"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

terça-feira, 31 de março de 2009

Planta transgênica gera substância anti-HIV

Plantas transgênicas são capazes de produzir em larga escala uma substância que poderá ser usada como princípio de um gel microbicida anti-HIV. O produto serviria como método feminino de prevenção contra Aids.O estudo publicado hoje na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) utilizou 9.300 pés de tabaco selvagem (Nicotiana benthamiana) para produzir 60 gramas da proteína griffithsina (GRFT).
Em 2005, pesquisadores isolaram a substância e comprovaram que ela se liga à cápsula do HIV, impedindo que o vírus infecte as células imunológicas do hospedeiro. A proteína foi descoberta em algas vermelhas do gênero Griffithsia.Para produzi-la em laboratório, os cientistas modificaram geneticamente a bactéria Escherichia coli, transformando-a em uma pequena fábrica do microbicida. Em pouco tempo, perceberam que o método era caro e pouco eficiente. Seria inviável usar a técnica em uma linha de produção do gel.
Na pesquisa publicada hoje na PNAS, as bactérias foram substituídas por plantas. Cientistas americanos inseriram o gene que produz a GRFT no vírus do mosaico do fumo. Depois, inocularam o micro-organismo nos vegetais. Infectados, começaram a produzir a substância em grande quantidade, viabilizando a produção industrial do biofármaco.
Fonte: O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

ATENÇÃO: Mudança de aulas teóricas

Caros alunos, as aulas dos professores Alexandre e Emerson, por questões logísticas, foi invertida. O prof. Emerson dará sua aula no dia 06/04 e o prof. Alexandre no dia 13/04, no mesmo horário e local.

sábado, 28 de março de 2009

Testes diagnosticam malária em fetos

Cientistas do McLaughlin-Rotman Centre for Global Health, no Canadá, anunciaram neste mês terem descoberto uma maneira de diagnosticar mais cedo duas das mais fatais formas de malária: a cerebral e a placentária. Segundo eles, agora será possível, já durante a gravidez, saber se a criança desenvolverá algum dos tipos da doença devido à presença da proteína C5 no sangue da mãe, no caso da placentária, e a um desequilíbrio entre duas proteínas, no caso da cerebral.
Para os pesquisadores, os novos testes que detectam prematuramente a malária levarão a tratamentos mais eficazes e a uma queda na incidência da doença. Atualmente, apenas as malárias do tipo placentária e cerebral matam centenas de milhares de crianças por ano no mundo.
Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 27 de março de 2009

Senado aprova projeto que obriga planos a custear vasectomia e laqueadura

O Senado aprovou um projeto nesta quarta-feira que obriga os planos de saúde a cobrir despesas com planejamento familiar. Entre os procedimentos que poderão ser cobertos estão as cirurgias de vasectomia e laqueadura. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Agência Nacional de Saúde Suplementar ampliou o rol dos procedimentos médicos que deveriam ser cobertos pelos planos há quase um ano, mas para o cliente nem sempre é fácil conseguir autorização — o que pode mudar agora com o projeto aprovado. Vasectomia, laqueadura e DIU estão na lista.
O presidente da Associação que reúne as empresas de planos de saúde, Arlindo de Almeida, reconheceu que ainda há dificuldade para a aplicação do rol. Mesmo assim considerou o projeto aprovado redundante. Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar apoiou a iniciativa do Senado. Disse que a nova lei será mais um instrumento de defesa do consumidor.
— À medida em que a lei institui também ações de planejamento familiar, ela nada mais faz do que legitimar já a iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Ela transmite à sociedade e ao próprio setor que você vai poder ter sim ações de planejamento familiar custeadas pelo seu plano de saúde , diz Eduardo Sales, diretor de fiscalização da ANS.
A sanção do projeto poderia ajudar pessoas como o funcionário público Rogério Oliveira Souza, que tem plano de saúde. Quando ele decidiu fazer vasectomia, precisou pagar do próprio bolso. — A vasectomia foi R$ 700. O médico deu um desconto porque a tabela é R$ 1 mil — disse.
Fonte: site G1

quinta-feira, 26 de março de 2009

Pesquisas divergem sobre validade dos exames de PSA e toque

Duas pesquisas sobre o câncer de próstata, publicadas na revista New England Journal of Medicine, abriram novamente a polêmica sobre a validade dos exames periódicos para detectar a doença. Os estudos - realizados nos EUA e na Europa - chegaram a conclusões divergentes sobre a eficácia do exame PSA, que mede a dosagem da proteína Antígeno Prostático Específico. Nos EUA, onde a dosagem de PSA tem ampla indicação pelos médicos, os pesquisadores avaliaram 76 mil homens e concluíram que o exame não salvou vidas. Na Europa, continente em que a prática não faz parte da rotina, uma pesquisa com 162 mil homens apontou que a realização do exame reduziu em 20% as mortes. Enquanto isso, a indicação das sociedades médicas é que a decisão de fazer ou não os exames de rotina (que incluem o toque retal) seja tomada pelo paciente, sempre com o auxílio de seu urologista.
No Brasil, a questão também se tornou polêmica no final de 2008, quando o Instituto Nacional de Câncer (Inca) desaconselhou o rastreamento por meio de exames de PSA e de toque retal para prevenção do câncer de próstata em homens sem os sintomas da doença. A decisão repercutiu mal entre os especialistas e pouco tempo depois o instituto acabou alterando seu posicionamento.
A orientação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) é que os exames sejam feitos. "Entre o início da doença e a morte do paciente existe um período de cerca de 13 anos", diz o chefe do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, Carlos Corradi. "A pesquisa americana não tem ainda dez anos, por isso é cedo para afirmar que os exames são ineficazes."
Fonte: site da SBMFC

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sindicância investigará caso do médico preso ao cobrar por procedimento do SUS em Indaial

A prefeitura de Indaial informou que abrirá uma sindicância interna para apurar o caso do médico Jair Antônio de Souza e Silva, preso em flagrante por cobrança indevida de paciente atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de que o procedimento seja concluído em 90 dias. Depois de ser detido, o médico foi conduzido à Unidade Regional Avançada de Indaial e liberado ontem de manhã. O juiz concedeu liberdade ao suspeito mediante pagamento da fiança de 20 salários mínimos. Com uma câmera escondida na bolsa, a aposentada Gertrudes Schwarz, de 64 anos, que denunciou o ginecologista para o Ministério Público, registrou o momento em que entregou o dinheiro ao médico. Ele disse a Gertrudes que ela teria de pagar R$ 1,5 mil por uma cirurgia. — Ele (médico) chegou a preencher a Autorização para Internação Hospitalar, exigida nos casos de atendimento pelo SUS, e cobrou uma taxa extra pela cirurgia, o que caracteriza prática ilegal — explica o delegado responsável pelo caso, Carlos Alberto Crippa.
A operação estava marcada para esta terça-feira, mas o especialista teria condicionado a paciente a pagar R$ 1 mil antecipado pela cirurgia no dia anterior. Segundo o Ministério Público, o médico exigiu que o pagamento fosse feito em dinheiro e no consultório particular, onde ocorreu o flagrante. O restante seria cobrado depois. Há duas semanas, a paciente procurou a diretoria do Hospital Beatriz Ramos e contou o caso. — Eu já lutei e sofri na minha vida. Não posso aceitar que roubem minha aposentadoria — protesta a paciente, que mora com o marido e uma filha portadora de deficiência mental. Enquanto ocorre o procedimento administrativo, o médico contratado pelo município continua atuando. De acordo com o prefeito Sérgio Almir dos Santos, se comprovada a ilegalidade na função pública, o especialista poderá ser demitido. — É lamentável. Mas precisamos apurar os fatos para ver se isso ocorria dentro da Secretaria de Saúde também, já que o flagrante foi no consultório particular.
De acordo com o promotor de Justiça do Fórum da Comarca de Indaial, Odair Tramontin, o médico responde a pelo menos seis processos pela prática de cobrança indevida de pacientes atendidos pelo SUS. Num deles, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina a dois anos e seis meses em 30 de abril do ano passado, mas recorreu da decisão no Superior Tribunal de Justiça. O médico teria se negado a dar alta a uma paciente do SUS submetida a uma cesariana se ela não pagasse R$ 400. Inconformado com a decisão do juiz de liberar o acusado algumas horas depois, o promotor vai recorrer. — A liberação dele é estarrecedora, principalmente porque era um réu com péssimos antecedentes e que já tinha sido condenado. Acredito que agora dificilmente ele será absolvido porque temos provas contundentes— argumenta. Para o promotor, o médico foi absolvido da maioria das denúncias semelhantes por falta de provas. Segundo ele, o especialista não aceita cheques e não dá recibo aos pacientes, além de só aceitar o pagamento em dinheiro, o que dificulta a materialização do crime: — Na hora do processo, fica a palavra da vítima contra a do médico. No Brasil, há uma condescendência muito grande com pessoas que cometem crimes e notadamente têm melhor condição financeira.
Há dois anos, Gertrudes passou por uma outra operação com o médico Jair Antônio de Souza e Silva e também pagou R$ 1,5 mil, mesmo sendo através do SUS. Na primeira cirurgia, a paciente precisou vender uma vaca para pagar a dívida. Desta vez, pegou dinheiro emprestado com amigas. O presidente da onal de Blumenau do Conselho Regional de Medicina, Jacy Bruns, desconhecia o caso até a tarde de terça-feira. Ele disse que não havia denúncias contra o médico no órgão e ressaltou que o conselho espera uma denúncia por escrito para abrir sindicância.
regiO advogado do ginecologista Jair Antônio de Souza e Silva, Marcos Antonio Cardoso, disse por telefone que ele e o cliente não falariam sobre o caso antes da sentença da Justiça.— Optamos por não falar nada agora. Vamos esperar a Justiça dar o veredicto final. Aí convocaremos a imprensa para esclarecer os fatos.

Fonte: Jornal de Santa Catarina

terça-feira, 24 de março de 2009

Ao primeiro rodízio - MFC

Foi uma experiência bastante gratificante trabalhar com vocês, um grupo bem homogêneo e bastante competitivo, o que torna-se muito importante nesta fase de suas vidas. Cada um de nós aprendeu um pouco mais com vocês, e estas experiências vão aos poucos sendo incorporadas às outras turmas que se seguem.
Todas suas sugestões e críticas estão sendo analisadas com critério, e servirão de base para ajuste fino na disciplina. Não fiquem chateados com a divulgação das notas, pelo contrário, estimulem-se cada vez mais, pois esta saudável competição, hoje, se tornará a fonte de seus futuros empregos, seus concursos, suas vidas. Não deixem que uma coisa secundária, como nota de prova, estrague os conceitos que fazem de si próprios. Lutem para serem sempre os melhores em tudo - não apenas nas provas!
Boa sorte no estágio de GO.
Prof. Alexandre, Prof. Julio e Prof. Emerson

Divisão de grupos do segundo rodízio - MFC

Os alunos do segundo rodízio estarão divididos nas seguintes unidades de saúde:

UBS Espinheiros - Prof. Alexandre
Clara K. Fernandes
Fernanda Colferai
Marina Togami Seleme
Renata Waltrick

UBS Votorantim - Prof. Julio
Luiz Rodrigo G. Ferreira
Luiz Strieski Junior
Talissa Vitorino Kaminagakura
Maria Julia Corbetta Machado

UBS Murta - Prof. Emerson
Augusto Passoni Slovinski
Luciana Kalçovik Antunes
Marcelo Miroski Wollf
Lucas Barbieri Mantovani

Os horários e atribuições serão definidos por cada professor.
Sejam todos bem vindos!

Hospital Santa Inês volta a funcionar

No final da tarde de ontem (23), o prefeito Piriquito, o secretário de saúde Spósito e o administrador-interventor Eroni entregaram as obras de reforma emergencial do HSI, que foi finalmente reaberto à comunidade.
O hospital estava interditado há quinze dias pela Defesa Civil de Santa Catarina e pela Vigilância Sanitária do Estado, pois um grande deslizamento de terra na encosta atrás do hospital danificou muito a sua estrutura física. O hospital começa a funcionar nesta terça-feira, 24.
Segundo o Dr. Eroni, pela primeira vez em muitos anos, a unidade hospitalar abrirá 10 leitos de UTI, um grande avanço para a comunidade balneocamboriuense.

segunda-feira, 23 de março de 2009

SBMFC - Futuro

A SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade) busca o fortalecimento do movimento dos profissionais que atuam em Atenção Primária em Saúde (APS), incluindo os da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Para tanto, no caso dos médicos:
1 - Integrar na SBMFC os médicos da área em todo o Brasil, com uma entidade filiada em cada estado (algumas existentes e outras a serem criadas). Ampliar o número de associados e a participação dos mesmos;
2 - Luta por direitos trabalhistas e condições adequadas de trabalho para os profissionais;
3 - Concessão criteriosa de Títulos de Especialista em Medicina de Família e Comunidade pela SBMFC (o último concurso ocorreu em maio de 2008 durante VIII Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, realizado em Fortaleza);
4 - Favorecer a qualificação, a atualização e educação continuada do médico que oferece atenção integral e continuada de primeira linha às populações;
5 - Colaborar com o Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e outros órgãos na tarefa de desenvolver e aprimorar a Atenção Primária em Saúde no Brasil, com qualidade;
6 - Fortalecimento político da Atenção Primária, da Medicina Geral Comunitária, da Saúde da Família e de áreas afins, como um todo integrado;
7 - Estímulos e sistema de acreditação de Programas de Residência, Especialização e outros nestas áreas;
8 - Mesmo reconhecendo a primazia da Residência Médica, propor um plano nacional de especialização e reciclagem em MFC, e articulá-lo com a concessão de Títulos de Especialista;
9 - Apoio, criterioso, a programas de especialização em Saúde Comunitária / Saúde da Família para múltiplas profissões de saúde, em ambiente de convívio interdisciplinar, com treinamento em serviço (incluindo a possibilidade do formato de Residência) - com acreditação, para terem qualidade;
10 - Desenvolver a produção científica e sua divulgação;
11 - Criação de linhas de pesquisa, Mestrados e Doutorados em MFC;
12 - Realizar ou colaborar na acreditação de serviços de APS ou Atenção Básica em saúde (incluindo os da ESF);
13 - Estimular que as equipes de ESF e demais serviços de APS atuem com profissionais com perfil adequado e realmente capacitado para este trabalho. No caso dos médicos, que priorizem os especialistas em Medicina de Família e Comunidade (por Residência ou por Título de Especialista concedido pela SBMFC);
14 - Buscar o desenvolvimento da MFC e da APS no Brasil, de forma consciente, crítica e autônoma;
15 - Por último, mas não menos importante, combater as tendências na ESF, algumas até aparentemente estimuladas ou aceitas pelo Ministério da Saúde tais como:
a) O seguimento de diretrizes do “pacote mínimo” - BIRD, FMI, ... ";
b) Equipe "mínima", pouco interdisciplinar;
c) Atuação ainda muito centrada em atividades curativas, deficiência em prevenção;
d) Atenção muito voltada a indivíduos e a famílias, em geral reduzida para a comunidade e para ações de saúde coletiva;
e) Unidades de ESF muito isoladas e desintegradas do restante do SUS;
f) Qualidade e resolutividade abaixo do grande potencial desta área.

domingo, 22 de março de 2009

Inca quer o fim do cigarro saborizado

Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) alerta que a maioria dos consumidores de cigarro no Brasil é jovem e que, daqueles que fumam regularmente, 44% já utilizaram cigarros com sabores (flavorizados) - 5% deles habitualmente - situação que levou o órgão a passar a defender a proibição da comercialização desses cigarros no país.
No início do mês, uma comissão da Câmara dos Deputados dos EUA deu parecer favorável a uma lei que proíbe o comércio dos cigarros flavorizados. a medida deve ser votada em plenário ainda neste ano, e tem total apoio do presidente Barack Obama.
No Brasil a prevalência de fumantes caiu de 34,2%, em 1989, para 22,4% em 2003. Porém, segundo o trabalho inédito do Inca, dos 23 milhões de fumantes brasileiros, apenas 7 milhões têm mais de 30 anos.
Fonte: O Estado de S. Paulo

Cocaína: cresce consumo em ambientes insuspeitos

Um novo alarme sobre a questão das drogas ilícitas acaba de ser emitido. O alarme refere-se ao aumento do consumo de cocaína na Europa, abastecida em 80% por cocaína de origem colombiana. No chamado Velho Continente, o consumo de cocaína só perde para o da maconha. Outro dado divulgado. Baixou a faixa etária do usuário. Hoje, 5,3% dos europeus, entre 15 e 34 anos, consumiu cocaína ao menos uma vez na vida. A grande novidade prende-se ao fato de a cocaína estar sendo cada vez mais difundida em certos ambientes, antes considerados frequentados por pessoas imunes ao seu consumo. Denominada de “pólvora-branca”, a cocaína retomou o status de ser encontrada e consumida em ambientes elitizados. Retomada é o termo apropriado, pois, ao tempo de Freud, era chique, nos salões aristocráticos, portar cocaína em caixinhas de ouro cravejadas de brilhantes que servia como depósito de rapé: o “barato” era espirrar em razão do efeito da “cheirada” de rapé. Em outras palavras e na Europa, a cocaína está voltando a se elitizar, ou seja, não é encontrada apenas em ambientes marginais ou de classe média. Os dados geradores do alarme - para atenção por parte das autoridades de saúde pública da comunidade europeia- estão no relatório da Eugloreh, que é o projeto europeu voltado a fazer análises de consumo de drogas proibidas, com comparações a partir dos anos 90. Do supracitado relatório consta, por exemplo, que dos anos 90 até hoje o aumento de demanda à cocaína na Espanha cresceu de 3% a 5%. Na Inglaterra, de 1% a 5%. Quedas, com consumo populacional abaixo de 1%, ocorreram na Holanda e na Grécia.
O relatório da Eugloreh é apresentado depois do fracasso do encontro, em Viena (Áustria) da Comissão de Narcóticos da Organização das Nações Unidas (ONU). Só para lembrar. Na semana passada, em Viena, reuniu-se a Comissão de Narcóticos para debater políticas sobre o fenômeno das drogas, matéria regida pela vetusta Convenção de Nova York de 1961, que consagra a falida war on drugs. O encontro foi inócuo. Nada mudou, apesar da falência da linha proibicionista, criminalizante e militarizada. Por incrível, repetiu-se a fantasiosa fixação de prazo para colocar termo aos problemas relativos às drogas proibidas. Explicando melhor: em 1961, na Convenção de Nova York, foi fixado o prazo de 25 anos para a erradicação de cultivos ilícitos, a contar de 1964. O prazo terminou em 1989, com aumentos de produção, oferta e demanda. Acrescente-se que nesse arco temporal nasceram os cartéis de Cali, dos irmãos Orejuela, e de Medellín, de Pablo Escobar. Erro igual deu-se na Assembleia Especial da ONU de 1998, que estabeleceu dez anos para o alcance da mesma meta. O fracasso foi absoluto, no decênio findo em 2008. Basta atentar para o insucesso dos militarizados Plan Colombia e Mérida (México), bem como para o aumento de narcoestados e de países com o Produto Interno Bruto dependente da droga. Numa apertada síntese, a droga proibida continua um bom negócio. No encerramento do encontro da referida Comissão de Narcóticos da ONU, não se abdicou da tradição. E com mais dez anos contarão os Estados membros para liquidar com os malefícios causados pelas drogas proibidas. Enquanto isso, e diante da crise financeira da Califórnia, o deputado Tom Ammiano apresentou um projeto legislativo para tirar o estado do buraco e levar aos cofres públicos, todos os anos, 1,3 bilhão de dólares. O projeto contempla o monopólio estatal para a venda de maconha, com o tabelamento do preço do cigarro canábico a 1 dólar norte-americano.
Blog Sem Fronteiras

sexta-feira, 20 de março de 2009

Suspenso por 30 dias médico suspeito de cobrar por serviços em hospital público

Fernando Slovinski, médico do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, suspeito de cobrar por serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi condenado a 30 dias de suspensão do exercício profissional, pena adminsistrativa imposta pelo CRM - não exclui outras penalidades cíveis. O médico sofreu processo administrativo disciplinar após denúncias de que cobrava por consultas e exames nas dependências do hospital público. A comissão responsável pelo parecer foi formada por servidores da Saúde e da procuradoria geral do Estado.
Além do processo administrativo disciplinar, foram abertos contra o médico um inquérito policial e um inquérito civil público. Em julho do ano passado, uma rede de TV filmou o médico pedindo dinheiro à família de uma paciente para fazer dois exames, que são pagos pelo SUS, no hospital público. Slovinski era chefe do Departamento de Radiologia do hospital.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Notas da Prova de MFC

Prova Teórica de MFC - 1º Rodízio:

  • Gisele Breda: 8,5
  • Rafael Franco: 8,5
  • Carolina Herbes: 8,0
  • Gabriela Sassi: 8,0
  • Gabriele Teixeira: 8,0
  • Daniele Lousada: 7,75
  • Ivan Paranhos: 7,75
  • Vinicius Stringari: 7,5
  • Ana Carolina: 7,37
  • Aline Knak: 7,0
  • Carolina Cachoeira: 7,0
  • Giovana Guzzatti: 6,0
  • Kellen Rezende: 5,25

Parabéns aos alunos Gisele (11º) e Rafael (12º) pela nota mais alta em seus respectivos períodos!

GABARITO

Gabarito da Prova Teórica de MFC - 1º Rodízio:

  1. 1 - E
  2. 2 - C
  3. 3 - B
  4. 4 - Mononylon 6-0
  5. 5 - 20
  6. 6 - D
  7. 7 - B
  8. 8 - Realizar TTOG
  9. 9 - C
  10. 10 - A
  11. 11 - 11.1 - USG 11.2 - Lipossarcoma
  12. 12 - Carbonato de Lítio
  13. 13 - D
  14. 14 - E
  15. 15 - V - V - F - F
  16. 16 - A
  17. 17 - D
  18. 18 - B
  19. 19 - C
  20. 20 - 149

quarta-feira, 18 de março de 2009

Médicos querem reconhecimento da profissão na pauta do Congresso

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina aprovou, em fevereiro último, moção apresentada pelo líder do PMDB propondo ao presidente da Câmara dos Deputados e ao Fórum Parlamentar Catarinense mobilização pela urgência para inclusão na pauta de votações do Congresso do projeto de lei 7703/2006, que regulamenta o exercício da Medicina. o objetivo é definir competências exclusivas, especialmente para diagnósticos e prescrição de tratamentos.
O projeto já passou nas comissões técnicas da Câmara, tendo inclusive relatoria favorável do peemedebista catarinense Edinho Bez, na de Trabalho, Administração e Serviço Público, onde foi aprovado no ano passado.
"Não estamos reivindicando o reconhecimento do ato médico, mas sim a regulamentação da profissão", explica Aguiar.

terça-feira, 17 de março de 2009

Mudança no horário da prova!

Atenção, primeiro rodízio. Não esqueçam que o horário da prova teórica mudou de 13h30 para 12 horas. O local e a data continuam os mesmos: quinta-feira, 19, no Ambulatório de Saúde da Família (BL.29)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Excomunhão

Já que o assunto insiste em se manter nas manchetes, um post para dirimir dúvidas sobre esta penalidade eclesiástica

Excomunhão é o ato ou efeito de excomungar. O termo empregado dentro do cristianismo significa Sair da Comunhão. É uma das maiores penas que um fiel pode receber da Igreja. O fiel excomungado fica proibido de receber os Sacramentos e de fazer alguns atos Eclesiásticos. A excomunhão faz parte das censuras no Código de Direito Canônico, sendo uma das três mais duras e severas.
A excomunhão então é uma disciplina que tem um sentido medicinal, ou seja, uma oportunidade de um afastamento das pessoas envolvidas no aborto, da comunhão de todos os bens espirituais que a Igreja oferece, para que as mesmas repensem sua atitude, e na dimensão do arrependimento, busquem a confissão e a sanação da pena, para retormar à comunhão com o Senhor e com a Igreja: “Se reconhecemos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (1Jo 1, 9).


Casos para a Excomunhão da Igreja Católica
O Código de Direito Canônico prevê desde 1983 nove casos para a pena de excomunhão:
- Profanação das Hóstias sagradas;
- Violência física contra o Pontífice;
- Absolvição por um sacerdote do cúmplice do pecado da carne;
- Consagração ilícita de um bispo sem mandato pontifical;
- Violação direta do segredo da Confissão;
- Apostasia (negação da fé cristã);
- Heresia (negação dos dogmas da Igreja);
- Cisma (rompimento com a Igreja);
- Aborto.
Na religião católica, consiste em excluir ou expulsar oficialmente um membro religioso. Sanção religiosa máxima que separa um membro transgressor da comunhão da comunidade religiosa. O mesmo que desassociação em outras religiões. Pode ser aplicada a uma pessoa de forma individual ou aplicada coletivamente.


Excomunhão polêmica
Provocou polêmica em todo o mundo a excomunhão da equipe médica brasileira que realizou aborto em uma menina de nove anos grávida de gêmeos devido a estupro cometido por seu padrasto. O arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, defendeu a excomunhão da equipe pela prática de aborto, ao mesmo tempo em que justificou a não excomunhão do estuprador por não ser tal crime motivo de excomunhão. A cúpula do Vaticano defendeu a mesma interpretação, causando inúmeros protestos no Brasil e no mundo.

domingo, 15 de março de 2009

Quem já não ficou de saco cheio??


Saúde vai liberar órgãos não ideais para transplantes


O Ministério da Saúde decidiu as situações em que as equipes médicas poderão utilizar órgãos "limítrofes", aqueles que não estão em condições ideais para transplantes. Órgãos de doadores com doenças infecciosas como a hepatite C, por exemplo, poderão ser utilizados desde que haja consentimento assinado do receptor e que ele também seja portador da doença.
Atualmente grande parte dos órgãos para doação tem algum tipo de problema e as equipes adotam estratégias próprias para aproveitá-los. Não havia, porém, uma regulamentação nacional sobre o assunto.
A nova regra deverá ser publicada em março, dentro de um pacote com outras mudanças para o setor. O objetivo do ministério é diminuir o prazo de espera nas filas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes - atualmente 58.634 pessoas estão na fila de transplantes no País. O sistema será semelhante ao existente em São Paulo, onde pacientes e médicos decidem sobre o uso de órgãos não ideais antes do cadastro na fila.
Representantes dos pacientes, no entanto, manifestaram preocupação, principalmente por causa de temores sobre os resultados deste tipo de transplante para os receptores dos órgãos e a capacidade dos doentes para decidir sobre a utilização de enxertos não ideais. "São 66 entidades solicitando extensão do prazo de discussão. Hoje os pacientes não são informados de forma que entendam o risco que estão correndo. Além disso, não se sabe os níveis de qualificação das equipes médicas e não há dados sobre os resultados dos transplantes para ajudar o paciente a decidir", afirmou Rosangela Santos, presidente da Federação das Associações dos Renais Crônicos e Transplantados do Brasil.
A pasta já encerrou a consulta pública lançada em setembro do ano passado sobre as novas regras para o setor de transplantes e, segundo informou o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame, as orientações para o uso dos órgãos limítrofes são definitivas e serão encaminhadas para autorização do ministro José Gomes Temporão. Elas permitem que médicos e pacientes decidam juntos, por exemplo, se aceitarão órgãos com problemas como hepatite C, B e doença de Chagas, mas só nos casos em que o receptor do órgão também tiver esses problemas. Assim, se o primeiro da fila não tiver aceitado o órgão limítrofe, o enxerto poderá passar para o próximo da fila que tiver concordado com as condições.
Órgãos de doadores com histórico de sífilis, infecção pelo citomegalovírus e toxoplasmose também poderão ser aceitos, independentemente de o receptor ter ou não sofrido dos problemas, isto porque para essas doenças há tratamentos eficientes. "É importante passar uma mensagem de segurança. A regra é baseada em consentimento livre e informado, em um conjunto de informações fornecidas ao paciente, na franqueza da relação médico-paciente", disse Beltrame, que destaca ainda que há embasamento científico na regulamentação. Segundo Paulo Massarollo, integrante da câmara técnica de fígado do ministério, os critérios para doação vêm sendo expandidos nos últimos anos por causa do aprimoramento do transplantes. "Antes o limite eram doadores mais jovens, mas isto tem sido expandido com a melhoria da técnica. E com resultados cada vez melhores", enfatiza.
Atualmente a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) finaliza, juntamente com a Associação Médica Brasileira, diretrizes mais específicas sobre o uso de órgãos limítrofes, baseada em revisão de literatura científica. No entanto, o trabalho só deverá ficar pronto no fim do semestre. Segundo Maria Cristina Ribeiro, coordenadora do projeto, há poucos estudos relevantes sobre o uso de órgãos limítrofes, pois a maioria observou poucos pacientes. "Se por um lado é benéfico para muitos, para outros implica riscos e temos de lidar com isto. Existem estudos, por exemplo, que mostram que mesmo que o receptor já tenha hepatite C ele corre o risco de adquirir um outro tipo de vírus da doença."
Fonte: O Estado de S. Paulo

sábado, 14 de março de 2009

Namorado e médicos são presos acusados da morte de ex-coelhinha

O namorado e dois médicos foram detidos pela polícia acusados pela participação da morte da ex-coelhinha da "Playboy" Anna Nicole Smith. A modelo morreu em 8 de fevereiro de 2007 em um hotel-cassino da Flórida. Smith, que foi modelo da marca Guess Jeans, foi escolhida "A Playmate do Ano" da Playboy dos EUA em 1993, e participou de filmes como "Na Roda da Fortuna" e "Corra que a Polícia Vem Aí 33 1/3".
Durante o processo para descobrir a causa da morte, autoridades afirmaram que ela morreu por conta de overdose acidental e que não havia evidência de drogas ilegais no local onde foi encontrado o corpo. Nesta quinta-feira (12), o namorado Howard K. Stern e os médicos Sandeep Kapoor e Khristine Eroshevich foram acusados de fornecer receitas médicas indiscriminadamente antes da morte da modelo. Os médicos ainda são acusados de fraude e dolo.
Stern e Kapoor foram detidos, mas liberados em seguida pela Justiça de Los Angeles após pagar uma fiança, à noite, de US$ 20 mil. Khristine deve se apresentar à polícia na próxima segunda-feira, segundo as autoridades. Conforme a promotoria da Califórnia, os médicos e o namorado usaram nomes falsos para poder prescrever “milhares de pílulas”.
“Ela era obviamente quimicamente dependente. Estes médicos tinham a obrigação de prescrever remédios com fundamentos profissionais. E as provas vão mostrar que isto não aconteceu”, disse o promotor Jerry Brown.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Erros em UTIs são um grave problema mundial

Erros referentes a medicamentos injetáveis são um grave problema nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), revelou nesta sexta-feira um estudo feito em mais de 27 países. De acordo com a pesquisa, publicada on-line pelo British Medical Journal, de todos os pacientes afetados (33%), sete sofreram danos permanentes devido a tais enganos. Cinco morreram.
No mês de janeiro, pesquisadores do Hospital Rudolfstiftung, na Áustria, acompanharam por 24 horas 1.328 pacientes de 113 UTIs ao redor do mundo - 3 delas no Brasil. Foram identificados 861 erros de medicações injetáveis em 441 pacientes. Quase metade dos pacientes afetados (191) sofreram erros reincidentes.
Apesar de a maioria dos erros (71%) não ter provocado danos, 15 deles causaram problemas permanentes ou morte em 12 pacientes (0,9%). Entre os equívocos mais comuns, estavam horários errados de medicação (386), esquecimento de medicação (259), doses erradas (118) e remédios errados (61). Os enganos envolveram diversos tipos de medicamentos, como sedativos e insulina para diabéticos.
Médicos residentes estavam envolvidos em 8 dos 15 erros registrados. As equipes envolvidas no estudo alegaram estresse em fadiga como justificativa para 32% dos erros. Outras razões apontadas foram mudanças recentes em nomes de medicamentos (18%), problemas de comunicação escrita (14%), problemas de comunicação oral (10%) e violação de protocolo (9%).
Fonte: Veja.com

quarta-feira, 11 de março de 2009

Acupuntura combate dor de cabeça

Uma revisão de estudos feita pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, com 4 mil pacientes com cefaleia crônica, um dos tipos de dor de cabeça, mostrou que acupuntura tem resultados melhores que remédios na redução da intensidade e frequência de crises. Na pesquisa, 62% dos pacientes que passaram pela acupuntura (após cinco ou seis sessões) sentiram melhora, ante 45% dos que usaram remédios.
A especialista em medicina chinesa Alice Keiko, da clínica Keiko's, em São Paulo, explica que a técnica trabalha na origem da dor. "Colocamos agulhas nos pontos certos e a dor acaba". Ela diz que o procedimento, muitas vezes aliado ao shiatsu (em que é feita pressão com os dedos, para fazer a energia circular), é mais recomendado para dores de cabeça tensionais, que costumam passar em três sessões.
No entanto, Alice lembra também que para enxaquecas, cujo tratamento pode levar três meses, são recomendadas manutenções quinzenais ou mensais de sessões de acupuntura. Hoje 60% dos casos atendidos na clínica são de dores de cabeça e na cervical. A enxaqueca fica mais difícil de curar quando a pessoa demora para procurar a ajuda de um especialista. Tratamentos alternativos - como relaxamento e massagens - devem ser usados como complementares, após consulta médica. Se diagnosticada e tratada a tempo e de forma adequada, as cefaleias podem ter cura.
Fonte: Agência Estado

STF decide hoje se o Viagra poderá ser distribuído pelo SUS

O Supremo Tribunal Federal decidirá hoje se o princípio ativo do Viagra, Citrato de Sildenafila, pode ser distribuído na rede pública de saúde. Será julgado um recurso do governo da Paraíba contra liminares que deram a pacientes o direito de retirar o medicamento gratuitamente no SUS.
Em 2006, moradores de João Pessoa ganharam do Tribunal de Justiça da Paraíba o direito a obter o medicamento. Por meio de laudos médicos, eles provaram a necessidade de usar a Sildenafila no tratamento de hipertensão pulmonar. O governo do Estado argumenta que teria de desviar seus recursos orçamentários, destinados ao atendimento do sistema de saúde pública, para “atender interesses de particulares”, fato que lhe privaria de “planejar e proceder adequado tratamento de assistência à saúde da população, comprometendo, inclusive, o abastecimento de medicamentos essenciais à saúde coletiva”.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mãe e filho morrem por causa de enxurrada em Itajaí

Mãe e filho morreram em decorrência da chuva forte que caiu no domingo em Itajaí. De acordo com a Defesa Civil, Bernadete Búrigo, de 34 anos e Matheus Thomás, de sete anos, passavam de carro por uma ponte no bairro Brilhante 2, quando foram arrastados por uma enxurrada, provocada pelo rompimento de uma barragem. O motorista do carro, que não teve o nome divulgado pela Defesa Civil, conseguiu escapar. Segundo informações da Defesa Civil, os corpos foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta segunda-feira e estão sendo velados em Brusque, no Vale do Itajaí, onde serão enterrados.

SAMU enfrenta críticas por parte do corpo médico em operação

Um médico do SAMU de Balneário Camboriú escreveu as seguintes críticas ao jornalista Aderbal Machado, que aqui reproduzo, em conjunto com a resposta do Secretário Estadual de Saúde, Dado Cherem:
"A situação aqui do SAMU é complicada desde o início, desde a implantação do serviço, que aqui em BC aconteceu em jan de 2008. Com o tempo, os problemas aumentaram e a situação tornou-se insustentável. Hoje, os problemas são:
- Atraso do salário: no contrato que assinamos, o recebimento aconteceria todo dia 05. Entretanto, com os atrasos sucessivos, acabamos nos acostumando a receber dia 20. Então, acabou que não recebemos o salário referente ao mês de janeiro, no dia 20/02. Quando questionamos a coordenação, o RH, as respostas são evasivas, como "estamos sem sistema", "o dinheiro já foi depositado, amanhã está na conta", nitidamente estão tentando ganhar tempo. Hoje é 09/03 e ainda não recebemos.
- Vínculo empregatício: recebemos por RPA. Desde o início do serviço, prometem contratação dos médicos. Só prometem.
- Valor do contrato: pagam por contrato (3 plantões de 12h por semana) R$3.500,00. Esse valor eh o mesmo desde a implantação do serviço em SC. Com o déficit de médicos (a escala está incompleta pois esse valor é mto baixo comparado a outros plantões), prometeram um reajuste, passando pra R$ 4.200,00 o contrato. Esse valor deveria entrar já nesse salário que não recebemos ainda. Entretanto, adiaram esse reajuste para o salário de abril.
- Falta de médicos: estamos em 16 médicos atuando na regulação, porém o ideal seria entra 25 e 30 médicos para ter uma escala completa. O plantão médico consiste em 2 profissionais na regulação (atendendo telefone e orientando conduta nas ambulâncias) e 1 atuando na USA (Unidade Avançada - UTI móvel). Hoje, o usual são apenas 2 médicos, não raro 1 médico atuando. O profissional fica sobracarregado e isso compromete o serviço. E muito.
- Desconsideração por parte da coordenação regional e estadual: a gente reclama, solicita, reinvindica e nada. Entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas vai conversar com elas pra ver que lindo o discurso... Essa Central do SAMU é a da Foz do Rio Itajaí. Atende 16 municípios: BC, Itajaí, Ilhota, Camboriú, Navegantes, Penha, Piçarras, Luis Alves, Itapema, Porto Belo, Bombas e praias, Nova Trento, Major Gercino, Brusque, Botuverá e Guabiruba. Trabalhamos com 9 viaturas:
- Itajaí: USA e USB (unidade básica, sem médico).
- BC: USA e USB.
- Brusque: USB.
- Navegantes: USB.
- Itapema: USB.
- Camboriú: USB.
- Nova Trento: USB.

Posição da Secretaria:
Primeiro, o atraso de pagamento é real e ocorreu por causa de uma falha no sistema da Fazenda, por um conflito de códigos. Isto irritou Dado profundamente. Mas ele disse que o pagamento está saindo hoje ou amanhã, pois o depósito foi feito na quinta e na sexta-feira. É só o tempo da compensação.
Segundo, a falta de médicos é porque há muitos médicos do SAMU com dois vínculos.
Terceiro, há problemas no SAMU em quase todo o litoral norte, pois a rotatividade de profissionais médicos é grande, maior do que em outras regiões. A Autopista Litoral Sul tirou dezenas de médicos do sistema, com propostas de emprego tentadoras.
Quarto, o sistema deverá ser modificado, pois o ente público tem muitas limitações na administração do sistema do SAMU. Dado sugere que seja administrado por uma ONG, o que facilita a mobilidade orçamentária e organizacional.
Quinto, será feito um processo seletivo dos médicos, estabelecendo o salário de R$ 4.200,00, embora isso vá impor um impacto violento na folha.

Desmoronamento interdita Hospital Santa Inês

O Hospital Santa Inês foi totalmente interditado na noite de domingo devido aos estragos provocados pela forte chuva. Barro e pedras desmoronaram de uma encosta nos fundos da unidade e invadiram o prédio. Devido ao risco de novos deslizamentos e de contaminação, pacientes estão sendo transferidos para outras instituições de saúde ou liberados, de acordo com a avaliação dos médicos. Parte do hospital já tinha sido desativada na semana passada devido aos estragos provocados pela chuva forte nas últimas semanas. Com o temporal de domingo, a situação piorou. Pacientes que procuraram o hospital nesse período não puderam ser atendidos, entre elas uma mulher grávida, prestes a dar à luz.
Desde a noite de domingo, funcionários trabalham na limpeza e recolhem equipamentos atingidos pela lama. A interdição do prédio foi determinada por uma comissão formada por representantes do município, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. O problema com desmoronamentos teve início ainda em novembro de 2008, quando a chuva forte deslocou terra na encosta nos fundos da unidade. A Defesa Civil de Santa Catarina deve providenciar a retirada da terra que desceu do morro e a construção de um muro de conteção para impedir novos deslizamentos.

Prova de Título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade

A SBMFC anuncia a abertura das inscrições de concurso para obtenção de Título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade. A especialidade vem se fortalecendo muito nos últimos anos e atualmente alguns municípios já vêm exigindo a titulação para a atuação na Estratégia Saúde da Família e também remunerando de forma diferenciada aqueles que possuem esta titulação. A aplicação da prova está prevista para o dia 31 de Maio de 2009 em diversas cidades do país sendo que, por ser financiada pelo Ministério da Saúde, as inscrições para o concurso serão gratuitas.
Ao realizar a inscrição o candidato selecionará três possibilidades de cidades onde poderá prestar a prova dentre as disponíveis. A confirmação do local onde realizará a prova será feita após o final das inscrições. Em raros casos pode ocorrer de nenhuma das cidades escolhida ser habilitada, então o candidato terá a opção de escolher entre as outras cidades que forem habilitadas. O concurso consiste em prova de múltipla escolha e análise de currículo dos que obtiveram pelo menos 60% de acertos. A Associação Médica Brasileira (AMB) cobra a confecção do diploma dos candidatos qualificados no concurso e a SBMFC não retém nenhuma porcentagem desse valor.
A partir de 2008 a AMB passou a exigir que para candidatar-se ao titulo de especialista para alguma especialidade o pretendente comprovasse atuação mínima do dobro do período normal necessário para a conclusão de Residência Médica na respectiva área. Sendo assim, como o período de conclusão normal da residência em Medicina de Família e Comunidade é de dois anos, exige-se no mínimo comprovação de quatro anos de experiência em atendimento na área (como, por exemplo, na Estratégia de Saúde da Família). Para aqueles que concluíram residência em Medicina de Família e Comunidade é possível inscrever-se para o concurso mediante apresentação do certificado de conclusão da residência não necessitando comprovar tempo de atuação na área. Esta é uma grande oportunidade para a sua qualificação profissional, portanto, se você preenche os requisitos não perca essa chance.
Maiores informações no edital www.sbmfc.org.br/News/Media/810df2e8/Edital_SBMFC.pdf
Para se inscrever no concurso, clique em https://correio.univali.br/exchweb/bin/redir.asp?URL=https://ssl664.websiteseguro.com/sbmfc/site/insc_prov_titulo_2009/fichainscricao.asp

domingo, 8 de março de 2009

Enxurrada bloqueia um dos acessos a Itajaí

A enxurrada provocada por menos de uma hora de chuva em Itajaí, manteve fechada a Rodovia Osvaldo Reis, principal acesso à cidade por Balneário Camboriú neste domingo. A interrupção foi causada por alagamentos na pista, que interromperam inclusive a passagem de ônibus e caminhões a partir das 12h30min. O trânsito foi desviado por motoristas pela Praia de Cabeçudas. O Bairro Fazenda teve a maior parte das ruas alagadas e tomadas pela enxurrada que descia de morros próximos. A lama que tomou as ruas chegou a provocar acidentes. Um motociclista derrapou em uma poça, na Osvaldo Reis, e a carona fraturou a perna.
Bem próximo ao local, na Rua Ernestina Lapa de Macedo, um caminhão do Corpo de Bombeiros de Itajaí ficou inclinado, preso a um buraco encoberto pela lama, em uma região em obras. Nas ruas do bairro, comerciantes e moradores passaram a tarde limpando as casas e estabelecimentos invadidos pela água. O centro da Cidade também teve alagamentos. A Rua Sete de Setembro e a Avenida Marcos Konder, no entorno do Hospital Marieta Konder Bornhausen, também ficaram alagadas.

Estudo aponta elo entre herpes labial e Alzheimer

Uma equipe de cientistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, estabeleceu uma conexão entre o vírus do herpes labial e o mal de Alzheimer, o que poderia contribuir para o desenvolvimento de novos tratamentos contra a doença neurodegenerativa. Na pesquisa, publicada na revista Journal of Pathology, os especialistas constatam que o vírus que gera as feridas nos lábios, conhecido como herpes simplex (HSV1), é um dos causadores das placas de proteínas achadas no cérebro dos doentes de Alzheimer.
Os cientistas, que reconhecem que seu estudo ainda está em fase inicial, sustentam que esse vírus pode estar vinculado à aparição do Alzheimer e acreditam que o mal poderia ser tratado com agentes antivirais.
A pesquisa, dirigida por Ruth Itzhaki, revela que as placas de proteína do cérebro dos que sofrem do mal de Alzheimer contêm o DNA do vírus do herpes. Já se sabe por estudos anteriores que a infecção de células nervosas com esse vírus provoca o depósito de um dos principais componentes das placas de proteínas. Segundo Itzhaki, estes dois fatos sugerem uma forte conexão entre o HSV1 e a formação das placas que se associam à doença neurodegenerativa.
Os especialistas, que buscam financiamento para prosseguir em seus estudos, acreditam que o vírus entra no cérebro aproveitando a fraqueza imunológica e estabelece ali uma infecção latente, que se ativa por fatores como o estresse, a supressão imunológica e infecções variadas. "A conseguinte infecção pelo HSV1 causa um dano severo nas células cerebrais", e a maioria morre "e depois se desintegra, o que libera agregados amilóides, que se transformam em placas amilóides, quando outros componentes de células moribundas são depositados sobre eles", explica Itzhaki.
Fonte: Agência EFE S/A.

sexta-feira, 6 de março de 2009

SBMFC - A Sociedade

A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) é a Entidade Nacional que congrega os médicos que atuam em postos e outros serviços de Atenção Primária em Saúde, incluindo os da Estratégia de Saúde da Família (ESF), prestando atendimento médico geral, integral e de qualidade a indivíduos, famílias e comunidades. Inclui também professores, preceptores, pesquisadores e outros profissionais que atuam ou estão interessados nesta área.
A SBMFC associa tanto médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade (cujo nome oficial da especialidade e de seus Programas de Residência foi Medicina Geral Comunitária até abril de 2002), quanto outros médicos, residentes e estudantes de medicina interessados nesta área.
Fundada em 1981, nesses seus 27 anos de existência a SBMFC já promoveu diversos eventos nacionais e internacionais, incluindo nove Congressos Brasileiros de Medicina de Família e Comunidade já realizados. O próximo acontecerá em Florianópolis – SC, em dezembro de 2009, onde deverá ocorrer prova objetiva de Exame de Suficiência (Concurso) para obtenção de Título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade (TEMFC) no Brasil. O último concurso (8º) foi realizado em Fortaleza – CE, em maio de 2008.

quinta-feira, 5 de março de 2009

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz. No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo, pegou duas latinhas de refrigerante, cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente à lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angústia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, frequento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

RESPEITO: PASSE ADIANTE!

Hospital Santa Inês volta a fazer cirurgias

Mesmo mal das pernas, o hospital Santa Inês voltou ontem a fazer cirurgias e liberou as alas interditadas pelo deslizamento de terra depois da chuvarada da noite de segunda-feira. Apesar da permissão, o prédio continua numa área de risco, segundo avaliação dos geólogos da defesa civil estadual.
O gerente da defesa civil estadual, major Emerson Neri Emerin, sabe que os pacientes estão internados em áreas que podem ruir a qualquer momento. “Terão que conviver com o risco. Foi liberado sob determinadas condições. Se começar a chover muito e ventar eles terão que ser retirados como na segunda-feira”, explicou. Segundo o major, as alas tiveram que ser liberadas porque o hospital não tem outro espaço onde colocar os doentes.
A pediatria e as enfermarias masculina e feminina passaram por limpeza e voltaram a receber pacientes, o que aliviou um pouco o aperto dos doentes que estavam numa ala improvisada. Segundo o diretor geral do Santa Inês, Eroni Foresti, a cozinha, a ala feminina e o necrotério são os mais afetados e diz que as áreas só passarão por reforma depois que o lamaçal for retirado.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Médico afirma que gravidez de menina de nove anos foi interrompida

A gravidez da menina de nove anos que teria sido abusada pelo padrasto foi interrompida na manhã desta quarta-feira. Segundo o diretor médico do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, da Universidade de Pernambuco (Cisam/UPE), Sérgio Cabral, os dois fetos foram expelidos. Cabral informou que o procedimento foi realizado com autorização da mãe e consentimento da menina, seguindo protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde em casos de gravidez de risco ou decorrente de violência sexual.
— Nós entendemos que a menina se encaixava em ambos os casos — disse o médico.
Para o procedimento, os médicos usaram um medicamento - Cytotec - que provoca contrações do útero, induzindo a expulsão do feto. Segundo Cabral, a menina passa bem e ainda está no centro médico, onde deve aguardar um período de jejum, de oito a doze horas. Após esse tempo, deverá ser realizada uma curetagem uterina, prevenindo infecções posteriores.

Asteroide passou de raspão pela Terra

Pouca gente ficou sabendo, mas um asteroide do tamanho de um prédio de 10 andares passou a cerca de 72 mil quilômetros da Terra na segunda-feira. Pode parecer muita coisa – mas não é. É apenas um quinto da distância entre o nosso planeta e a Lua, ou o dobro da altitude em que orbitam os satélites de comunicação. Detectado apenas dois dias antes, o objeto passou de raspão por nós sem qualquer alarde – mas uma eventual colisão teria provocado uma catástrofe.
Quando o asteroide foi visto pela primeira vez, no sábado, já estava a cerca de 2,4 milhões de quilômetros do planeta. A detecção foi feita pelo Siding Spring Survey, um programa australiano que faz o rastreamento de objetos próximos à Terra. Em seguida, a presença foi confirmada pelo International Astronomical Union Minor Planet Centre (MPC), órgão responsável pela catalogação de objetos no Sistema Solar. O pouco tempo entre a detecção e a passagem expôs a fragilidade dos sistemas de rastreamento existentes.

terça-feira, 3 de março de 2009

Com 94% da população sem plano de saúde, médicos de Alagoas decidem abandonar o SUS

Alagoas deve ser o primeiro Estado do país a não contar com médicos credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em greve há oito meses, os profissionais do Estado decidiram, de forma unânime, sair em massa da lista de prestadores de serviço do SUS. A assembleia aconteceu na noite desta segunda-feira (2) na sede do Sindicato dos Médicos (Sinmed). Em Alagoas, 94% da população não tem plano de saúde e depende dos serviços públicos.
Em Alagoas existem pouco mais de 300 médicos credenciados ao SUS. De acordo com o Sinmed, esse número já foi de 1.400. Segundo os profissionais, os valores pagos estão defasados em até 1.600%. "O preço pago por uma consulta hoje é de R$ 2,47. Não dá para se trabalhar por um valor desses. Não queríamos deixar a população na mão, mas alguém tem que pagar a conta do serviço prestado", analisa Wellington Galvão, presidente do Sinmed.
Entre todas as especialidades, os anestesistas são os que estão mais avançados no processo de descredenciamento. "Já temos coletadas todas as assinaturas desde julho, quando teve início o movimento. Não entregamos ainda porque houve a paralisação e preferimos aguardar as negociações, que não avançaram", afirma o presidente da cooperativa de anestesistas de Alagoas, João Lisboa.
Segundo Galvão, a partir desta terça-feira (3) um grupo de profissionais vai se dividir em equipes para visitar os hospitais do Estado e recolher as assinaturas dos médicos. "A gente analisava a possibilidade de pedir esse descredenciamento pelo próprio sindicato, mas juridicamente não é permitido; ele tem que ser feito individualmente. Mas já recolhemos dezenas de assinaturas hoje e vamos conseguir as demais para entregarmos os pedidos juntos. Terá o mesmo efeito", afirma o sindicalista, que espera estar de posse do pedido de pelo menos 90% dos profissionais até o fim do mês.
Para Lisboa, os valores praticados pelo SUS "obrigam" os profissionais a tomarem este caminho. "Esse movimento tentou melhorar os valores pagos pelo SUS, mas não conseguimos. Vamos ter uma reunião na quinta-feira (5) e vamos decidir se entregamos logo o pedido ou se esperamos os demais colegas", explica João Lisboa.
Por conta da greve, todas as consultas e procedimentos cirúrgicos pelo SUS estão suspensos, exceto os casos urgentes. Segundo o Sinmed, cerca de 4.000 procedimentos deixaram de ser realizados somente este ano. A única unidade que está atendendo aos alagoanos pelo SUS é o Hospital Universitário (HU), mas o local está superlotado e não atende à demanda de pacientes. Durante 40 dias, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, os médicos chegaram a suspender a paralisação em Alagoas, a pedido da Defensoria Pública do Estado, e tentaram uma negociação de complemento nos valores da tabela do Estado e do município de Maceió. Porém, as negociações não avançaram e a greve voltou.
Como Estado e município não aceitaram complementar com recursos próprios os valores da tabela SUS, o Ministério Público Federal ingressou, em dezembro de 2008, com uma ação na Justiça Federal, que aceitou o pedido e obrigou a prestação de serviços sob responsabilidade dos governos estadual e municipal. Porém, na semana passada, a Procuradoria Geral do Estado reverteu a obrigação do Estado de prestar esse serviço.
Em nova liminar, a Justiça Federal acatou o pedido do governo e proibiu os hospitais de repassarem qualquer recurso a mais que aquilo indicado na tabela do SUS. Com isso, os médicos passam a ser "obrigados" a trabalharem pelos valores estabelecidos pelo sistema, sem nenhum complemento de verba estadual, municipal ou mesmo particular.
"Antes, estes procedimentos eram realizados pela tabela de preços dos convênios particulares, o que representava ônus aos cofres públicos estaduais. Havia procedimento que chegava a custar até 300% a mais do valor estabelecido pela tabela do SUS", explicou o procurador-geral do Estado em exercício, Charles Weston.
Na prática, a nova decisão impede que o médico receba valores acima do estabelecido na tabela SUS, o que acirrou ainda mais os ânimos da categoria. Segundo o presidente do Sinmed, os profissionais ficaram revoltados com a decisão, o que culminou na decisão desta segunda-feira. "Em outros Estados há uma complementação. A saúde é de responsabilidade de todas as esferas de governo, e elas têm que fazer sua parte e investir. Alguém tem que pagar a conta", diz. "A Justiça quer obrigar os hospitais a exigirem que o médico trabalhe pelo preço da tabela SUS. Estamos parados há oito meses e nenhum profissional sentiu o impacto financeiro dessa paralisação. Os valores pagos são irrisórios", afirma Wellington Galvão.

Fonte: Carlos Madeiro - UOL Notícias

Novos deslizamentos de encosta atingem Hospital Santa Inês

Com as fortes chuvas que caíram na noite de ontem (02) em Balneário Camboriú, parte da encosta que se localiza nos fundos do Hospital Santa Inês deslizou novamente e comprometeu grande parte das alas de pediatria e internações do SUS. De acordo com o interventor do hospital, o médico Eroni Foresti, a equipe de médicos, enfermeiros e funcionários da unidade retiraram 23 pacientes adultos e 11 pacientes da ala pediátrica, alojando-os na ala do hospital destinada a pacientes de convênios particulares.
Por causa disso, mais 56 leitos foram isolados e também a ala cirúrgica da unidade de saúde. Por medida de segurança, desde as chuvas de novembro de 2008, 32 leitos já haviam sido interditados e com o deslizamento desta segunda-feira, o Hospital Santa Inês está com 88 leitos interditados.
O prefeito em exercício, Cláudio Dalvesco, entrou em contato com o governador Luiz Henrique da Silveira, que está no Paraguai, que ordenou o envio na mesma noite de um representante da Defesa Civil Estadual, para avaliar os estragos. Em conjunto com membros da comissão de Defesa Civil Municipal, o prefeito em exercício Cláudio Dalvesco esteve na noite de ontem visitando o hospital ao lado do secretário de saúde, José Roberto Sposito, do secretário de planejamento Claudir Maciel e da segurança Nilson Probst, quando pôde avaliar melhor os estragos e também receber os representantes da Defesa Civil do Estado, que nesta manhã (terça-feira 04/02), estarão com geólogos, avaliando os riscos de deslizamento da encosta que contorna o hospital.
Segundo o prefeito, será necessária a ajuda do governo estadual na recuperação total da encosta e também nos danos ocasionados ao hospital, a partir das conseqüências dos deslizamentos de novembro de 2008 e do ocorrido na noite de ontem.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sistema de cotas – Perguntas e Respostas

Há quase dez anos, tramitam no Congresso Nacional dois projetos polêmicos: o Estatuto da Igualdade Racial e a Lei de Cotas. Ambos podem ir à votação definitiva a qualquer momento e estão inscritos no espectro da chamada ação afirmativa, políticas que pretendem privilegiar determinados grupos sociais prejudicados no decorrer da história. No caso do Brasil, os defensores dessas políticas visam sobretudo compensar os negros pela chaga da escravidão. O sistema de cotas, que facilita o acesso dos beneficiados às universidades públicas, é apenas a mais conhecida das medidas propostas. Caso realmente virem lei, os dois projetos estabelecerão uma divisão oficial na população apoiada num critério frágil e superado: a raça. Seria algo inédito no país desde o fim da escravidão. Entenda melhor a polêmica.

1. Quais as principais proposições do Estatuto da Igualdade Racial e da Lei de Cotas?
Caso os dois projetos de lei sejam aprovados no Congresso Nacional, metade das vagas nas universidades federais terá de ser preenchida por negros. O mérito acadêmico fica em segundo plano. Também haverá cotas para negros no funcionalismo público, nas empresas privadas e até nas propagandas da TV. As certidões de nascimento, prontuários médicos e carteiras do INSS terão de informar a raça do portador. Ao matricularem os filhos na escola, os pais terão de informar se eles são negros, brancos ou pardos.

2. Há previsão para a votação definitiva dos projetos no Congresso?
Não, mas há fortes pressões por parte de militantes para que a votação finalmente ocorra. O tema pode também ganhar fôlego por parte do próprio governo, pois era um dos compromissos de campanha do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. O projeto de cotas foi originalmente apresentado no Congresso em 1999; já o Estatuto de Igualdade Racial, no ano seguinte. Desde então, eles têm recebido duras críticas dos mais variados setores, que apontam suas falhas e riscos – caso aprovados. Essas são provas de que há muita divergência sobre o assunto.

3. As medidas propostas pelos projetos são legais aos olhos da Constituição?
A Lei de Cotas e o Estatuto da Igualdade Racial são monstruosidades jurídicas que atropelam a Constituição – ao tratar negros e brancos de forma desigual – e oficializam o racismo. Vale lembrar que não existe sequer uma lei brasileira que estabeleça ou estimule a distinção entre pessoas devido à cor da pele. A discriminação existe no dia-a-dia e precisa ser combatida: porém, se ambas as leis entrarem em vigor, estaremos construindo legalmente um país dividido. Além disso, apoiar-se no critério de raça é um disparate científico: segundo os cientistas, os genes que determinam a cor da pele de uma pessoa são uma parte ínfima do conjunto genético humano – apenas seis dos quase 30.000 que possuímos.

4. Quais os riscos de classificar pessoas por critério racial?
Ao exigir, por exemplo, que certidões de nascimento, prontuários médicos e outros documentos oficiais informem a raça de seu portador, o Estatuto da Igualdade Racial está na verdade desprezando uma longa tradição de mistura e convivência em prol de categorias raciais estanques. É, na prática, um exercício de discriminação racial, sancionado pelo estado. Em todas as partes onde isso foi tentado, mesmo com as mais sólidas justificativas, deu em desastre. Os piores são as loucuras nazistas e as do apartheid na África do Sul. Ambas causaram tormentos sociais terríveis com a criação de campos de concentração e guetos. Os nazistas exterminaram milhões de pessoas, principalmente judeus, em nome da purificação da raça. Como os seres humanos e a maioria dos animais baseiam suas escolhas sexuais na aparência, a raça firmou-se ao longo da evolução e da história cultural do homem como um poderoso conceito. Em termos cosméticos sempre será assim, mas tentar explicar as diferenças intelectuais, de temperamento ou de reações emocionais pelas diferenças raciais é não apenas estúpido como perigoso.

5. Afinal, de acordo com a ciência, o que são raças?
Biologicamente as raças são chamadas de subespécies e definidas como grupos de pessoas – ou animais – que são fisiológica e geneticamente distintos de outros grupos. São da mesma raça os indivíduos que podem cruzar entre si e produzir descendentes férteis. Esse é o conceito científico assentado há décadas. Recentemente, porém, esse ele foi refinado. Pode haver mais variação genética entre pessoas de uma mesma raça do que entre indivíduos de raças diferentes. Isso significa que um sueco loiro pode ser, no íntimo de seus cromossomos, mais distinto de outro sueco loiro do que de um negro africano. Em resumo, a genética descobriu que raça não existe abaixo da superfície cosmética que define a cor da pele, a textura do cabelo, o formato do crânio, do nariz e dos olhos.

6. Num país dividido entre "brancos" e "negros" pela lei, como seriam tratados os mestiços?
Essa é outra questão polêmica. Sendo os filhos das miscigenação, definidos como "pardos", descendentes em geral de africanos e de europeus, impõem-se uma questão importante: por que eles deveriam ser considerados apenas "negros"? Os projetos de lei não prevêem lugar para eles que não o "preto" ou "branco". Além disso, é preciso lembrar que os sistemas de cotas pretendem beneficiar apenas aqueles identificados como "negros". Pardos e negros, somados, representam, sim, a maioria dos pobres brasileiros. Mas o contingente de brancos pobres também é enorme. Como justificar uma política de avanço "racial" que deixaria para trás a massa de brancos pobres?

7. No Brasil, quem definiria a raça de cada indivíduo?
Esse é outro ponto polêmico dos projetos: como definir quem é branco e quem é negro numa sociedade miscigenada e multirracial como a brasileira? Uma pesquisa de geneticistas da Universidade Federal de Minas Gerais concluiu que 60% dos brasileiros que se declaram brancos têm alguma ascendência indígena ou africana. Cientistas brasileiros encontraram em São Paulo indivíduos de fenótipo negro sem marcas genéticas africanas. Encontraram também o inverso. Na Universidade de Brasília (UnB), que já adota cotas para negros, esse dilema foi enfrentado com uma solução de dar arrepios – um tribunal racial. Os "juízes", diante de fotografias dos candidatos, davam a sentença.

8. Qual a inspiração das ações afirmativas no Brasil?
O principal modelo são os Estados Unidos. Lá, uma secular história de discriminação dos negros foi amenizada pela integração forçada nas escolas e nos locais de trabalho. Havia estados em que o casamento inter-racional era proibido. As chamadas ações afirmativas foram instituídas na década de 1960 pelo presidente John Kennedy, num momento em que o país vivenciava o auge de seus conflitos raciais. Determinou-se, na ocasião, que firmas e universidades deveriam reservar cotas ou abrir vagas de forma proporcional ao peso dos negros no total da população americana, cuja fatia é de 12%. A penalidade para os que desrespeitam essa regra era a dificuldade de realizar qualquer negócio com o governo. Outra inspiração veio da África do Sul. Após décadas de turbulência e esfacelamento da sociedade devido ao regime de segregação do apartheid, instituído em 1948, o governo tentou incluir os negros na sociedade branca com um conjunto de "ações afirmativas". Entre elas estava a reserva de cotas para negros em cargos do funcionalismo público e na universidades do país. Há ainda o caso da Índia, onde as cotas foram implantadas há mais de 50 anos para beneficiar os dalits, conhecidos como "intocáveis".

9. As ações foram bem-sucedidas nesses países?
O economista americano Thomas Sowell, pesquisador de políticas públicas da Universidade Stanford e negro, escreveu o livro Ação Afirmativa ao Redor do Mundo, no qual conclui que essas políticas fracassaram em todos os países onde foram adotadas. Aumentou um pouco a inserção dos negros, apenas um pouco, e a um custo desastroso. Nos Estados Unidos, onde as cotas raciais começaram a ser banidas em 1978, houve prejuízos às universidades e empresas sem que a situação socioeconômica dos negros fosse alterada sensivelmente. Desde 1978, por decisão da Suprema Corte, elas são proibidas, seja em universidades, empregos públicos, seja em programas televisivos. Permite-se que haja políticas de incentivo à promoção dos negros, mas nada parecido com cotas raciais, pelo fato elementar de que são, obviamente, inconstitucionais. Na África do Sul, o resultado foi um desastre. A qualidade do serviço público despencou e o desemprego entre os negros subiu de 36% para 44%. Na Índia, as conseqüências foram ainda mais amargas. Numa única escola de medicina do estado de Gujarat, onde havia sete vagas destinadas aos dalits, 42 pessoas morreram num protesto contra as cotas.

10. Os negros estão realmente sub-representados nas universidades brasileiras?
Segundo o estudo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) de 2005, o número de negros nas universidades federais corresponde exatamente à sua participação na população brasileira, que é de 5,9% - o número não considera pardos. O economista Marcelo Néri, pesquisador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, produziu, com exclusividade para VEJA, um estudo sobre a população universitária brasileira, de acordo com a raça. Usando dados do IBGE, Néri descobriu que, comparados a brancos e pardos, os negros são, de longe, o contingente que apresentou as maiores taxas de crescimento nas universidades públicas, entre 2001 e 2003. Nesse período, o número de estudantes negros de nível superior cresceu 55,1%, contra 14,9% a favor dos pardos e 10,4% para os brancos.

11. Quantas universidades já utilizam o sistema de cotas do Brasil?
Segundo levantamento feito pelo Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UeRJ), 51% das universidades estaduais e 42% das federais de todo o país adotaram até o fim de 2007 algum tipo de "ação afirmativa". Ao todo, eram 40 instituições públicas. Delas, 18 eram universidades estaduais (do universo de 35 mantidas por estados) e 22 federais, do universo de 53. As ações privilegiavam os negros e indígenas por meio de cotas ou de bonificação no vestibular.

domingo, 1 de março de 2009

Deputado quer terapias naturais aplicadas em atendimentos do SUS

Saiu no site do Aderbal Machado, e eu repasso a vocês:

Nas mãos do deputado do ex-PFL, atual DEM, Gelson Merísio, desde agosto de 2008, o Projeto de Lei nº 244/2008, de autoria do deputado Jailson Lima da Silva (PT), que autoriza o Poder Executivo a criar o Programa de Terapias Naturais, finalmente foi remetido pelo relator à apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aguarda reunião para ser votado.
“A idéia é que o poder público implante junto às unidades de saúde e hospitais públicos do Estado tratamentos alternativos reconhecidos e autorizados pelo Ministério da Saúde, como a massoterapia, a fitoterapia, terapia com florais, hipnose, naturologia, medicina ortomolecular, ginástica terapêutica, quiropraxia, acupuntura, hidroterapia, ginástica terapêutica e terapias de respiração”, explica Jailson, que é médico especialista em reumatologia.De acordo com ele, o uso de terapias alternativas além de ser comprovadamente eficaz em diversos casos, promovendo o bem estar geral da pessoa, e muitas vezes surgindo como única solução para quadros de dores constantes, por exemplo, também respeita o direito de milhares de pessoas em optar por tratamentos não invasivos ou não “tradicionais”.
“Por isso, o projeto prevê que o Estado disponibilize medicamentos naturais e fitoterápicos nos postos de saúde. Há milhares de pessoas que não aceitam tratamento a base de remédios alopáticos, ou, em muitos casos, que apresentam reações adversas à medicação tradicional”, assinala o parlamentar. Ele assinala ainda que a proposta alinha o Santa Catarina ao programa nacional instituído pelo governo Lula em 2006, para que estados e municípios assegurem aos usuários do SUS às denominadas terapias alternativas. “Diversos estados e municípios já implementam essa política, como São Paulo e as cidades catarinenses de Grão Pará e Braço do Norte”, afirma o deputado que remeteu aos vereadores do PT de todo o estado, sugestão para projeto de lei no âmbito municipal. “Em Petrolândia, no Alto Vale, o Gilmar Schappo, que era nosso vereador até o ano passado, apresentou a proposta assim que recebeu e ela foi aprovada por unanimidade de votos”, conta o parlamentar. Depois de passar pela CCJ, o projeto ainda tem que ser apreciado pelas Comissões de Finanças e Tributação, e de Saúde.

Médicos são contra pílula anticoncepcional antes dos 18 anos

Alarmada com o aumento de câncer de mama em mulheres jovens (antes dos 40 anos), a Sociedade Brasileira de Mastologia passou a recomendar aos seus médicos associados que orientem as meninas menores de 18 anos a não utilizar pílulas anticoncepcionais. Segundo o presidente da entidade, Diogénes Basségio, existem evidências que relacionam o uso prolongado do contraceptivo ao aparecimento precoce da doença, que ostenta o quinto lugar no ranking de mortalidade de pacientes em idade fértil.
“Até alguns anos atrás não víamos problemas no uso de anticoncepcional. Mas trabalhos internacionais e serviços especializados começaram a relatar evidências de que a pílula poderia potencializar o câncer de mama”, afirma Basségio. “Preconizamos que as menores de 18 anos evitem usar o produto”, completa.
Em sua tese de doutorado, Basségio atestou que triplicaram os casos de neoplasia de mama em mulheres antes dos 40 anos. Em 2003, elas representavam 5,3% dos casos, taxa que saltou para 16,8% em 2007. Ainda não existe nenhum estudo científico que comprove estatisticamente a relação entre o câncer e a pílula, mas cada vez mais especialistas colocam o uso do produto na lista de fatores de risco.
“Em uma amostra de 84 pacientes, todas com menos de 40 anos e em tratamento para a neoplasia de mama, observamos que 16% delas começaram a tomar pílulas aos 13, 14 anos”, afirma Mário Mourão Netto, responsável pelo Departamento de Mastologia do Hospital A.C. Camargo. Ele faz questão de ressaltar que a análise não tem valor de pesquisa. Segundo Maria Del Pilar Diz, coordenadora de oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, “não há orientação específica (do instituto) com relação ao uso do anticoncepcional por parte dos médicos porque não existem dados epidemiológicos que sustentem a relação com o câncer de mama”.