"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Anvisa publica as novas regras para a venda de antibióticos no país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União, as novas regras para a compra de medicamentos antibióticos em farmácias. De acordo com a resolução da Anvisa, os antibióticos deverão ser vendidos sob prescrição  médica. O paciente deverá ficar com uma via da receita de controle especial, carimbada pela farmácia, como comprovante do atendimento. A outra via ficará retida no estabelecimento farmacêutico. As farmácias deverão começar a reter a receita a partir de 28 de novembro. A prescrição médica para antibióticos terá dez dias de validade. Ela deve estar em letra legível e sem rasuras, e precisam informar o nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade e posologia; nome completo do paciente; nome do médico, registro profissional, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); identificação de quem comprou o remédio, com nome, RG, endereço e telefone; data de emissão.
Na embalagem e no rótulo  dos medicamentos contendo substâncias antimicrobianas deve constar, obrigatoriamente, na tarja vermelha, em destaque a expressão: "Venda sob prescrição médica - Só pode ser vendido com retenção da receita". A mesma frase deve constar com destaque na bula dos medicamentos. A resolução traz ainda a lista dos antibióticos registrados na Anvisa. Veja íntegra da resolução neste link. O telefone da Anvisa para fazer denúncias de estabelecimentos que não estejam cumprindo a lei é o 0800-642-9782. Denúncias podem ser feitas também através do site da Anvisa.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Anvisa anuncia reforço em medidas de combate à 'superbactéria'

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Dirceu Barbano, anunciou na última sexta-feira medidas para evitar o aumento número de infecções pela superbactéria KPC, resistente a antibióticos e que pode levar à morte. A instalação de dispensadores de álcool em gel em todos os ambientes de atendimento nos hospitais e clínicas públicas e particulares estão entre as medidas anunciadas. Barbano disse ainda que as farmácias devem passar a reter as receitas médicas para a venda de antibióticos, para comprovar que a exigência da Anvisa será cumprida. Segundo o diretor, as normas devem ser divulgadas no início da próxima semana, mas há um período de adaptação de pelo menos 60 dias para a obrigatoriedade do álcool gel e de 30 dias para a retenção de receitas nas farmácias.
Técnicos da Anvisa estão reunidos desde quinta-feira para trabalhar em uma nota técnica, sobre prevenção a infecções hospitalares, e duas resoluções, a respeito das formas de prevenção a infecções nos ambientes hospitalares e da compra de antibióticos em farmácias, afirmou Barbano. A norma já existe desde 1998, mas por essa situação de desconforto a respeito dessas informações, esperamos que se aprimore o trabalho. Os municípios precisam de fato agir na cobrança da responsabilidade das unidades de saúde no cumprimento dessa norma. Segundo o diretor, os dados notificados à Anvisa pelas secretarias de saúde nos estados e no Distrito Federal mostram que a situação no DF é a mais preocupante no país. No DF foram notificados 157 casos entre julho de 2009 e 15 de outubro de 2010.
São Paulo registrou 70 casos na Anvisa entre julho de 2009 e outubro de 2010, dos quais 24 resultaram em morte. Em outros quatro estados, os dados são referentes apenas ao período de julho de 2009 a julho de 2010: 3 no Espírito Santo, 4 em Goiás, 12 em Minas Gerais e 3 em Santa Catarina. "Certamente, em muitos desses casos a pessoa já se tratou e voltou para casa", disse Barbano. De acordo com a Anvisa, os números podem ser maiores, já que nem todos os casos registrados pelas secretarias estaduais de saúde foram notificados à agência. Segundo ele, os dados das próprias secretarias só são notificados à agência quinzenalmente, e as reuniões do setor técnico trataram também da disponibilização de um software para que as notificações sejam feitas via web, mas não há prazo para sua implementação. Apesar as medidas anunciadas nesta sexta, Barbano afirmou que as infecções pela superbactéria não representam um risco superior à média de outras infecções registradas no Brasil.
"Os casos não representam uma exceção. Estudos apontam que a taxa média de infecções no Brasil é de 14% entre pessoas que são identificadas em um quadro suscetível a infecções hospitalares, e os casos da KPC está dentro dessa média", disse Barbano.
Fonte: G1 Saúde

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

INCA lança recomendações para reduzir mortalidade por câncer de mama no país

O Instituto Nacional de Câncer, INCA, lançou em 15 de outubro, recomendações para reduzir a mortalidade por câncer de mama no Brasil. São sete orientações que destacam as prioridades de ação para o controle da doença, responsável por cerca de 11 mil mortes por ano no país. Destinado à população em geral e a profissionais e gestores do Sistema Único de Saúde, o documento faz parte das comemorações do Outubro Rosa, mês de mobilização mundial em torno do tema. O documento foi lançado pelo diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini, na abertura do seminário Controvérsias no tratamento de câncer de mama no estadiamento inicial, no Rio de Janeiro. “Temos um desafio de comunicação”, afirmou Santini, referindo-se à primeira recomendação: O INCA recomenda que toda mulher tenha amplo acesso à informação com base científica e de fácil compreensão sobre o câncer de mama. “Com os investimentos feitos nos últimos anos pelo Ministério da Saúde, hoje temos condições de fazer recomendações que o gestor de cada instância de governo, a sociedade e cada cidadão individualmente tem capacidade de implementar”, disse o diretor-geral.
Impressas em um folheto que será distribuído à população, as sete recomendações alertam para a necessidade de a mulher ficar atenta aos primeiros sinais e sintomas da doença e buscar avaliação médica; consideram como direito da mulher com nódulo palpável e outras alterações suspeitas na mama receber diagnóstico no prazo máximo de 60 dias; e reforçam a necessidade da realização de mamografia a cada dois anos para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, já que a detecção precoce em mulheres saudáveis nesse período reduz a mortalidade.
A quinta recomendação fala sobre a necessidade de que os serviços de mamografia façam parte de programa de qualidade, com certificação visível para as usuárias. A sexta orientação informa sobre formas de prevenção: controle do peso e do consumo de álcool, além da prática da amamentação e de atividades físicas. Por fim, o último item alerta sobre o aumento do risco der câncer de mama com a adoção de terapias de reposição hormonal no período pós-menopausa, que deve ter rigoroso acompanhamento médico.
A coordenadora de projetos e financiamento em pesquisas do Instituto, Marisa Breitenbach, explicou que as recomendações são resultado do trabalho de um dos grupos multidisciplinares instituídos no INCA, chamados Grupos de Tumores. O Grupo de Tumores em Câncer de Mama se reúne semanalmente desde março de 2009 e elaborou as recomendações a partir de estudos sobre as evidências científicas de ações de detecção precoce para mulheres com sintomas iniciais de câncer de mama (diagnóstico precoce) e para mulheres sem sintomas (rastreamento populacional).
Segundo a Estimativa 2010 – Incidência de Câncer no Brasil, produzida pelo INCA, o país terá 500 mil novos casos de câncer por ano. Desses, 49.240 mil são relativos aos tumores de mama. A Política Nacional de Atenção Oncológica, publicada pelo Ministério da Saúde em 2005, considera o câncer de mama como prioridade. No Pacto pela Saúde, o controle da doença também é prioridade. Uma das metas é o aumento da oferta de mamografia pelo SUS, que aumentou 118% entre 2000 e 2007 – de 1,3 milhão para 2,9 milhões. Outra, é o Sistema de Informação do Câncer de Mama (Sismama) em todo território nacional, implementado em 2009, que permite a avaliação e aprimoramento de todas as ações de controle da doença. 
Fonte: Divisão de Comunicação Social do INCA

Estudo indica que H1N1, o vírus da nova gripe, começa a sofrer mutação


O vírus H1N1, causador da nova gripe, pode estar começando a sofrer mutação, e uma forma um pouco diferente começou a predominar na Austrália, na Nova Zelândia e em Cingapura, relataram pesquisadores na quinta-feira (21). São necessários mais estudos para dizer se a nova cepa apresenta um risco maior de matar os pacientes e se a vacina atual é capaz de proteger contra ela, disseram Ian Barr, do Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Referência e Pesquisa sobre Influenza em Melbourne, na Austrália, e seus colegas.
"No entanto, isso pode representar o início de uma mudança antigênica mais drástica dos vírus A (H1N1) do influenza que poderá exigir uma atualização da vacina mais cedo do que o esperado", escreveram eles na publicação on-line "Eurosurveillance".
É possível que a nova cepa seja mais letal e ainda capaz de infectar pessoas já vacinadas, segundo os pesquisadores. Os vírus da gripe sofrem mutação constantemente - é por isso que as pessoas precisam de uma nova vacina da gripe a cada ano. Depois de seu surgimento em março de 2009 e da disseminação global, o vírus H1N1 da gripe suína permaneceu bastante estável com praticamente nenhuma mutação.
Cientistas de todo o mundo permanecem atentos a todas as cepas de gripe, alertas para o caso do surgimento de uma mutação especialmente perigosa. Embora o H1N1 não tenha se tornado especialmente letal, ele se espalhou pelo planeta em algumas semanas e matou mais crianças e adultos jovens do que uma cepa comum. A OMS anunciou o fim da pandemia em agosto, mas o H1N1 agora é a principal cepa de gripe sazonal em circulação em quase todos os lugares, com exceção da África do Sul, onde o H3N2 e o influenza B são mais comuns. A atual vacina da gripe protege contra o H1N1, o H3N2 e a cepa B.
"O vírus pouco mudou desde que surgiu em 2009; entretanto, nesse artigo descrevemos diversas mudanças distintas geneticamente no vírus influenza H1N1 pandêmico", escreveu a equipe de Barr no artigo. "Essas variantes foram detectadas pela primeira vez em Cingapura no começo de 2010 e depois se espalharam pela Austrália e Nova Zelândia."
As mudanças ainda não são significativas, afirmam eles. Mas houve casos de pessoas vacinadas que se infectaram, e também algumas mortes.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

João Pessoa registra 86 casos suspeitos de sarampo

Dentre os 86 casos suspeitos de sarampo registrados pela Secretaria de Saúde da Paraíba, 30 foram confirmados na capital e outros 8 na região metropolitana, nas cidades de Conde, Bayeux e Santa Rita. As confirmações foram feitas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio. Segundo o coordenador de imunização da secretaria, o sanitarista Walter Albuquerque, o Ministério da Saúde enviou à Paraíba 280 mil doses de vacina, das quais 180 mil foram distribuídas para os 223 municípios do Estado e as outras 100 mil estarão à disposição da Secretaria de Saúde de João Pessoa, a partir de hoje. A ideia, segundo ele, é vacinar todas as pessoas na faixa etária de 6 meses a 49 anos. 
"Se o vírus não for contido, ele pode se espalhar por todo Estado e pelo País", disse Albuquerque. Há suspeita de que o vírus B-3, identificado na Paraíba, tenha sido trazido por alguém que esteve na África do Sul, durante a Copa do Mundo de Futebol.
Fonte: Agência Estado