"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CFM atualiza regras para divulgação de serviços prestados na área médica

Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (19) apresenta em detalhes as restrições éticas que os médicos, estabelecimentos e instituições vinculadas às atividades médicas devem observar quando da elaboração de peças publicitárias relacionadas a seus serviços. O documento (nº 1.974/2011) acrescenta à norma anterior sobre o tema, publicada em 2003, informações sobre o alcance das disposições e orientações para sua aplicação. Entre os pontos, destacam-se a proibição de assistência médica a distância (por internet ou telefone, por exemplo), a vedação ao anúncio de determinados títulos e certificados e a extensão das regras a instituições, como sindicatos e sociedades médicas.
“A resolução foi detalhada para que haja uma compreensão mais fácil pelos profissionais e para que os conselhos de medicina disponham de critérios objetivos para orientar os médicos e coibir as infrações. Os anexos da resolução compõem um manual de uso. A norma valoriza o profissional, defende o decoro e oferece mais segurança para a população”, avalia o conselheiro Emmanuel Fortes, 3º vice-presidente do CFM e relator da nova resolução.
Com a publicação da resolução, que entra em vigor em 180 dias após essa data, fica claro, por exemplo, que as regras de publicidade são extensivas a documentos médicos como atestados, fichas, boletins, termos, receituários e solicitações, emitidos pelos sistemas público e privado de assistência. Entre outras exigências, estes documentos devem conter nome do profissional, especialidade e número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) local. Quando a assistência é oferecida por uma instituição devem ser informados o nome do diretor-técnico-médico e o respectivo número de registro no CRM local.
Além de detalhamentos, a nova resolução se diferencia da anterior por proibir expressamente ao médico a oferta de consultoria a pacientes e familiares em substituição à consulta médica presencial. Esta proibição se aplica, por exemplo, aos serviços de assessoria médica realizados pela internet ou por telefone. Outro avanço apresentado pela norma é a vedação expressa a que o profissional anuncie possuir títulos de pós-graduação que não guardem relação com sua especialidade.
“Neste caso, o objetivo do Conselho é impedir que os pacientes sejam induzidos ao erro de acreditar que o médico tem qualificação extra em sua especialidade ou que está habilitado a atuar em outra área”, explica Fortes. Ainda em relação à qualificação, a norma abriu a possibilidade de que o médico divulgue ter realizado cursos e outras ações de capacitação, desde que relacionados à sua especialidade e que os respectivos comprovantes tenham sido registrados no Conselho Regional de Medicina local.
De acordo com o documento, a proibição de que o médico participe de anúncios de empresas e produtos é extensiva a entidades sindicais e associativas médicas. Assim, sociedades de especialidade, por exemplo, não podem permitir a associação de seus nomes a produtos – medicamentos, aparelhos, próteses, etc.
Os critérios que foram detalhados na Resolução 1974/2011 constituem em si um importante avanço por apresentar de forma clara e objetiva o que o médico, a instituição ou o estabelecimento de saúde pode e o que não pode fazer no campo da propaganda e da publicidade. A norma, inclusive com este detalhamento, estará disponível para consulta no site do CFM (www.portalmedico.org.br) a partir de sexta-feira (19), além de sua publicação no Diário Oficial da União nesta data.
O documento prevê que o médico não pode, por exemplo: anunciar que utiliza aparelhos que lhe deem capacidade privilegiada ou que faz uso de técnicas exclusivas; permitir que seu nome seja inscrito em concursos ou premiações de caráter promocional que elejam “médico do ano”, “profissional destaque” ou similares; garantir, prometer ou insinuar bons resultados nos tratamentos oferecidos; e oferecer seus serviços por meio de consórcio.
Também é vedada a propaganda de método ou técnica não aceito pela comunidade científica, ou permitir que seu nome circule em material desprovido de rigor científico; conceder entrevistas para se autopromover, auferir lucro ou angariar clientela (permitindo, por exemplo, a divulgação de endereço e telefone de consultório); abordar assuntos médicos, em anúncios ou no contato com a imprensa, de modo sensacionalista, por exemplo, transmitindo informações desprovidas de caráter científico ou causando pânico ou intranqüilidade na sociedade.
A norma ainda proíbe a exposição de imagens de paciente para a divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do paciente. A exceção a esse preceito é, quando imprescindível, o uso da imagem, autorizado previamente pelo paciente, em trabalhos e eventos científicos.
O detalhamento trazido no anexo da nova resolução obriga expressamente o médico a declarar potenciais conflitos de interesse quando conceder entrevistas, participar de eventos públicos ou transmitir informações à sociedade. Ele determina que o uso de imagens em peças publicitárias enfatize apenas a assistência, ou seja, não devem ser utilizadas representações visuais de alterações do corpo humano causadas por lesões ou doenças ou por tratamentos.
Os critérios ainda vedam a participação do profissional em demonstrações de tratamento realizadas de modo a valorizar habilidades técnicas ou estimular a procura por serviços médicos. Também é vedado o uso de nome, imagem ou voz de pessoas célebres em anúncios de serviços médicos. Nas redes sociais, assim como em outros meios, o médico não pode divulgar endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço.
Para orientar o médico, o documento indica especificações técnicas que permitem fácil leitura e compreensão das informações cuja presença é obrigatória nas peças publicitárias: os dados médicos devem ser inseridos nas peças impressas, por exemplo, em retângulos de fundo branco, em letras de tamanho proporcional ao das demais informações e de modo destacado; em peças audiovisuais, a locução dos dados do médico deve ser pausada, cadenciada e perfeitamente audível – também na TV devem ser observadas regras relacionadas a tipo e dimensão de letras. De acordo com a resolução, dúvidas sobre a aplicação das regras de publicidade devem ser encaminhadas à Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) do Conselho Regional de Medicina local.  
A Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do CFM discutiu as mudanças nas regras de publicidade de serviços médicos entre março de 2010 e julho de 2011 (mês em que a nova norma foi aprovada pelo plenário do Conselho Federal de Medicina). Para a elaboração da proposta, os membros do grupo buscaram referências sobre publicidade e propaganda em leis e regulamentos de venda de medicamentos, bebidas e outras substâncias e produtos restritos, vigentes no Brasil e no exterior. As Codames dos Conselhos Regionais de Medicina também colaboraram nesse trabalho.
Fonte: Conselho Federal de Medicina

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Kombis muito loucas

Trago uma seleção de kombis bizarras, tiradas do blog Paixão por Fusca (vale a pena a visita aos fuscamaníacos):










domingo, 14 de agosto de 2011

Soja não beneficia mulheres na menopausa

Tomar suplementos de soja não ajuda as mulheres a aliviar os sintomas da menopausa ou impedir a alterações ósseas que começam nessa fase da vida, segundo sugere um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Miamia, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, mulheres que tomaram os suplementos todos os dias durante dois anos não tiveram nenhuma melhora em seus sintomas quando comparadas com aquelas que receberam placebo. Elas ainda tiveram mais ondas de calor até o final do estudo.
Os pesquisadores também não viram nenhuma alteração na densidade óssea em relação às mulheres que tomaram placebos. A baixa densidade óssea, comum nessa fase da vida, expõe as mulheres a um maior risco de osteoporose e de fraturas nos ossos.
Mulheres que buscam por alternativas que reduzam os sintomas da menopausa ficaram sem muitas alternativas desde que um estudo mostrou que a terapia hormonal aumentava o risco de complicações cardiácas e o aparecimento de câncer.
Até 2002, acreditava-se que o tratamento com hormônios só trazia benefícios a curto e longo prazo e nenhum tipo de prejuízo. Um grande estudo com milhares de mulheres, porém, descobriu que os benefícios a curto prazo, como a redução dos sintomas, eram acompanhados a longo prazo do aumento de risco de acidentes cardiovasculares, osteoporose e câncer de mama. O tratamento, então, passou a ser contra-indicado, mas não proibido, pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
Estudos anteriores já demonstraram que os suplementos de soja não apresentam os mesmos riscos que a terapia hormonal. Mas há outras pesquisas indicando, contudo, que, se a soja não traz prejuízos, também não traz benefícios. 
"Após o estudo, muitas pacientes tentaram resolver os sintomas com suplementos de soja. A nossa pesquisa foi iniciada com o objetivo de responder apenas uma pergunta: será que esses comprimidos de isoflavona de soja ajudam mesmo as mulheres?", disse Silvina Levis, da Escola Miller de Medicina da Universidade de Miami e coordenadora do estudo. A resposta, infelizmente, é não.
Pelo menos é o que indica este estudo. Nele, 248 mulheres que atingiram recentemente a menopausa foram divididas aleatoriamente em dois grupos. Por dois anos, metade das mulheres tomou isoflavona de soja todos os dias. A outra metade tomou placebo. As voluntárias não sabiam se estavam recebendo o tratamento real ou o simulado.
Após o período de análise, os resultados mostraram que as mulheres em ambos os grupos perderam a mesma quantidade de densidade óssea na coluna e no quadril. Além disso, elas relataram um número similar de sintomas decorrentes da menopausa – com exceção das mulheres do grupo da soja, que diziam ter mais ondas de calor do que as outras.
Além disso, as mulheres que receberam os suplementos de soja relataram problemas no estômago, constipação e dificuldades de digestão. Não houve, porém, nenhum efeito colateral grave. O resultado final, diz a pesquisadora, indica que a soja não dê proteção nenhuma contra os sintomas da menopausa.
Fonte: Agência Reuters

Redução de três gramas no consumo diário de sal já seria suficiente para salvar milhares de vidas, diz pesquisa


A redução da quantidade de sal na dieta das pessoas seria capaz de salvar milhões de vidas ao redor do mundo, diminuindo os níveis de doenças cardíacas e derrames. A pesquisa foi publicada no periódico científico British Medical Journal e conduzida pelo professor Francesco Cappuccio, da Warwick Medical School.
De acordo com a pesquisa, uma redução de três gramas de sal na ingestão diária resultaria na prevenção de 8.000 mortes por derrame e de 12.000 óbitos por doença coronariana por ano no Reino Unido.
Uma redução similar nos Estados Unidos resultaria em 120.000 menos casos de doenças cardíacas, 66.000 derrames e 99.000 ataques cardíacos a menos por ano. De acordo com o estudo, com a prevenção seriam economiazados 24 bilhões por ano com assistência médica.
A Organização Mundial da Saúde possui uma missão global para reduzir o consumo de sal para menos de 5 gramas por pessoa até 2025. O consumo de sal em alguns países, porém, supera muito esse número. Estima-se que o brasileiro consome, em média, 12 gramas de sal por dia.
Para Cappuccio, apenas a mudança de comportamento das pessoas não é suficiente para mudar essa realidade porque, segundo ele, grande quantidade do sal é adicionada ao produto antes mesmo de ele ser vendido. “A indústria alimentícia contribui para a epidemia de doenças cardiovasculares. Essa responsabilidade precisa ser reconhecida”, diz Cappuccio.
Em julho deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde lançaram a campanha Menos Sal. Sua Saúde Agradece!, que busca reduzir o consumo de sal do brasileiro. A proposta é conscientizar a população sobre os problemas causados à saúde pela ingestão excessiva de sal.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tratamento em casa pelo SUS seguirá modelo norte-americano

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que o governo vai usar a experiência norte-americana dos home cares para financiar estruturas de atendimento a doentes em casa. A finalidade é amenizar a demanda em hospitais do Sistema Único de Saúde. Além disso, a quantidade de médicos será ampliada. 
– "O governo vai financiar com seus recursos uma parte muito importante: o tratamento do doente em sua casa, como se fosse no hospital. Em certos casos, a pessoa não precisa ficar uma semana no hospital. Ela pode ficar em casa se tiver alguém para cuidar. Vamos financiar a estrutura de acompanhamento dessas pessoas que estão em fase de recuperação".
As portarias que reorganizam o atendimento de urgência no SUS (Sistema Único de Saúde) e preveem o tratamento domiciliar já foram publicadas pelo Ministério da Saúde. Para este ano, o investimento deve ser de R$ 36,5 milhões. A presidente, porém, não deu detalhes de quando o sistema estará funcionando. 
Dilma destacou ainda que faz parte da política de saúde aumentar o número de vagas nas universidades para a formação de médicos, principalmente nas universidade criadas no processo de interiorização do ensino superior.
– "O Brasil formou poucos médicos nos últimos anos. Fizemos uma parceria entre o Ministério da Saúde e da Educação para a ampliação da oferta dos cursos de medicina, principalmente nas universidades que nós interiorizamos".
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 9 de agosto de 2011

CFM apresenta nesta quarta-feira diretrizes para tratamento de usuários de crack


O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgará nesta quarta-feira, em Brasília, o protocolo de assistência a usuários e dependentes de crack. O documento, chamado Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Usuário do Crack, define os aspectos gerais e específicos do tratamento.
No documento, há indicações sobre o encaminhamento que deve ser dado aos usuários da droga dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), com referência, entre outros recursos, à estrutura de urgências e emergências, de consultórios de rua e de albergues terapêuticos. As diretrizes irão ajudar ainda os médicos a avaliar e manejar casos de urgência que envolvam intoxicação, abstinência aguda ou overdose.
Além da área voltada aos médicos, o CFM também apresentará à sociedade propostas de diretrizes para assistência integral ao usuário do crack. Estruturadas sobre três eixos (policial, saúde e social), essas recomendações indicam ações que podem auxiliar na redução do consumo dessa droga.
Segundo pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), realizada em 2005, 0,7% da população brasileira de 12 a 65 anos fez uso de crack pelo menos uma vez na vida. Entre os entrevistados, 0,1% afirmou ter usado crack no período de um ano anterior à entrevista e 0,1% afirma ter consumido a droga no período de 30 dias anterior à entrevista.
O maior percentual de pessoas que haviam consumido a droga pelo menos uma vez na vida encontrava-se no grupo de sexo masculino com idade entre 25 e 34 anos: 3,2% do total, o que à época correspondia a 193.000 pessoas.
A pesquisa revelou ainda que 44,9% da população considerava “muito fácil” obter crack caso desejasse, o que equivalia a 22.305.000 pessoas. O Ministério da Saúde estima que atualmente existam 600.000 usuários de crack no país. No entanto, há divergência sobre este número. Alguns pesquisadores estimam que essa população esteja em torno de um milhão de pessoas.
Fonte: Medicina - CFM

Estudo põe em xeque tratamento contra esclerose múltipla


Um novo estudo acaba de colocar em xeque teorias prévias sobre a esclerose múltipla. Segundo pesquisadores americanos, não há evidências concretas que suportem a teoria de que a doença seja causada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos no cérebro. Por isso, as cirurgias para abrir esses vasos seriam desnecessárias e não recomendadas.
No estudo, publicado no periódico médico Archives of Neurology, a equipe de Ellen Marder, do centro médico de veteranos de Dallas, revisou a literatura atual sobre os estreitamentos dos vasos, condição chamada insuficiência venosa cérebro-espinhal crônica (CCSVI, sigla em inglês). Eles não conseguiram encontrar nenhum dado convincente que sugeria que o estreitamento dos vasos estivesse por trás do desenvolvimento da esclerose múltipla. Com base apenas nessa descoberta, Ellen afirma que os pacientes com a doença não devem se submeter a cirurgias para abertura dos vasos.
Em outro estudo, a equipe descobriu que pessoas com esclerose múltipla não são mais suscetíveis a sinais de CCSVI em exames de ultrassom, quando comparadas a pacientes que não têm a doença. Segundo os pesquisadores, esses achados colocam em dúvida se o estreitamento dos vasos teria realmente algum papel preponderante na esclerose múltipla.
Na pesquisa publicada no Archives of Neurology, a equipe resume brevemente a história da relação sugerida entre a esclerose múltipla e a insuficiência venosa cérebro-espinhal crônica. Em 2009, pesquisadores italianos indicaram que pessoas com esclerose múltipla eram mais suscetíveis a um estreitamento das veias que correm do cérebro e da espinha para o coração. Os médicos, então, começaram a propor uma correção da situação por meio de cirurgias para aliviar os sintomas da doença – problemas de equilíbrio e de movimento.
Os estudos mais recentes, no entanto, não conseguiram demonstrar claramente se as pessoas com esclerose múltipla são realmente mais suscetíveis ao CCSVI que as demais. Eles não provaram também que cirurgias para abertura dos vasos poderiam, de fato, trazer algum benefício.
Na pesquisa atual, a equipe de Ellen Marder realizou exames de ultrassom no cérebro de 18 pessoas com esclerose múltipla (todos veteranos americanos) e em 11 pessoas da mesma idade e sexo que não tinham a doença (grupo controle). Nos testes, eles procuraram sinais de CCSVI, incluindo a carência de fluxo sanguíneo nas veias da cabeça e do pescoço, assim como um estreitamento dessas veias.
Quatro pacientes com esclerose múltipla tiveram um desses sinais. Mas quatro pessoas no grupo controle também apresentaram os sinais. “Não acreditamos que o CCSVI seja a causa da esclerose múltipla”, diz Ellen. “Não recomendaríamos a nossos pacientes que fossem testados para procurar esses sintomas ou que seguissem quaisquer recomendações baseadas nesse tipo de teste.”
Fonte: Agência Reuters

Substância presente no curry combate a tendinite

A curcumina, substância encontrada no tempero curry, de origem indiana, tem propriedades capazes de reverter alguns sintomas da tendinite e também de formas da artrite. Segundo pesquisa que será publicada no Journal of Biological Chemistry, o pigmento é capaz de suprimir os mecanismos biológicos que desencadeiam as inflamações nos tendões, fornecendo uma nova esperança de tratamento para a dolorosa condição.
Os tendões são cordões resistentes do tecido conjuntivo fibroso, que unem os músculos aos ossos e a outros órgãos. Eles são essenciais para o movimento, uma vez que têm a função de manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo. Ele, porém, são bastante propensos a lesões, sobretudo em atletas, pelo uso em excesso das articulações. A tendinite é uma das formas de inflamação dos tendões, que causa dor e fragilidade perto das articulações e é particularmente comum nos ombros, cotovelos, joelhos, quadris, calcanhares e pulsos.
De acordo com os pesquisadores, a incidência global de tendinite vem crescendo em paralelo ao envelhecimento. A inflamação está também relacionada a outras doenças artríticas e reumáticas, como artrite reumatoide e doenças metabólicas, a exemplo do diabetes.
O único tratamento disponível se concentra em aliviar a dor e reduzir a inflamação. Os medicamentos disponíveis e eficientes no tratamento da tendinite são os anti-inflamatórios não-esteróides, como aspirina e ibuprofeno. Em casos mais sérios de lesão dos tendões, injeções de esteroide podem ser dadas diretamente na bainha do tendão para controlar a dor e permitir que a terapia física tenha começo. Essas drogas são associadas com efeitos colaterais indesejáveis como úlceras, náusea, vômitos, azia, diarreia, dores de cabeça, constipação, sonolência e fadiga.
Para a pesquisa, os cientistas se concentraram na curcumina, que vem sendo usada há séculos pela medicinal tradicional indiana e Ayurvédica como um agente anti-inflamatório. Ela é usada ainda como um remédio para controlar sintomas relacionados à síndrome do intestino irritável e outros distúrbios.
O estudo realizado pelas Universidades de Nottingham e de Ludwing Maximilias, em Munique, usou um modelo de cultura de inflamação dos tendões humanos para estudar os efeitos anti-inflamatórios da curcumina em células de tendão. O principal objetivo foi observar os efeitos que a curcumina tinha sobre as propriedades inflamatórias e degenerativas induzidas por moléculas sinalizadoras chamadas interleucinas (pequenas moléculas de sinalização celular de proteínas que ativam uma série de genes inflamatórios).
Os resultados mostraram que a introdução de curcumina no sistema de cultura inibiu a progressão da inflamação. Mas os pesquisadores alertaram que, apesar de melhorar a condição inflamatória local, a curcumina não pode ser encarada como uma cura para a doença, mas sim como uma nova forma de tratamento possível. 

Jean Piaget

Sir Jean William Fritz Piaget (Neuchâtel, 9 de agosto de 1896 - Genebra, 16 de setembro de 1980) foi um epistemólogo suíço, considerado o maior expoente do estudo do desenvolvimento cognitivo.
Estudou inicialmente biologia na Universidade de Neuchâtel onde concluiu seu doutorado, e posteriormente se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação. Foi professor de psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954, e tornou-se mundialmente reconhecido pela sua revolução epistemológica. Durante sua vida Piaget escreveu mais de cinqüenta livros e diversas centenas de artigos.
Seymour Papert usou o trabalho de Piaget como fundamentação ao desenvolver a linguagem de programação Logo. Alan Kay usou as teorias de Piaget como base para o sistema conceitual de programação Dynabook, que foi inicialmente discutido em Xerox PARC. Estas discussões levaram ao desenvolvimento do protótipo Alto, que explorou pela primeira vez os elementos do GUI, ou Interface Gráfica do Usuário, e influenciou a criação de interfaces de usuário a partir dos anos 80.
Através da minuciosa observação de seus filhos e principalmente de outras crianças, Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva, onde propõe a existência de quatro estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano: o estágio sensório-motor, pré-operacional (pré-operatório),operatório concreto e operatório formal.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CFM cria guia para atendimento a queimados


O Conselho Federal de Medicina (CFM) elaborou um conjunto de regras para orientar o atendimento em hospitais às vitimas de queimaduras. O objetivo das diretrizes é melhorar a assistência oferecida atualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O protocolo deverá ser incluído pelo Ministério da Saúde como anexo à portaria federal que trata do cadastramento de serviços de atendimento às queimaduras.
Ao receber os cuidados adequados, segundo o CFM, há uma redução dos riscos de complicações graves, além de menores chances de o paciente sofrer sequelas físicas e estéticas. Entre 1996 e 2008, o Brasil registrou 13.735 mortes causadas por queimaduras. Para o SUS, um paciente com queimaduras graves custa entre 1.200 e 1.500 reais – a conta não considera o preço da reabilitação e os custos indiretos como a interrupção do trabalho, por exemplo.
"A elaboração do documento foi feita de maneira a oferecer aos médicos e outros profissionais de saúde um verdadeiro passo a passo de como atender este tipo de caso", disse o órgão, em comunicado. O  principal alvo são as áreas remotas, onde não há presença de atendimento especializado. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná são os estados com o maior número de vítimas, respectivamente.
As diretrizes estão focadas principalmente no atendimento de emergência. Entre as orientações, os médicos contam com indicações precisas sobre procedimentos de diagnóstico e de prescrição de medicamentos. Por exemplo, para o tratamento imediato de um paciente que chega no pronto-socorro, é preciso remover roupas, joias e cobrir as lesões com tecido limpo. O guia também tem diretrizes mais específicas como a indicação de remédios para o tratamento da dor.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras, os líquidos quentes são os principais agentes de queimaduras, causando 37% das ocorrências. As crianças de até 12 anos são as principais vítimas desses acidentes, representando 33% dos casos. Em geral, a queimadura ocorre na cozinha. Para evitar acidentes domésticos, os pais devem evitar a presença de seus filhos sem supervisão no local. Outra medida preventiva é deixar os cabos das panelas para o lado de dentro do fogão.
Fonte: VEJA Saúde

Fumar logo após acordar aumenta incidência de câncer


O fumante que acende seu primeiro cigarro logo após acordar pela manhã tem um risco maior de desenvolver tumores de pulmão e de cabeça e pescoço. A descoberta, publicada no Cancer, um periódico da Sociedade Americana de Câncer, pode ajudar a identificar fumantes que têm um risco especialmente alto de desenvolver a doença, e que poderiam se beneficiar com programas específicos para a redução dos riscos.
É de conhecimento geral que fumar aumenta a probabilidade de diversos tipos de cânceres. O que não se sabia, no entanto, é por que somente alguns fumantes chegam a desenvolver a doença. Joshua Muscat, do Colégio de Medicina Penn State, em Hershey, e colegas investigaram, então, se o horário do primeiro cigarro do dia afetaria os riscos de cânceres, independentemente da frequência e da duração.
A análise para câncer de pulmão incluiu 4.775 casos da doença e 2.835 pacientes controle. Todos eram fumantes regulares. Comparados aos indivíduos que fumavam seu primeiro cigarro mais de 60 minutos após acordarem, as pessoas que fumavam de 31 a 60 minutos eram 1,31 vezes mais propícias a desenvolverem câncer de pulmão. Aqueles que fumaram nos primeiros 30 minutos após acordar eram 1,79 vezes mais propícios à doença.
A análise para câncer de cabeça e pescoço incluiu 1.055 casos e 795 pacientes controle – todos com histórico de fumo regular. Comparados aos indivíduos que acendiam seu primeiro cigarro mais de 60 minutos após acordar, aqueles que fumaram de 31 a 60 minutos eram 1,42 vezes mais propícios a desenvolverem o câncer. Já os que fumavam nos primeiros 30 minutos eram 1,59 vezes mais propícios à doença.
A descoberta indica que a necessidade de fumar logo após acordar pela manhã pode aumentar a probabilidade dos fumantes de desenvolverem câncer. “Esses fumantes têm níveis mais altos de nicotina, e possivelmente de outras toxinas do tabaco, no corpo. Eles podem ser mais viciados do que aqueles fumantes que começam a fumar mais tarde”, diz Muscat. “Pode ser uma combinação de fatores genéticos e pessoais que causam uma maior dependência à nicotina.”
De acordo com os autores, como os fumantes que acendem seu primeiro cigarro já nos primeiros minutos da manhã são um grupo de alto risco para o câncer, eles se beneficiariam de programas de combate ao tabaco voltados especificamente a eles. Tais intervenções poderiam ajudar a reduzir os efeitos negativos do tabaco à saúde, bem como os custos associados ao seu uso.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Droga que provoca crises psicóticas é proibida no Brasil

Vendida até hoje sem nenhum tipo de restrição, a mefedrona, uma droga que provoca crises paranoicas e psicóticas, foi proibida no País. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu incluir a substância na relação de drogas de uso e comércio proscrito no Brasil, que consta na Portaria 344.
Com isso, ela passa a ser considerada como droga ilícita, ao lado de substâncias como o crack e a cocaína. Os efeitos da decisão da Anvisa, no entanto, passam a valer apenas quando a resolução for publicada no Diário Oficial da União, o que é esperado para os próximos dias.
A resolução da Anvisa foi tomada depois de um pedido feito pela Polícia Federal (PF), encaminhado à agência há cerca de dois meses. Usada principalmente em clubes noturnos e conhecida como miau-miau ou sal de banho, a droga provoca no organismo uma reação semelhante ao ecstasy e à cocaína. Originalmente, a substância era usada como fertilizante para plantas.
Usuários consumiam o produto em forma de cápsula ou injetado na veia. Dentre os efeitos colaterais, estão náusea, insônia e sangramentos que podem levar à morte. No Brasil, o produto era encontrado facilmente pela internet.
O consumo da droga aumentou de forma expressiva nos Estados Unidos. Em 2010, a Associação Americana de Centros de Controle de Envenenamento registrou 303 pessoas atendidas em hospitais por efeitos provocados pela droga. No primeiro semestre deste ano, o número subiu para 3.470.
Fonte: Agência Estado