"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

sábado, 26 de março de 2011

2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo


autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD). Mais recentemente cunhou-se o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.

Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de espectro autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Atualmente já há possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos casos.
Certos adultos com autismo são capazes de ter sucesso na carreira profissional. Porém, os problemas de comunicação e sociabilização freqüentemente causam dificuldades em muitas áreas da vida. Adultos com autismo continuarão a precisar de encorajamento e apoio moral em sua luta para uma vida independente. Pais de autistas devem procurar programas para jovens adultos autistas bem antes de seus filhos terminarem a escola. Caso conheça outros pais de adultos com autismo, pergunte sobre os serviços disponíveis.
O autismo afeta, em média, uma em cada 110 crianças nascidas nos Estados Unidos, com números de 2006, divulgados em dezembro de 2009 - no Brasil, porém, ainda não há estatísticas a respeito do TEA. Em2010, no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril, a ONU declarou que, segundo especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. O aumento dos números de prevalência de autismo levanta uma discussão importante sobre haver ou não uma epidemia da síndrome no planeta, ainda em discussão pela comunidade científica.
Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela necessariamente está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo. Pode ser que essa criança simplesmente tenha dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.
Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada ou que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe alguma). Problemas na inteligência geral ou no desenvolvimento de linguagem, em alguns casos, pode realmente presente, mas como dito acima nem todos são assim. Às vezes é difícil definir se uma pessoa tem um déficit intelectivo se ela nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente. Na verdade, alguns indivíduos com autismo possuem inteligência acima da média.
A ciência, pela primeira vez falou em cura do autismo em novembro de 2010, com a descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que baseou-se na Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada causa genética), foi coordenado por mais dois brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto e foi publicado na revista científica Cell.

domingo, 20 de março de 2011

SUS terá remédio para tratar doença de Gaucher

Uma portaria do Diário Oficial divulgada nesta sexta-feira (18) torna a substância imiglucerase, indicado no combate à doença de Gaucher, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A enzima é fabricada somente pelo laboratório farmacêutico Genzyme - recentemente adquirido pela gigante Sanofi-Aventis - e recebe o nome comercial Cerezyme.
O remédio chegou a faltar em todo o mundo, quando a fabricante anunciou, em julho de 2009, a suspensão temporária do medicamento depois de uma contaminação por vírus dos equipamentos usados para a produção. Em outubro de 2010, a Genzyme anunciou a recuperação dos estoques no Brasil. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 610 pessoas dependem da imiglucerase para tratar a doença no país.
Gaucher
A doença é o depósito de produtos da decomposição de gorduras no corpo chamados glicocerebrosídeos. O excesso acontece nos órgãos por um mau funcionamento das enzimas que participam do metabolismo dos lipídios e causa um crescimento do fígado e do baço, além de tornar a pele mais parda.

A medula óssea também pode ser sofrer com dores e até ser destruída, o que pode levar a anemias e complicações fatais ao portadores.
Há três variedades conhecidas da doença. A forma mais grave é o tipo 2, a forma infantil, que pode provocar aumento do baço e alterações no sistema nervoso que geralmente causam óbitos antes de 1 ano de idade.
Trata-se de um problema hereditário e congênito - presente desde o nascimento da pessoa. É causado por uma mutação genética que impede a ação da enzima glicocerebrosidase, que ocorre naturalmente no corpo e serve para "digerir" os glicocerebrosídeos.
O tratamento é feito com injeções de enzimas como a imiglucerase ou a taliglucerase alfa - que deverá ser produzida no Brasil pelo laboratório público Biomanguinhos dentro de 5 anos, normalmente a cada duas semanas. O procedimento é mais eficaz quando o sistema nervoso do paciente não apresenta complicações.
Fonte: G1 Saúde

quinta-feira, 10 de março de 2011

Marcello Malpighi


Marcello Malpighi (Crevalcore10 de março de 1628 — Roma29 de novembro de 1694) foi um médicoanatomista e biólogo italiano. Foi pioneiro na utilização do microscópio, sendo considerado por muitos um dos fundadores da fisiologia comparativa e da anatomia microscópica. Várias estruturas fisiológicas foram nomeadas em sua homenagem, como o corpúsculo de Malpighi (nos rins humanos) e os túbulos de Malpighi (sistema excretor de alguns invertebrados). Malpighi cresceu na fazenda de seus pais, e aos 17 anos ingressou na Universidade de Bolonha. Lá, começou a estudar filosofia aristoteliana. Quando seu pai, sua mãe e sua avó paterna morreram, Malpighi teve de abandonar seus estudos para cuidar da família. Retornou à universidade dois anos depois, e se formou doutor em medicina em 1653. Casou-se com Francesca Massari, irmã mais nova de seu professor de anatomia, em 1654. Ela morreu um ano depois.
Túbulos de Malpighi
Os túbulos de Malpighi são os principais órgãos excretores dos insetos. Estão presentes em número de dois até várias centenas. Cada túbulo desemboca no intestino, entre as porções média e posterior, enquanto a outra extremidade termina em fundo cego e, na maioria dos insetos, situa-se na hemocele.
Alguns insetos, entretanto, notadamente os besouros que se alimentam de substâncias secas, apresentam um arranjo especial associado a uma extraordinária capacidade de retirar água do excremento. Nesses, a extremidade em fundo cego do túbulo encontra-se em última associação com o reto, sendo toda a estrutura circundada por uma membrana (membrana periretal). O espaço formado por essa membrana é preenchido por um fluido (fluido periretal), que circunda o túbulo de Malpighi e o epitélio retal, mas é separado da hemolinfa.
O túbulo de Malpighi funciona da seguinte maneira: o potássio é ativamente secretado para a luz do túbulo e a água segue passivamente devido às forças osmóticas, resultando na formação de uma abundante quantidade de fluido rico em potássio no túbulo. Esse fluido é isotônico em relação ao sangue, mas tem uma composição bastante diferente, que contrasta de forma surpreendente com o rim dos mamíferos, no qual o fluido urinário inicial é um ultrafiltrado do plasma sangüíneo.
Dentro do túbulo de Malpighi ocorre a modificação do fluido por processos secretórios, bem como reabsortivos, e a seguir há a passagem do fluido para o intestino posterior, onde os solutos e grande parte da água são reabsorvidos, ocorrendo a precipitação de ácido úrico (que faz parte do fluido na forma de urato de potássio hidrossolúvel). Isso facilita a subseqüente retirada de água, pois o ácido úrico precipitado não contribui para a atividade osmótica do conteúdo retal. Finalmente, o conteúdo remanescente no reto é expelido como urina misturada às fezes.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Composto da mostarda pode ajudar no combate ao câncer de bexiga


Plantas como a mostarda, a raiz-forte comum e a versão japonesa - que dá origem ao tempero wasabi - típico na culinária oriental - podem ter propriedades anti-câncer, segundo um estudo publicado na publicação científica "Carcinogenesis", da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Os autores, ligados a institutos de pesquisa sobre o câncer nos Estados Unidos, sugerem que uma substância presente nesses vegetais conhecida como isotiocianato de alila - composto responsável pelo sabor forte desses vegetais - pode ajudar no combate ao câncer de bexiga. Durante o estudo, feito em ratos, os cientistas notaram que o avanço da doença foi interrompido em 30% dos casos e a contaminação de outros órgãos por células cancerígenas (metástase) foi completamente impedida em todos as cobaias.
Plantas normalmente utilizam o isotiocianato de alila como uma arma para combater ameaças como insetos herbívoros. Na pesquisa, os ratos foram alimentados com pó de semente de mostarda. O tratamento durou três semanas. Os roedores com a dieta especial foram comparados com um grupo controle - que não recebeu nenhuma comida especial para combater o câncer. Apesar do trabalho não ser conclusivo sobre a aplicação direta dos benefícios da mostarda em humanos, os pesquisadores acreditam que outras pesquisas podem surgir para provar o benefício dos vegetais no combate ao câncer.
O isoticianato também aparece em outros vegetais do grupo conhecido como crucífero, dos quais os principais representantes são a couve-flor, o repolho, a couve e o brócolis. Segundo o Instituto Nacional do Câncer norte-americano, esta família de plantas possui propriedades capazes de reduzir o risco de câncer de cólon. Já o câncer de bexiga pode gerar a contaminação de outros órgãos em até 30% dos casos em humanos. Após as células cancerígenas se espalharem, o paciente normalmente precisa de um tratamento agressivo e, em alguns casos, remover a bexiga, com chances pequenas de sobrevivência.
Fonte: G1 Saúde, com informações do site Environmental Health News

terça-feira, 1 de março de 2011

Notificações de dengue mais que triplicaram em 2010

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre o avanço da dengue no Brasil mostram que o ano de 2010 apresentou mais que o triplo de notificações na comparação com 2009. Foram 999.688 relatos da doença no ano passado contra 323.876 no ano anterior. Segundo o ministério, os dados para 2010 são preliminares.
A região Sudeste foi a que apresentou o maior número de notificações no ano passado. Foram 473.994 relatos da doença no ano passado, contra 106.942 no ano anterior. Na região Sul, o número de relatos passou de 1.653 em 2009 para 42.707. O aumento menos expressivo foi no Nordeste, com 171.779 em 2010 contra 125.124 no ano anterior. As notificações não significam casos confirmados de dengue. Exames de contraprova são feitos em institutos de referência e descartam diagnósticos errados. As secretarias de saúde estaduais passam os dados locais sobre a doença para o ministério.
Óbitos
O número de óbitos por conta da dengue mais que dobrou na comparação entre os dois últimos anos. Em 2010, 572 morreram pela doença contra 226 em 2009. Segundo as informações preliminares do ministério, apenas os estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe não tiveram mortes no ano passado. São Paulo registrou o maior número de mortes: 136 em 2010, contra apenas 7 em 2009.
2011
O ministério também divulgou o número de notificações em 2011, referentes até o dia 28 de janeiro. Com 26.034 relatos da doença no país durante o primeiro mês do ano, a Região Norte aparece na frente com 10.471 notificações. O Sudeste vem em seguida, com 7.094. Entre os estados, o Acre já levanta 6.851 diagnósticos iniciais de dengue. Minas Gerais, com 3.058, Goiás, com 2.538 e Espírito Santo, com 2.205, aparecem na sequência.
Ainda em investigação, os óbitos registrados em 2011 por conta da doença chegaram a 12, cinco deles na Região Norte. Casos graves da doença chegaram a 101, com metade deles (51) sendo confirmados no Sudeste.
Fonte: G1 Saúde