam-se pessoas infectadas pelo H1N1 para que os demais convidados se exponham a ele. Seus organizadores acreditam que é melhor se contaminar com o vírus agora, enquanto ainda é pouco letal, para proteger-se de eventuais mutações que o tornem mais perigoso. É uma bobagem, visto que é ínfima a probabilidade de o H1N1 adquirir maior virulência. "Ao facilitarem a transmissão do vírus, essas pessoas podem até favorecer que ele se torne mais agressivo", diz o infectologista Artur Timerman. Vacinas para a nova gripe já estão sendo testadas em humanos por dois laboratórios na Austrália. Um deles planeja ter a vacina pronta em setembro. Se apresentar resultados satisfatórios, a imunização poderá ser iniciada antes de dezembro, quando começa no Hemisfério Norte o inverno, período em que as gripes se disseminam mais facilmente. No Brasil, a vacina seria utilizada a partir do próximo inverno. Até lá, repita-se, é prudente ter cuidado com a gripe suína, mas não há necessidade de alterar hábitos, muito menos de entrar em pânico por causa dela.
Reportagem de Igor Paulin - Revista Veja

sábado, 25 de julho de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Grupo de médicos catarinenses poderá se aposentar com 25 anos de trabalho

Pelo menos 100 médicos, em Santa Catarina, poderão ser beneficiados com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu o direito da aposentadoria especial por atividade insalubre aos 25 anos de trabalho à categoria. O Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc) comemora a conquista, mas também há preocupação com a suposta redução no índice de profissionais à disposição no serviço público. A determinação do STF é inédita em âmbito coletivo e foi possível por uma ação movida pelo Simesc. A medida vale apenas para os profissionais filiados no Simesc e que atuam no serviço público, mas deve abrir precedentes para que outros sindicatos da área também busquem a garantia. A assessora previdenciária do Simesc, Lucila Moura Santos Cardoso, explica que havia uma lacuna na Constituição a respeito e que a decisão vale para todos os profissionais médicos ligados aos órgãos municipais, estaduais e federais que tenham o devido tempo de serviço. Antes, os médicos tinham o direito à aposentadoria apenas com 35 anos de trabalho.
— Os médicos trabalham com doenças, agentes nocivos e dificilmente no serviço burocrático. Portanto, a aposentadoria com 25 anos significa uma conquista da categoria — frisou Lucila.
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (Cremesc), José Francisco Bernardes, afirma que a decisão faz justiça aos médicos do serviço público, mas entende que é preciso aplicar a medida com sabedoria para que a população não venha a ser prejudicada.

Duas mulheres com suspeita de gripe A morrem em Santa Catarina

Duas mulheres com suspeita de gripe A morreram em Santa Catarina nesta quarta-feira. Os casos foram registrados em Tubarão, no Sul, e em Joaçaba, no Meio-Oeste. Em Tubarão, uma mulher foi vítima de pneumonia aguda. Ela foi internada sábado no Hospital Nossa Senhora da Conceição com sintomas da doença. O nome, idade e local de residência da vítima não foram divulgados. A assessoria de imprensa do hospital informou apenas que a mulher foi internada sábado e apresentava os sintomas da gripe A. Por conta disso os médicos realizaram uma série de exames que foram encaminhados para o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC). No início da semana, o quadro de saúde da paciente piorou, e ela acabou transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde morreu no final da manhã. A causa oficial da morte no registro de óbito é "pneumonia aguda". A morte da paciente com sintomas da gripe foi comunicada à Secretaria Regional de Saúde, que imediatamente acionou a Vigilância Epidemiológica do município. Agora, o órgão fará o monitoramento da saúde dos familiares e demais pessoas que tiveram contato direto com a vítima.
Em Joaçaba, uma paciente que estava internada havia cinco dias morreu em decorrência de problemas respiratórios na madrugada desta quarta-feira. O resultado dos exames, que podem comprovar se a mulher de 38 anos havia contraído o vírus H1N1, devem chegar na próxima semana. Por enquanto, a Vigilância Epidemiológica trata o caso como suspeito. A paciente morava no município de Capinzal, e segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Cleci Luccini, ela tinha problemas respiratórios que se arrastavam havia alguns anos. Recentemente, a mulher havia tomado remédios para emagrecer, o que pode ter comprometido a imunidade. Na quinta-feira passada, a paciente foi internada no Hospital São Miguel de Joaçaba com febre alta, dores no corpo, dispnéia (falta de ar) e tosse. Os sintomas evoluíram para uma pneumonia. No sábado e na segunda-feira, ela realizou o exame de secreção nasofaríngea (catarro). O resultado deve chegar a partir do dia 27.
— Só a partir da chegada do exame, poderemos saber se ela morreu em função da gripe A. Até lá, ela é tratada como suspeita de ter contraído o vírus — afirmou Cleci. De acordo com o pneumologista que acompanhou a paciente, apesar da mulher não ter tido contato com pessoas infectadas e nem ter viajado para as áreas de risco, a probabilidade é grande que ela estivesse com a gripe A.
— Outras doenças (pneumonia, gripe normal) têm os mesmos sintomas que ela apresentou, mas a possibilidade de ter contraído o vírus é alta porque ela tinha problemas respiratórios, era obesa e havia tomado remédios para perder peso — disse o médico Adriano Rieger.
Fonte: Diário Catarinense

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Saiba quais são os grupos de risco da nova gripe

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que as mulheres grávidas fazem parte do grupo de risco da nova gripe. Em entrevista ao "Jornal Hoje", nesta quarta-feira (22), ele disse que só serão medicados pacientes em estado grave ou que façam parte desse grupo.
No grupo de risco estão crianças com menos de 2 anos, idosos, grávidas, pessoas com doenças pré-existentes, como diabéticos, obesos, pessoas em tratamento de câncer e aids. Quem não tem essas características mas tem o quadro agravado também vai receber atenção extra. Entre os sintomas presentes nessas condições estão falta de ar e desconforto respiratório. A avaliação deve ser feita pelo médico.
Segundo Temporão, a febre é o sintoma mais frequente e aparece em 92% dos casos, acima de 38ºC. Nas crianças, os pais devem prestar atenção em febre, com tosse, secreção e lábios arroxeados, além da asa do nariz batendo. Deve-se olhar para a costela e ver se a musculatura se move, durante a respiração. Se aparecerem esses sinais, os meninos e meninas devem ser levados para um serviço de saúde. Entre os adultos, os principais sintomas são febre alta, tosse, dor muscular e desconforto muscular ou falta de ar. Também é comum ter desconforto respiratório ou falta de ar.
Temporão afirma que "toda pessoa que chega ao médico e está dentro do grupo de risco, tem febre acima de 38ºC, tosse e outros sintomas da gripe deve tomar remédio". "Se você está fora do grupo de risco e tem uma gripe evoluindo sem complicações, o médico vai te orientar a fazer tratamento sintomático, te mandar para casa, orientar a não trabalhar durante o período", diz o ministro. Ele comenta que, em 99,6% dos casos, é possível se curar sem tomar medicamentos.
Até a manhã desta quarta, foram confirmadas 22 mortes em decorrência da nova gripe no país. Desse total, 11 ocorreram no Rio Grande do Sul, nove em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma no Paraná.
Fonte: Globo.com

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ministério pretende separar casos de gripe nos hospitais

O Ministério da Saúde recomendou que Estados e municípios separem na emergência de hospitais pacientes com sintomas de gripe e outros problemas respiratórios dos demais, mesmo que para isso seja preciso montar tendas de atendimento. O secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame, afirmou que o ideal é estabelecer duas portas para receber pacientes na emergência. Nos casos em que essa divisão não é possível, a saída é montar tendas.
A medida é importante para garantir o atendimento mais rápido e evitar que pacientes com outros problemas de saúde tenham contato com pessoas que apresentam sintomas da gripe suína. Instituições do Rio Grande do Sul já começam a atender suspeitos de gripe em contêineres especialmente montados para esse fim. Em Minas Gerais, parte dos hospitais montaram serviços específicos na emergência para atender só pacientes com sintomas de problemas respiratórios.
O diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, afirmou ser importante que pacientes com risco de agravamento da doença, como crianças menores de 2 anos e pessoas portadoras de doenças como diabetes e insuficiência respiratória, sejam atendidos o mais rápido possível. Desde a semana passada, a lista de doenças consideradas de risco para agravamento da gripe passou a incorporar a obesidade mórbida. Para Hage, todas essas medidas são úteis para evitar casos graves de gripe suína. “Esse agora é nosso maior objetivo.
Fonte: Agência Estado

Casar ou comprar um cão?

1. Quanto mais atrasado você chegar em casa, mais feliz o seu cão ficará quando te ver.
2. Cães não se importam quando você os chama pelo nome de outro cão.
3. Cães adoram se você deixa objetos espalhados pelo chão.
4. Os pais do seu cão nunca o visitam.
5. Os cães concordam que você deve elevar seu tom de voz para estabelecer sua vontade ou ponto de vista.
6. Você nunca tem que esperar um cão ficar pronto. Eles estão prontos para sair 24h por dia.
7. Cães acham o máximo quando você está bêbado.
8. Cães adoram caçar e pescar.
9. Um cão não acorda no meio da noite para perguntar: "Se eu morrer, você pegaria outro cão?".
10. Se um cão tiver filhos, você pode anunciar no jornal, doá-los ou até mesmo vendê-los.
11. Um cão deixa você colocar uma coleira nele, sem chamá-lo de pervertido.
12. Se um cão sentir o cheiro de outro cão em você, não vai ficar bravo. Ele vai achar interessante.
13. Cães adoram andar na carroceria de uma caminhonete.
14. Um cão não se importa se você ficar trocando o canal da TV. E nem briga pelo controle remoto.
15. Se um cão for embora, não vai levar metade dos seus bens.

Confirmados mais quatro casos de gripe A em Santa Catarina - um em Itajaí

A Secretaria da Saúde confirmou nesta segunda-feira que mais quatro pessoas em Santa Catarina estão infectadas pelo vírus da gripe A. Um homem de 43 anos, morador de Florianópolis, outro de 26 anos, residente em Cocal do Sul, um rapaz de 21 anos, que vive em Itajaí e um homem de 28 anos, morador de Blumenau, são os novos casos. Os dois primeiros estão em isolamento domiciliar, e os dois últimos internados.
O caso mais grave é o do paciente de Blumenau. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Catarina, e respira com ajuda de aparelhos, informou a diretoria de Vigilância em Saúde do município.Santa Catarina já contabiliza um total de 64 pessoas contaminadas pelos vírus, sendo que 153 casos são suspeitos e 143 foram descartados.
Fonte: DC online

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Vinhos especiais: Chianti

Chianti é um vinho tinto italiano produzido na região da Toscana. É um vinho tinto seco, com notas de fruta muito concentrada e é produzido com as uvas Sangiovese (predominante) e Canaiolo, ambas tintas, e as brancas Trebbiano e Malvásia. O Chianti combina bem com comidas leves e seus sabores e aromas de violeta e cereja são impressionantes.
O Chianti não é exatamente um vinho de guarda mas pode manter suas caracteristicas por longos anos desde que bem armazenado. Alguns deles são produzidos sob DOCG (Denominazione d'Origine Controlatta e Garantita), no entanto, nem sempre é uma garantia de qualidade. Mais de sete mil vinhedos produzem o Chianti na Itália.
Curiosidade
Há uma lenda interessante envolvendo os vinhos Chianti: Em meados do século XVII, as disputas políticas envolvendo as cidades de Siena e Firenze (Florença) quanto à extensão territorial de cada uma alcançaram também a denominação dos vinhos Chianti. A fim de resolver essa questão, foi proposta a realização de uma prova para a delimitação das fronteiras.
A prova, uma corrida, envolveria um cavaleiro de cada cidade que deveria sair em direção à outra assim que o galo cantasse na alvorada. A fronteira seria o ponto onde eles se encontrassem. Acertado isso, o povo de Siena elegeu um galo bonito, jovem, bem nutrido para cantar na alvorada enquanto que o povo de Firenze escolheu um galo negro, magro e mal alimentado. É claro que o galo de Firenze acordou mais cedo, pois tinha fome, e cantou antes do galo de Siena fazendo com o que o cavaleiro de Firenze tivesse boa vantagem. Essa vantagem fez com que os cavaleiros se encontrassem já bem perto de Siena e, como consequencia, a cidade de Firenze conquistou um território maior que a vizinha. Dizem que essa disputa também levou para Firenze a exclusividade do nome Chianti que é representada nas garrafas por um galo negro.

domingo, 19 de julho de 2009

Distimia: mau humor pode ser doença

Trânsito engarrafado, confusão no trabalho e fila de banco são apenas alguns dos motivos que levam milhares de pessoas a passar o dia de mau humor. Até aí, tudo bem. O problema é quando esse estado de espírito se estende por muito tempo, mesmo quando não há motivos aparentes. Nesse caso, a pessoa pode não ser simplesmente um mal-humorado, ou carrancudo, como costumam rotular, mas alguém que sofre de uma doença chamada de distimia. A distimia é muito parecida com a depressão comum, com duas diferenças básicas. A principal é que os sintomas não se manifestam de maneira evidente (é como se fossem mais suaves), o que provoca a confusão entre a doença e o mau humor. Outro ponto é que a distimia dura muito mais tempo. Na depressão maior, os sintomas dificilmente perduram por mais de dois anos sem diagnóstico. Já na distimia, esse é o período mínimo para definir o quadro.
– Quem sente prejuízos frequentes provocados por mau humor e não sabe se está com a doença pode tentar prestar atenção na sua história de vida. Muita gente era alegre, extrovertida e aos poucos foi mudando a personalidade. Pode ser um sinal da distimia – explica Ana Filippon, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.
Ao procurar um médico, o paciente dá o primeiro passo para por fim a um problema que o perseguiria por muito tempo. Algumas pessoas começam a sofrer com a distimia na adolescência. Inicialmente, pensam que é da idade, mas o tempo passa e nada muda. Anos depois, ficam com a fama de mal-humorados e não conseguem aproveitar bem a vida. O tratamento é feito com antidepressivos. De alguns anos para cá, ganhou espaço a psicoterapia como estratégia importante para a recuperação total, como explica a psicóloga Luciana Terra.
– Uma das linhas psicoterápicas é a terapia de orientação psicoanalítica, que se baseia na psicanálise, na noção da existência de conflitos inconscientes que contribuem para os sintomas. A ideia é tentar identificar eventos marcantes na vida da pessoa e sentimentos negativos associados, que colaboram para a distimia – relata.
Um exemplo clássico é o do pai autoritário ou da mãe omissa, casos que podem levar a um sentimento persistente de baixa autoestima e a uma sensação de impotência frente a eventos da vida. Na prática, o paciente imagina ser incapaz de ser amado pelas pessoas ou de conseguir uma promoção no trabalho. Durante as sessões, ele percebe o problema, fala sobre ele, chora e cria um novo significado para sua história. Pouco a pouco, vai se recuperando da tristeza e reconquista a alegria perdida.
Para escapar da tristeza:
# Por ser uma doença diagnosticada só depois de dois anos, a distimia também demora mais para ser curada em relação à depressão comum. É importante que o paciente seja perseverante até começar a sentir os primeiros resultados.
# Outra falha comum é que, como o tratamento é longo, muita gente deixa de tomar os remédios e para de ir às sessões de psicoterapia ao primeiro sinal de melhora, achando que está curada. Isso não pode acontecer. O tratamento deve ser seguido até o final para prevenir recaídas, frequentes nos casos de abandono.
# Estudos apontam que exercícios físicos são muito importantes para a recuperação. A atividade libera endorfina, uma substância que provoca boas sensações. Somado ao resto do tratamento, o esporte é um grande aliado.
# Nem todo mal-humorado tem distimia. Devem ficar preocupados aqueles que notam que o temperamento atrapalha o dia a dia, em relações familiares, no trabalho ou até mesmo no trânsito. Quando há prejuízo, é indicado buscar a ajuda de um profissional.

sábado, 18 de julho de 2009

Vulcano, o chocolate que não derrete e nem engorda

Um chocolate suíço que não derrete nos dedos e tem 90% menos calorias que os tradicionais. Esse sonho pode ter virado realidade graças a cientistas da fabricante de chocolates Barry Callebaut, que acabaram de lançar seu mais novo produto: o Vulcano.
"Chama-se Vulcano porque pode ser comido em dias quentes e é arejado e cheio de bolhas", descreveu Gaby Tschofen, porta-voz da empresa que produz anualmente 1,1 milhão de toneladas de cacau e produtos à base de chocolate para o mundo todo.
O novo doce foi criado por acaso, quando uma equipe da companhia trabalhava em outra invenção. "De repente, descobrimos que havíamos produzido um chocolate muito especial, de uma consistência leve e crocante, como uma espuma arejada", disse à televisão suíça a engenheira de alimentos Simone Cantz, segundo reportagem do jornal The Guardian.
De acordo com os cientistas, o Vulcano resiste a temperaturas de até 55 graus Celsius - a maioria dos chocolates de hoje derretem a partir de 30 graus. O novo produto deverá ser lançado dentro de dois anos.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Solução para o hospital municipal de BC

Pode estar próxima a solução para a abertura do Hospital Municipal de Balneário Camboriú. O Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que já administra em Itajaí o Hospital Marieta há praticamente 25 anos, mostrou-se interessado em partilhar a administração do novo hospital com o município.
A diretora técnica do Hospital Marieta, Dra. Denise Nova Cruz, afirmou que "será um momento histórico se conseguirmos viabilizar isso, a vocação do Instituto é administrar hospitais, são décadas de experiência. O hospital é uma construção maravilhosa, uma verdadeira jóia e dói ver isso tudo fechado”.
A sugestão para a entrega da gestão ao Instituto veio do gabinete do vice-governador, Leonel Pavan, em conjunto com o secretário estadual de saúde, Dado Cherem.
O custo básico mensal de custeio do hospital é estimado em torno de R$ 800 mil. O teto de recursos do SUS para Balneário Camboriú, repassados a prefeitura é de R$ 500 mil. Calcula-se que a prefeitura possa repassar R$ 200 mil de recursos próprios e a gestão própria do hospital arrecadar outros R$ 100 mil por conta de convênios e atendimentos a particulares.
Fonte: ABC Notícias - Aderbal Machado

Transmissão da nova gripe no Brasil é sustentada, afirma ministro Temporão

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta quinta-feira (16) que já há transmissão sustentada da nova gripe no Brasil. De acordo com o ministério, além das pessoas que se infectaram no exterior e as que tiveram contato com elas, há outras sem vínculos com esses grupos que pegaram a doença. Temporão confirmou também que o número de mortes pela doença no país chega a 11.
O primeiro caso confirmado de transmissão sustentada foi a de uma criança que morreu no último dia 30 de junho em São Paulo. Somente nesta quinta-feira, a Secretaria de Saúde de SP confirmou que não havia nenhum vínculo desta pessoa com alguém que veio do exterior.
"Pela primeira vez, através de uma análise epidemiológica, tivemos um caso em que não foi possível encontrar vínculo. Embora o estudo epidemiológico não esteja pronto, há evidências de que o vírus esteja circulando no Rio Grande do Sul", disse Temporão. "Esse era um fenômeno esperado de transmissão, especialmente no vírus influenza," disse o ministro. O Brasil é o oitavo país que confirma a transmissão sustentada. Apesar da mudança, o ministro da Saúde garantiu que "o momento é um momento de tranquilidade." Mesmo com a transmissão sustentada, não haverá mudança de protocolo do ministério.
Na quarta (16), o ministério confirmou 1.175 casos da nova gripe e a transmissão ainda era considerada limitada. "Não há nenhum motivo para pânico, nenhum motivo para mudar radicalmente o comportamento das pessoas", afirmou. A recomendação para que pessoas não viajem para países com transmissão sustentada continua. O ministro disse que não "há sentido" em recomendar suspensão de viagens para São Paulo, que tem transmissão sustentada confirmada, e para o Rio Grande do Sul, onde há evidências.
Fonte: O Globo

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um médico na cadeia por causa do crack em Joinville

A história de um homem que viu sua vida desmoronar no mundo das drogas

Nelson* é médico, vai fazer 51 anos e tem dormido numa cela de menos de 20 m² no Presídio Regional de Joinville. Divide o espaço com um traficante, um assaltante e um homem que agrediu a companheira. Torce para sair dali logo, mas não reclama.
— Quando não acontece nada, você vai indo. O crack ainda não era a minha religião, mas poderia começar a ser.
Ele foi preso em junho por policiais militares. Estava com duas mulheres, numa casa na zona Sul de Joinville. A PM apreendeu cerca de dois gramas de crack com eles (mais oito dentro da casa), dinheiro e uma balança de precisão. Hoje, Nelson responde a processo judicial — é acusado de tráfico.Antes disso, foi casado (está em processo de divórcio). Tem um filho adolescente. A família sempre teve um bom padrão de vida. Nelson fazia plantão em hospitais e tinha uma clínica. Ele mesmo acha difícil acreditar que o que começou com o uso esporádico de cocaína (que conheceu na faculdade) tenha descambado para o crack. Nelson fumou pedra pela primeira vez há três anos. Na época, o casamento ia mal e sua rotina já incluía sair à noite, em geral para procurar a companhia de “mulheres de rua”. Ele diz ter experimentado o crack com uma delas.
— Com 50 anos, você tem medo de muito pouca coisa. Aos poucos, foi trocando a cocaína pelo crack. O uso ficou mais intenso há sete meses.
— Tive um estresse agudo, a crise conjugal se agravou. Peguei uma licença e fiz o diabo.
Chegou a ficar até três dias sem dormir, fumando crack. Sempre era mais velho e mais bem informado do que muitas pessoas de quem comprou a droga — ou mesmo do que as pessoas com quem compartilhou o uso. Ele diz que 90% das pessoas que encontrava no lugar em que foi preso eram “desqualificados”. Mas a droga os fazia falar a mesma língua.
— Foi uma coisa incrível, você se adaptar a uma tribo — reconhece.
Adaptação em termos. Nelson nunca gostou de fumar crack em casas abandonadas ou de terceiros, na companhia de outros usuários. O papo o irritava.
— Ficava aquele bando olhando para a cara do outro e falando de droga. Era sempre ‘a de ontem tá melhor que a de hoje, essa é mais barata que aquela. Via os outros ficarem paranoicos.
Diz que nunca delirou desse jeito. Também se surpreendia com as “mesquinharias” que os dependentes eram capazes de fazer para garantir sua pedra. E com o grande número de meninas que “se afundam” ainda mais que os homens — em vez de furtar, optavam por se prostituir.
— Minha história é outra. Era uso de droga do mesmo jeito, mas num outro cenário.
Quando deixou de trabalhar, no ano passado, faltou dinheiro e Nelson teve de “vender as coisas”. Mas ele não se considera dependente. Ele usava crack em hotéis, nunca sozinho, cerca de duas vezes por semana. Diz que não se drogava sabendo que teria de trabalhar no dia seguinte. Conheceu a fundo o que considera o “Centro podre” de Joinville: as ruas Itajaí, Jerônimo Coelho, das Palmeiras, Rio Branco e Treze de Maio. E na zona Sul, a rua Santa Catarina e os bairros Anita Garibaldi, Itinga e Profipo. Ouviu meninas dizendo que não queriam mais nada além de crack.
— Era chocante.
Nelson agora é “réu preso”, determinou a Justiça em 18 de junho. Ele vai ter de responder por crime de tráfico (mesmo alegando que nada do que foi apreendido lhe pertencia). Um pedido de liberdade provisória foi negado pelo juiz. Enquanto isso, ele ajuda a organizar a farmácia do presídio. O médico tem esperanças de que vai sair logo. Pretende parar de medicar. Quer tentar a área de pesquisa, quem sabe fazer um doutorado. Apesar de tudo, ainda não pensa em procurar ajuda.
* Nome fictício
Reportagem: Camille Cardoso - A Notícia

Uma em cada dez brasileiras em idade reprodutiva tem endometriose

Cólicas fortes que impedem a mulher de seguir sua rotina e às vezes são seguidas de enjoos, tonturas e até desmaios podem sinalizar endometriose, doença que atinge 6 milhões de brasileiras. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) indicam que a quantidade de diagnósticos aumentou cerca de 65% nos últimos sete anos. De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Endometriose, o problema está presente em 10% das mulheres em idade reprodutiva. O ideal, segundo especialistas, é tratar a endometriose no início para evitar que ela cause outro problema: a infertilidade. A doença é caracterizada pelo crescimento anormal do endométrio (a camada interna do útero) em outros órgãos do corpo como trompas, ovários e intestino.
– Apesar da gravidade da doença e do grande número de mulheres que sofrem com este mal, a desinformação a respeito da endometriose leva ao diagnóstico tardio, piorando as condições de tratamento e prolongando o sofrimento feminino. Informações devem ser divulgadas principalmente entre adolescentes e mulheres em idade reprodutiva – afirma o ginecologista Isaac Yadid, da Huntington Centro de Medicina Reprodutiva. Um outro dado que chama a atenção é o crescimento da endometriose entre adolescentes. Cerca de 40% delas apresentam cólicas incapacitantes e, segundo Yadid, a dor pode ser um indício da doença. O médico lembra que a endometriose não tem causa definida, mas que o quadro pode piorar com o sedentarismo e o estresse.
– Sentir dor não é normal. Se a menina está sentindo muito incômodo durante a menstruação, é essencial que ela procure um ginecologista. As mulheres estão deixando para ter filhos mais tarde e, quanto mais tempo a endometriose passa sem ser diagnosticada, maiores são as chances da paciente ficar infértil – completa.
Agência O Globo

terça-feira, 14 de julho de 2009

Celular ao volante

São Paulo, bairro da Lapa, agosto de 2006, 7h15 da manhã. A caminho da casa da mãe, a professora Fátima Maria Moraes, de 48 anos, não podia imaginar que dali a poucos instantes seu dia estaria praticamente perdido. Enquanto dirigia, o celular tocou. O aparelho não estava a seu alcance, e sim dentro da bolsa, no banco de passageiro. Quando Fátima tentou alcançar o telefone, sentiu o baque da dianteira de seu Fiesta Street estampando o porta-malas de um táxi. “Posso me lembrar de que era uma chamada de minha mãe, mas não do que aconteceu naquele momento. Ainda bem que ninguém se machucou.” Sorte também foi ter o carro segurado. Do contrário, a professora desembolsaria 5000 reais para pagar os prejuízos. O susto levou Fátima a mudar seus hábitos. Agora, quando o celular toca, diz ela, estaciona o carro ou verifica quem ligou para retornar depois. “Antes eu só pensava na multa que receberia. Agora avalio a real razão do problema, a segurança”, afirma.
Desaceleração
Com o celular no ouvido, o motorista reage de forma mais lenta. Dificilmente olha para o retrovisor, assume uma trajetória errática na via e reduz ou ultrapassa a velocidade compatível com o tráfego. Avança o sinal, tem dificuldade para trocar marchas e simplesmente não vê as placas de sinalização no trânsito. Cada uma dessas situações já poderia desencadear um acidente. Agora imagine o potencial da combinação delas. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por meio do artigo 252, considera o uso do celular infração de natureza média e estabelece multa de 85,13 reais e 4 pontos na carteira de habilitação.“Os motoristas sabem que se trata de uma infração, mas insistem em atender ao telefone por acreditar que isso não é nada de mais e vão desligar logo. A atitude pode mudar quando as pessoas reconhecerem que o que está em jogo é a vida delas e as de outras pessoas”, afirma o sociólogo e especialista em trânsito Eduardo Biavati.Os números comprovam a tese de Biavati. Na cidade de São Paulo, dirigir falando ao celular, em 2007, ocupou a quarta posição entre as infrações mais cometidas pelos motoristas. Foram 253000 multas, ou 6% do total de infrações, um aumento de 13% no total de multas aplicadas em comparação a 2006. E, no Rio de Janeiro, as mulheres são as que mais telefonam ao volante. Para cada 1000 habilitados do sexo feminino, há 11 infrações cometidas de uso do celular, contra oito do sexo masculino para cada 1000, de janeiro a outubro deste ano, ou 27,3% a menos.
Em 2003, em reportagem de André Ciasca, QUATRO RODAS comprovou que dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo compromete a atenção do motorista. No teste, seis pessoas dirigiram no autódromo de Interlagos, em São Paulo, e cinco delas atropelaram um boneco simulando um pedestre. Decidimos refazer a prova, mas em condições especiais. Para isso, convidamos a equipe do Laboratório de Usabilidade do Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), que convocou 15 voluntários, com idades entre 19 e 34 anos, para um exame diurno, reproduzindo uma situação de trânsito.
Cada motorista dirigiu o carro por um trajeto definido, com placas de sinalização de trânsito e obstáculos (veja infográfico na pág. 113). Durante o percurso, os voluntários recebiam uma ligação e atendiam encostando o aparelho no ouvido. Em seguida, faziam o mesmo percurso, mas com o recurso de viva-voz. O objetivo do teste era descobrir as falhas de quem utiliza celular ao volante e as possíveis distrações. O trecho percorrido foi preparado pela equipe da FEI, que também acompanhou o trajeto a bordo, filmou todos os detalhes e anotou observações sobre cada um dos participantes. Ao voltar do teste, cada um respondeu a um novo questionário em que admitiu – ou não – se houve atenção para realizar as duas tarefas ao mesmo tempo.
Algo curioso acontecia antes mesmo de o voluntário girar a chave para dar partida no carro: estar crente de que se tratava de uma atividade fácil, como o estudante Tom Mix Martini Petrecia, de 21 anos. “Não é tão complicado fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Eu sei que não é permitido, mas não vejo problemas”, disse, minutos antes do teste. Ele está longe de ser uma voz solitária. Mas, se a pergunta é feita de maneira isolada, as pessoas se mostram mais conscientes. Em enquete no site www.quatrorodas.com.br, realizada entre os dias 4 e 17 de novembro, 88% dos 1398 participantes disseram “Sim” para a pergunta “Você acredita que dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo possa oferecer algum perigo no trânsito?” O voluntário Fernando José Gancelli Lima de Azevedo, de 23 anos, confirmou a percepção dos internautas após a prova na pista. Durante o teste, dirigiu em velocidade mais alta que a permitida, não respeitou a placa de “Pare” e atropelou as bolas, que eram os obstáculos do teste lançados na pista. Além disso, em vários momentos do trajeto ficou sem as mãos no volante. Após o ensaio, declarou: “Não prestei atenção nas placas. Definitivamente, traz riscos à segurança”.
O motorista está usando a audição e não a atenção dirigida para guiar o carro, afirma o neurologista Eduardo Genaro Mutarelli. “Dizer que é fácil fazer as duas coisas ao mesmo tempo não é verdade: o cérebro precisa fazer contas, calcular ações e desviar a atenção do controle visual e motor para o auditivo. As reações ficam mais lentas e isso propicia a ocorrência de acidentes. A audição é decodificada em uma área no cérebro e a visão, em outra. Ele faz duas coisas quando deveria fazer uma só”, diz Mutarelli. Quando dirigimos falando com alguém ao lado, também há risco, com a diferença de que o acompanhante pára de falar ao perceber um perigo iminente. Durante o teste, o estudante Leandro Valência Alves, de 20 anos, tirou as mãos do volante para explicar onde ficava o endereço que a pessoa do outro lado da linha requisitou, manteve o celular no colo durante o teste do viva-voz e atropelou as bolas nas duas vezes que foram lançadas. “O teste comprova que o motorista não presta atenção nas placas, não utiliza os retrovisores e deixa de usar seta”, disse o professor e pesquisador Plínio Thomaz Aquino Júnior, coordenador do Laboratório de Usabilidade da FEI. "Depois do teste, percebi que dirigir falando ao celular pode ser tão perigoso quanto dirigir alcoolizado.” Raphael Yoshio Shimizu, 20 anos, estudante
Atenção afunilada
O celular tocando desvia a atenção de quem está guiando e dá início ao procedimento de risco: a primeira ação do motorista quando o aparelho toca é procurá-lo. Para atender, será necessário o uso de uma das mãos. Se for colocado no ouvido, haverá restrição do campo visual.A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) realizou um estudo com voluntários falando ao celular com viva-voz. Além dos fatores operacionais envolvidos, como os citados acima, existem os não-operacionais. Entre eles estão os psicológicos – como as emoções às quais o motorista pode ser submetido numa conversa, por exemplo, quando recebe uma má notícia – e os cognitivos – como alterações causadas por tarefas de elaboração e compreensão de frases, audição do que é falado e do toque do telefone, além do aspecto motor da fala, que se altera quando realizada em conjunto com outras tarefas complexas, como dirigir. “Durante o teste, concluímos que o tempo de reação do motorista ao celular aumenta 50%, o número médio de infrações também cresce 50% e o de acidentes triplica”, afirma Alberto Sabbag, diretor da Abramet.Um estudo da Universidade Carnegie Mellon em Pittsburgh, no estado americano da Pensilvânia, mostra que conversar no celular quando ao volante reduz a concentração de um motorista em até 37% levando-o a cometer erros semelhantes aos ocorridos quando se dirige alcoolizado. O estudo usou imagens de ressonância magnética do cérebro para documentar o efeito do simples ato de ouvir o interlocutor durante uma ligação.
Mensagem de alto risco
Se telefone e direção já formam uma combinação de risco, digitar uma mensagem ao celular potencializa o perigo. Quem tenta fazer isso tem que tirar as mãos do volante, se concentrar em um teclado minúsculo e ainda pensar na elaboração dos textos. Uma pesquisa realizada pelo instituto britânico Transport Research Laboratory (Laboratório de Pesquisas de Transporte) analisou 17 motoristas com idades entre 18 e 24 anos. Os resultados mostraram que o tempo de reação dessas pessoas foi 35% mais lento do que se estivessem totalmente concentradas na condução do veículo.
“Eu não acreditava que me sairia mal no teste. E me saí. Eu me distraí muito e optei por prestar atenção no percurso em vez de na conversa, mas não fiz bem nem uma coisa nem outra. Não dá para falar ao celular e dirigir ao mesmo tempo.” Marília Zaro Guiffa, 20 anos, estudante
Comparado ao efeito produzido pelo álcool (para o limite de bebida alcoólica na Inglaterra, que é de 80 miligramas de sangue), este chega a ser quase três vezes menos perigoso, uma vez que a substância reduz o tempo de reação em 12%. Para os usuários de maconha, a redução no tempo de reação foi de 21%. Os testes, conduzidos por especialistas da RAC Foundation, que trabalha com segurança dos motoristas, foram realizados em um simulador de direção e mostraram que, ao digitar uma mensagem no celular, o controle de pilotagem do motorista no momento em que precisa realizar uma ação é 91% pior.A professora Mariana Diniz Queiroz, de 27 anos, por sorte, é prova viva dessa manobra de risco. Bateu o carro em uma caçamba de entulho enquanto dirigia e enviava mensagens no celular. “Fui fazer uma curva à direita e não vi a caçamba que estava na esquina. A batida foi feia e me assustei bastante. Meu Fiesta ficou com a dianteira bastante amassada.”Para José Montal, diretor científico da Abramet, a melhor recomendação é desligar o celular ao assumir o volante. “Quando se guia um automóvel, entre 90% e 95% das informações necessárias para administrar riscos estão relacionadas à visão,” diz. Ao desviar o olhar para atender o celular ou tocar o visor do aparelho, o motorista inicia um vôo cego. “O celular distrai tanto que dificilmente o motorista consegue se lembrar do que aconteceu no trânsito, às vezes esquece até por onde passou”, afirma Montal.A prática mostra que só a maior fiscalização pode modificar um mau hábito, a propósito do que ocorreu com os cintos de segurança, que passaram a ser obrigatórios em 1998. No âmbito individual, impõe-se uma mudança cultural para que a ansiedade em se comunicar não se sobreponha à própria sobrevivência e à segurança de terceiros.
Celular cá, cela lá
Desde dezembro de 2007, usar celular ao volante pode dar cadeia na Inglaterra. A regra anterior era similar à nossa, mas as autoridades perceberam que as punições eram insuficientes para desencorajar motoristas a usar o celular enquanto dirigiam. Agora, quem insistir na prática pode ser condenado a pelo menos dois anos de prisão. As regras também stabelecem que a promotoria pode condenar os infratores por homicídio culposo e punir os motoristas com a pena máxima prevista pelo país, a prisão perpétua, caso seja confirmado que o veículo foi usado como uma arma.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Professor não crê no êxito dos alunos, indica pesquisa

O estudo Violência e Convivência nas Escolas, realizado por pesquisadores da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), aponta que mais de 60% dos docentes entrevistados têm certeza de que seus alunos vão abandonar os estudos para trabalhar. Além disso, só 15% dos professores acreditam que eles vão terminar o ensino médio e encontrar um bom emprego. “Na verdade, essa visão replica o que acontece na sociedade. Essa falta de crença no aluno é a mesma falta de crença e de compreensão que cerca o jovem de forma geral”, afirma a autora do estudo, Miriam Abramovay.
Para a educadora Guiomar Namo de Mello, a resposta dos professores não é simplesmente pessimista, mas está contaminada pelo que eles veem todos os dias na escola. “É uma atitude fatalista, mas com uma base muito clara na realidade que ele vê todos os dias. Talvez ele simplesmente não encontre saída na circunstância em que está.” A educadora alerta que essas posições podem levar a um círculo vicioso - “uma profecia que se autorrealiza”.
E uma outra pesquisa, divulgada em abril deste ano pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), pode ajudar a entender esse círculo. O levantamento mostra que o principal motivo da evasão escolar de adolescentes é a falta de interesse. Dos jovens de 15 a 17 anos que abandonaram a escola, 40,1% deixaram por desinteresse. O trabalho é motivo para 27,1%; atualmente o ensino médio tem a maior taxa de evasão da educação básica - 661 mil estudantes entre 2005 e 2007. Entre 2004 e 2006, o número total de matriculados nas três séries caiu 2,9%, apesar de só 44% dos jovens de 15 a 17 anos, a idade correta, estarem matriculados.
Fonte: O Estado de S. Paulo

Menino de 9 anos é 3ª vítima fatal da gripe suína no Brasil

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, que a terceira vítima fatal da gripe suína no País é um menino de 9 anos da cidade de Sapucaia do Sul (RS). A morte ocorreu no último dia 5 e o resultado positivo para o vírus Influenza A (H1N1), realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi divulgado hoje.
O menino tinha vínculo com uma pessoa que havia viajado recentemente para a Argentina. Ele teve pneumonia e ficou internado na UTI do Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, onde morreu.
Primeiramente, segundo o secretário estadual de Saúde, Osmar Terra, a doença foi tratada como uma gripe comum, depois evoluiu rapidamente. "O médico, inclusive, fez a medicação correta. Quando se agravou o estado de saúde, ele foi para o Hospital de Clínicas, onde ficou na UTI. Só depois que ele estava na UTI, com quadro de pneumonia, se levantou a possibilidade se ser gripe suína", disse o secretário. De acordo com Terra, o garoto tinha uma doença crônica neurológica, que pode ter dificultado à resposta ao tratamento.
A primeira morte no Brasil também foi registrada no Rio Grande do Sul. Tratava-se de um caminhoneiro de 29 anos, de Erechim, que morreu depois de ser internado na cidade de Passo Fundo. A segunda vítima fatal foi uma criança de 11 anos de Osasco, em São Paulo.
De acordo com o secretário, a terceira morte por gripe suína no País não muda as recomendações feitas até agora. "Temos que tratar isso como uma gripe. As pessoas têm de tomar cuidados, andar agasalhadas, procurar se alimentar bem e procurar manter as defesas do organismo. Como não tem vacina, as pessoas têm de se preparar como se preparam para enfrentar uma gripe de inverno, como uma gripe sazonal, que ocorre todo o ano e que causa complicações também. As pessoas debilitadas também morrem da gripe comum."
Terra não descarta que, em poucos dias, a gripe suína terá de ser trabalhada como uma epidemia no Estado. "É uma questão de tempo só. O Rio Grande do Sul vai ser a principal fronteira desse enfrentamento da gripe. Então, o risco de o Rio Grande do Sul ser o Estado com o maior número de infectados é muito grande." Atualmente, o Estado de São Paulo é o que apresenta mais casos da doença. Balanço do governo federal aponta que no Brasil existem 1.027 casos de Influenza A confirmados.
Fonte: Redação Terra

domingo, 12 de julho de 2009

Louis Pasteur

Louis Pasteur (Dole, 27 de dezembro de 1822 — Villeneuve-L'Etang, 28 de setembro de 1895) foi um cientista francês cujas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina. A ele se deve a técnica conhecida como pasteurização.
Primeiros Anos
Louis Pasteur nasceu em Dole no dia 27 de dezembro de 1822. Seu pai foi sargento da armada napoleônica. Pasteur não foi um aluno especialmente aplicado ou brilhante na escola e nem mesmo na universidade. Quando bem jovem tinha gosto pela pintura e fez diversos retratos de sua família. Aos 19 anos abandonou a pintura para se dedicar à carreira científica, o que perdurou para toda a sua vida. Em 1847 ele completou seus estudos de doutorados na escola de física e química em Paris.
Estudos e a influência na evolução da ciência
Iniciou seus estudos no Colégio Royal em Besançon, transferindo-se para a Escola Normal Superior em 1843 de Paris estudando química, física e cristalografia. Foi na cristalogia que Pasteur fez suas primeiras descobertas. Descobriu em 1848 o dimorfismo do ácido tartárico, ao observar no microscópio que o ácido racêmico apresentava dois tipos de cristais, com simetria especular. Foi portanto o descobridor das formas dextrógiras e levógiras, comprovando que desviavam o plano de polarização da luz no mesmo ângulo porém em sentido contrário. Esta descoberta valeu ao jovem químico, com apenas 26 anos de idade, a concessão da "Légion d'Honneur" Francesa.
Após licenciar-se e assistir às aulas do grande químico francês Jean-Baptiste Dumas, começou a se interessar pela química.
Exerceu o cargo de professor de química em Dijon e depois em Estrasburgo. Ele casou-se com Marienne Laurente, filha do reitor da Academia. Em 1854 foi nomeado decano da Faculdade de Ciências na Universidade de Lille.
A pedido dos vinicultores e cervejeiros da região, começou a investigar a razão pela qual azedavam os vinhos e a cerveja. De novo, utilizando o microscópio, conseguiu identificar a bactéria responsável pelo processo. Propôs eliminar o problema aquecendo a bebida lentamente até alcançar 48° C, matando, deste modo, as bactérias, e encerrando o líquido posteriormente em cubas herméticamente seladas para evitar uma nova contaminação. Este processo originou a atual técnica de pasteurização dos alimentos. Demonstrou, desta forma, que todo processo de fermentação e decomposição orgânica ocorre devido à ação de organismos vivos.

sábado, 11 de julho de 2009

A depressão dos jovens médicos

O jovem que faz vestibular para medicina sabe que enfrentará muitos anos de estudo. Primeiro, os seis da faculdade; depois de formado, pelo menos mais dois de residência para se tornar especialista. Nesse início do curso, a emoção que prevalece é o orgulho de ter passado na seleção para algumas das vagas mais disputadas do País. Mas o que estudos recentes começam a mostrar é que boa parte dos futuros médicos corre o sério risco de ter depressão e até mesmo de pensar em largar o curso antes de pegar o diploma. Um desses trabalhos, realizado na Universidade de Uberlândia, em Minas Gerais, descobriu que 79% dos 400 alunos do curso de medicina apresentavam sintomas depressivos. Cerca de 20% deles tinham um quadro considerado grave.
A tendência à doença está sendo identificada em mais universidades. Na Faculdade de Medicina do ABC, na cidade paulista de Santo André, pesquisa coordenada pelo Serviço de Orientação Psicológica ao Aluno revelou que 38% dos acadêmicos exibiam queixas características desse tipo de distúrbio psiquiátrico, como tristeza, falta de concentração, desânimo e um profundo cansaço. A pesquisa, divulgada no portal internacional de publicações médicas Biomed Central, serviu para evidenciar ainda mais a necessidade de entender o que leva os jovens médicos a cair em depressão e o que as escolas precisam fazer para ajudá-los a se recuperar.
No estudo de Santo André, por exemplo, viu-se que o maior número de casos estava concentrado nos dois últimos anos de faculdade, período conhecido como internato, em que os alunos vivenciam na prática o que aprenderam na teoria. Foi exatamente nessa fase que o estudante Álvaro Faria, 26 anos, sofreu com a doença. “Eu me sentia muito mal. Achei que medicina não era para mim, que não suportaria mais aquele sofrimento”, lembra. Em rodas de amigos, não tinha assunto que não fossem os problemas do hospital. Seu limite de saturação foi a morte de um paciente diabético que precisava fazer uma cirurgia de urgência. O doente morreu antes que a equipe médica conseguisse estabilizar seus níveis de glicose – medida que precisava ser tomada antes da operação. Por muito pouco poderia ter sido salvo. “Não consegui tirar a cena da mente naquela semana. Entrava no hospital me questionando se seria capaz de salvar alguém naquele dia”, lembra. Diagnosticado por um serviço de apoio criado na escola, ele foi tratado com antidepressivos e psicoterapia por cerca de um ano.
Além do choque com a dura realidade do sistema de saúde brasileiro – repleto de deficiências e limitações que vão da falta de leitos à ausência de materiais básicos para o trabalho –, esses jovens ainda enfrentam as exigências do curso. Para Heloísa Calazans, 22 anos, aluna do quinto período de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a pressão pelo bom desempenho acadêmico incomoda mais do que o cotidiano do hospital. E foi o que a levou a procurar ajuda médica. “É um ambiente muito competitivo. Cheguei a faltar às aulas e a deixar de es tudar matérias que sempre gostei por conta do stress com as notas”, diz. Os anos de estudo intenso também fizeram com que momentos de lazer e de convivência familiar de Heloísa se tornassem mais raros. A cura veio por meio de antidepressivos, usados por três meses. “Estou recuperada”, diz.
Na opinião do psiquiatra Sérgio Baldassin, professor da Faculdade do ABC e coordenador da pesquisa sobre a depressão entre os estudantes, a expectativa que recai sobre os novos médicos agrava seu mal-estar. “Espera-se hoje que o médico seja um workhaholic, que conheça todos os artigos científicos recentes, tenha disponibilidade 24 horas por dia e que, se possível, não cobre muito caro”, afirma. “É uma situação de stress extremo vivenciada todos os dias.” Características comuns de personalidade de quem escolhe a profissão de médico também pesam no desencadeamento da doença. “São pessoas exigentes, que passaram por um processo de seleção rigoroso e têm de responder a expectativas próprias e sociais”, afirma Carlos Henrique Alves de Rezende, orientador do curso de Uberlândia.
Em um contexto rígido como esse, é mais difícil para os estudantes admitir que têm alguma dificuldade e procurar ajuda. “Pelo menos uma vez por dia recebo um aluno com sintomas depressivos. Muitos têm medo de ser alvo de preconceito”, conta Regina Granato, coordenadora do curso de medicina da Universidade Federal Fluminense. É um temor justificável. Até hoje, a depressão ainda é vista, muitas vezes, como sinônimo de fraqueza emocional – embora esteja mais do que provado que se trata de uma doença. Em um ambiente competitivo como o da medicina, o equívoco de julgamento pode se tornar um grande problema na vida do profissional. Por isso, é importante que o jovem médico esteja atento a esse aspecto e não caia na armadilha de negligenciar os próprios sintomas.
Oferecer opções de tratamento a esses jovens é essencial. “As faculdades devem prestar apoio psicológico aos profissionais da saúde. Cerca de 80% das que estão sediadas no Sul e no Sudeste já fazem isso”, diz o psiquiatra Baldassin. Além disso, o atendimento precisa ser individualizado. “O que funciona para um caso não se aplicará necessariamente a outro”, explica.
No trabalho feito com os profissionais, um dos objetivos é ajudá-los a enfrentar frustrações como a morte de um doente. “Escolher a medicina é ter poder sobre a morte e a vida, é querer ser onipotente”, afirma Rezende. Mas não é fácil para os jovens ver essa ideia desmistificada. “Também é preciso criar mecanismos para não sofrer junto com o doente”, diz a médica Regina Granato, do Rio de Janeiro. “Continuamos nos compadecendo, mas é necessário criar uma defesa para não absorver a tristeza.” O jovem Álvaro Faria parece ter entendido a lição. “Por melhor que você seja, não conseguirá salvar todos. Mas hoje, depois do que passei, no fim do dia tenho a convicção de que fui bem-sucedido quando dei o meu melhor”.
Fonte: Revista IstoÉ

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Quanto é rápido demais?

Depois que o fantasma da impotência foi dissipado graças à farmacêutica, nada assombra tanto os homens na horizontal como a ejaculação precoce. Um cálculo conservador estima que a mais comum das disfunções sexuais afete 20% dos marmanjos em, digamos, funcionamento. Mas quão rápida deve ser a ejaculação – durante o ato propriamente dito – para que seja considerada precoce? Não, senhores, não se trata de estabelecer, por tabela, quanto tempo é preciso segurar a onda para fazer a companheira de todas as horas chegar lá. Afinal de contas, essa é uma questão variável em sua subjetividade. Está-se falando, aqui, de um parâmetro para o diagnóstico e tratamento de um distúrbio de ordem eminentemente clínica. Após sete meses debruçados sobre uma vastíssima literatura médica que abrangia boa parte dos países e culturas, um time de 21 especialistas, entre urologistas, endocrinologistas, psiquiatras e psicólogos, chegou a uma conclusão. Ela foi divulgada, na semana passada, pela Sociedade Internacional de Medicina Sexual, a ISSM: a ejaculação precoce ocorre quando, na maioria de seus encontros amorosos, o homem chega ao clímax em, no máximo, um minuto depois do início da relação sexual.
"Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a disfunção decorria, sobretudo, de problemas psicológicos relacionados à ansiedade", diz o urologista mineiro Luiz Otavio Torres, da diretoria da ISSM. Hoje, já se sabe que em dois terços dos casos ela é de fundo orgânico e se manifesta desde o início da vida sexual. Chamada de ejaculação precoce primária, resulta de um desequilíbrio entre dois neurotransmissores, a dopamina e a serotonina. A primeira substância está associada aos desejos de forma geral, e a segunda, à sensação de bem-estar. Por enquanto, não há remédios para a ejaculação precoce primária. Aos pacientes, são receitados, em geral, antidepressivos – não por sua ação terapêutica, mas por seus efeitos colaterais. Tais medicamentos costumam acarretar nos usuários uma demora maior para ejacular. No entanto, como eles devem ser tomados todos os dias, o índice de abandono do tratamento é alto. Está em fase final de testes um remédio específico para o problema, a ser ingerido de uma a três horas antes do sexo.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Respostas baseadas em evidência na APS

Dúvidas, comentários e respostas baseadas em boa evidência relacionados com os problemas prioritários de APS (http://blog.telessaudebrasil.org.br).
Este conteúdo surgiu a partir dos serviços de 2º Opinião em Atenção Primária à Saúde providos pelo Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul sob os auspícios e colaboração da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
Essa sessão contará também com o apoio e contribuição de conteúdo dos demais Núcleos de Telessaúde.
O Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina também está iniciando um processo de segunda opinião formativa para as equipes de Saúde da Família, com objetivo de apoiar e qualificar o processo de trabalho da Atenção Básica no estado, estamos em reestruturação do núcleo, e para participar basta ser profissional da Atenção Básica em Santa Catarina e solicitar um senha pelo e-mail cris@telemedicina.ufsc.br
Acesse nossa página: http://telessaude.sc.gov.br e acesse também a página do projeto nacional http://www.telessaudebrasil.org.br/php/index.php

quarta-feira, 8 de julho de 2009

"Amanhã eu te falo"


Vitiligo

Definição
É uma doença dermatológica, caracterizada pela inibição ou destruição de melanócitos, as células responsáveis pela fabricação de melanina (pigmento que dá cor à pele). Isso resulta em zonas despigmentadas, que se apresentam na forma de manchas brancas.
Incidência
O vitiligo acomete todas as raças, idades e ambos os sexos. Pode estar relacionado à hereditariedade – 30% dos pacientes têm familiares com o mesmo problema. Estima-se que cerca de 1 a 2% da população mundial tenha a doença. Como a maioria das doenças de pele não-infecciosas, pode ser influenciada pelo estresse.
Causa
Não se sabe com certeza sua causa e não há como preveni-lo. A teoria mais aceita julga que certas pessoas sofrem uma alteração no sistema imunológico, que passa a fabricar auto-anticorpos contra o próprio sistema pigmentar da pessoa. Foi constatada a associação do vitiligo com alterações da tireóide em muitos pacientes (tanto em casos de hiper quanto de hipotireoidismo). Até agora, no entanto, não se conseguiu uma explicação definitiva para esse fenômeno. Entre outras doenças associadas encontram-se a anemia perniciosa, a alopécia areata, o diabetes e a doença de Addison (insuficiência da glândula supra renal).
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se apenas no exame clínico do paciente.
Sintomas
O vitiligo caracteriza-se pelo aparecimento de manchas brancas de formas e tamanhos variados (de alguns milímetros até muitos centímetros). Estas podem aumentar aos poucos e, somadas ao aparecimento de novas manchas, eventualmente afetam todo o corpo. Por vezes, as manchas apresentam bordas mais pigmentadas do que a pele normal, com presença de cabelos ou pêlos que podem embranquecer.Únicas ou múltiplas, as manchas afetam qualquer parte do corpo, embora ocorram com maior freqüência nos joelhos, cotovelos, dedos, pernas, punhos, axilas, região lombar e áreas em torno da boca, do ânus, dos olhos e do nariz. Às vezes, a despigmentação atinge as mucosas dos lábios, gengivas, mamilos e genitais. É comum que, ao se machucar, o paciente tenha as áreas afetadas da pele embranquecidas pelo vitiligo.
Tratamento
Antes de tudo, convém esclarecer que o vitiligo é uma doença benigna, cujos únicos efeitos são de ordem estética. Existem casos de regressão espontânea. Para disfarçar o problema, algumas pessoas utilizam maquiagens próprias para a finalidade: são cosméticos à prova d’água, com colorações muito próximas às da pele normal. Caso se opte por um tratamento, o mais eficaz é a fototerapia. O paciente toma psoraleno (medicamento que torna a pele mais sensível à luz ultravioleta) e, duas horas mais tarde, expõe-se à radiação ultravioleta em cabine apropriada usando, durante a sessão, óculos especiais para proteger os olhos contra as radiações. Apesar da eficácia, o tratamento fototerápico é demorado: às vezes, requer de 50 a 60 sessões, numa freqüência de duas a três por semana. Um sinal de melhora da doença é o surgimento de pequenas “ilhotas” de pigmentação no centro das manchas. Assim como a radiação solar, a fototerapia pode propiciar o aparecimento de sardas e manchas – tratamentos prolongados por anos e que às vezes desencadeiam câncer de pele.No Brasil, outra medicação usada em associação com a fototerapia deriva de uma planta chamada Manya cadela. Também com propriedades fotossensibilizantes, mas mais branda do que os psoralenos, a substância é ingerida antes da exposição do corpo ao sol, durante um período de tempo controlado. Essa forma de terapia é ainda mais demorada e menos eficaz, pois não há um controle rígido sobre a quantidade de radiação a que o paciente se submete – além do fato de que, devido as variações climáticas, a luz solar nem sempre está disponível na intensidade necessária.Em casos que apresentem poucas lesões ou em crianças, aplicam-se loções com substâncias fotossensibilizantes antes da exposição ao sol. Vale lembrar que as áreas muito brancas não possuem pigmento e, portanto, não têm proteção natural ao sol. Nos passeios à praia ou à piscina, deve-se usar filtro solar, tanto para evitar queimaduras quanto para impedir o bronzeamento da pele ao redor das manchas, o que acentuaria o contraste da despigmentação. Usam-se corticóides na forma de cremes ou loções nos casos com poucas lesões. Já em casos muito extensos, no quais grande parte do corpo é afetada, existe a opção do clareamento da áreas normais da pele. O tratamento, à base de cremes ou loções, dura de três a quatro meses. Nesses casos, o uso constante de betacaroteno por via oral pode ser indicado, pois desenvolve uma coloração ligeiramente amarelada e diminui o aspecto de palidez.

Tribunal do DF condena ex-médico a 30 anos de prisão

O Tribunal do Júri de Taguatinga, no Distrito Federal (DF), condenou o médico Marcelo Caron a 30 anos de prisão pelas mortes de Grasiela Murta de Oliveira e de Adcélia Martins de Souza. De acordo com a sentença, divulgada por volta de 3h desta quarta-feira (8), pelo juiz-substituto Germano Oliveira Henrique de Holanda, 29 anos serão cumpridos em regime fechado e um ano em regime aberto. Os advogados de defesa de Caron disseram que vão recorrer da sentença. Caron foi condenado por homicídio doloso qualificado, omissão de socorro e exercício ilegal de medicina.
Apesar da senteça, Caron não saiu do Fórum e foi para a prisão, pois responde ao processo em liberdade, compareceu a todos os atos, e mantém o direito até que seja julgado o último recurso. O julgamento começou na manhã desta terça, e teve quase 18 horas de duração. Para os jurados, o ex-médico assumiu o risco de matar as pacientes. As duas mulheres morreram por complicações provocadas por cirurgias de lipoaspiração. Caron atuava como cirurgião plástico usando um falso diploma de especialização. Os dois casos são de 2002.
Além das duas pacientes, ele é apontado pelo Ministério Público (MP) como responsável pela morte de mais três mulheres e pela deformação de outras 29, todas em consequência de falhas em procedimentos cirúrgicos. Condenado pela morte de uma das mulheres de Goiânia, ele ganhou da Justiça o direito de aguardar o recurso em liberdade. Na semana passada, os advogados do ex-médico entraram com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o julgamento desta terça, até que fosse avaliado um habeas corpus. Caron foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão em cada caso. Mas ele também foi penalizado com mais um ano de prisão por exercício ilegal de medicina.
Fonte: G1

terça-feira, 7 de julho de 2009

Entra em vigor lei que garante a mulheres de 40 anos mamografia no SUS

Entrou em vigor no último dia 29 a lei que garante às mulheres acima de 40 anos o direito de realização de mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antes, as mamografias pela rede pública eram feitas apenas quando havia indicação médica, sem limite de idade. A mamografia é um dos principais exames preventivos contra o câncer de mama. Em 2008, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimava em 49,4 mil de novos casos no país. Segundo o instituto, a doença é relativamente rara antes dos 35 anos, mas a incidência costuma ter aumento rápido e progressivo a partir dessa idade.
A rede pública de saúde conta atualmente com 1.246 equipamentos, que realizaram 2,9 milhões de exames em 2008, ao custo de R$ 115,0 milhões. Segundo o Ministério da Saúde, o número de mamografias realizadas pelo SUS aumentou 118,3% nos últimos sete anos e deve continuar em crescimento. A previsão para 2009 é que sejam feitas mais de 3 milhões de mamografias, em 2010, 3,5 milhões, e em 2011, 4,4 milhões. O estudo do Ministério da Saúde “Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico”, de 2008, mostra que 71% das mulheres com idades entre 50 e 69 anos que moram nas capitais declararam ter feito uma mamografia em nos dois anos anteriores.

Mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte

1) É recomendável que se tome a pílula até 72 horas depois da relação sexual. Depois disso, o feto nasce com deformidades.
Mito. "Em geral, não há riscos para o feto, porque nesse momento não há um embrião formado. Então, não existe contato entre o bebê e o sangue da mãe", explica o ginecologista Claudio Bonduki. Mas isso também não significa que você está segura. Depois de 72 horas, a pílula não causa problemas ao feto, mas também não evita uma gravidez indesejada. É recomendável, então, que ela seja tomada logo após a relação sexual. Quanto mais cedo o primeiro comprimido for ingerido, maior a eficácia do remédio.
2) A pílula é 100% segura
Mito. Vômitos, dores de cabeça, sangramentos, náuseas e irregularidades no ciclo menstrual são alguns dos efeitos colaterais da pílula do dia seguinte. A intensidade e a frequência dos sintomas variam de mulher para mulher. Mas não se engane, o problema maior não está na eficácia contraceptiva, mas sim no fato de ela não prevenir as doenças sexualmente transmissíveis. Portanto, ela jamais deve ser usada como um paliativo para a falta de camisinha.
3) Tomar pílula do dia seguinte no meio da cartela anticoncepcional dobra os efeitos colaterais
Verdade. Não há estudos que comprovem os reais efeitos da pílula do dia seguinte em mulheres que já fazem uso de anticoncepcional - e não há consenso entre especialistas. Mas casos clínicos comprovam que as chances de surgirem efeitos colaterais, como dores de cabeça e náusea, aumentam muito. "Nessa situação a mulher pode ter mais sintomas e em intensidades maiores", comenta Bonduki.
4) Ela é abortiva
Mito. "Se a pílula fosse abortiva, a eficácia dela não cairia com o passar dos dias", argumenta o ginecologista Marco Aurélio Pinho de Oliveira. Segundo o chefe do Ambulatório de Endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, o embrião só se aloja no útero da mulher no terceiro dia após a fertilização. Após as 72 horas em questão, a pílula já quase não tem efeito no organismo da mulher.
5) Tomar a pílula com muita freqüência corta o efeito dela
Verdade. De acordo com o ginecologista Oliveira, quando o uso da pílula do dia seguinte é muito recorrente as "falhas" passam a ser mais próximas também. "Na primeira vez que usa, a mulher tem 5% de chances de engravidar. Se ela toma a pílula de novo em sequência, ela aumenta mais 5% de chances", explica. Mas não se assuste, ela não tem efeito cumulativo. Se por um acidente você teve de tomar a pílula e, alguns meses depois, precisou tomá-la de novo, a eficácia dela permanece a mesma da primeira vez.
6) A descarga hormonal pode danificar útero e ovários
Mito. Composta pelo hormônio estrogênio, a pílula do dia seguinte não traz efeitos orgânicos à mulher. "O único perigo é em mulheres com prediposição à trombose, porque ela pode ter uma trombose vascular", orienta Claudio Bonduki.
7) Quanto mais tarde tomar a pílula, mais chances tenho de engravidar
Verdade. "No primeiro dia a mulher tem 5% de chances de engravidar. No terceiro, o risco sobe para 50%", alerta Marco Aurelio Pinho de Oliveira. Após 72 horas, a eficácia do contraceptivo é quase nulo. "O nome é impróprio, deveria ser chamar pílula das horas seguintes. A mulher tem de tomar o primeiro comprimido o quanto antes", finaliza.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Perguntas e respostas: Medicamentos genéricos

1. Quando surgiram os medicamentos genéricos?
Os genéricos surgiram no mundo há mais de 40 anos. A indústria teve origem nos Estados Unidos, na década de 1960, por iniciativa do governo americano. Mas foi apenas em 1984 que os EUA definiram os critérios que seriam globalmente empregados no registro desses medicamentos. No Brasil, a Lei dos Genéricos (nº 9787), que institui a indústria nacional do segmento, data de 10 de fevereiro de 1999. Quatro anos depois de promulgada a lei, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró- Genéricos), os genéricos já abrangiam as principais classes terapêuticas, atendendo a mais de 60% das necessidades de prescrições médicas.
2. Quando um remédio passa a ter uma versão genérica no mercado?
O genérico entra em cena quando expira a patente de um determinado remédio, chamado de medicamento de referência ou de marca. Ao expirar a patente, o produto deixa de ter proteção e pode ser copiado pela concorrência. Como as patentes têm data de validade, as empresas do segmento de genéricos começam a trabalhar em seus lançamentos muito antes do fim das patentes. "Normalmente, nós precisamos de dois anos para desenvolver o medicamento genérico, período em que são realizados testes, pesquisas e registros", diz Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos.
3. Qual a participação dos genéricos no mercado brasileiro?
Os genéricos correspondem hoje a cerca de 18% dos remédios comercializados no país, número que deve ser elevando nos próximos anos - com a entrada de mais drogas no mercado. Dentro do bolo financeiro, os medicamentos mordiscaram em 2008 uma fatia de 14,55% - ou 2 bilhões de dólares de um total de 14,669 bilhões. Os 82 fabricantes do país produzem mais de 2.600 medicamentos, capazes de fazer frente a 90% das doenças conhecidas.
4. Qual o desempenho desse segmento no setor farmacêutico?
Em 2008, o segmento cresceu 18,9%, superando a média do mercado farmacêutico, que aumentou 7,9%. Essa expansão resultou em uma venda total de 277,1 milhões de unidades. No primeiro trimestre de 2009, nova alta e um recorde em vendas em unidades. De janeiro a março, foram vendidas 71,2 milhões de unidades, 19,4% a mais que as 59,6 milhões comercializadas no mesmo intervalo de 2008.
5. Há vantagem em se adquirir um medicamento genérico?
Do ponto de vista da saúde, não há diferenças. O efeito de um genérico é bioequivalente ao do remédio em que ele se baseia. Financeiramente, porém, os genéricos podem ser um bom negócio. Por lei, custam 35% a menos do que os chamados medicamentos de referência. Pelos cálculos da Pró-Genéricos, em dez anos os brasileiros economizaram 10,5 bilhões de reais ao adquirir genéricos em vez de medicamentos de marca. Pode acontecer, contudo, de o genérico ficar mais caro, caso o fabricante do remédio-referência faça promoções para reconquistar mercado.
6. Por que os medicamentos genéricos são mais baratos?
Isso ocorre porque os custos de produção de genéricos são bem inferiores aos do desenvolvimento de um medicamento de marca - que é pioneiro. O processo de pesquisa para a fabricação de uma droga de referência pode consumir muitos anos, além de milhões e até bilhões de dólares. Isso inclui testes clínicos caros para garantir a segurança e a eficácia do produto. Depois, é necessário investir em marketing com o público, as farmácias, os convênios médicos e os profissionais da saúde. Assim, o custo total envolvido no lançamento de um remédio de marca pode chegar a bilhões de dólares. Para a produção do genérico, as etapas são bem mais simples, uma vez que a fórmula do remédio já é conhecida.
7. Por que muitos continuam usando os remédios de marca?
Basicamente, pelo marketing da indústria farmacêutica, que consegue convencer o paciente a adquirir o produto de marca. Além disso, se um paciente finalmente encontrou um remédio que funciona para o seu caso, pode resistir a trocá-lo pela versão genérica, por medo de perder o efeito do medicamento - embora o genérico equivalha ao de referência. E há princípios inativos nas drogas genéricas que podem ser diferentes daqueles das drogas de marca. Eles não afetam a maneira como a droga funciona, mas podem alterar a aparência e o sabor, fazendo as pessoas pensarem que falta alguma coisa no remédio genérico.
8. O efeito é o mesmo que o do medicamento-referência?
Sim. Os genéricos têm uma série de requisitos para serem registrados. Esses requisitos fazem com que, do ponto de vista científico, o efeito medicinal se mantenha. A equivalência é comprovada por uma série de testes. O medicamento genérico também deve ser igual em termos de segurança, potência, via de administração (comprimido, líquido etc.), qualidade e desempenho, e ter a mesma indicação que o de marca.
9. O que falta para que a expansão dos genéricos se acentue?
Para que esses remédios ocupem um terreno maior no mercado brasileiro, como nos Estados Unidos, onde respondem por metade dos medicamentos consumidos, seriam necessárias várias medidas, de acordo com o presidente da Pró-Genéricos, Odnir Finotti. Entre elas, estariam a inclusão do genérico no sistema de reembolso dos planos de saúde e um maior esclarecimento sobre o tema. "O genérico entra em todas as classes sociais, mas seu consumo cresce entras as pessoas mais bem informadas", diz Finotti.
10. Para comprar um genérico, é preciso receita médica especial?
Não. O médico pode receitar um medicamento de marca e o consumidor, no balcão da farmácia, substituí-lo pelo genérico respectivo. Muitas vezes, o vendedor ajuda, informando ao cliente que existe uma alternativa genérica àquele remédio que ele procura. O médico pode, no entanto, barrar a compra de um genérico, vetando expressamente na receita a substituição do remédio de marca por um equivalente sem marca. Mas acredita-se que cerca de metade das receitas são preenchidas com um equivalente genérico de um remédio de marca.
11. Que genéricos são esperados para os próximos anos?
Até 2012, devem chegar ao mercado, entre outros, o genérico do Viagra, usado no tratamento da disfunção erétil, e o do Lipitor, medicamento contra o colesterol que é um dos produtos farmacêuticos mais vendidos no mundo, com somas globais de 13 bilhões de dólares. Também são aguardados genéricos para asma e para doenças respiratórias como rinite alérgica - sprays e aerossóis nasais.
12. A produção de genéricos é feita apenas pela iniciativa privada?
Não. Em 1º de julho de 2009, foi inaugurada a primeira fábrica pública de medicamentos genéricos do Brasil, da Fundação para o Remédio Popular (Furp), na cidade de Américo Brasiliense, região de Ribeirão Preto, interior paulista. O estado de São Paulo já investiu cerca de 190 milhões de reais em toda a estrutura da fábrica, valor que deverá subir a 240 milhões com o restante do projeto, até o final de 2010. A unidade só deve produzir comercialmente a partir de 2011.
13. Medicamento similar e remédio genérico são a mesma coisa?
Não. Os medicamentos similares, assim como os genéricos, têm o mesmo princípio ativo do medicamento de referência, mas no registro dos similares não são exigidos os testes de bioequivalência que são requisito ao registro dos genéricos. O teste de bioequivalência, realizado obrigatoriamente com os medicamentos genéricos, garante que seus efeitos no organismo são exatamente iguais aos dos medicamentos correspondentes, assegurando, portanto, a intercambialidade do genérico com o medicamento de referência. A informação mais simples e mais importante para acabar com qualquer dúvida está na embalagem: todo genérico possui uma tarja amarela, contendo uma grande letra "G" e a inscrição "Medicamento Genérico". Nenhum similar tem esta inscrição.

domingo, 5 de julho de 2009

Tão jovens e tão ameaçados...

Era uma sexta-feira e a residente de medicina Lúcia Gutheil Gonçalves, então com 24 anos de idade, estava pronta para aproveitar a noite de Porto Alegre. Havia acabado de se maquiar e, para ir embora, só precisava pegar a bolsa. No momento em que tentou fazer o gesto, no entanto, seu braço não se moveu. Lúcia pensou em sentar-se para relaxar. Dessa vez, foi a perna direita que não obedeceu ao comando. Ela caiu. Deitada no chão e com a parte direita do corpo paralisada, alcançou o celular e ligou para a mãe: "Meu corpo não se move". Não conseguiu emitir nem mais uma palavra – a essa altura, sua voz já soava empastada. Sua mãe, médica, entendeu o que estava acontecendo e agiu rapidamente: em apenas meia hora, a residente recebeu o diagnóstico de derrame cerebral em um pronto-socorro hospitalar.
A cada ano, no Brasil, cerca de 20 000 jovens como Lúcia são acometidos por derrame cerebral, doença que se caracteriza pela interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro. O número, por si só, surpreende, já que a doença é comumente associada aos mais velhos. Outro dado espantoso: em grande parte das vezes, o derrame entre jovens decorre de um segundo mal também relacionado ao processo natural de envelhecimento, a aterosclerose – a deterioração e o estreitamento da parede das artérias causados pelo acúmulo de placas de gordura e de cálcio. Um estudo conduzido no Rio Grande do Sul com 682 homens e mulheres vítimas de derrame mostrou que 20% dos participantes com até 45 anos apresentavam esse distúrbio. Nos anos 80, apenas 10% dos casos de derrame entre pacientes da mesma faixa etária eram decorrentes de aterosclerose. "Trata-se de um quadro extremamente preocupante", diz o neurologista Maurício Friedrich, do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, um dos coordenadores da pesquisa.
Os jovens sofrem cada vez mais de doenças associadas aos velhos porque seu estilo de vida, para evitar meias palavras, é uma porcaria. Tabagismo, má alimentação, stress e sedentarismo, além de influenciar diretamente no desenvolvimento de distúrbios extemporâneos, também agravam fatores de risco preexistentes. "A adoção de hábitos saudáveis é tão importante que poderia evitar pelo menos 30% dos casos de aterosclerose", diz Eli Faria Evaristo, neurologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. "Tal redução, por sua vez, teria um forte impacto na diminuição dos casos de derrame cerebral."
O derrame é a doença que mais mata no Brasil – a cada ano, 100 000 brasileiros morrem vítimas da doença. Além da aterosclerose, problemas congênitos e arritmias cardíacas estão entre as suas principais causas. Dos que sobrevivem a ele, cinco em cada dez ficam com sequelas permanentes. A gravidade da doença depende tanto do local atingido quanto do número de vasos que foram comprometidos pela falta de irrigação sanguínea. O tratamento é, na maioria das vezes, feito com trombolíticos – medicamentos que facilitam a circulação sanguínea. Em metade dos casos, as sequelas da doença podem ser completamente revertidas. Para isso, é fundamental que o paciente receba socorro rapidamente. No caso de derrames leves, pacientes atendidos em até quatro horas têm 50% de possibilidade de ter as lesões totalmente revertidas. Já as vítimas atendidas em até uma hora têm mais de 90% de chance de sair ilesas – graças à presteza da mãe, foi esse o caso de Lúcia, a residente gaúcha.
Fonte: Veja saúde

sábado, 4 de julho de 2009

Grandes médicos da antiguidade: Vesalius

Andreas Vesalius (Bruxelas, 31 de Dezembro de 1514 — Zákinthos, 1564) foi um médico belga, considerado o “pai da anatomia moderna”. Foi o autor da publicação De Humani Corporis Fabrica, um atlas de anatomia publicado em 1543.
Vida
Muito pouco havia sido descoberto sobre anatomia e fisiologia desde a Antigüidade, cujas descobertas foram baseadas na dissecação de animais. A falta de aulas práticas de anatomia na Universidade de Paris acabou levando Versalius, assim como Michelangelo, a freqüentar cemitérios em busca de ossadas de criminosos executados e vítimas de praga. Casou-se em 1544 com Anne van Hamme e teve uma filha com o mesmo nome. Graduou-se doutor em Medicina pela Universidade de Pádua, na Itália, e em 1538 publicou seu primeiro trabalho, as Tabulae Sex, um conjunto de seis desenhos de anatomia feitos por ele próprio. Em 1546 foi nomeado médico da corte do sacro imperador romano Carlos V e ficou a serviço do Império até a abdicação de Carlos em 1556, tendo passado depois disso a servir a Filipe II, rei da Espanha. Vesalius morreu em 1564, provavelmente num naufrágio, na volta de uma peregrinação à Terra Santa. Ninguém sabe exatamente porque Vesalius resolveu fazer essa viagem arriscada; Conta uma versão que ele começou a dissecar um nobre que julgara morto mas cujo coração ainda batia. Por esse erro foi condenado à morte pela Inquisição, sentença que o rei Felipe teria substituído pela peregrinação.
Obra
Além das Tabulae Sex, Versalius foi autor de De Humani Corporis Fabrica, libri septem (mais conhecido como Fabrica), sua principal obra, que foi concluída em 1543 após inúmeras dissecações de cadáveres humanos. É uma espécie de atlas do corpo humano ricamente ilustrado, dividida em sete partes – ossos (Livro 1), músculos (Livro 2), sistema circulatório (Livro 3), sistema nervoso (Livro 4), abdômen (Livro 5), coração e pulmões (Livro 6) e cérebro (Livro 7).

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Dividir chimarrão facilita transmissão da gripe, diz secretária de saúde no RS

O hábito de tomar chimarrão nas cidades do Sul do país pode agravar o número de casos da nova gripe na região, caso a cuia com a bebida seja compartilhada com alguma pessoa infectada pelo vírus Influenza A (H1N1). A informação é da Secretaria Municipal de Saúde de Itaqui (RS).
De acordo com Eliane Piffero Goulart, secretária municipal de Saúde de Itaqui, a vida do vírus Influenza A (H1N1) tem "durabilidade" diferente de acordo com o meio transmissor. "Por exemplo, ele dura cinco minutos em uma mão contaminada. Em uma superfície lisa, a vida do vírus aumenta para um período de 24 a 48 horas. No caso da saliva, a transmissão é direta. O compartilhamento da cuia de chimarrão se enquadra na transmissão pela saliva." Gil Marques Filho, prefeito de Itaqui, disse que faz um trabalho de prevenção e de conscientização sobre os riscos de contágio da nova gripe pelas conhecidas rodas de chimarrão, típicas do costume gaúcho. "É muito difícil fazer o gaúcho parar de dividir o chimarrão. Isso está enrraizado na cultura sulista, mas é um alerta que precisa ser feito para a comunidade."
Os caminhoneiros argentinos Raul Adrian Bulens, 28 anos, e Perie Medardo, 56 anos, compartilhavam a mesma cuia de chimarrão na tarde desta quinta-feira (2), no estacionamento do Porto de Itaqui. "Se tiver de acontecer, vai acontecer. A gente esá preocupado com essa gripe, mas se ficarmos tensos com tudo que não podemos fazer, deixaremos de viver", disse Medardo. Apesar de desconsiderar o risco de contágio da nova gripe pela cuia do chimarrão, Bulens disse que está assustado com a nova onda de morte por causa da doença registrada na Argentina. "Agora está assustando de verdade. Se o porto fechar, por exemplo, por causa desse problema de saúde, perderemos o emprego também, além de corrermos o risco de contrair a doença." Falcão Hector, 24 anos, também caminhoneiro argentino, disse que o compartilhamento da cuia é algo social e difícil de mudar, tanto para os argentinos como para os brasileiros. "Não tenho medo de imediato. Não divido a cuia com qualquer pessoa, normalmente fazemos isso com pessoas conhecidas e que sabemos que não estão infectados."