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quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Ministério da Saúde reduz quantidade de sódio em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas
O
Ministério da Saúde anunciou nesta terça feira o início da terceira etapa de
seu programa para reduzir o consumo de sódio pelos brasileiros. O ministro
Alexandre Padilha e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de
Alimentação, Edmundo Klotz, assinaram um documento que estabelece metas
nacionais para reduzir o teor de sódio em diversos alimentos processados. O
termo de compromisso prevê diminuir a quantidade da substância em temperos,
caldos, cereais matinais e margarinas vegetais.
Nos documentos anteriores, foram regulados
macarrões instantâneos, bisnagas, pães de forma e francês, mistura para bolos,
salgadinhos de milho, batata frita, biscoitos e maionese. Somadas as três
etapas, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras brasileiras
mais de 20.000 toneladas de sódio. A iniciativa faz parte do Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis,
lançado em agosto do ano passado.
O termo de compromisso estabelece o
acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos produtos e análises
laboratoriais destes alimentos. "Com esse novo termo, pretendemos oferecer
um alimento mais saudável, tanto no ambiente familiar quanto nos locais de
trabalho. O Brasil se antecipa às ações que a Organização Mundial de Saúde
pretende adotar em relação ao sódio. O modelo seguido pelo Ministério da Saúde
pode se tornar referência para outros países", afirma o ministro Padilha.
Coração — Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação de consumo máximo de sal por
dia é de menos de cinco gramas por pessoa. No entanto, dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o brasileiro consome,
em média, 12 gramas por dia.
Esse consumo elevado pode trazer graves danos
à saúde da população. Uma pesquisa realizada em 2011 revelou que a hipertensão
arterial atinge 22,7% da população adulta no Brasil. Se o consumo de sódio for
reduzido para o valor recomendado pela OMS, as mortes por acidentes vasculares
cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Além disso, o
Ministério da Saúde estima que 1,5 milhão de brasileiros não precisariam de
medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até
quatro anos.
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