"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vacina para câncer da mama é testada com sucesso em ratos

Cientistas americanos dizem ter desenvolvido uma vacina que impediu o desenvolvimento do câncer da mama em ratos. Os pesquisadores planejam agora fazer testes da droga em humanos. Eles avisam, no entanto, que pode levar alguns anos até que uma vacina esteja disponível para o público. O imunologista que chefiou a pesquisa, Vincent Tuohy, do Cleveland Clinic Learner Research Institute, disse que a vacina age em uma proteína encontrada na maioria dos tumores da mama.
"Acreditamos que esta vacina será usada um dia para prevenir o câncer da mama em mulheres adultas da mesma forma como vacinas vêm impedindo muitas doenças da infância", disse Tuohy. "Se (a vacina) funcionar em humanos da mesma forma como em ratos, vai ser monumental. Poderíamos eliminar o câncer da mama". Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Medicine.
No estudo, ratos com grande probabilidade genética de desenvolver câncer da mama foram vacinados. A metade recebeu vacinas contendo a droga a-lactalbumina, a outra metade foi vacinada com uma droga que não continha a substância. Nenhum dos animais vacinados com a-lactalbumina desenvolveu o câncer da mama. Todos os outros ratos apresentaram a doença. Os Estados Unidos aprovaram duas vacinas para a prevenção do câncer, uma contra o câncer do colo do útero e outra contra o câncer do fígado.
Entretanto, essas vacinas atuam em vírus - o vírus do papiloma humano (HPV) e o vírus da hepatite B (HBV) - e não na formação do câncer. Câncer é um crescimento desordenado de células do corpo. Por isso, ao contrário de um vírus, não é reconhecido pelo organismo como um invasor ou um corpo estranho. Isso dificulta a criação de uma vacina preventiva. Vacinar o corpo contra o crescimento excessivo de células significa vacinar o paciente contra seu próprio organismo, provocando a destruição de tecidos saudáveis.
Caitlin Palframan, representante da entidade beneficente Breakthrough Breast Cancer, disse que o estudo pode ter implicações importantes na prevenção contra o câncer da mama no futuro. "Entretanto, o estudo está em fase inicial e nós aguardamos com interesse os resultados de experimentos em grande escala para verificar se essa vacina seria segura e efetiva em humanos", acrescentou. Ela disse que há medidas que mulheres podem adotar para reduzir os riscos do câncer da mama, entre elas, diminuir o consumo do álcool, manter um peso saudável e fazer exercícios regulares.
Fonte: BBC Brasil

Portaria do Ministério do Trabalho proíbe empresas de exigirem teste de HIV do trabalhador

O Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, publicou nesta segunda-feira (31) portaria que proíbe as empresas de exigirem do trabalhador a realização do teste de HIV para contratação. De acordo com a portaria, o teste de HIV não é permitido, de forma direta e indireta, em exames médicos para admissão, mudança de função, avaliação periódica, retorno, demissão ou outros ligados à relação de emprego.
O advogado trabalhista Alan Balaban Sasson afirma que a prática de pedir o exame é discriminatória e, por isso, já é proibida pela Constituição Federal, porém, a portaria enfatiza essa proibição. "O ministério demonstra que está de olho na questão", diz. Segundo ele, a medida aumenta a fiscalização do ministério nas empresas em relação ao assunto.
A portaria é a 1.246, de 28 de maio de 2010, e foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda. O texto toma como base a Lei 9.029, de 13 de abril de 1995, que proíbe a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para o acesso ou manutenção do emprego. A portaria ainda estimula que trabalhadores, quando necessário, façam o teste sem vínculo com o trabalho e resguardem a privacidade em relação ao resultado.
Fonte: G1 Saúde

Coquetel anti-HIV reduz em 92% transmissão do vírus

Pessoas com HIV reduziram o risco de transmitir o vírus da AIDS em 92% enquanto estavam tomando medicamentos antirretrovirais, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira. O estudo fornece a maior evidência de que drogas que tratam a síndrome da imunodeficiência adquirida podem também ser incorporadas em estratégias de luta contra o aumento dos casos de HIV. Em um estudo publicado pelo jornal britânico The Lancet, médicos recrutaram 3.381 casais heterossexuais em sete países africanos. Cada casal era "sorodiscordante", ou seja, com uma pessoa infectada com HIV e outra sem o vírus. Drogas antirretrovirais foram dadas a 349 indivíduos infectados. Os outros que possuíam o vírus receberam um placebo. Os pesquisadores recolheram amostras de sangue do outro parceiro a cada três meses para ver se ele ou ela haviam sido infectados. A pesquisa foi monitorada de perto por um comitê de ética, e incluiu um treinamento em sexo seguro, assim como exames de saúde de rotina.
Após 24 meses, 103 pessoas que estavam livres do HIV no início do experimento foram infectadas pelos seus parceiros. Mas apenas uma dessas 103 transmissões foi causada por um parceiro que estava tomando antirretrovirais. No geral, a utilização de antirretrovirais reduziu o risco de infectar outra pessoa em 92%, uma grande queda, que traz à tona o potencial que essas drogas têm de prevenir o HIV, além de apenas tratá-lo, afirmaram os autores.
"A utilização de ART (antirretrovirais) por pacientes infectados pode ser uma estratégia eficaz para realizar reduções do número de transmissões" de HIV, afirma o estudo. Isso ocorre porque o coquetel anti-HIV diminui a presença do vírus no sangue e em fluidos corporais, como sêmen ou muco vaginal, e por isso dificulta a transmissão para pessoas não infectadas, acreditam os especialistas. Entretanto, advertem que, ainda que os remédios possam diminuir o risco de transmissão, o perigo existe, e por isso sexo seguro é essencial.
O estudo, liderado por Deborah Donnel da Universidade de Washington e do Fred Hutchinson Cancer Research Center em Seattle, focou-se apenas nas relações heterossexuais. Também não foram observados outros modos de transmissão do vírus, como o sexo anal, o compartilhamento de agulhas ou de mãe para feto.
Fonte: Agência AFP - França

domingo, 30 de maio de 2010

Nota de esclarecimento do CFM sobre reprodução assistida

Nesta semana a mídia nacional noticiou que uma brasileira garantiu, na justiça, o direito de realizar em si própria inseminação com sêmen congelado do marido morto.
Sobre este caso, o CFM lançou a seguinte nota de esclarecimento:

"O Conselho Federal de Medicina (CFM), no uso de suas atribuições, conferidas em lei, e pela preservação do ético desempenho da medicina, esclarece à sociedade brasileira que:
Conforme o entendimento da maioria dos organismos internacionais de controle ético de reprodução medicamente assistida, essa técnica deve ser utilizada considerando-se, sobretudo, os interesses do ser humano que vier a ser concebido.
Portanto, na visão desses organismos, compartilhada atualmente pelo CFM, a aplicação de métodos não naturais de concepção não deve ser realizada na ausência ou falta provocada por morte de pai ou mãe biológicos."

Itajaí terá um posto do Hemosc e Hospital Marieta ganha novos credenciamentos

Ficou decidido na audiência realizada na tarde da última sexta-feira, na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) que Itajaí terá um posto do Hemosc, que funcionará em imóvel alugado, no bairro Vila Operária. O secretário de Estado de Saúde, Roberto Eduardo Hess de Souza, disse que o Estado comprará os equipamentos e se responsabilizará pelo custeio no pagamento de funcionários e manutenção da unidade. A prefeitura de Itajaí fornecerá o espaço físico e a contratação de alguns profissionais. A vice-prefeita de Itajaí, Dalva Rhenius disse que o município doará um terreno para construir uma sede definitiva do Hemosc.
Na mesma audiência também foi aprovado o credenciamento do Hospital Marieta Konder Bornhausen para atendimento em neurocirurgia, embolização e o laboratório de eletrofisiologia.
Fonte: Jornal Página 3

Bebês prematuros são mais sensíveis à dor

Crianças que nascem prematuramente se tornam mais sensíveis a dor do que os recém-nascidos que nascem de nove meses, apontou uma pesquisa britânica. O estudo analisou cerca de 60.000 prematuros, antes de completarem 37 semanas de vida, a cada ano na Grã-Bretanha. Muitos deles passaram semanas em um tratamento intensivo e doloroso, tomando injeções, sendo alimentados por meio de um tubo ou fazendo exames de sangue no hospital antes de serem liberados a ir para casa.
Depois, uma nova análise foi feita no cérebro das crianças submetidas a esta rotina de exames, e o que se verificou foi que os prematuros ficam particularmente mais sensíveis à dor com o passar do tempo - em comparação com os nascidos no tempo certo. A descoberta é crucial em relação ao sentido do tato, destacam os cientistas.
"Nosso estudo mostra que nascer prematuramente e ser submetido à terapia intensiva afeta o processamento da dor no cérebro infantil. Essas observações devem ser a base das diferenças de sensibilidade da dor a essas mesmas crianças ao longo dos anos", destaca Rebeccah Slater, que liderou a pesquisa da Universidade College London, publicada no jornal científico NeuroImage.
De acordo com Rebeccah, estas informações permitirão aos médicos desenvolver tratamentos analgésicos para aliviar a dor dos prematuros, quando ainda estão sendo acompanhado na UTI neonatal. "Isso nos permite definir a forma ideal de proporcionar alívio a esse grupo vulnerável."

Uma em cada sete mulheres até 40 anos já fez aborto

Uma pesquisa feita com 2.002 mulheres entre 18 e 39 anos de todo o País mostra que 15% delas já fizeram aborto, o que equivale aproximadamente a uma em cada sete brasileiras. Considerada a faixa dos 35 a 39 anos, a proporção aumenta: 22%, uma em cada cinco. Financiado pela Fundação Nacional de Saúde, este é considerado o maior levantamento sobre o tema já realizado. Ao garantir o anonimato das entrevistadas, os pesquisadores estimam um margem de erro de 2%.
A sondagem aponta que, ao contrário do que diz o senso comum, a decisão de interromper a gravidez não é restrita a adolescentes ou mulheres mais velhas. Ao contrário, em 60% dos casos a interrupção é feita no auge do período reprodutivo, entre 18 e 29 anos. Segundo a antropóloga Debora Diniz, da Universidade de Brasília, "a maioria é de mulheres casadas, religiosas, com filhos e baixa escolaridade". "Elas já têm a experiência da maternidade e tanta convicção de que não podem ter outro filho no momento que, mesmo correndo o risco de serem presas, interrompem a gestação", afirma Diniz, autora principal do estudo.
Fonte: VEJA Saúde

Dia mundial de combate ao fumo

À véspera do dia mundial de combate ao fumo, em 31 de maio, segue uma pequena seqüência de posts sobre o assunto, visando conscientizar ainda mais as pessoas sobre a necessidade de uma reflexão mais profunda e urgente sobre o assunto. As ações contra o fumo precisam concentrar-se em faixas etárias cada vez mais precoces, visando destruir a influência que a indústria ainda produz nos adolescentes, por meio de práticas muitas vezes subliminares.
Aproveitando a data, anunciamos que a UBS Espinheiros - Itajaí, está aderindo ao Programa de Apoio ao Tabagista, do Ministério da Saúde, e começará a montar os grupos de apoio já no segundo semestre de 2010.

Se você acha que não faltava mais nada...

O menino indonésio de dois anos que fuma cerca de 40 cigarros por dia já é uma provável vítima do vício em cigarros. Na última quarta, a agência de notícias Barcroft Media divulgou imagens do pequeno Aldi SugandaRizale que, de acordo com sua família, tem esse hábito desde os 18 meses e fica furioso quando fica sem fumar. Segundo Oliver Nascimento, médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ninguém começa a fumar tanto de uma só vez. O número de cigarros aumenta conforme o cérebro se torna dependente da nicotina.
"Temos receptores no cérebro à qual a nicotina se liga e libera dopamina, uma substância que gera bem-estar. A pessoa começa a fumar aos poucos, e esses setores do cérebro ávidos por nicotina começam a ficar mais numerosos", explica o médico, que também é diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia. A médica Elnara Negri, do hospital Sírio-Libanês, acrescenta que a dependência se manifesta mais rápido em pessoas mais novas. "Há alguns estudos mostrando que, quanto mais jovem você inicia o hábito de fumar, mais rápido você se torna dependente", diz a pneumologista.
Começando a fumar tão cedo, Aldi SugandaRizal é um grande candidato a ter doenças relacionadas ao cigarro. "São raras as pessoas que fumam muito não têm problemas de saúde. Em geral, a cada dois fumantes haverá um que morrerá por algo relacionado ao cigarro", conta Nascimento. Segundo a médica do Sírio-Libanês, o vício precoce pode trazer mais riscos de câncer. "As chances de ele ter mutações nas células é muito maior. As doenças pulmonares também podem ser mais graves, pois o pulmão ainda está em formação", conta.
"Quando fica sem fumar, ele fica enfurecido, grita e bate a cabeça na parede", disse a mãe do garoto, Diana, de 26 anos. "Ele me disse que fica enjoado e doente". Autoridades ofereceram à família um carro se ele parar de fumar, mas o pai, que é peixeiro, não ve problema. "Ele me parece bem saudável", disse.
O pneumologista da Unifesp conta que no interior do Brasil também são comuns casos de pessoas muito jovens que fumam. "Vemos crianças com 10 ou 12 anos que fumam cigarros de palha, que as pessoas pensam que não faz mal, mas não é verdade. Há até um estudo brasileiro mostrando que o cigarro de palha traz mais risco à saúde do que o cigarro comum." De acordo com Elnara, apesar de a proporção de fumantes em relação à população estar caindo, é crescente o número de mulheres e adolescentes a partir dos 12 ou 13 anos que estão aderindo ao hábito.
Ainda que o pai do menino indonésio garanta que ele é saudável, o consumo de cigarros pode estar minando a saúde do garoto sem que se perceba. Além das doenças tradicionalmente relacionadas ao cigarro, como problemas cardiovasculares e o câncer, o fumo pode ir destruindo aos poucos os alvéolos pulmonares – pequenas estruturas que captam oxigênio. A falta de ar causada pela lenta "desativação" do pulmão, nem sempre encarada com seriedade, acaba levando à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O problema, que compromete para sempre a capacidade respiratória, só costuma ser detectado depois de 17 anos de seu início, revelou uma pesquisa realizada recentemente pelo grupo Ipsos com 229 brasileiros.
Fonte: G1 Saúde

STJ nega mais dois pedidos de indenização por uso excessivo de cigarro

Nesta semana, a 4ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) julgou mais dois casos envolvendo pedido de indenização por danos morais devido a doenças decorrentes do tabagismo. Nos dois processos, a fabricante de cigarros Souza Cruz ficou isenta da responsabilidade pela doença resultante do prolongado uso de cigarro. Em ambos os casos, houve reforma de decisão anterior procedente ao pedido.
No primeiro processo, o fumante foi acometido de tromboangeíte obliterante e sustentou que a doença surgiu após o consumo prolongado do cigarro. Em primeira instância, o magistrado julgou procedente o pedido de indenização e condenou a Souza Cruz ao pagamento de R$ 500 mil. Em fase de apelação, a fabricante conseguiu a redução do valor para R$ 300 mil.
Segundo o STJ, no outro processo, a pessoa começou a fumar por volta dos 12 anos de idade e este hábito o acompanhou por 40 anos, falecendo vítima de câncer de pulmão. A família do fumante sustenta que a morte foi resultante do prolongado uso de cigarro. Apontam, ainda, que ele foi induzido pela propaganda enganosa da fabricante. Nesse caso, a primeira instância julgou improcedente o pedido de indenização. Já o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou a Souza Cruz ao pagamento de indenização para esposa e filhos do falecido.
O relator do processo, desembargador convocado Honildo Amaral de Mello Castro, afastou as alegações de não conhecimento dos malefícios causados pelo fumo e ressaltou que os fumantes valeram-se do livre-arbítrio.

Mulher fumante quase sempre exige tratamento duplo

Parar de fumar, na maioria das vezes, requer, além de iniciativa e vontade, tratamentos paralelos que ajudem a combater a dependência química da nicotina. A maneira de se livrar do cigarro, porém, não é a mesma para homens e mulheres. A relação de dependência do tabaco, nos homens, é muito mais racional que para as mulheres. Nelas, o vicio é uma compensação emocional e está diretamente ligado a ansiedade e insegurança. Segundo a cardiologista do Hospital do Coração e membro do comitê antitabaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Silvia Cury, o cigarro, para o homem, é uma ferramenta para combater o estresse. Nas mulheres, o vínculo emocional é mais intenso: alivia a angústia, insegurança e a ansiedade. A especialista alerta que por essas razões, o tratamento do público feminino, muitas vezes, requer a combinação de medicação especifica, uso do adesivo de nicotina e terapia. “Os homens se dão melhor com o tratamento a base de adesivo de nicotina. A relação deles com a dependência está relacionada, normalmente, com o estresse. Na mulher, essa ligação é mais profunda e emocional. Elas regem melhor a medicação, adesivo e acompanhamento médico.”
O remédio dado durante o processo requer abstinência de álcool. Silvia explica que embora a medicação funcione bem no público feminino, as mulheres reagem negativamente à proibição da bebida. Nos homens, esse impeditivo é mais bem aceito.
“Pra cada paciente temos uma avaliação específica. Usamos a medicação associada ao adesivo nas mulheres porque ela controla bem a ansiedade que a falta da nicotina provoca, mas muitas delas não querem ficar sem beber durante o tratamento.”
Os efeitos da falta do cigarro também apresentam diferenças pontuais entre os gêneros. A especialista revela que as mulheres costumam ficar mais desanimas, apáticas. No homem, esses sintomas dificilmente aparecem. Na matemática feminina, antigamente, parar de fumar resultava, invariavelmente, em quilos a mais na balança. Silvia comenta que o mito ainda existe, mas não é mais um dos impeditivos para iniciar o tratamento. “Esse medo ainda é real, mas menos comum. As pessoas estão vendo que não existe correlação. A ansiedade da falta de nicotina pode provocar uma compensação na comida, mas isso não é um efeito colateral.”
O paralelo entre gordura e o tabaco foi gerado, segundo a médica, por conta da dieta do cigarro. Silvia procura orientar as pacientes a não substituir a nicotina pela refeição.“Engordar entre três a cinco quilos durante o tratamento, que pode durar de três meses a um ano, é normal do ponto de vista médico. Para quem utilizou o cigarro como moderador de apetite é ainda mais comum que isso ocorra, mas não é regra.”
Se a gordura fosse uma conseqüência imediata, os fumantes que pararam com o vicio por um tempo e retomaram meses depois, deveriam emagrecer, contesta a especialista. “Não existe relação direta. Se o cigarro não emagrece, não é possível que engorde.”

Número de adolescentes fumantes do sexo feminino é 20% maior, afirma SBC

Insegurança, ansiedade e rebeldia são três fatores que não justificam, mas podem esclarecer os motivos pelos quais o número de meninas adolescentes fumantes, entre 13 e 18 anos, é mais de 20% maior que o de garotos. O dado é resultado de uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia em escolas públicas de São Paulo. A instituição entrevistou 2.829 estudantes do Ensino Fundamenta e Médio. Nela, quase 10% dos alunos fumam, sendo 61% meninas e 39% meninos. Entre as garotas, 11% fumam a menos de um ano; 59% entre 1 e 3 anos; 28% entre 4 e 6 anos; e 2% mais do que 6 anos. O índice, embora restrito, é coerente com o foco da campanha da Organização Mundial da Saúde para 2010: diminuir o número de mulheres dependentes do cigarro no mundo. Silvia Cury, cardiologista do Hospital do Coração e integrante do Comitê Antitabaco da SBC, coordenou a pesquisa. Para ela, os resultados refletem a relação emocional que a mulher tem com o tabaco.
“Nessa fase, as desilusões, inseguranças e necessidade de pertencer a um grupo especifico acabam sendo compensadas com a sensação de prazer, satisfação que a nicotina dá. A mulher se deprime mais que o homem. O cigarro supre certos dramas emocionais mais típicos delas.”
Os dados não apresentam uma realidade apenas paulista. Segundo a especialista, o uso do cigarro entre as meninas têm aumentado mundialmente. Para ela, o público jovem é constantemente seduzido pela indústria do cigarro. Embora as campanhas publicitárias sejam proibidas no Brasil há mais de cinco anos, as mensagens subliminares estabelecendo uma imagem ‘descolada’ do cigarro são recorrentes.
“As marcas de cigarro estão sempre patrocinando festas para o publico jovem. A relação entre o esporte e o cigarro também é constante. As cores do cigarro por vezes então presentes em locais, espaços freqüentados por universitários, sempre ligados a atletas, artistas da moda. A influência é indireta, velada, mas existe e conquista.”
A briga entre a medicina e a indústria tabagista é constante e, ao que tudo indica, será eterna. Silvia revela que o foco no público jovem e feminino é uma estratégia para arrebatar novos adeptos ao cigarro. “As marcas reconhecem quem está apto ao vício. As empresas investem em produtos light, com baixos teores de alcatrão e nicotina, com forte apelo entre as mulheres. Os riscos destes produtos são os mesmos”, afirma.

Cientistas americanos testam vacina para parar de fumar

Uma vacina que bloqueia a sensação de prazer provocada pela nicotina nos fumantes. É este o artifício que cientistas dos Estados Unidos estão testando clinicamente: uma substância que ajuda as pessoas a pararem de fumar e evita que retornem ao vício. Diferentemente dos tratamentos utilizados até hoje, que investem no abandono gradual do cigarro, a vacina pretende estancar o vício. Chamado NicVax, o novo tratamento está sendo testado em laboratório por médicos da Universidade de Michigan (EUA) em 25 clínicas americanas.
Quando a nicotina entra no sangue cruza rapidamente a barreira entre os vasos e o encéfalo (a chamada barreira hematoencefálica, cuja função é impedir que as substâncias tóxicas a atravessem) e fica presa aos receptores de nicotina no cérebro. Isso provoca a liberação de substâncias que proporcionam a sensação prazerosa. A nova vacina estimula o sistema imunológico para que ele produza anticorpos aderentes à nicotina, criando uma substância grande demais para atravessar a barreira hematoencefálica. Assim, impedem que a nicotina cause a sensação de prazer.
As primeiras fases dos ensaios clínicos mostraram que a vacina é capaz de criar este mecanismo e, como os anticorpos permanecem no organismo por períodos mais longos, evita a retomada do vício. A reincidência é um dos maiores problemas nos tratamentos atuais do tabagismo. Estudos comprovam que as taxas de recaída podem chegar a 90%. Os cientistas afirmaram que, nos ensaios clínicos feitos com cerca de mil indivíduos, os participantes tomaram a vacina várias vezes durante 12 meses. Os resultados devem ser divulgados em 2012. Caso haja êxito, a vacina chegará em seguida ao mercado.
Fonte: Jornal Zero Hora

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Edward Jenner

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 — Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que clinicava em Berkeley, Gloucestershire, e que ficou conhecido pela invenção da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na História.
A primeira descrição da arteriosclerose foi dada por Jenner, como se verifica no seguinte texto:
"Depois de examinar as partes mais importantes do coração, sem encontrar nada que justificasse a morte súbita do paciente ou os sintomas que a precederam, eu estava fazendo um corte transverso próximo da base do coração, quando a faca se deparou com alguma coisa dura, como se fossem pequenas pedras. Lembro que olhei para o velho teto, pensando que algo tivesse caído de lá. Examinando melhor, a verdadeira causa apareceu: as coronárias tinham se transformado em canais ósseos."
Em 1789 Jenner observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina, ou bexiga vacum. Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham uma versão mais suave da doença, ele recolheu o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço de um garoto. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida.
A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contato com o vírus da varíola, o pequeno passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização (o termo "vacina", seria, portanto, derivado de vaca, no latim).

terça-feira, 4 de maio de 2010

Saúde fraciona medicamentos ARV para manter tratamento de pacientes

A Secretaria Municipal de Saúde informou na tarde da última segunda-feira, dia 03, que um atraso na contratação de laboratórios, por parte do Ministério da Saúde, provocou o desabastecimento de medicamentos utilizados na terapia antiretroviral (ARV), o popular coquetel utilizado no tratamento das DST/Aids. Para evitar prejuízos aos pacientes, a rede municipal de saúde vai fracionar o fornecimento dos medicamentos, até que a situação se normalize, o que deve ocorrer em meados ainda do mês de maio.
A compra dos medicamentos chegou a ser cogitada pelo município, mas não foi autorizada pela Gerência Estadual, porque esta aquisição deve ser feita com o envolvimento das três esferas do governo: Federal, Estadual e Municipal. A Secretaria Municipal de Saúde acompanha o tratamento de 1.134 pacientes. Parte desses pacientes faz uso das medicações com problemas de abastecimento. De acordo com o Ministério da Saúde, se houver a impossibilidade de manter o esquema ARV de algum paciente, pela demora no reabastecimento, o caso será analisado individualmente e avaliada a possibilidade de troca de esquema, sem oferecer prejuízo ao tratamento.
Além do abacavir e da lamivudina, cujo desabastecimento foi informado recentemente, estão em falta, segundo o Ministério da Saúde, a nevirapina e a associação entre lamivudina e zidovudina (AZT). Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério, problemas na assinatura de contratos com laboratórios públicos dos Estados, explicam o desabastecimento da lamivudina e da zidovudina, usados por 172 mil pessoas em todo o Brasil. Com esta falta, as entregas passaram a ser fracionadas, sobrecarregando a logística dos programas estaduais.

sábado, 1 de maio de 2010

Itajaí atinge meta de vacinação contra o vírus H1N1

O último levantamento da Secretaria de Saúde de Itajaí revelou que a cidade vacinou mais de 80% das pessoas de quatro dos cinco grupos que devem receber a vacina contra a gripe H1N1. Com isso, a cidade alcança a meta estabelecida pela Ministério da Saúde. Há menos de um mês para o final da campanha o número de pessoas imunizadas em Itajaí é de 38.624.
Este número representa a vacinação de 81% das gestantes, 100% das crianças menores de 2 anos, 84% dos portadores de doenças crônicas e 81% dos jovens entre 20 e 29 anos. A quinta e última etapa da vacinação será formada por adultos saudáveis de 30 a 39 anos e ocorrerá de 10 a 21 de maio. 
Vale lembrar que mesmo alcançando a meta, a campanha será mantida até o dia 21 de maio em todas as unidades de saúde municipais e nos postos abertos no Supermercado Angeloni e Itajaí Shopping. Já a vacinação em idosos contra a Gripe Comum segue até o dia 7 de maio.
Fonte: ClicRBS