"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Hiperatividade

O termo que caiu na boca do povo é apenas uma faceta do Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade, ou simplesmente, TDAH.
Causas
Há muitas especulações sobre as causas do problema, mas hoje sabe-se que há um forte componente genético na doença. Tanto que filhos de pais com o transtorno têm mais chances de nascer com o problema. Estudos feitos a partir de tomografias mostram que há uma diminuição do fluxo sangüíneo na parte da frente do cérebro dessas pessoas, especificamente no córtex cerebral direito. Com o aporte de glicose reduzido, a região funciona em marcha lenta. Outros trabalhos mostram uma queda nos neurotransmissores dessa área, principalmente a dopamina - que justamente está relacionada às funções de atenção, impulsividade e atividade física e mental. Outras causas, como traumatismos no nascimento, exposição a drogas durante a gravidez e a desestruturação familiar, ainda precisam ser melhor investigadas.
Consequências
É fato: desde cedo as crianças que padecem do déficit de atenção recebem vários rótulos nada amigáveis. São os "avoados", "pestinhas", "burros", só para ficar com alguns exemplos. Sem um diagnóstico e um bom tratamento, essa pecha vai acompanhar a vítima pela vida toda. O abalo na auto-estima e na auto-imagem é enorme. A pessoa fica cada vez mais insegura e enfrenta dificuldades nos relacionamentos, nos estudos e no trabalho. Pesquisas mostram que esses pacientes têm mais tendência a desenvolver outros problemas, como ansiedade, depressão, transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e dependência de drogas.
Diagnóstico
O termo que caiu na boca do povo é apenas uma faceta do chamado Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, o TDAH ou, como preferem alguns especialistas, simplesmente DDA. Isso mesmo: o traço essencial dessa doença que atinge de 3% a 5% das crianças são as alterações na atenção - e não aquela típica hiperatividade. A inquietação física e a impulsividade, as outras duas características do problema, podem aparecer ou não nesses pequenos. O comportamento da pá virada é mais comum nos meninos e acomete cerca de metade desses pacientes. Aliás, ele nada mais é do que um reflexo da agitação mental, povoada de pensamentos acelerados - justamente o que está por trás da falta de concentração. Já nas meninas, o traço mais marcante é a desatenção. Essas pequenas pacientes parecem viver no mundo da lua e costumam ser mais rotuladas de avoadas.
A principal ferramenta para a avaliação desses pacientes é a observação clínica e o histórico. O profissional deve estar muito bem treinado para captar sutilezas e nuances do comportamento da criança e detectar fatos que possam caracterizar o distúrbio. Mas, além dos critérios técnicos, ele deve ter muita sensibilidade para descobrir se esse é apenas o jeito de ser da criança ou se há outros problemas que podem estar motivando um comportamento mais agitado. Também é possível lançar mão dos exames de neuroimagem, como a tomografia, para complementar o exame clínico e excluir outros distúrbios.
Tratamento
O tratamento inclui remédios que estimulam as substâncias em desequilíbrio no cérebro a trabalhar melhor. Isso melhora a concentração, ajuda a organizar as idéias e a moderar a impulsividade. Há inclusive medicamentos de ação prolongada que facilitam o controle dos sintomas. Além das drogas, a psicoterapia é fundamental. Nesses casos, a chamada cognitivo-comportamental dá os melhores resultados. Nela o psicólogo funciona como um treinador que, com técnicas específicas, ajuda o paciente a agir e pensar. Também podem entrar em cena outros profissionais, como psicopedagogos e fonoaudiólogos. A duração do tratamento vai depender das características de cada paciente. Mas atenção: a doença não tem cura e, sem controle, 70% dos pacientes convivem com o sintomas a vida toda.
Atitudes que ajudam
Com pequenas atitudes, os pais podem ajudar - e muito - o filho com déficit de atenção. Em primeiríssimo lugar, a família não deve se culpar pelo problema nem comparar a criança com outras bem-comportadas. A casa precisa de organização, sem estímulos que roubem a atenção desses pequenos, como excessos na decoração. É fundamental estabelecer uma rotina com horários para brincar, estudar e dormir. A escola também tem papel fundamental para evitar rótulos e preconceitos. Uma das dicas aos professores, por exemplo, é repetir as instruções ao hiperativo, pois ele precisa de reforços para manter a atenção. Aqui vão algumas dicas:
• coloque o relógio para despertar quinze minutos antes. Isso evita atropelos na hora de acordar
• anote em um quadro as tarefas do dia e os horários para que ele possa se organizar melhor
• recompense-o sempre que conseguir cumprir seus compromissos
• dê uma ordem de cada vez e certifique-se que ele esteja prestando atenção
• observe quanto tempo ele suporta ficar sentado. Esgotado esse prazo, permita que ele estique as pernas, caminhando um pouco
• entre uma tarefa e outra, não deixe que ele se distraia com brinquedos ou TV
• estimule jogos com regras. Assim ele vai perceber que é preciso respeitá-las e pode usar esse aprendizado em outras situações
• não entulhe o quarto e a casa com brinquedos e objetos, que podem atrapalhar ainda mais o precário senso de organização
Hiperativo ou pestinha?
Logo de cara não é fácil distinguir o que está por trás do comportamento estabanado. Afinal, os três principais sintomas do DDA - distração, impulsividade e hiperatividade - são típicos da infância. Mas em comparação com crianças da mesma faixa etária tudo neles está exacerbado. As características abaixo não servem para diagnosticar o distúrbio, mas devem chamar a atenção dos pais:
• com freqüência mexe ou sacode pés e mãos, remexe-se no assento, levanta-se da carteira
• é facilmente distraída por estímulos externos
• tem dificuldade de esperar sua vez em brincadeiras ou em situações de grupo
• com freqüência dispara respostas para perguntas que ainda não foram completadas
• tem dificuldade em seguir instruções e ordens• tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou mesmo atividades lúdicas
• freqüentemente muda de uma atividade inacabada para outra
• tem dificuldade em brincar em silêncio ou tranqüilamente
• às vezes fala excessivamente
• vive perdendo itens necessários para tarefas ou atividades escolares
DDA em adultos
Até pouco tempo atrás acreditava-se que a doença era problema de criança e que sumia com o passar do tempo. Infelizmente a coisa não é bem assim: quem nasce com DDA carrega o distúrbio pelo resto da vida. Mas foi só em 1980 que a Associação Psiquiátrica Americana reconheceu oficialmente o mal em gente grande também. Por isso ainda há muito preconceito e erros no diagnóstico desses pacientes. Os adultos que padecem de DDA costumam ter dificuldades de organização, não conseguem planejar direito as atividades do dia-a-dia, largam tarefas pela metade e, por isso, se sentem constantemente sobrecarregados. Essas características, que na realidade surgem lá na infância, levam a conflitos em casa e no trabalho.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Justiça de SC rejeita pedidos de indenização de ex-fumantes contra fabricante de cigarros

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) rejeitou, na quinta-feira, dois recursos de ações indenizatórias contra a fabricante de cigarros Souza Cruz. Em ambos os casos, por unanimidade, as decisões de 1ª instância foram confirmadas e as pretensões indenizatórias dos autores afastadas. Os casos julgados foram de dois ex-fumantes de Criciúma que morreram em decorrência de doenças que teriam sido causadas pelo consumo de cigarro. O TJSC já rejeitou outras 12 ações indenizatórias contra fabricantes de cigarros em virtude de danos atribuídos ao consumo de cigarros. Ambos os casos foram rejeitados com base, dentre outros argumentos, no livre arbítrio dos consumidores em optar (ou não) por fumar, já que a decisão de consumir ou não o produto seria uma questão de livre escolha, na ausência de nexo de causalidade entre os danos alegados e o consumo de cigarros e na regularidade da publicidade, quando esta ainda era permitida.
DC Online

Fumantes devem ter tratamento gratuito em 1.200 cidades brasileiras

O tratamento gratuito oferecido a fumantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) deve chegar a 3.000 unidades de saúde de 1.200 municípios brasileiros em 2010. A meta do programa, que teve início em 2004 e hoje tem cerca de 800 unidades de tratamento em 500 municípios, é da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). De acordo com a chefe do setor, Tânia Cavalcante, o tratamento é feito por meio de medicamentos e da orientação por profissionais especializados.
"Existe uma demanda grande nas unidades de saúde. A maior parte dos fumantes brasileiros quer deixar de fumar, e o Sistema Único de Saúde visa a atender as pessoas que não têm como pagar pelo tratamento ou que não têm plano de saúde", afirmou ela, salientando que a implantação do programa é demorada devido à necessidade de capacitação dos profissionais e que 1.200 unidades ainda não são suficientes para atender à demanda nacional.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Fuscas tunados (4)

Blog Paixão por Fusca

Gabarito da prova de MFC - 1º rodízio / 2009-2

1- A
2 - Repetir CO, solicitar colposcopia e biópsia (na primeira consulta)
3 - E
4 - C
5 - 40 anos
6 - D
7 - B
8 - D
9 - 20
10 - 4-5-1-6-2-3
11 - C
12 - D
13 - 1. peças de amputação. 2. óbito fetal em menos de 20 semanas (ou feto menor que 500g/25cm)
14 - C
15 - A
16 - C
17 - C
18 - F-V-V-V-F
19 - D
20 - A

Boa sorte a todos!

Brasil é o país com maior número de mortos pela gripe A, diz Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, em nota, que o Brasil já registra a maior quantidade de mortos pela gripe A. Até o dia 22 de agosto, foram observados 557 óbitos pelo vírus H1N1. Os Estados com mais mortes são São Paulo (223), Paraná (151) e Rio Grande do Sul (98).De acordo com o boletim, no entanto, a taxa de mortalidade do Brasil (0,29) é menor do que em outros seis países. Isto porque o percentual de óbitos é calculado em relação à quantidade de habitantes — 100 mil — em cada país.
O ministério também ressaltou que os países adotam periodicidade diferente para a atualização do número de mortes. Os últimos dados dos Estados Unidos, por exemplo, se referem a 15 de agosto. Ainda de acordo com o boletim, os países com as maiores taxas de mortalidade estão no hemisfério sul, por causa do inverno. O ministério disse também que, pela segunda semana consecutiva, houve queda na quantidade de casos graves da gripe A. Segundo o boletim, a semana que vai de 16 a 22 de agosto teve uma diminuição no número absoluto de casos. A mesma tendência havia sido observada na semana que vai de 9 a 15 deste mês.
O ministério observou, no entanto, que não é possível concluir que a tendência seja definitiva, pois ainda existem casos em investigação ou que não tiveram as informações sobre a conclusão registradas no sistema de informação pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde. O boletim também ressaltou os riscos da doença para as mulheres grávidas. Das 480 gestantes infectadas pelo vírus Influenza A, 58 morreram.
O Ministério da Saúde também disse que o governo decidiu enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória para a liberação de um crédito suplementar de R$ 2,1bilhões para o enfrentamento da pandemia de Influenza A. O recurso será utilizado na compra de 73 milhões de doses da vacina contra a gripe A, além da aquisição de 11,2 milhões de tratamentos, equipamentos, leitos de UTI, ampliação dos turnos nas unidades de saúde e capacitação dos profissionais. O boletim informou ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que o Tamiflu, remédio utilizado para o tratamento do vírus H1N1, não seja utilizado por pessoas com sintomas leves ou sem fator de risco.
A taxa de mortalidade é de 0,29 no Brasil, contra 1,08 na Argentina, 0,75 no Chile e 0,67 na Costa Rica, que lideram os índices nesse quesito. Segundo os números da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é, agora, o país com o maior número absoluto de mortes causadas pelo vírus AH1N1, seguido pelos Estados Unidos (522), Argentina (439) e México (179).
Informações: Agência EFE

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Cigarro aumenta em até 70% chances de aterosclerose

As doenças cardiovasculares são a causa de uma em cada três mortes no mundo, e a aterosclerose, mal que pode atingir as artérias de todo o corpo, é a principal delas. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, a doença é responsável por mais de 50% das mortes nos países ocidentais. Entre os fatores de risco, que incluem o sedentarismo e a predisposição genética, o cigarro é um dos mais significativos, aumentando em até 70% as chances de os fumantes desenvolverem o problema.
Conhecida como a "doença silenciosa", por evoluir sem sintomas perceptíveis e, muitas vezes, levar à morte sem que o paciente tenha a chance de iniciar um tratamento, a aterosclerose consiste no acúmulo de placas de gordura e colesterol (ateromas) nas artérias de médio e grosso calibre, provocando a obstrução ou o bloqueio do fluxo de sangue.
De acordo com o angiologista e cirurgião vascular Eduardo Fávero, o tabagismo está intimamente relacionado ao surgimento do problema, por causar inflamação na parede das artérias, o que intensifica a formação das placas de ateroma. As consequências são muitas: Problemas causados pela aterosclerose variam de acordo com as artérias atingidas, podendo resultar, por exemplo, em infarto do miocárdio, insuficiência renal crônica e até em um acidente vascular cerebral (AVC) nos casos em que há obstrução das carótidas, responsáveis por levar o fluxo sanguíneo em direção ao cérebro - diz o especialista.
Ele lembra que outra região comumente atingida é a circulação dos membros inferiores, o que provoca fortes dores nas pernas ao caminhar e pode culminar na necrose dos membros. E chama atenção, ainda, para o fato de que, nos homens, uma aterosclerose na região pélvica pode resultar em disfunção erétil. Além do tabagismo, outros fatores de risco para o desenvolvimento da aterosclerose são alimentação inadequada, predisposição genética, sedentarismo, sobrepeso e complicações como diabetes, taxas elevadas de colesterol e hipertensão arterial. "No passado, o sexo também fazia diferença, sendo os homens os mais atingidos pela doença, mas a combinação entre fumo e consumo prolongado de contraceptivos orais, aliados à adoção de um estilo de vida sedentário, cada vez mais frequente entre as mulheres, as torna praticamente tão expostas às doenças quanto os homens", acrescenta o Dr. Fávero.
Para evitar o problema, o especialista recomenda a adoção de uma dieta balanceada, com o mínimo possível de gorduras animais; a prática de exercícios físicos e o controle das taxas de colesterol e da hipertensão. Para os maiores de 60 anos, são necessárias visitas regulares ao consultório do angiologista, uma vez que, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior a eficácia do tratamento, feito com mudança nos hábitos de vida, medicamentos e procedimentos como o cateterismo e as cirurgias endovasculares.
E para os fumantes, o médico é categórico ao afirmar: o mais indicado é mesmo parar de fumar, já que o prejuízo causado pelo tabagismo é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados diariamente. A boa notícia é que quem abandona o fumo apresenta uma redução média de 50% do risco de ter aterosclerose após dois anos, em comparação a quem continua fumando.
Fonte: JB Online

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Anvisa proíbe importação e comercialização do cigarro eletrônico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu no começo da noite desta terça-feira a importação e a comercialização do cigarro eletrônico. De acordo com o órgão, o equipamento libera nicotina e outras substâncias cancerígenas e não ajudava no propósito de fazer o usuário parar de fumar. A decisão deve ser publicada ainda nesta semana no Diário Oficial da União. “Na verdade, o dispositivo tem as mesmas substâncias que são nocivas. Dizia-se que o cartucho do cigarro (eletrônico) era livre de nicotina, mas a FDA (agência americana responsável pela regulamentação de alimentos e remédios nos EUA) mostrou que há presença dela”, afirmou o diretor da Anvisa Agenor Álvares. Segundo ele, a decisão foi baseada em estudos científicos. De acordo com Álvares, o fato de o cigarro eletrônico não ter efeito diferente do cigarro normal e ser vendido como “alternativa” foi determinante para a proibição. “Muita gente comprava e trazia de boa fé o cigarro eletrônico com a ilusão de que o aparelho ia ajudar a parar de fumar”, disse.
A importação do equipamento pela internet também fica proibida. Segundo o diretor, as autoridades sanitárias não deixarão entrar no país aparelhos que tenham sido comprados pela rede. O cigarro eletrônico, diz Álvares, já era barrado nas alfândegas dos aeroportos. Caso os fabricantes consigam comprovar cientificamente para a Anvisa que o cigarro eletrônico tem alguma propriedade terapêutica, o diretor disse que a agência pode rever a decisão.

Novo Código de Ética Médica deve ser definido até 29 de agosto

Durante a IV Conferência Nacional de Ética Médica, realizada entre 25 e 29 de agosto, em São Paulo, serão divulgadas as propostas aprovadas pela Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica - formada por membros da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB) - para a organização do novo Código de Ética Médica. Dividido em três partes, o documento terá princípios fundamentais, direitos e deveres de conduta.
O objetivo da comissão é que os artigos sejam analisados e discutidos em grupo para que, no último dia da conferência, a revisão seja aprovada. Com início em junho de 2008, o processo de revisão recebeu mais de 2.800 sugestões para reformular os preceitos éticos, técnicos e morais da medicina. Entre as mudanças propostas estão: autonomia dos pacientes, conflitos de interesses da relação do médico com a indústria farmacêutica e tecnociência - relacionada à incorporação de novas tecnologias.
Fonte: SBMFC News

Profissionais da Atenção Básica podem se inscrever para curso sobre dependentes químicos

Até 30 de agosto, profissionais da Atenção Básica à Saúde poderão se inscrever para a terceira edição do curso “Sistema para Detecção do Uso Abusivo e Dependência de Substâncias Psicoativas: Encaminhamento, Intervenção Breve, Reinserção Social e Acompanhamento”. Coordenado pela Unidade de Dependência de Drogas (UDED) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde (DAB/MS), as aulas desenvolverão ações preventivas ao uso de drogas e a forma correta de abordar os usuários nas unidades de saúde.
Com carga horária de 120 horas, o curso a distância oferecerá aos participantes um kit de material didático com sete módulos, um específico para a Atenção Primária à Saúde, além do CD com o conteúdo, login e senha aos usuários. Informe-se sobre o curso pelos sites www.obid.senad.gov.br e www.supera.org.br/senad.
Fonte: SBMFC News

Vinhos especiais: champanhe

O champanhe (em francês champagne) é um vinho branco espumante, mundialmente conhecido e produzido na região histórica de Champagne, nordeste da França, através da fermentação da uva (uma espécie ou várias).
Comumente chamado de "rei dos vinhos", o champanhe é produzido na região administrativa de Champagne-Ardenne, cuja capital é Epernay. Foi próximo a Epernay, no povoado de Hautvillers, que os monges Dom Pérignon e Dom Ruinart se esforçaram muito para domar os vinhos que fermentavam novamente nas garrafas, fazendo-as explodir. A região de Champagne produz, em grande maioria, vinhos brancos efervescentes chamados simplesmente de champanhe, sem mais especificações. Eles são produzidos essencialmente à base de uvas chardonnay , pinot noir e de pinot meunier, mas quatro outras cepas podem ser usadas na sua elaboração: a arbane, petit meslier, pinot blanc e pinot gris. Não há habitualmente celebração de vulto em que o champanhe não esteja presente, tendo-se tornado sinônimo de festa ou celebração, prestigiado em todo o mundo.
Surgimento
Aos romanos atribui-se o fato de terem plantado as vinhas na região, embora haja documentos históricos que atestem que a cultura da vinha vem de muito antes, como do famoso escritor de então Plínio, que escrevia já dos famosos vinhos e vinhas desta região, e aos romanos se deve o início da produção dos espumantes na França. Um dos motivos que elevaram a fama deste fantástico vinho foi o fato de que em Reims, cidade mais importante de Champagne, foram coroados quase todos os grandes reis da França. A coroação acontecia na catedral de Notre-Dame de Reims, construída em 1225, e nas comemorações era servido champanhe. Por este motivo, ficou conhecido como o vinho dos reis.
Dom Pérignon
Com o aparecimento de Dom Pérignon, que era um monge beneditino da Abadia de Hautvillers, em 1670, houve uma "revolução" na produção do champanhe. A Dom Pérignon, um gênio e sempre insatisfeito estudioso da matéria, deve-se a descoberta dos cinco principais elementos que em muito contribuíram para o champanhe tal como ele é hoje:
- A mistura de diferentes vinhos da região, conseguindo assim um produto mais harmonioso.
- Separação e prensagem em separado das uvas pretas que predominam em Champagne, obtendo assim um cristalino sumo de uva.
- O uso de garrafas de vidro mais espesso para melhor permitirem a pressão da segunda fermentação em garrafa.
- O uso da rolha de cortiça, vinda de Espanha, que permitiu substituir o anterior sistema, pauzinhos de cânhamo embebidos em azeite.
- A escavação de profundas adegas (caves), hoje galerias com vários quilômetros de extensão e usadas por todos os produtores, para permitir o repouso e envelhecimento do champanhe a uma temperatura constante.
Denominação de origem controlada (AOC)
A região produtora de champanhe foi delimitada em 1927 e ocupa uma área de 32 mil hectares (a região demarcada do Douro, mais antiga e maior, foi criada em 1756 e ocupa 250 mil hectares). O nome Champagne é uma AOC, a mais rigorosa Denominação de Origem utilizada na França, equivalente à DOC utilizada em Portugal. A indicação "AOC" nunca aparece nas etiquetas das garrafas de champanhe, pois todos os vinhos com o nome original "Champagne" são produzidos na região, seguindo a legislação. Esta é a única apelação, junto com a de Cognac, que está dispensada desta menção, pois é a única região cujos vinhos são todos classificados (todas as outras regiões vendem vinhos DOC e vinhos desclassificados).
A palavra "champagne" também é protegida com grande vigilância, e apenas pode ser utilizada nos vinhos originais da região. Qualquer vinho semelhante, mesmo produzido pelo método champanhês (champenoise) noutros locais ou países só pode apelidar-se de espumante e nunca champagne. Assim, a comuna de Champagne, com 660 habitantes, situada no cantão de Vaud, na Suíça, teve que renunciar a mencionar o nome de Champagne nos vinhos (não espumantes) produzidos em seu território - de 28 hectares - segundo um acordo internacional entre a Suíça e a União Européia em Dezembro de 1998. Pela mesma razão, a firma Yves Saint-Laurent teve que interromper o lançamento de um perfume que tinha chamado de Champagne.
Fabricação
O processo de fabricação é demorado e caro, sendo praticamente o mesmo de séculos atrás. A principal alteração no processo foi supostamente introduzida por Nicole Ponsardin, a viúva de Felippe Clicquot – Veuve Clicquot, que desenvolveu um método para retirar todo o fermento da garrafa (entretando, o mais provável é que o método tenha sido criado pelo seu chefe de adega. Antes disso o champanhe era turvo e com aroma residual de levedo. Um champanhe comum leva pelo menos dois anos para ficar pronto e os especiais até cinco anos. Ficam estocadas nos subterrâneos das cidades nos crayères, que são túneis cavados no giz. A casa Moët & Chandon tem 28 quilômetros de túneis onde estão armazenadas milhões de garrafas esperando a conclusão do processo de fabricação.
Quanto às uvas utilizadas, são três: a chardonnay (em maior proporção), a pinot noir e a pinot meunier. Estas últimas são uvas tintas mas os vinhos utilizados, elaborados sem a casca, são brancos. O champanhe é um corte (mistura de vinhos em proporções determinada pelos enólogos) de trinta a até cerca de duzentos vinhos brancos. O tradicional é feito com um corte de cerca de 30% de vinhos brancos de uvas tintas, o rosé com corte de vinhos tintos, o blanc de blanc, apenas com uvas brancas e o blanc de noir elaborado apenas com uvas tintas.
Podemos ter seis classificações conforme o teor de açúcar adicionado para a segunda fermentação: Doux (Doce), Demi-Sec (Meio-seco), Sec (Seco), Extra-Sec (Extra-seco), Brut (Bruto) e Extra-Brut (Extra-bruto). Devido às sutis diferenças de paladar, os mais fabricados e vendidos são o Demi-Sec e o Brut. A maioria dos Champagnes não são safrados, apenas nas vindimas excepcionais são produzidos os Milésimes, que declaram a safra. Quando as Pinot também provêm de uma vindima de grande qualidade são produzidos os Milésimes Rose, que são os mais caros. O último grande ano foi 1999. Existe ainda mais uma classificação importante: a da qualidade do vinhedo de onde provém a uva. Cada região é chamada de cru. Quando temos condições muito boas de solo e microclima o vinhedo é classificado Premier Cru e quando estas condições são impecáveis, chamamos Grand Cru.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

HPV - Perguntas e Respostas

1. O que é HPV?
O papilomavírus humano não é apenas um vírus, mas uma família inteira deles – são aproximadamente 150 tipos. Algumas versões, que não necessariamente são transmitidas sexualmente, causam verrugas na palma das mãos e na planta dos pés. “Outras levam a uma lesão precursora de câncer na região genital”, diz o dermatologista Hélio Miot, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. E são esses últimos tipinhos, com predileção pelas partes baixas, os mais preocupantes. “Hoje o HPV é a principal doença viral transmitida pelo sexo. E ele está envolvido em praticamente todos os casos desse tumor”, afirma Luisa Lina Villa, diretora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, em São Paulo. Se isso parece não ter nada a ver com você, saiba que oito entre dez mulheres sexualmente ativas contraem pelo menos um tipo do papiloma ao longo da vida.Os tipos mais perigosos, chamados de alto risco, podem estar relacionados, em menor freqüência,a tumores de ânus, pênis, vulva, boca e até faringe

2. Quais as formas de contágio?
O contato sexual é a maneira mais comum de contágio. E bastante atenção: inclua aí preliminares e sexo oral. Basta o reles atrito com a mucosa infectada, da mão, da boca ou dos genitais, para o vírus fazer mais uma vítima. “Entre uma e três relações sexuais sem penetração é o suficiente para se contaminar”, alerta Luisa Lina Villa. Repetindo: sem penetração. Toalhas, roupas e superfícies como a tábua do vaso sanitário também favorecem a transmissão do vírus. Mas a contaminação por objetos, embora possível, é raríssima.

3. Quais as formas de prevenção?
Algumas medidas são indispensáveis para fugir da cilada do HPV: evitar ter vários parceiros e usar camisinha. Ela só não garante 100% de proteção porque não cobre toda a superfície de contágio.Mas, para os especialistas, de longe a arma mais eficiente contra o HPV é a vacinação, hoje recomendada para meninas e jovens entre 9 e 26 anos . São três doses – cada uma custa em torno de 400 reais – e o ideal seria que elas fossem tomadas antes mesmo da iniciação sexual, quando ainda não houve contato com o vírus. A eficácia da vacina é alta: 95% de sucesso no combate aos principais causadores de câncer e, no caso da quadrivalente, proteção também contra os que mais provocam verruga genital. “Estudos já mostram os benefícios da vacinação em pessoas com mais de 26 anos e até em homens”, revela Thomas Broker, presidente da Sociedade Internacional de Papilomavírus. Ou seja, é muito provável que, em breve, ela também seja aplicada nesses públicos.

4. Quais os exames para detecção do HPV?
Tomar a vacina não exclui a necessidade de manter-se fiel aos procedimentos rotineiros de prevenção e detecção do vírus. Veja quais são eles:Papanicolau: Com uma espátula, o médico colhe material do colo do útero e coloca em uma lâmina. Aí, é feita uma análise em microscópio. Não dá para identificar o vírus, mas é possível verificar se há alterações nas células.Colposcopia: O colposcópio é um aparelho capaz de ampliar 20 vezes a imagem da vagina, da vulva, do colo do útero e do ânus. Para flagrar lesões, um líquido reagente é pincelado na mucosa. No caso dos homens, o exame correspondente é a peniscopia.Biópsia: Quando os métodos anteriores acusam alguma alteração, retira-se uma pequena amostra do tecido suspeito. Mais uma vez, ela será analisada em microscópio.
Captura híbrida: O material do colo do útero é coletado com o auxílio de uma pequena escova, que, depois, é mergulhada em um líquido desenvolvido para conservar as células. Essa técnica acusa a presença do HPV mesmo se não houver sintomas e determina se o micro-organismo é de alto ou de baixo risco.Novas técnicas: Já estão disponíveis procedimentos que denunciam os subtipos do HPV por meio da análise do seu DNA, apesar de poucos laboratórios oferecerem o serviço. A grande novidade no que diz respeito ao diagnóstico, no entanto, é um teste desenvolvido pelo cientista norueguês Frank Karlsen, especialista em biologia molecular e virologia. Ele consegue mostrar, entre as mulheres infectadas por vírus de alto risco, quais estão mais sujeitas ao desenvolvimento do câncer de colo do útero.

5. Quais as opções de tratamento?
Entre as opções de tratamento estão laser, substâncias químicas, bisturi elétrico, cremes e pomadas cicatrizantes. E quem já cuidou de uma lesão por HPV sabe que é preciso paciência para dar fim ao problema. As verrugas, por exemplo, são tremendamente persistentes. Agora, se você acabou de descobrir que está entre as vítimas do vírus não deve se desespere. “Hoje existe o domínio total sobre o diagnóstico e o tratamento do HPV”, garante o ginecologista Rogério Ramires, do Femme Laboratório da Mulher, em São Paulo. Segundo o médico, tão importante quanto tratar a lesão é avaliar aspectos emocionais e imunológicos da paciente. Quer dizer: estresse, má alimentação e poucas horas de sono são grandes empecilhos para quem está em tratamento. O cigarro, não custa lembrar, deixa as defesas do corpo mais fracas, permitindo que o vírus fique firme e forte no organismo por mais tempo.

6. O HPV também ataca o homem?
Apesar de causar maior estrago nas mulheres, essa família de vírus desaforados não tem preferência sexual. “Nos homens, a contaminação por HPV também é frequente”, conta a epidemiologista Maria do Carmo Costa, do Instituto Nacional do Câncer. Só que, para eles, a higiene é um tanto mais fácil — sem falar que qualquer ferida, por uma questão anatômica, logo salta aos olhos e pode ser tratada depressa. Como o HPV sabe ser discreto – pode permanecer incubado por um ano e às vezes por período indeterminado –, quando ele aproveita uma brecha do sistema imune para se manifestar fica difícil identificar a ocasião em que foi contraído. Daí, apontar o dedo para o parceiro é a primeira reação. “Já vi casais de separarem por isso”, diz a ginecologista Helena Junqueira, do Hospital Santa Joana, em São Paulo. Segundo Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, é essencial que exista um diálogo sincero, sem essa de um culpar o outro. “O importante é que ambos façam o tratamento adequado e ponto”, enfatiza.

domingo, 23 de agosto de 2009

Fuscas tunados (3)

Blog Paixão por Fusca

Grandes médicos da antiguidade: Harvey

William Harvey (Folkestone, 1 de abril de 1578 — Londres, 3 de junho de 1657) foi um médico britânico que pela primeira vez descreveu corretamente os detalhes do sistema circulatório, ao ser bombeado por todo o corpo pelo coração.
Estudou Medicina na Universidade de Cambridge, onde, em 1602, se doutorou. Estudou entre 1597 e 1601 em Pádua com Fabrici de Aquapendente (Girolamo). Exerceu clínica em Londres e foi médico do Hospital de São Bartolomeu, sendo, em 1609, nomeado professor de Anatomia e Cirurgia no Colégio Real. Seus estudos inspiraram as idéias de René Descartes, que em sua "Descrição do Corpo Humano" disse que as artérias e as veias eram canos que carregavam nutrientes pelo corpo. Muitos acreditam que ele descobriu e expandiu as técnicas de medicina muçulmana, particularmente o trabalho de Ibn Nafis, que lançou os primeiros estudos sobre a maioria das veias e artérias no século XIII. Apesar da discussão que a sua descoberta desencadeou, as suas idéias acabaram por ser aceitas ainda durante a sua vida. Na época em que a discussão decorria, os seus defensores eram apelidados pelos opositores de “circulatores”.
São também notáveis os seus estudos sobre a geração. Realizando trabalhos experimentais, utiliza os animais do parque do rei, concluindo que todo ser vivo provém de um ovo. Demitiu-se de todos os seus cargos em 1646, retirando-se para o campo, tendo recusado a presidência do Colégio dos Médicos para o qual tinha sido eleito em 1654.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fazendo merda?


OMS adverte que pior da pandemia ainda pode chegar

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, advertiu hoje que o pior da pandemia da nova gripe pode estar por chegar, e disse que a comunidade internacional deve estar preparada para enfrentá-lo. "Não podemos dizer se o pior passou ou se o pior ainda está por chegar. Devemos nos preparar para uma segunda, ou inclusive uma terceira, onda do vírus, como ocorreu em pandemias passadas", disse Chan, em mensagem de vídeo divulgada hoje em um simpósio sobre a nova gripe realizado em Pequim. Segundo a OMS, cerca de 1,8 mil pessoas morreram no mundo desde a explosão da doença, em abril, e, embora Chan tenha ressaltado hoje que "o quadro clínico (dos casos) é majoritariamente tranquilizador (por serem leves)", existem grupos de risco nos quais a doença é mais grave. A responsável da OMS afirmou que "esta é uma das decisões mais difíceis que os governos terão que adotar, especialmente sabendo que o fornecimento será extremamente limitado durante alguns meses".
Entre os grupos de maior risco, citou as mulheres grávidas, que "enfrentam um risco maior de complicações, sem dúvida nenhuma". Também disse que "um quadro clínico mais severo é observado em pessoas com doenças como asma e outros males respiratórios, assim como doenças cardiovasculares, diabetes, desordens auto-imunes e obesidade". Mas acrescentou que, "basicamente, qualquer pessoa é suscetível de ser infectada". E advertiu que, "mesmo que o vírus não sofra mutação", pode torna-se mais grave se "a epidemiologia mudar para um grupo de idade mais elevado, onde as complicações são mais frequentes", disse, após lembrar que, até agora, a nova gripe afeta mais grupos jovens.
Fonte: Jornal de Santa Catarina

Regra para o Tamiflu muda em Santa Catarina

Pacientes fora do grupo de risco e com sintomas de gripe só receberão o medicamento Tamiflu caso o quadro se agrave depois do primeiro atendimento. Por determinação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, o protocolo mudou nas cidades. Para pacientes no grupo de risco — pessoas com imunidade mais baixa, como grávidas, crianças e idosos — continua valendo a mesma regra: o medicamento é administrado imediatamente.
Também faz parte do novo protocolo critérios para a realização do exame de confirmação da doença. Segundo o diretor da Dive, Luis Antonio Silva, a medida foi tomada depois de discussões com infectologistas do Estado e pode gerar a melhora de pacientes com quadros agravados. Anteriormente, de acordo com ele, não era permitido pelo Ministério da Saúde o tratamento de pacientes com Tamiflu depois de 48 horas do início dos sintomas. A recomendação também era dada pelo fabricante do medicamento. Para Luiz Antonio, a orientação precisa ser bastante clara para quem não está no grupo de risco e apresenta os primeiros sintomas. A qualquer momento, se houver agravamento do quadro ou aparecer um novo sintoma, o paciente precisa de novo atendimento para a reavaliação do quadro. A Vigilância Epidemiológica também estabeleceu o critério para a realização de teste laboratorial de confirmação da Gripe A. Somente pessoas internadas ou gestantes terão material coletado para encaminhamento do exame. Antes, não havia critério específico para ser feito o teste.
O professor do departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Marco Aurelio Da Ros, avalia que mais importante que tentar contabilizar quantas pessoas estão com o vírus é verificar e monitorar o grupo de risco. Sobre o medicamento, ele também considera correto o protocolo.
— Dentre os adultos jovens, não há como saber quem terá os problemas agravados.
O professor de infectologia da Universidade de São Paulo (USP), Eliseu Waldman, também lembra que é necessário preservar o estoque de medicamento, já que a epidemia é mundial.
— A conduta é a mais adequada. O uso só deve ser feito em caso de complicações.
Fonte: DC online

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Gripe A: gestantes que trabalham devem ser afastadas de contato com o público em SC

O Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu uma notificação aos empregadores de Santa Catarina que determina que as gestantes sejam afastadas de funções que necessitem de contato com o público, para evitar o contágio com a gripe A. Representantes da indústria e comércio de Santa Catarina se reuniram com membros do MPT nesta quarta-feira. Segundo o MPT, as normas devem ser cumpridas à risca. Caso não seja possível afastar as gestantes do contato com o público, elas deverão ser dispensadas, assim como as que necessitam do transporte coletivo para ir ao trabalho.
Em Santa Catarina, segundo a secretaria de saúde, existem 57 mil gestantes hoje, sendo que 33 mil delas trabalham. Os procuradores alertaram que as normas são determinações e não apenas recomendações. Segundo Egon Koerner Junior, as gestantes que pedirem o cumprimento da norma e não forem atendidas devem procurar o sindicato ou o Ministério Público e podem até mesmo se recusar a trabalhar.
— O não-cumprimento da norma legal por determinado empregador poderá acarretar em ação civil pública sob pena de aplicação de multa — disse Acir Alfredo Hack, procurador do Ministério Público do Trabalho.
Fonte: Diário Catarinense

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Brasil está entre países com maior incidência de câncer de pênis

Não existe um ranking oficial, mas o Brasil está entre os países com maior incidência de câncer de pênis no mundo, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Estima-se que mais de 3.000 pessoas sofram da doença e que, todos os anos, 1.000 tenham o pênis parcial ou totalmente amputado só na rede pública, segundo informações do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (Data-SUS). Além do Brasil, entre os mais afetados pela doença estão Índia (dos poucos países com taxa conhecida, 3,32 casos para cada 100.000 habitantes), Egito, Quênia, Uganda e Paraguai. Entre os que menos sofrem estão os Estados Unidos, com 0,2 casos a cada 100.000 habitantes, e Israel, com incidência zero.
"A estatística de Israel é beneficiada pela prática da circuncisão, que elimina a fimose - quando a cabeça do pênis é coberta por pele -, uma das causas do câncer", explica Aguinaldo Nardi, coordenador de campanhas públicas da SBU. Outras causas do tumor são o tabagismo, doenças sexualmente transmissíveis (DST), e a falta de higiene. "Esta é uma doença dos países subdesenvolvidos", diz Nardi. A maior ocorrência no Brasil está no Norte e no Nordeste. Segundo Nardi, falta nessas regiões a consciência de que é preciso lavar o órgão genital todos os dias, com água e sabão, e que é preciso procurar um médico em caso de lesão. Toda lesão deve ser examinada, principalmente a que não desaparece.
Mas São Paulo aparece no topo do ranking que a SBU traçou em 2007. A lista foi elaborada a partir dos cerca de 200 casos detectados durante a primeira campanha contra o mal. São Paulo respondia por 24,26% dos casos porque, além de ser o estado mais populoso, boa parte das cirurgias envolvem pacientes de outras localidades. Na lista, o Ceará está em segundo (12,87%), o Maranhão em terceiro (10,66%), Rio de Janeiro em quarto (9,19%), seguido por Pará (6,99%), Pernambuco e Minas Gerais (5,88% cada um), Goiás (3,68%), Alagoas e Tocantins (3,31%). Para frear o avanço da doença, a SBU está promovendo sua segunda campanha, com a participação do ex-jogador e treinador de futebol Zico. Na web, é possível ver o vídeo no site da associação. Nesta edição da campanha, a entidade realizou 309 cirurgias de fimose no Norte e Nordeste.
O câncer é diagnosticado a partir do exame da lesão. Confirmada a doença, o médico tem duas opções, conforme a dimensão da ferida. Se pequena, pode ser removida com facilidade. Mas as lesões avançadas podem resultar em amputação parcial ou total do órgão, acompanhada de radioterapia em alguns casos. "A quimioterapia, infelizmente, não tem eficácia quando o câncer está avançado", afirma Nardi. "O mais importante é o diagnóstico precoce." O auto-exame é mais fácil porque é possível visualizar a lesão. Ela se apresenta na forma de verruga, ferida ou caroço. Nardi diz ainda que a idade não influencia na ocorrência da doença. "No Brasil, já foram detectados casos antes dos 26 anos, uma surpresa, porque na literatura médica eram vistos a partir dos 60 anos. É doença que atinge todas as idades. Provavelmente, tem início na infância, porque crianças operadas de fimose não têm praticamente nenhum risco. Já um homem adulto que se submete a cirurgia de fimose continua com o mesmo risco de ter câncer de pênis."
Maria Carolina Maia - VEJA Saúde

Joselito solidário


Fusca lidera ranking dos 'fora de linha' mais vendidos no país

Apesar de não serem mais produzidos há muito tempo, carros como Fusca, Escort, Monza, Chevette e Kadett continuam tendo um bom desempenho no mercado de vendas de veículos usados. O ranking dos automóveis e comerciais fora de linha mais emplacados no país revela que estes – e alguns outros carros que não são mais fabricados – estão mais vivos do que nunca. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), já foram emplacados este ano 106,9 mil Fuscas envolvidos em negócio no mercado de usados.
Em julho, o carro que a Volkswagen lançou há 50 no Brasil e parou de fabricar em 1996 (tinha parado em 1986, mas retomou a produção sete anos depois para mais um breve período), arrematou 17,3 mil unidades vendidas. Se o Fusca entrasse no ranking dos carros novos, apareceria em terceiro lugar atrás do Novo Gol e Fiat Palio e à frente do Fiat Mille.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mozart pode ter morrido com inflamação na garganta

A morte do compositor Wolfgang Amadeus Mozart aos 35 anos de idade pode ter sido causada por complicações provenientes de uma inflamação de garganta, de acordo com um estudo holandês divulgado na segunda-feira. Desde a morte do compositor em 1791, há várias teorias sobre a causa de seu óbito repentino, desde envenenamento proposital a febre reumática ou triquinose, uma doença parasitária causada por comidas cruas ou carne de porco mal cozida. Em seu atestado de óbito foi escrito oficialmente que a causa da morte foi febre Frieselfieber.
No entanto, pesquisadores da Universidade de Amsterdã, na Holanda, disseram que estudos sobre sua morte têm sido geralmente baseados em evidências menos confiáveis, como testemunhos de pessoas que viveram naquela época, escritos décadas após sua morte. O novo estudo, divulgado nos Anais de Medicina Interna, foi baseado em informações dos registros oficiais de mortes em Viena no inverno de 1791, que colocam o óbito de Mozart em um contexto mais amplo. "Nossas descobertas sugerem que Mozart foi vítima de uma epidemia de inflamação de garganta", disse o pesquisador Richard Zegers.
Segundo ele, a doença "foi contraída por muitos cidadãos vienenses no mês de sua morte e Mozart foi uma das dezenas de pessoas em que a epidemia desenvolveu um tipo de complicação no rim que é mortal". Zegers e seus colegas disseram que esta "epidemia menor" de inflamação de garganta ou faringite estreptocócico pode ter começado no hospital militar da cidade. De acordo com testemunhos, Mozart se sentiu mal com uma "febre inflamatória", que é compatível com uma inflamação de garganta, escreveram Zegers e seus colegas.
O compositor, que escreveu mais de 600 obras durante sua vida, teve um grave inchaço, "mal-estar", dores nas costas e urticária, compatível a uma inflamação de garganta, seguida de uma inflamação no rim, conhecida como glomerulonefrite. Zegers disse que também é possível que Mozart tivesse escarlatina, que, como a inflamação de garganta, pode ser causada por uma infecção da bactéria estreptocócico, mas isso é menos provável porque testemunhas disseram que ele teve urticária no final de seu doença e não no início, como ocorre com a escarlatina.
Fonte: Agência Reuters

DSTs atingem 10,3 milhões de brasileiros, aponta pesquisa

Estudo divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde aponta que 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) - 6,6 milhões de homens e 3,7 milhões de mulheres. A Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira de 15 a 64 anos ouviu 8 mil pessoas, em todas as regiões do País.
O levantamento apontou que 18% dos homens e 11,4% das mulheres não procuram nenhum tipo de tratamento para as doenças sexualmente transmissíveis. A pesquisa mostrou ainda que as DSTs atingem mais os homens negros no Brasil. O total de homens negros que relataram sinais ou sintomas é de 19% enquanto o índice para homens brancos é de 13,8%. O levantamento informa que pacientes com indícios de DST "nem sempre recebem orientações adequadas Apenas 30% dos homens e 31,7% das mulheres que procuraram atendimento foram orientados a fazer o teste de HIV. A recomendação para o exame de sífilis foi ainda menor: 24,3% para eles e 22,5% para elas. Outro dado da pesquisa mostra que 40% dos homens e mulheres que recorreram aos consultórios não foram informados sobre a necessidade do uso de preservativo e de comunicar a doença aos parceiros. De acordo com o ministério, os problemas causados pelas DST podem aumentar em 18 vezes o risco de infecção pelo vírus HIV.
Os homens brasileiros têm 31,2% mais riscos de apresentar algum sinal ou sintoma de doenças sexualmente transmissíveis do que as mulheres. Segundo o estudo, manter relações sexuais com parceiros do mesmo sexo mais do que dobra a probabilidade de uma pessoa apresentar sinais de DST. Indivíduos que tiveram mais de dez parceiros na vida têm 65% mais possibilidade de contrair alguma doença sexualmente transmissível. O levantamento aponta que 25% dos homens brasileiros que apresentam algum sinal ou sintoma de doenças sexualmente transmissíveis se automedicam. O número cai para apenas 1% quando o foco são as mulheres. De acordo com a pesquisa, na faixa etária dos 15 aos 64 anos, quanto menor é a escolaridade, maior é o percentual de quem recorre às farmácias e não aos consultórios médicos. A região Norte concentra 24,5% dos homens que declararam ter tido pelo menos uma DST. Apesar de não ter divulgado os índices das demais regiões, o ministério informou que nenhuma ultrapassa os 20%. Já em relação às mulheres que declararam ter tido pelo menos uma DST, a pesquisa indica que não há diferenças "significativas" entre as regiões brasileiras. No Nordeste, por exemplo, a taxa é de 7%, e no Sul, de 11,2%.
Fonte: Agência Brasil

De alto a baixo

Usado no combate à calvície, o remédio finasterida entrou nas diretrizes de prevenção ao câncer de próstata da Sociedade Americana de Oncologia Clínica e da Associação Americana de Urologia. É o único medicamento indicado para evitar o tumor mais temido pelos homens. Em 2003, no maior estudo já feito sobre a finasterida, ela mostrou-se capaz de prevenir 25% dos casos desse tipo de câncer. Ainda assim, muitos urologistas não se sentiam confortáveis em receitá-la a seus pacientes. O motivo: o mesmo estudo que comprovou os benefícios do remédio sugeriu que, entre os participantes que desenvolveram a doença, a finasterida teria favorecido o desenvolvimento de tumores extremamente agressivos. Os resultados de um trabalho conduzido por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e publicado recentemente na revista científica Clinical Cancer Research, refutam essa possibilidade. De acordo com a nova pesquisa, a finasterida não só não favorece o aparecimento de tumores mais perigosos, como facilita o diagnóstico da doença, ao diminuir o tamanho da próstata. "Com tais dados, os médicos ficarão mais seguros em recomendar a finasterida na prevenção ao câncer de próstata", diz Gustavo Guimarães, urologista do departamento de cirurgia pélvica do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo.
O papel da finasterida na prevenção aos tumores prostáticos começou a ser avaliado em 1993, em uma pesquisa intitulada PCPT, sigla em inglês para Prostate Cancer Prevention Trial. Durante sete anos, foram acompanhados 18 882 homens com mais de 55 anos. Ao revisarem os resultados do PCPT, os pesquisadores de Stanford corroboraram a ação preventiva do remédio. Além disso, eles concluíram que, ao reduzir o tamanho da próstata em até um quarto, o medicamento favoreceria o diagnóstico da doença. Próstatas menores são mais adequadas à coleta de tecido para biópsia e também proporcionam uma medição mais precisa das taxas de PSA, a proteína que, presente em grande quantidade no sangue, pode indicar a presença de câncer.
A finasterida age inibindo a produção pelo organismo de DHT, a forma ativa da testosterona, o hormônio masculino por excelência. A DHT é essencial para o crescimento das células da próstata, tanto as saudáveis quanto as tumorais. Como os principais efeitos colaterais da finasterida são perda de libido e ereções menos potentes, o remédio só é indicado para homens com mais de 55 anos e com histórico familiar da doença. "Ainda que essas reações adversas possam ser revertidas com a suspensão da medicação, a relação custo-benefício do uso preventivo da finasterida deve ser muito bem avaliada pelos médicos e seus pacientes", diz o urologista Celso Gromatzky, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Com as taxas de PSA nas alturas, o aposentado Paulo Lins, de 74 anos, foi submetido a cinco biópsias nos últimos dez anos. Nenhuma delas indicou a presença de um tumor, mas ele achou por bem aceitar a sugestão do médico e tomar finasterida. "Agora me sinto mais protegido", diz Lins.
Lançada em 1992, sob o nome comercial de Proscar, a finasterida era indicada inicialmente apenas para o tratamento dos homens vítimas das complicações decorrentes do aumento benigno da próstata, sobretudo dificuldade em urinar. Depois que o medicamento começou a ser utilizado, os pesquisadores perceberam não só que os pacientes calvos que tomavam o remédio para a próstata paravam de perder cabelo como os fios novos nasciam mais resistentes. Em 1998, a finasterida chegou ao mercado batizada de Propecia. No ano passado, no Brasil, foi comercializado cerca de 1,7 milhão de caixas de finasterida. A dosagem prescrita para combater a perda de cabelo – 1 miligrama por dia – é bem mais baixa do que a utilizada para evitar o câncer de próstata: 5 miligramas diários.

Fuscas tunados (2)

Blog Paixão por Fusca

domingo, 16 de agosto de 2009

História do Fusca

Käfer, Coccinelle, Escarabajo, Maggiolino, Fusca, Beetle, Bug, Huevito, Dak Dak. . . O Volkswagen Sedan é um daqueles automóveis que dificilmente passam sem despertar uma emoção - seja paixão ou até ódio. Para alguns um projeto arcaico, para outros um projeto eterno, feito pra durar; o Fusca, feito a principio à pedido de Hitler a Ferdinand Porsche, o velho "beetle" foi nomeado Volkswagen, que como todos sabem, provem do idioma alemão e seu significado é "Carro do Povo".Depois foi nomeado "Volkswagen Sedan", e partindo de um apelido nascido no Brasil, acabou sendo nomeado oficialmente aqui no Brasil como "FUSCA".
Como bons fuscamaníacos, tentaremos relatar um pouco da história do FUSCA, embora não ter vivido brilhante época, época que fez do Fusca um candidato ao carro do século. Inicio da década de 30. Ferdinand Porsche desenvolveu um projeto na sua própria garagem, em Stuttgard, Alemanha. O primeiro projeto do Fusca, era equipado com um motor dois cilindros, refrigerado a ar, que tinha um rendimento absurdamente péssimo. Criaram o motor quatro cilindros, opostos dois a dois , chamado de Boxter,também refrigerado a ar, com suspensão independente dianteira, que funcionavam através de barras de torção. Foi um projeto ousadamente revolucionário, pois até então os carros da época eram feitos com motores refrigerados a água e suspensão que em sua maioria usavam feixe de molas (tipo suspensão de caminhões) ou molas helicoidais. Lançado oficialmente em 1.935, pelo então projetista Ferdinand Porsche, o Volkswagen podia ser comprado por quase todos, ao preço de 990 marcos, e era equipado com motor refrigerado a ar, sistema elétrico de seis volts, câmbio seco de quatro marchas, que até então só se fabricavam carros com caixa de câmbio inferiores a 3 marchas. Daí, as evoluções foram constantes. Sistema de freios a tambor, caixa de direção tipo "rosca sem fim", evoluções estéticas como quebra vento, lado abertura da porta (no início a porta abria do lado oposto), saída única de escapamento, estribo, entre outras. Em 1936, já reformulado, com bastante semelhanças com o Fusca de hoje, o Volkswagen era equipado com duas pequenas janelas traseiras, em 1.937 existiam 30 outros modelos sendo testados na Alemanha. E a partir de 1.938, iniciou-se a construção, em Hanover de uma fábrica a qual o Volkswagen seria construído na forma de fabricação em série.
Em 1.939, devido ao início da segunda guerra mundial, o Volkswagen acabou virando veículo militar. Derivados do fusca, como jipes e até um modelo anfíbio (Shwinwagen, atualmente existem 3 no mundo, e um no Brasil). A mecânica também haveria mudado. Virabrequim, pistões, válvulas , o motor de 995 cc.e 19cv passou a ser de 1.131 cc. e 26 cv. Mais de 70 mil unidades militares foram produzidas.
Término da segunda guerra mundial, a fábrica que estava sendo construída em Hanover, estava quase que inteiramente destruída.
Seus projetistas, ninguém sabia por onde andavam, e de suas versões militares ninguém mais precisara, por pouco não foi o fim do Volkswagen. Até um major inglês redescobrir o Volkswagen. Ivan Hirst, resolveu "adotar" o velho Volkswagen, entre os escombros da antiga fábrica, a versão original do VW passou a ser reaproveitada.
Retomada sua fabricação, o Volkswagen passou a ser utilizado em serviços de primeira necessidade, escassos naquela época, como correio, atendimento médico, etc. Em 1.946, portanto um ano depois, já existia 10 mil volkswagens sedans em circulação. Em 1.948 existiam 25 mil, sendo 4.400 para exportação. Em 1.949 o Fusca já teria seu próprio mercado nos EUA. Basicamente o fusca até então era um projeto que havia dado certo, até meados de 1.956, quase nada havia mecanicamente mudado de seu projeto original. Independente de seu projeto mecânico, a aparência do Fusca haveria mudado bastante. Em 1.951, havia duas janelas repartidas na parte traseira, embora continuar sem os "quebra-ventos". Mas em 1.953, o fusca surgia com "quebra-ventos" nas janelas laterais, e a partir da segunda série deste ano a janela traseira se resumia a uma única, em formato oval. Neste mesmo ano o fusca começou a ser montado no Brasil. Em 1.959 o Fusca começou a ser fabricado no Brasil.
Em 1.961 no segundo semestre, o sistema de sinaleiros (pisca-pisca) deixa de ser uma barra na coluna lateral central (também chamada de bananinha) para as lanternas traseiras, juntamente com as luzes de freio. E assim as mudanças foram surgindo. O câmbio deixa de "seco" para ter as quatro marchas sincronizadas, o mesmo que existe até hoje. Em 1.967 o Fusca passa por uma importante mudança: ele ganha motor 1.300 cc ao invés do 1.200 cc que o equipava até então. Os aros das rodas também receberam furos para melhor ventilação do sistema de freios. Já em 1968 foi provado que o sistema de 6 volts que o equipava não se mostrava eficiente, aí o Fusca ganhara um novo sistema elétrico 12 volts. E a caixa de direção passa a ser lubrificada com graxa. Em 1.970 o Fusca sofreu uma grande transformação. Continuando com a versão 1.300 cc, surgiram a versão 1.500 cc (2º. semestre) essa com 52 cv (SAE) de potência.Carinhosamente apelidado de "Fuscão". Para essa versão, o fusca também recebeu uma barra compensadora no eixo traseiro, para finalidade de maior estabilidade. Esteticamente o capô do motor ganhou aberturas para maior ventilação, novas lanternas, cintos de segurança. Como opcional o fusca tinha freios a disco na dianteira.
Mais mudanças vieram em 1.973. O novo sistema de carburação com carburadores recalibrados para menor consumo, e novo distribuidor vácuo-centrífugo deram mais ênfase ao carro que sem dúvida era um sucesso total. Nunca vendeu tanto fusca no Brasil como no ano de 1.974. O fusca teve uma produção de 239.393 unidades somente em 1974. Comparado a produção de 1969 que era de 126.319, foi um impressionante salto nas vendas. Tudo provava o absoluto sucesso do Fusca. E também nessa época que surgiu o Fusca com motorização 1.600-S que rendia 65 cv(SAE)com dupla carburação. As mudanças mecânicas para esse ano eram o eixo dianteiro com bitola mais larga e a mudança estética foi o maior pára-brisa para as versões 1.300 e 1.500. Em 1.975, a linha VW foi ampliada com a chegada do novo motor 1.300, versão 1.300-L e o modelo 1.600 passou a ter a alavanca de câmbio mais curta e filtro de ar do carburador de papel. Outras alterações também vieram, como painel e outras (estéticas). Em 1.978 o bocal do tanque de combustível passou a ser do lado externo do carro, e não dentro do porta-malas como mostrava-se até então. Em 1.979 (2º. semestre) as lanternas traseiras ganharam nova forma, e pelo seu grande tamanho, esta versão do fusca, a partir desse ano foi apelidado de "Fuscão Fafá". Após quatro anos sem mudanças, em 1983 o "Super-Fuscão" desaparece. Adotaram o nome oficial de "FUSCA". Com algumas poucas inovações como caixa de câmbio "Life-Time"(dispensa troca periódica de lubrificante), ignição eletrônica nos modelos a álcool, bomba de combustível com proteção anti-corrosiva, válvulas termopneumáticas nas entradas dos filtros de ar (com a função de controlar a temperatura do ar aspirado para finalidade de melhorar a queima da mistura).
Mais no ano seguinte, portanto em 1.984, muda tudo. A versão 1.300 do Fusca desaparece. Surge aí um novo 1.600. Com pistões, cilindros e cabeçotes redesenhados, além de novas câmaras de combustão, o novo motor rendia 46 cv a 4.000 RPM e torque máximo de 10,1 kgf/m a 2.000 RPM. Agora a medição foi feita no método DIN e não mais no SAE. Equipavam a versão também novos freios a disco na dianteira e barra estabilizadora traseira redesenhada para uma melhor performance aerodinâmica. Mais foi no ano de 1.986 que (temporariamente) acaba-se a carreira do Fusca. Embora o México não parar de produzi-lo, no Brasil sua linha de montagem chegara ao fim. Até que em 1.993 por pedido do então presidente do Brasil, Itamar Franco, o Fusca volta novo de novo, como nesses seus 60 anos muito bem vividos.
Na segunda fase de 1.993, sem mudanças na carroceria nem no motor o fusca ganhou pára-choques na cor do veículo, canalizador com uma única saída de escape no pára-lamas esquerdo, estofamentos novos, volante novo e muitos outros detalhes de acabamento, inclusive detalhes opcionais. Quando todos não acreditavam no sucesso do relançamento do Fusca, as vendas foram mais que animadoras. Chegou a produzir mais de 40 mil novos Fuscas. Até sua oficial parada de fabricação anunciada em Julho de 1.996 o fusca deixou mais fãs por seu rastro. Para comemoração da sua última série de fabricação, foram fabricados os últimos 1.500 Fuscas carinhosamente dados numa versão "FUSCA SÉRIE OURO", onde os últimos 1.500 proprietários de fuscas "novos" tem seus nomes guardados em um "Livro de ouro da VW." Um Fusca Série Ouro é facilmente identificado, neste seu último modelo a VW super-equipou esteticamente a versão. Com estofamentos do Pointer GTI, desembaçador traseiro, faróis de milha, painel com fundo branco, vidros verdes (75% transp.) esta foi a série de gala do querido carrinho. Mais uma vez nosso querido fusquinha cumpre seu papel, um sucesso de vendas e de mercado. Embora no México ainda foi fabricado até 30 de junho de 2.003.Outra novidade foi o sucesso de seu relançamento oficial, montado em chassis do VW Golf e com seu novo nome já definido, o BEETLE volta as ruas, mostrando sua nova cara e dando continuidade a essa inigualável carreira que o "querido carrinho" fez por merecer. E assim temos um exemplo de um projeto que alcançou o completo sucesso, e por trás dele um gênio imortal, um Mito: Ferdinad Porsche.
Fusca Clube do Brasil

É possível parar de fumar sem engordar?

Quando uma pessoa fuma, seu coração passa a bater mais rapidamente e sua frequência respiratória aumenta. Substâncias presentes no cigarro, principalmente a nicotina, são responsáveis por acelerar o metabolismo, provocando essas alterações. O calor produzido no processo leva a um discreto incremento na queima de calorias pelo organismo. A nicotina também diminui as sensações de paladar e olfato temporariamente, reduzindo assim a vontade de comer. Vem daí um efeito conhecido - e reconhecido pelos especialistas: ao livrar-se do cigarro, o ex-fumante tende a ganhar peso.
Apenas 72 horas após o último cigarro, há uma renovação das glândulas salivares e olfativas, que passam a "reconhecer" melhor o sabor e o aroma dos alimentos. "Como a comida fica mais saborosa, os ex-fumantes, principalmente os mais ansiosos, acabam atacando a geladeira", explica a pneumologista Camille Rodrigues da Silva, autora do livro Apague o Cigarro de Sua Vida. "O hábito de ocupar a boca com o cigarro é substituído pela vontade de mastigar constantemente um alimento, ou seja, ingerir calorias".
De acordo com a médica, a cada dez mulheres que tentam largar o cigarro, sete se preocupam com os quilinhos que podem ganhar. "Devido a esse medo, acabam adiando a data de parar de fumar. As jovens são ainda mais sensíveis: várias engordam depois de deixar o cigarro e, por esse motivo, voltam a fumar", conta.
Mas é possível controlar esse processo com tratamentos que incluem acompanhamento nutricional e psicológico e prática esportiva. "Cerca de 80% dos fumantes de que trato não engordam mais do que quatro quilos, média aceitável nesse caso", diz a psicóloga Silvia Cury Ismael, coordenadora do Programa de Assistência Integral ao Fumante do Hospital do Coração de São Paulo.
O trabalho da psicóloga é controlar a ansiedade dos ex-fumantes, responsável pela substituição do cigarro pela comida. "A ideia é fazer com que a pessoa compreenda como funciona sua dependência e, a partir daí, aprenda a lidar com a falta do cigarro. Assim, ela consegue adquirir um controle maior de suas vontades", diz.
Apesar da ênfase no acompanhamento psicológico, o procedimento não abre mão do uso de medicamentos, que ajudam a controlar a abstinência do cigarro e o desejo intenso de comer doce nos primeiros meses longe do cigarro. "Só depois de três meses a pessoa está fortalecida o suficiente para encarar a ausência do cigarro sozinha", afirma.
A atividade física também pode ser uma aliada importante. "A prática melhora a disposição e a sensação de bem-estar e, consequentemente, a vontade de parar de fumar, renovando a qualidade de vida do indivíduo", diz o endocrinologista Alfredo Halpern, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
O curioso é que, nesses casos, o esporte funciona como um verdadeiro substituto do cigarro: diminui a ansiedade, faz perder peso, melhora a circulação do corpo, o metabolismo, a digestão, a expansão pulmonar, além de liberar endorfina, que dá prazer à pessoa. "Além disso, o exercício físico colabora para uma noção maior de como se alimentar de maneira mais saudável e menos calórica", completa Silvia.
Fonte: VEJA Saúde

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Confirmada sexta morte pela gripe A em Santa Catarina

A Secretaria de Saúde confirmou a sexta morte pela gripe A em Santa Catarina. Um homem de 36 anos, do município de Concórdia, no Meio-Oeste do Estado, morreu nesta quinta-feira no Hospital São Francisco. A vítima começou a apresentar os sintomas da nova gripe no dia 23 de julho e foi internado três dias depois.
Os novos números anunciados pela Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive) são:
— 128 casos confirmados de gripe A
— 675 casos suspeitos
— 259 casos descartados
— 6 mortes

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Irmãs do Marieta visitam prefeito e fazem proposta para comandar hospital

Na tarde desta quarta-feira, 12, o prefeito Edson Renato Dias recebeu em seu gabinete, representantes do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que administram o hospital Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí. Participaram da reunião as irmãs Tarcísia (diretora financeira), Beverle Araújo (diretora geral), Sandra (diretora de enfermagem), Neusa (secretária) e a diretora jurídica da entidade, Zilda Bueno.A comitiva do instituto agradeceu ao prefeito por ter as recebido e disseram que estavam vindo pela primeira vez ao gabinete, para demonstrar o interesse do instituto em administrar o Hospital Municipal Ruth Cardoso. O prefeito Edson Renato Dias agradeceu a visita e disse que estava feliz em receber as irmãs. Na reunião, o prefeito explicou para as irmãs, a atual situação do Hospital Municipal. Disse também sobre o seu desejo de ofertar para a comunidade um atendimento 100% SUS.
O prefeito Edson Piriquito colocou o hospital à disposição do instituto para que possam fazer visitações afim de analisar a infra estrutura do local, colocando a Diretora de Saúde, Tatiane Stumm, para acompanhá-las numa eventual visita.Segundo Zilda Bueno, da área jurídica da entidade, o Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, deverá fazer uma proposta para o município de Balneário Camboriú contemplando o desejo do prefeito em ter um hospital 100% SUS, mas também com alguma possibilidade de criar algum anexo para atendimento particular. Zilda explicou também que é do interesse do instituto a obtenção de procedimentos de alta complexidade no hospital, para tornar ele mais viável. “Vamos fazer uma proposta para o prefeito com o atendimento na porta do hospital 100% SUS, sem distinção e queremos também trazer a alta complexidade para a unidade de Balneário Camboriú, se caso o instituto for o escolhido para administrar o Ruth Cardoso”, disse Zilda.
ABC Notícias - Aderbal Machado

Ministério da Saúde adia vacinação contra pólio por causa da nova gripe

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (13) que a segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite foi adiada do dia 22 de agosto para o dia 19 de setembro. Segundo o órgão, a medida pretende evitar uma sobrecarga ainda maior nos serviços básicos de saúde, que, no momento, estão voltados para o atendimento a pacientes com a nova gripe.
De acordo com o ministério, a alteração na data não vai comprometer o “efeito protetor” da vacina dada na primeira etapa, também não vai comprometer a saúde das crianças e tampouco vai aumentar o risco de contaminação pela doença. O órgão diz, em nota, que espera uma redução gradativa no número de casos da Influenza A(H1N1) com o fim do inverno. Assim, a vacinação contra a pólio poderá ser feita “sem qualquer prejuízo.”
A vacina é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e está disponível nos postos de saúde durante todo o ano. Pelo calendário de vacinação, bebês devem ser vacinados aos dois, quatro e seis meses, com um reforço aos 15 meses de vida. Mesmo assim, as crianças menores de cinco anos devem tomar anualmente as duas doses distribuídas na campanha nacional de vacinação.
As mães das crianças que não tomaram as doses de rotina previstas no calendário devem procurar os postos de saúde na data indicada no cartão de vacinação. Quem precisa tomar o reforço deve esperar até o dia 19 de setembro.
As autoridades de saúde esperam vacinar, na segunda etapa, aproximadamente 14,7 milhões de crianças -95% de todas com menos de cinco anos de idade. Serão cerca de 115 mil postos de vacinação. A primeira etapa aconteceu no dia 20 de junho.

Santa Catarina confirma 121 casos de gripe A

A diretora-geral da Secretaria de da Saúde de Santa Catarina, Carmen Zanotto, divulgou na manhã desta quinta-feira os novos dados sobre a gripe A. De acordo com a diretora, são 121 casos confirmados e 620 ainda em investigação. O número de mortes de pacientes que comprovadamente tinham a doença continua o mesmo: cinco. Carmen revelou ainda que foram registradas 36 mortes por doenças respiratórias graves, que podem ou não terem sido causadas pela gripe A. A confirmação do diagnóstico só pode ser feita depois do resultado do exame laboratorial.
Em entrevista à rádio CBN/Diário, a diretora explicou que o decreto de situação de emergência em Santa Catarina, assinado do dia 3 de agosto mas só divulgado agora, visa apenas agilizar o processo de compra de materiais e equipamentos para exames de identificação da gripe A no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
— Nossa situação é um pouco diferente do Rio Grande do Sul e do Paraná. O número de casos deles é bem maior em relação à população. Foi feita uma lógica administrativa, em hipótese alguma estamos omitindo informação — explicou Carmen.
Para a diretora-geral da Secretaria da Saúde, a tendência é que o número de casos cresça ainda mais. Carmem pediu ainda que os cuidados básicos sejam mantidos, como cobrir o rosto quando tossir e espirrar, lavar as mãos constantemente e evitar contato com outras pessoas se tiver sintomas de gripe.
Fonte: CBN/Diário

Educação - Professoras grávidas são afastadas das salas de aula em Itajaí

Por determinação da Secretaria de Saúde de Itajaí, a partir desta quinta-feira (13), todas as professoras da Rede Municipal de Ensino que estejam grávidas deverão se afastar da sala de aula. A medida é necessária para evitar a contaminação do vírus da gripe A. Conforme o Coordenador Técnico da Secretaria de Educação, Júlio da Silva, nenhum profissional será liberado para ir embora. “Elas serão relocadas dentro das unidades. Nossa Orientação é para que trabalhem em ambientes mais reservados”, comenta. Alunos e outros profissionais de Educação que estejam com sintomas de gripe também serão afastados da sala de aula e obedecerão o mesmo processo. A Rede Municipal de Ensino conta atualmente com 35 gestantes, sendo 18 no Ensino Fundamental e 17 da Educação Infantil. A medida será cumprida até que surja uma nova determinação da Secretaria de Saúde.

Anvisa pede que médicos monitorem bebês e grávidas medicadas com Tamiflu

Os profissionais de saúde devem monitorar as pacientes grávidas e as crianças menores de um ano que estejam sob a medicação de Tamiflu (Oseltamivir). O remédio é usado no tratamento dos casos de influenza A (H1N1) - gripe suína, de acordo com o alerta da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).Ainda não existem dados suficientes do uso deste medicamento para uma avaliação definitiva quanto a sua segurança nesses dois tipos de pacientes. O Tamiflu deve ser utilizado por gestantes apenas se o benefício justificar o risco potencial para o feto, e a avaliação deverá ser feita pelo médico responsável, segundo a Anvisa.Para as crianças até um ano de idade, a agência recomenda que os médicos façam uma avaliação nas primeiras 48 horas e 30 dias após o uso da primeira dose. As mulheres grávidas devem ser avaliadas no mesmo intervalo e em até 30 dias após o parto.De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou, até o dia 8 de agosto, 192 mortes em decorrência da influenza A (H1N1) - gripe suína, 28 delas as vítimas eram gestantes.
Fonte: Agência Brasil

Fuscas tunados (1)

Blog Paixão por Fusca

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Brasil tem terceiro maior número de mortes pela nova gripe, diz Saúde

O Ministério da Saúde divulgou um balanço nesta quarta-feira (12) em que o Brasil aparece como o terceiro país com maior número de mortes pela nova gripe no mundo, atrás apenas de Estados Unidos (436) e Argentina (338). São 192 mortes registradas até esta quarta. De acordo com o ministério, quando é feito o cálculo por 100 mil habitantes, o Brasil aparece como o que tem a segunda menor taxa de mortalidade entre os 15 países com mais óbitos no mundo -0,09.
Na nota divulgada pelo órgão, o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, diz que esse número de mortes preocupa o governo, mas que não há motivo para pânico.
“O governo lamenta cada morte, mas lembra à população que não há motivo para pânico. A doença, na grande maioria dos casos, apresenta sintomas leves. E a rede de saúde do país está preparada para isto: são 1.978 leitos de UTI, em 68 hospitais de referência”, afirma.
O ministério considera o cálculo de mortalidade por 100 mil pois, de acordo com o órgão, a Organização Mundial de Saúde “reconheceu” que não era mais possível contar todos os casos, o que inviabilizaria o cálculo de taxa de letalidade (mortes em comparação ao total de ocorrências da doença). De acordo com a Saúde, somente o Reino Unido, na lista dos 15 países, tem taxa menor que a brasileira -0,06. Argentina (0,83) e Uruguai (0,65) lideram a lista.
Os cálculos foram feitos pelo próprio ministério, com base em números do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças e do IBGE. Segundo a Saúde, já foram notificados 1.882 mortes em 48 países.
Segundo Hage, não é possível comparar o total de casos graves, pois não há um protocolo único no mundo. “Cada país adota um critério. Então, não existe uma base segura e confiável para comparar”, afirma.
Globo.com

Prefeito pode decretar fechamento de boates em Balneário Camboriú para combater gripe A

O prefeito de Balneário Camboriú deve decidir nesta quarta-feira se decretará ou não o fechamento das casas noturnas da cidade até 1º de setembro como medida de prevenção à proliferação do vírus da gripe A na cidade. A solicitação foi encaminhada a Edson Renato Dias, o Piriquito (PMDB), pelo secretário municipal de Saúde, José Roberto Spósito, na terça-feira. Spósito sustenta que a medida é necessária, diante da falta de ventilalação nos locais e o contato próximo entre frequentadores. O prefeito mostrou-se favorável a ideia, mas ainda não decidiu se adotaria a medida — o que deve ocorrer nesta quarta.
— Devemos tomar um posicionamento de prevenção à vida. O decreto seria uma forma de proteção aos frequentadores, funcionários das casas noturnas e aos próprios empresários. Qualquer prejuízo econômico decorrente de 15 dias seria momentâneo e contornável, ao contrário do prejuízo a vidas humanas — argumentou Piriquito.
A Secretaria da Saúde de Balneário Camboriú monitorava na terça-feira três casos suspeitos, à espera dos exames. Outros três pacientes confirmados com gripe A estão melhores.
— Nossa postura pode parecer antipática, mas é preventiva, pois as principais vítimas da gripe A têm sido adultos jovens. Pedimos que as pessoas fiquem em casa, mas acreditamos que uma medida para suspender eventos em locais fechados possa evitar a contaminação em larga escala — declarou Spósito.

‘Achei que no banheiro não ia ter problema’, diz homem que fumou em voo

O passageiro que causou uma pane geral em uma aeronave em São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo, após fumar no banheiro durante uma escala, disse não ter imaginado que seu cigarro iria causar tantos transtornos. Os passageiros que seguiam para Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, tiveram que trocar de aeronave após o problema.
“O avião teve dois anúncios de pane. A gente ainda permaneceu dentro, eu pedi para a aeromoça, eu achei que no banheiro não ia ter problema algum, não ia me gerar todo esse transtorno, no banheiro fechadinho, com a aeronave sem funcionamento. Inclusive me certifiquei que ele tinha desligado tudo. Desligou e fui. A gente aprende, né?”, disse Téo Cunha. Quando a aeronave, que saiu do Rio de Janeiro, pousou em São José do Rio Preto, o piloto constatou uma pane no computador de bordo. Todos os passageiros foram orientados a ficar nas poltronas, mas Cunha se levantou e resolveu fumar dentro do banheiro. A fumaça acionou o sistema anti-incêndio do avião e provocou uma pane total na aeronave. Os passageiros tiveram que descer e ficaram aguardando no saguão do aeroporto. O comandante chamou a polícia e impediu o passageiro de embarcar novamente na aeronave. A polícia registrou boletim de ocorrência e liberou o fumante.
“Ele tem que pagar uma multa, tem que ser penalizado. Porque ele prejudicou todo mundo e nós estamos aqui sem necessidade”, disse uma das passageiras. A TRIP Linhas Aéreas informou em nota que o voo 5608, que partiria de São José do Rio Preto para Campo Grande, às 12h15 de terça-feira foi cancelado e os passageiros remanejados para outra aeronave. Por questões de segurança, a companhia optou por fazer uma manutenção preventiva na aeronave.

Suco de beterraba diminui o cansaço durante exercícios

Beber suco de beterraba ajuda a ter mais energia. Um estudo realizado pela University of Exeter, na Grã-Bretanha, mostrou que pessoas que tomam esse suco têm uma resistência física 16% maior enquanto fazem exercícios físicos. Ainda não se sabe ao certo por que isso acontece, mas os cientistas descobriram que o nitrato encontrado nessa raiz ajuda a diminuir a quantidade de oxigênio consumida pelo corpo humano, o que deixa o exercício menos cansativo.
A pesquisa, publicada no Journal of Applied Physiology, sugere que, no ganho de resistência, o suco de beterraba é mais eficaz até do que a preparação que o corpo adquire em decorrência da prática regular de exercícios. O estudo foi realizado com base nos resultados dos testes físicos de oito homens com idade entre 19 e 38 anos. Eles tomaram 500 ml de suco de beterraba orgânica durante seis dias consecutivos e depois realizaram testes em bicicletas ergométricas. Para testar a eficácia da bebida comparada a outras substâncias, os pesquisadores deram placebo aos homens durante seis dias consecutivos.
Os resultados foram surpreendentes para os pesquisadores. Depois de beber o suco de beterraba, eles conseguiram pedalar entre 11,25 minutos e 92 segundos a mais do que quando realizaram os testes depois do consumo do placebo. Os responsáveis pelo estudo acreditam que essa descoberta poderá oferecer dados que ajudem no tratamento das pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares, respiratórias ou metabólicas, além de auxiliar na resistência dos atletas. A bebida também ajuda a manter a pressão sanguínea em um nível saudável.
Fonte: VEJA Saúde

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Evolução no ensino

Republicação
Li no blog do Aderbal Machado, gostei, identifiquei parâmetros semelhantes em nossas próprias escolas, e dou ciência:
Relato de uma professora de Matemática. Realidade ou exagero?
Semana passada, entrei numa loja e comprei um produto que custou R$1,58. Dei R$2,00 à balconista e peguei na minha bolsa 8 centavos, para evitar receber muitas moedas de troco. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que tinha de receber 50 centavos de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar, e ela continuava sem entender...Por que estou contando isso? Porque me dei conta da evolução do ensino de Matemática desde 1960, que foi assim:
1. Ensino de Matemática em 1960:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100. O custo de produção dessa lenha é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
2. Ensino de Matemática em 1970:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100. O custo de produção dessa lenha é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80. Qual é o lucro?
3. Ensino de Matemática em 1980:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100. O custo de produção dessa lenha é R$80. Qual é o lucro?
4. Ensino de Matemática em 1990:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100. O custo de produção dessa lenha é R$80. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( ) R$ 20
( ) R$ 40
( ) R$ 60
( ) R$ 80
( ) R$ 100
5. Ensino de Matemática em 2000:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100. O custo de produção dessa lenha é R$80. O lucro é de R$20. Está correto?
( ) SIM
( ) NÃO
6. Ensino de Matemática em 2009:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100. O custo de produção dessa lenha é R$80. Se você souber ler, coloque "x" no R$20.
( ) R$ 20
( ) R$ 40
( ) R$ 60
( ) R$ 80
( ) R$ 100

Médicos dão recomendações de saúde durante viagens aéreas

Em 2 de agosto, a jovem Jacqueline Ruas, de 15 anos, morreu durante o voo de volta ao Brasil após uma viagem à Disney. A adolescente embarcou debilitada por uma pneumonia e acabou morrendo dentro do avião. Segundo especialistas ouvidos pelo G1, Jacqueline não deveria ter embarcado no voo porque o ambiente de uma aeronave altera o funcionamento do sistema respiratório. Eles explicaram o que muda no organismo em altitude elevada e fizeram recomendações para viagens longas.
“A regra básica é: se estiver doente, não viaje”, afirma Amaury Monteiro Simoni, especialista em medicina aeroespacial e ex-coordenador do serviço de emergência médica do Aeroporto Internacional de Viracopos. “Não importa o que você está sentindo. Varia de pessoa para pessoa. Se você não estiver se sentindo bem, se estiver com dor, febre ou com grande cansaço, não deve embarcar”, recomenda Simoni.
Embora aeronaves sejam pressurizadas, a pressão dentro da cabine durante o voo é mais baixa do que a do nível do mar. Em média, equivale à de uma montanha de 1,5 mil a 2,5 mil metros. É suportável, mas faz o organismo passar por um pequeno estresse. “A verdade é que o ser humano não foi fabricado para voar”, explica Simoni. A principal mudança envolve o sistema respiratório – o que pode ter agravado o quadro de Jacqueline Ruas. “O ar na cabine tem menos oxigênio. Para compensar, o pulmão começa a trabalhar mais. A frequência respiratória acelera”, afirma o médico. Esse aumento é mínimo e não causa nenhum problema em pessoas saudáveis. Mas pode ser perigoso em casos como o da adolescente, em que os pulmões já estavam debilitados.
Quem tem problemas respiratórios, como bronquite e asma, precisa procurar tratamento antes de viajar, segundo o pneumologista João Marcos Salge, do Hospital das Clínicas de São Paulo "O ideal é que a pessoa adie a viagem e só embarque depois de se tratar, para controlar os sintomas e evitar crises", recomenda.
O coração acompanha o aumento na frequência respiratória, acelerando os batimentos cardíacos. “O coração tenta levar mais oxigênio mais rápido para as células”, diz Simoni. Além disso, o ar seco (a umidade dentro da cabine fica abaixo dos 20%) complica casos de alergias e rinites. E as mudanças de altitude fazem os gases dentro de nosso organismo se expandirem. Isso causa desconforto abdominal e aquela sensação de ouvidos “tapados”.
Quem tem dores de ouvido recorrentes precisa procurar um médico antes de viajar, para receber o remédio adequado. Em casos graves, a mudança de altitude em pessoas sensíveis pode causar a perfuração do tímpano. Pessoas com doenças crônicas precisam carregar sua medicação. É o caso, por exemplo, de quem sofre de cálculo renal. O ambiente da aeronave não interfere no surgimento de pedras nos rins, mas é recomendável que pessoas que costumam sofrer com o problema levem remédios a bordo.
“O ideal é que a pessoa faça um tratamento completo para tratar o cálculo renal. Se for viajar, precisa pedir uma orientação médica sobre os remédios mais adequados para lidar com uma eventual crise a bordo. Se isso acontecer, o passageiro deve se medicar e procurar um pronto-socorro assim que o avião pousar”, recomenda o nefrologista Antônio Carlos Seguro, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Mulheres grávidas não podem embarcar em aviões durante o terceiro trimestre de gestação - para autorizar o embarque, as companhias aéreas exigem autorização médica.
Como no caso de quem sofre de cálculo renal, o motivo não é o voo em si, mas a possibilidade de algo dar errado. “O avião não interfere na gravidez. Mas qualquer coisa que aconteça lá em cima não vai poder ser resolvida rapidamente”, afirma o obstetra José Maria Soares Jr, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Nos dois primeiros trimestres a mulher pode viajar, mas os médicos recomendam que ela só faça isso se realmente precisar. “Uma aeronave é um ambiente fechado. O risco de se contaminar por doenças como gripe, sarampo, catapora, é mais elevado. O ideal é que a gestante evite viagens aéreas”, recomenda Soares. Se ela precisar viajar, deve se alimentar de forma leve, se hidratar bem, usar meias que estimulam a circulação e procurar se movimentar de tempos em tempos nos corredores.
As pessoas saudáveis não precisam se preocupar muito. Basta aplicar o bom senso, consumir alimentos leves e beber muita água e sucos. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas, por que seus efeitos são potencializados com a pressão reduzida da cabine. Em caso de qualquer dúvida, o passageiro precisa procurar seu médico antes de embarcar.
Globo Saúde

Schumacher amarelou!!

O heptacampeão de Fórmula 1 Michael Schumacher desistiu de substituir o brasileiro Felipe Massa na Ferrari, alegando não se encontrar na forma física ideal, informou nesta terça-feira o canal alemão "NTV", notícia que foi confirmada posteriormente pelo site oficial do ex-piloto. O substituto de Massa será o italiano Luca Badoer, de 38 anos, confirmou a assessoria de imprensa da Ferrari.
"Ontem à noite informei ao presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, e ao diretor da equipe, Stefano Domenicali, que não poderia substituir Felipe. Tentei absolutamente tudo para que meu retorno fosse possível, mas para meu grande pesar, não funcionou. Não consegui controlar as dores que sinto no pescoço depois do treino privado em Mugello, apesar de termos tentado todo o possível a nível médico e terapêutico", afirmou Schumacher em um comunicado.
Será que temia levar um "passeio" do Rubinho? Ou quem sabe uma mola na cabeça?

Filhos de pais nervosos têm mais chances de ter asma

Crianças com pais que sofrem de stress têm mais chances de ter asma, segundo uma pesquisada realizada por cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, o ambiente em que a criança vive - o temperamento dos pais e fatores de risco, como poluição - pode ser fundamental para que seja desenvolvida a doença respiratória.
Fumar durante a gravidez também pode elevar as chances de o bebê ter asmas ou alergias. Os pesquisadores observaram a saúde de 2.497 crianças e analisaram durante três anos quantas delas tiveram asma – foram 120 no total. Os cientistas cruzaram as informações dessas crianças com os fatores de risco como exposição a poluição, mães que fumaram durante a gravidez e o nível de estresse dos pais.
A poluição realmente faz com que as chances de se desenvolver a doença aumentem, mas o que mais colaborou com isso foi o temperamento dois pais, principalmente daqueles considerados repressivos, incontroláveis ou imprevisíveis, além do fumo durante a gestação. O professor Rob McConnell, um dos responsáveis pela pesquisa, acredita que o stress pode fazer com que as crianças fiquem mais suscetíveis aos efeitos da poluição e da fumaça do cigarro.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Rubinho no twitter...


Tamiflu pode ser nocivo a crianças, diz pesquisa

Crianças de até 12 anos de idade não devem ser tratadas com os antigripais Tamiflu e Relenza porque os efeitos nocivos desses medicamentos podem ser maiores que os benefícios ao tratamento da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, revela uma nova pesquisa publicada no British Medical Journal. De acordo com o médico Matthew Thompson, testes demonstraram que os antigripais reduzem em apenas 8% as transmissões entre crianças e "podem acarretar mais efeitos nocivos do que benéficos" a elas. Em entrevista concedida à emissora britânica BBC, o médico disse que medicar crianças com 12 anos ou menos com Tamiflu ou Relenza reduz a duração da nova gripe, em média, em apenas um dia. Na avaliação dele, que é um dos autores do estudo, trata-se de um benefício modesto para uma doença que dura aproximadamente uma semana. O Tamiflu e o Relenza, fabricados respectivamente pelas farmacêuticas Roche e GlaxoSmithKline, são os dois medicamentos mais amplamente prescritos para fazer frente à atual pandemia de gripe suína.
Diário Catarinense

domingo, 9 de agosto de 2009

Depoimento - Foi muito difícil, mas parei de fumar

Dos meus 50 anos, fumei 28. Parei em 1999, com a certeza de que não teria muito mais tempo pela frente caso continuasse fumando daquela maneira. Eram quase quatro maços por dia - sim, quase 80 cigarros diários. A moda na época era alguns novos e potentes antidepressivos. Mas sou muito chato com remédios - não só com remédios, confesso, mas especialmente com eles. Decidi parar sem nenhuma ajuda e testar a minha chatice. Venci. Não foi fácil: foram ao menos 90 dias de reações alternadas de todos os tipos - todas ruins -, com meu corpo pedindo para queimar pelo menos um cigarrinho.
Comecei a praticar esportes, o que ajuda muito. Comprei bicicleta, comecei a ter aulas de tênis, corria várias vezes por semana, algumas de madrugada. Claro, ganhei também algumas contusões. Afinal, engordei 12 quilos no primeiro trimestre sem jogar fumaça dentro dos pulmões.
Senti varias más sensações. Tinhas dores de cabeça, tontura, dores musculares, dormência nos braços e pernas, alternava dias sem comer quase nada e outros em que era capaz de esvaziar dois ou três pratos e ainda ficar com fome. Em alguns dias, dormia uma ou duas horas; em outros, mais de 12... Amigos médicos me diziam que sofria da síndrome de abstinência. Mas os sintomas diminuíram drasticamente conforme o tempo passava. Nunca, nestes dez anos, senti vontade de fumar ou sonhei com a fumacinha. Nem me tornei um xiita, não me incomodo que fumem perto de mim.
Considero-me um vencedor, repito, não por ter parado sem ajuda, mas simplesmente ter largado o cigarro - tenho certeza de que a ajuda funciona e deve aliviar o sofrimento. E o melhor de tudo são os benefícios: hoje, faço exercícios sem sentir falta de ar, não tenho mais dores de cabeça periódicas, nunca mais sofri de inflamação na garganta, e os problemas de mal-estar, dores de estômago e resfriado se tornaram muito raros. Tudo por causa do cigarro? Gosto de pensar que sim, porque esta que tenho é outra vida. E me parece muito melhor.
Silvio Nascimento

RS confirma 11 mortes por gripe suína; País tem 180 vítimas

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou neste sábado mais 11 mortes devido à gripe suína. Com estas, o número de mortos pela nova gripe chega a 44 no Estado, elevando o total do País para 180, segundo dados das secretarias estaduais.
Entre as vítimas, há duas gestantes e dois obesos. As mortes ocorreram entre o dia 22 de julho e 3 de agosto. Na capital, Porto Alegre, foram confirmados 71 casos de gripe suína de um total de 708 suspeitas investigadas. A prefeitura informou que, para facilitar o atendimento à população com sintomas da gripe, ampliou o atendimento em dez unidades de saúde, que passaram a receber pacientes até as 22h.
Mais cedo, a prefeitura de Maringá (PR), também confirmou uma morte por gripe suína, mas o óbito não chegou a ser incluído nos dados da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná.
Os demais óbitos em decorrência da gripe suína no País foram confirmados em em São Paulo (69), Paraná (31), Rio de Janeiro (28), Santa Catarina (5), Bahia (1), Pernambuco (1) e Paraíba (1).
Terra Saúde

sábado, 8 de agosto de 2009

Médicos dão dicas para gestantes se protegerem da nova gripe

As gestantes são consideradas um dos grupos de risco para a gripe A (H1N1), ao lado de obesos, idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias crônicas, mas os médicos ainda investigam o motivo. Especialistas afirmam que o sistema de defesa do organismo das grávidas é, de fato, mais sensível, mas só isso não explica o grande número de casos. Por isso, eles dão dicas sobre como evitar o contágio. Antes de tudo, é bom deixar claro: a grande maioria das pessoas que pegam a nova gripe, incluindo as gestantes, tem sintomas leves e se recupera totalmente. Mesmo entre os casos graves, a maioria não é fatal, afirma o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O sistema de defesa do organismo (o sistema imunológico) é mais sensível nas grávidas, explica o obstetra José Maria Soares Jr, também da Unifesp. “Para manter o feto fixado na parede do útero há um pequeno enfraquecimento no sistema imunológico. Não é que ele deixa de funcionar, ele ainda protege a mulher. Ela só fica um pouco mais sensível a vírus e bactérias”, explica o médico. Pelo mesmo motivo, as complicações de doenças são mais comuns em grávidas. Olzon lembra que outras enfermidades comuns, como catapora e sarampo, são mais perigosas durante a gestação. “O organismo da gestante é mais sensível. Além disso, ela pode sofrer uma perda de nutrientes, que pode deixá-la mais fraca”, afirma. Essa é uma possível explicação para a maior sensibilidade das grávidas ao H1N1, mas só isso não explica a quantidade elevada de casos, segundo os médicos. “A verdade é que esse número de casos e de mortes em grávidas está muito esquisito. É maior do que esperávamos e ainda não temos estudos suficientes para entender por que isso acontece”, explica Olzon.

Por isso, os médicos recomendam que as gestantes sigam os cuidados para evitar a nova gripe com diligência. “Elas precisam fazer as mesmas coisas que as outras pessoas, mas com ainda mais afinco”, afirma Olzon. As recomendações são: evitar aglomerações, lavar as mãos repetidas vezes, evitar cumprimentar pessoas com abraços, beijos e apertos de mão, e tentar manter distância de doentes. Se não for possível se afastar de alguém com o vírus (por exemplo, no caso de um filho doente), os médicos recomendam que o paciente use máscaras e que a gestante use luvas, lave as mãos depois de encostar e evite deixar o rosto perto da pessoa.
O obstetra afirma que as gestantes não precisam “se trancar em casa”. “Elas podem sair, só precisam ter mais cuidado para evitar aglomerações de pessoas. É bom também evitar o transporte coletivo”, recomenda.
Em caso de sintomas, dúvidas ou suspeitas, os dois especialistas aconselham que a gestante procure o médico que faz o seu pré-natal. “Se ela estiver com sintomas mais leves, é arriscado ir até o hospital. Ela pode não ter o vírus e acabar se contaminando no pronto-socorro”, orienta Olzon. Se a grávida, no entanto, começar a se sentir muito mal, com febre muito alta e dificuldade para respirar, ela deve sim procurar um hospital rapidamente. “Os hospitais estão preparados para dar prioridade às gestantes”, diz o infectologista.

Fonte: Globo.com