"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ômega-3 não ajuda a prevenir câncer, diz estudo

Tratamentos à base de vitaminas B ou de suplementos de ácidos graxos com ômega-3 não reduzem o risco de câncer. De acordo com um estudo feito com mais de 2.500 pessoas na França e publicado no periódico médico Archives of Internal Medicine, as duas substâncias não se mostraram benéficas no tratamento da doença.
"Esperávamos descobrir uma ação benéfica dos suplementos contra o risco de câncer", disse Valentina Andreeva, autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Paris. "Ao contrário, não constatamos nenhum efeito desses suplementos." Pesquisas anteriores sugeriam que as vitaminas B poderiam proteger as pessoas do câncer, principalmente o câncer colorretal, embora nem todos os estudos concordassem.
O objetivo original do estudo de Valentina era testar o efeito da ingestão de ácidos graxos com ômega-3, vitaminas B ou ambos contra doenças cardiovasculares em pessoas com um histórico de enfarte ou derrame. Para compreender melhor se os suplementos poderiam ter efeitos adicionais, o grupo reuniu também informações sobre o número de pacientes submetidos ao teste que desenvolveram câncer.
Os voluntários foram, então, divididos em quatro grupos: um tomou duas pílulas de vitamina B por dia; outro grupo, duas pílulas de ácidos graxos com ômega-3; um terceiro tomou ambos os suplementos; e um quarto tomou placebos semelhantes aos suplementos. As vitaminas B eram uma mistura de 3 mg de B6, 0,02 mg de B12 e 0,5 mg de ácido fólico.
Aos participantes que deviam tomar os ácidos graxos com ômega-3 foram ministrados 600 mg por dia. Por cerca de cinco anos, Valentina e seus colegas do Instituto Nacional de Pesquisas Médicas da França acompanharam os diagnósticos de câncer entre os sujeitos do teste.
Das mais de 2.000 pessoas que concluíram o estudo, 175 desenvolveram câncer e 58 morreram por causa dessa doença. Os voluntários de ambos os grupos que tomaram os suplementos de vitamina B apresentaram o mesmo risco de câncer que aquelas que tomaram placebo. Os resultados confirmam um estudo maior, realizado entre sobreviventes de ataques cardíacos, que também demonstrava que as vitaminas B foram ineficientes na redução do risco de câncer.
Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Velho antibiótico pode ser nova arma contra tuberculose

O antibiótico doxiciclina, usado desde 1967 contra uma série de bactérias, pode ser a nova arma contra a tuberculose. Um novo estudo publicado no periódico American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, sugere que o antibiótico pode impedir a tuberculose de causar danos ao pulmão. O resultado é impressionante porque o remédio é usado há 40 anos, mas não havia sido considerado ainda como eficiente contra a tuberculose.
Por ano, mais de 1,5 milhão de pessoas morrem por causa da tuberculose. De acordo com os autores do estudo, cada vez mais, a doença se mostra resistente aos antibióticos comumente usados para tratá-la. É por isso que pesquisadores ao redor do mundo tentam descobrir formas de combatê-la. Em 2011, uma equipe de cientistas da Imperial College London descobriu que a tuberculose aumenta a produção de uma enzima chamada MMP-1. Essa enzima é responsável por destruir o tecido do pulmão. Uma das formas de combater a doença é impedir a produção dessa enzima para minimizar os danos ao órgão.
Agora, os especialistas descobriram, em testes in vitro, que a doxiciclina impede a produção da MMP-1 em células humanas infectadas com tuberculose. A equipe também percebeu que o antibiótico inibe o crescimento da bactéria da doença em cobaias. "O tratamento da tuberculose não sofreu alteração por mais de 30 anos e cepas resistentes aos remédios estão surgindo. Por isso precisamos de alternativas", disse Paul Elkington, chefe da pesquisa. "Como a doxiciclina é barata, segura e amplamente disponível em países subdesenvolvidos, ela pode ser útil no tratamento", disse. 
Os resultados da pesquisa são promissores, mas os cientistas vão precisar ampliar o estudo. No momento, os resultados mostram eficácia apenas em células humanas in vitro e modelos animais. "Esperamos realizar um teste clínico em breve para testar se a doxiciclina é eficiente no combate da tuberculose em pacientes."
Fonte: VEJA Saúde

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Liminar da Justiça obriga Sistema Único de Saúde a distribuir remédio para o tratamento de derrame

Uma liminar da Justiça Federal em São Paulo determinou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passe a distribuir gratuitamente, em 30 dias e em todo o país, o remédio para o tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico.
O SUS tem prazo de 30 dias para iniciar o fornecimento gratuito, em toda a rede pública de saúde, do medicamento trombolítico Alteplase, a única droga aprovada no Brasil para o tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. O AVC isquêmico é o tipo mais comum de derrame, cerca de 80% dos casos. Ele acontece quando ocorre alguma obstrução, como um coágulo, que impede o sangue de chegar ao cérebro. No AVC hemorrágico, o derrame é causado pelo rompimento de um vaso sanguíneo dentro do crânio.
A decisão, assinada pela juíza federal Tânia Regina Marangoni, tem abrangência nacional, e foi concedida com base na "exaustiva comprovação de que o medicamento pode beneficiar o tratamento do AVC, salvando milhares de vidas".
A ação civil pública com pedido de liminar foi protocolada na Justiça Federal em agosto do ano passado pelo Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias. Ele baseou-se em dados fornecidos pela ONG Associação Rede Brasil AVC, que mostram que o AVC é a maior causadora de mortes no país e a principal causa de incapacidade em todo o mundo.
"Cerca de 70% dos pacientes não retornam ao trabalho, mais de 50% ficam com sequelas graves e dependentes de outras pessoas para as atividades básicas da vida diária", informa a organização.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 100 mil pessoas morrem anualmente no Brasil vítimas de AVC. Desse total, 43 mil ocorrem na região sudeste, sendo cerca de 21 mil mortes anuais apenas no estado de São Paulo.
Fonte: Agência Estado

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Compartilhando a cama com o bebê

Para pais recentes, que não conseguem (ou não querem) deixar seu pequeno bebê dormindo na sua própria cama, uma divertida ilustração sobre as situações encontradas nestes casos:

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fumo está relacionado com deterioração mental nos homens, diz estudo

Os homens tabagistas têm maior deterioração mental com o passar do tempo do que aqueles que nunca fumaram, segundo um estudo britânico publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, que advertiu, no entanto, que a mesma relação causa-efeito não se observou nas mulheres.
A investigação sugere que os efeitos do hábito de fumar a longo prazo resultam em perda de memória e incapacidade para vincular a experiência passada com as ações do presente, assim como uma queda nas habilidades cognitivas gerais.
O estudo, publicado na revista especializada Archives of General Psychiatry, acompanhou através do serviço civil britânico mais de 5.000 homens e 2.100 mulheres com idade média de 56 anos no começo do estudo e foram acompanhados no máximo por 25 anos.
Os cientistas da University College de Londres comprovaram sua condição de fumantes seis vezes neste período e os submeteram a uma série de provas cognitivas. Eles descobriram que o tabagismo esteve vinculado a uma redução mais rápida na capacidade mental em todos os testes cognitivos entre homens que fumavam em comparação com os homens não fumantes. "Nossos resultados mostram que a associação entre tabagismo e cognição, sobretudo em idades mais avançadas, parece estar subestimado devido ao risco maior de morte e abandono entre os fumantes", destacou o estudo, chefiado por Severine Sabia, da University College de Londres.
Os homens que pararam de fumar nos primeiros 10 anos após iniciado o estudo estavam ainda em maior risco de deterioração cognitiva, mas a longo prazo os ex-fumantes não mostraram os mesmos níveis de deterioração. "Este estudo comprova que fumar é nocivo para o cérebro", afirmou Marc Gordon, chefe de neurologia do hospital Zucker Hillside em Glen Oaks, Nova York, que não participou do estudo.
"Na metade da vida, fumar é um fator de risco modificável, com um efeito mais ou menos equivalente a 10 anos de envelhecimento na taxa de deterioração cognitiva", acrescentou. "As descobertas são chave para explicar o envelhecimento da população mundial, com 36 milhões de casos de demência em todo o planeta, uma cifra que dobrará a cada 20 anos, segundo as projeções", afirmaram os autores do estudo.
O porquê de as mulheres não mostrarem a mesma relação entre tabagismo e envelhecimento mental não ficou claro, embora os pesquisadores tenham sugerido que o menor tamanho da amostra e a maior quantidade de cigarros fumados pelos homens em comparação com as mulheres poderiam ser fatores contribuintes.
Fonte: Agência France-Presse

Univali abre ambulatório especializado em vítimas do trânsito

A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) decidiu criar um ambulatório especial para vítimas de acidentes de trânsito. A implantação da unidade surgiu a partir da análise do número de atendimentos na Clínica de Fisioterapia da universidade, que apontou: 70% dos pacientes são originados de acidentes de trânsito.
O objetivo, além de reabilitar os pacientes, é desempenhar ações socioeducativas para prevenção de acidentes e conscientização sobre cuidados no trânsito. O ambulatório já está em funcionamento e conta com cinco fisioterapeutas, além do apoio de universitários. O atendimento é pioneiro na região e recebe pessoas do sistema público de saúde de Itajaí, Camboriú, Penha, Navegantes, Itapema, Porto Belo, Bombinhas, Luís Alves e Ilhota.
— Muitas pessoas atendidas na clínica são reincidentes, especialmente motoqueiros. Além de serem os casos mais graves, as vítimas de acidentes com motos correspondem a 98% dos atendimentos do ambulatório — explica Ana Lígia Oliveira, fisioterapeuta e coordenadora do ambulatório de acidente de trânsito.
Segundo Oliveira, as fraturas nas pernas e as amputações são as duas principais lesões causadas por acidentes nas ruas. A reabilitação, realizada com o acompanhamento dos fisioterapeutas, tenta minimizar sequelas como perda de força muscular e dos movimentos. O ambulatório conta com o apoio de alunos do curso de Psicologia.
Reportagem: Jornal de Santa Catarina

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Santa Catarina está entre os Estados onde mais se morre por causa do cigarro

No período de 2006 a 2010, um total de 221 pessoas morreram em Santa Catarina devido ao fumo. A informação está no relatório da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado neste domingo, que faz um balanço de óbitos causados pelo uso de substâncias psicotrópicas no Brasil. O estudo indica que no país foram registrados 40.692 mortes no período de 2006 a 2010 pelo uso, principalmente, de álcool, fumo e cocaína. Em Santa Catarina foram 1.089 óbitos.
A principal causa de morte quando se consideram substâncias lícitas e ilícitas é o álcool. De cada 100 mortes por uso de psicotrópicos, 85 são ligadas diretamente ao consumo de bebidas alcoólicas. Minas Gerais é o principal estado quando se considera mortes por consumo de álcool. São 23 municípios entre as 50 cidades com maiores taxas de mortalidade bruta para cada 1.000 habitantes. Em segundo lugar vem o Paraná com nove, seguido por São Paulo, com cinco. Santa Catarina nem entra na lista, apesar de ter contabilizado 830 mortes por este motivo entre 2006 e 2010.
Quando se trata de fumo ou tabaco, o Estado aparece em terceiro no número de municípios na lista das 50 cidades com maiores taxas de mortalidade bruta para cada 1.00 habitantes. Rio Grande do Sul é o primeiro com 17 e Minas Gerais vem na sequência com sete. Lindóia do Sul, São João do Itaperiú, Luzerna, Balneário Barra do Sul, Alto Bela Vista e Palmeira são os seis municípios catarinenses na lista. Ao todo, 221 pessoas faleceram no estado pelo uso de tabaco, enquanto no Brasil o número chegou a 4.625. Este é a segunda causa de óbitos no país causados pelo uso de substâncias psicotrópicas.
O uso de mais de uma substância ao mesmo tempo e a cocaína também entraram na lista do estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios. Ao todo, foram 834 mortes no país. Em Santa Catarina foram 38. Ouro, Garopaba, Três Barras, Balneário Arroio do Silva e Capivari de Baixo figuram entre as 50 cidades com maiores taxas de mortalidade bruta para cada 1.000 habitantes.
O estudo realizado pela CNM usa os números computados pelo DATASUS do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A análise levou em conta causa da morte e local de residência. O SIM é a única referência no Brasil sobre a mortalidade. Os dados coletados pelas Secretarias Municipais de Saúde são consolidados pelas Secretarias Estaduais de Saúde e, posteriormente, remetidas à Coordenação Geral de Análise de Informações em Saúde (CGAIS). Na base do processo estão as Unidades Notificadoras - estabelecimentos de saúde, institutos médico-legais, serviços de verificação de óbitos e cartório de registro civil - que registram a causa e o local da morte.
Uma análise da própria CNM de novembro do ano passado aponta que 98% das cidades pesquisadas já sabiam da existência do crack. Há, portanto, uma dificuldade quanto à emissão dos laudos, no que se refere à ausência de um alinhamento conceitual quanto à causa da morte. Outro problema é a operacionalização do SIM, que é lento e burocrático.
Fonte: Diário Catarinense