"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Ponto Zero

Parece que os cientistas finalmente descobriram a origem da malfadada gripe suína...



Espanha registra primeiro caso de gripe suína em paciente que não foi ao México

A Espanha confirmou seu primeiro caso de gripe suína em uma pessoa que não esteve recentemente no México, foco da doença, informou nesta quarta-feira (29) a ministra da Saúde da Espanha, Trinidad Jiménez.A Espanha tem 10 casos confirmados e outros 53 sob investigação. Até agora, todos eram de pessoas que estiveram recentemente no México. Os seis casos confimados nesta quarta são todos da Catalunha, disse a ministra em audiência no Parlamento.
A transmissão da doença para uma pessoa que não esteve no foco da epidemia, como a ocorrida agora na Espanha, aumenta o temor de que ela se transforme em uma pandemia , com alcance mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde. Até agora, a OMS confirma 114 casos da doença em 11 países, com 7 mortes no México e 1 nos EUA .
Fonte: G1

Três pessoas da mesma família são monitoradas por suspeita de gripe suína em Santa Catarina

Três pessoas de uma mesma família de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, estão sendo monitoradas por suspeita de estarem com o vírus da gripe suína. Duas mulheres, mãe e filha, uma de 81 anos e outra de 53, estão no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis. Um homem de 65 anos, marido da paciente mais nova, está em casa em Itapema, em monitoramento. Mãe e filha estiveram em Curitiba e tiveram contato com um homem de cerca de 30 anos, um estudante brasileiro que vivia no México, e que também está sendo monitorado no Paraná por suspeita de ter contraído a doença.
A família teve contato com o homem entre os dias 8 e 13 de abril. O diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Luís Antônio da Silva, destaca que a família procurou se isolar das demais pessoas desde os primeiros sintomas. Os sintomas dos pacientes podem ser apenas de uma gripe comum, mas o monitoramento é feito porque os catarinenses tiveram contato com o caso suspeito. A mulher de 53 anos não apresenta mais nenhum sintoma de gripe. Apenas a paciente de 81 anos, que apresenta gripe e pneumonia, está em isolamento.
O material com a secreção nasal dos pacientes foi coletado e enviado para análise em um laboratório no Rio de Janeiro. O resultado deve sair em até quatro dias. Segundo relatos da família, o rapaz que morava no México apresentou febre, diarréia, vômito, dor generalizada e tosse ao embarcar para o Brasil.
A Secretaria de Saúde pede que qualquer cidadão que tenha contato com pessoas que estiveram no México e outros países de risco e apresente sintomas da gripe procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima. Em todo o país já chega a 20 o número de casos que estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde. Além de Santa Catarina, são observadas três pessoas no Amazonas, duas na Bahia, três em Minas Gerais, uma no Pará, quatro no Paraná, duas no Rio de Janeiro, e duas no Rio Grande do Norte.
Fonte: Diário Catarinense

terça-feira, 28 de abril de 2009

Mãe vende filha por R$ 10 para comprar drogas no Espírito Santo

Uma mulher vendeu a filha, de 9 meses, por R$ 10 em Vila Velha (ES), no domingo (26). Segundo a polícia, a mãe de 22 anos bateu na porta da casa de uma bancária e ofereceu a menina. Em depoimento, a bancária contou que a mulher parecia transtornada e dizia que precisava do dinheiro para comprar drogas. Ao perceber o risco que a criança corria, a bancária deu o dinheiro para ficar com a criança. Em seguida, acionou a polícia e denunciou a mãe, que foi presa. O bebê foi levado ao hospital, onde fez exames, e encaminhado depois para um abrigo municipal.
Os policiais que registraram a ocorrência disseram que ela chegou à delegacia sob efeito de drogas e não conseguiu prestar depoimento. O pai da criança disse que ficou surpreso com o que aconteceu. Ele disse que vai pedir a guarda da menina. O destino do bebê será decidido pela Justiça.
Fonte: G1 Notícias

Ministério da Saúde acompanha 11 possíveis casos de gripe suína no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou nota nesta segunda-feira (27) na qual diz que acompanha o estado de saúde de 11 pessoas que vieram dos países afetados pela gripe suína e que apresentaram alguns dos sintomas clínicos. Segundo o órgão, até agora, nenhuma dessas pessoas preenche a definição de “caso suspeito.” Segundo o ministério, são três casos em Minas Gerais; dois no Rio de Janeiro; dois no Amazonas; um no Rio Grande do Norte; um em São Paulo e um no Pará.
Até o momento, diz o órgão, não há evidências de que o vírus da gripe suína esteja circulando no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina utilizada na campanha nacional de vacinação contra a gripe não protege contra a influenza suína. A campanha é direcionada à população com mais de 60 anos.
Na nota, o ministério afirma que a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou os critérios de definição de caso suspeito: febre repentina, superior a 38ºC, acompanhada de tosse, dificuldade respiratória, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações –fatores que podem ser combinados ou não- e ter como procedência o México ou áreas atingidas pelo vírus nos EUA e no Canadá nos últimos dez dias.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Médicos de família comemoram 25 anos no GHC

Há 25 anos atuando no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Airton Stein, Cristina Lemos, Elizabeth Wartchow, Hermes Cattani, Jose Mauro Lopes, Luiz Felipe Mattos, Maria Tereza Pinho e Wanda Leite comemoraram a evolução da Unidade de Medicina de Família do Grupo com um vídeo sobre o assunto. De acordo com o Dr. Jose Mauro Lopes, a data é lembrada com carinho pelos colegas. “Passamos por experiências boas e ruins durante esse período, mas valeu a pena", afirma. Assista ao vídeo no site https://correio.univali.br/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.youtube.com/watch?v=baqOZSlN5_o.

Gripe suína - perguntas e respostas

O que é gripe suína?
A gripe suína ou gripe porcina é uma doença respiratória altamente contagiosa e aguda que aflige os porcos, causada por um entre os diversos vírus suínos de Influenza Tipo A. A incidência tende a ser elevada e a mortalidade baixa (entre 1% e 4%). O vírus é difundido entre os porcos por aerossóis e contato direto e indireto, e existem porcos portadores assintomáticos. Os surtos entre os porcos acontecem ao longo de todo o ano, com incidência ampliada no verão e inverno, nas zonas temperadas. Muitos países vacinam as populações de porcos rotineiramente contra a gripe suína.
Os vírus da gripe suína são mais comumente do subtipo H1N1, mas outros subtipos também estão em circulação na população de porcos (entre os quais o H1N2, H3N1, H3N2). Os porcos também podem ser infectados por vírus da gripe aviária e vírus da gripe sazonal humana, além dos vírus de gripe suína. O vírus suíno H3N2, ao que se acredita, foi originalmente introduzido nas populações porcinas pelo contato com os seres humanos.
Os porcos ocasionalmente podem estar infectados com mais de um vírus ao mesmo tempo, o que acarreta a possibilidade de que os genes desses diferentes vírus se misturem. Isso poderia resultar em um vírus de gripe que contenha genes originários de diversas fontes, o que é definido como um vírus "recombinante". Ainda que os vírus da gripe suína normalmente sejam específicos da espécie e apenas infectem porcos, ocasionalmente cruzam a barreira entre espécies e podem causar a doença a seres humanos.

Quais são suas implicações para a saúde humana?
Surtos e infecção esporádica de seres humanos por gripe suína foram reportados ocasionalmente. Em geral, os sintomas clínicos são semelhantes aos da gripe sazonal, mas as formas de apresentação clinicamente reportadas variam amplamente, de infecções assintomáticas a severa pneumonia que pode resultar em morte.
Já que a apresentação clínica típica da infecção por gripe suína em seres humanos se assemelha à gripe sazonal e a outras infecções agudas do aparelho respiratório superior, a maior parte dos casos foram detectados por acaso, por meio de sistemas de vigilância contra a gripe sazonal. Casos amenos ou assintomáticos podem ter escapado a detecção, e portanto não se conhece ao certo a dimensão que essa doença atinge entre os pacientes humanos.

Onde já ocorreram casos humanos?
Desde a implementação da norma IHR(2005), em 2007, a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi notificada sobre casos de gripe suína pelos Estados Unidos e pela Espanha.

Como as pessoas são infectadas por ela?
As pessoas em geral contraem a gripe suína de porcos infectados; no entanto, alguns dos casos humanos não envolviam uma história de contato com porcos ou ambientes nos quais porcos pudessem ter estado presentes. Ocorreram alguns casos de transmissão direta entre seres humanos, mas eles estão limitados a ambientes de estreito contato e a grupos isolados de pessoas.

É seguro comer carne de porco e derivados?
Sim. Não existem indicações de que a gripe suína seja transmissível a pessoas que consumam carne de porco devidamente manuseada e preparada, ou outros derivados de carne de porco. O vírus da gripe suína é morto pelas temperaturas normais de cozimento, da ordem de 70 graus, que correspondem à orientação normal quanto ao preparo de carnes, de porco ou outras.

Que países já foram afetados pela doença?
A gripe suína não é uma doença de notificação obrigatória sob as normas da Organização Mundial da Saúde Animal (www.oie.int), e portanto sua distribuição internacional não é bem conhecida. A doença é considerada endêmica nos Estados Unidos. Surtos entre porcos também já aconteceram na América do Norte e do Sul, Europa (incluindo Reino Unido, Suécia e Itália), África (Quênia) e em certas porções do leste asiático, entre as quais China e Japão.

E quanto ao risco de uma pandemia?
É provável que a maioria das pessoas, especialmente aquelas que não têm contato regular com porcos, não sejam imunes aos vírus da gripe suína que poderiam prevenir uma infecção viral. Caso o vírus suíno venha a estabelecer um percurso de transmissão eficiente de humano a humano, poderia causar uma pandemia de gripe.
O impacto de uma pandemia causada por vírus como esse é difícil de prever: depende da virulência do vírus, da imunidade existente entre as pessoas, da proteção cruzada por meio de anticorpos adquiridos com as infecções sazonais de gripe, e de fatores de hospedagem. Os vírus da gripe suína podem gerar um vírus híbrido, pela combinação com o vírus da gripe humana, e isso também poderia causar uma pandemia.

Existe vacina humana que proteja contra a gripe suína?
Não. Os vírus da gripe mudam com grande rapidez e a equivalência precisa entre a vacina e os vírus em circulação é muito importante para oferecer imunidade protetora adequada às pessoas vacinadas. É por isso que a OMS precisa selecionar vírus para vacinas duas vezes ao ano, como forma de proteção contra a gripe sazonal ¿uma no inverno do hemisfério norte e outra no inverno do hemisfério sul.
As atuais vacinas contra a gripe sazonal produzidas com base em recomendação da OMS não contêm vírus de gripe suína. Não se sabe se as vacinas sazonais podem oferecer proteção cruzada contra infecção por vírus de gripe suína nos Estados Unidos e no México. A OMS está trabalhando em estreito contato com suas instituições parceiras para desenvolver novas recomendações sobre o uso da vacina contra a gripe sazonal na prevenção da infecção por gripe suína. Esta seção será atualizada à medida que surgirem novas informações.

Que remédios estão disponíveis para tratamento?
Remédios antivirais para gripe sazonal estão disponíveis em alguns países, e previnem e tratam a doença de maneira efetiva. Existem duas classes de medicamentos como esses: os adamantanes (amantadine e remantadine) e os inibidores da neuraminidase da gripe (oseltamivir e zanamivir).
Na maioria dos casos anteriormente reportados de gripe suína, os pacientes se recuperaram plenamente da doença sem requerer atenção médica e sem medicamentos antivirais.
Alguns vírus de gripe desenvolvem resistência a medicamentos antivírus, o que limite a eficácia da profilaxia química e do tratamento. Vírus obtidos de recentes casos humanos de gripe suína nos Estados Unidos se provaram sensíveis ao oseltamivir e ao zanamivir, mas resistentes ao amantadine e remantadine.
Não existem informações suficientes para fazer recomendações quanto ao uso de antivirais na prevenção e tratamento de infecções por gripe suína. Os clínicos precisam tomar decisões com base em avaliações clínicas e epidemiológicas, e no custo/benefício da profilaxia/tratamento do paciente.
No que tange ao atual surto de infecção por gripe suína no México e Estados Unidos, as autoridades nacionais e locais estão recomendando o uso de oseltamivir ou zanamivir para tratamento e prevenção da doença, com base no perfil de suscetibilidade do vírus.

O que devo fazer se estou em contato regular com porcos?
Ainda que não existam claras indicações de que os casos humanos atuais de infecção por gripe suína estejam relacionados a eventos de doenças assemelhadas à gripe em porcos, seria aconselhável minimizar o contato com porcos doentes e reportar esses animais às autoridades de saúde relevantes.
A maior parte das pessoas é infectada por meio de contato prolongado e próximo com porcos infectados. Boas práticas higiênicas são essenciais em todos os contatos com animais e especialmente importantes durante o abate e manuseio pós-abate, a fim de impedir exposição a agentes patológicos. Animais doentes ou animais que morreram de doenças não devem ser submetidos a procedimentos de abate. As recomendações das autoridades nacionais de saúde devem ser seguidas.
Não há prova de que a gripe suína seja transmissível a pessoas que comam carne de porco e outros derivados porcinos devidamente manuseados e preparados. O vírus da gripe suína é morto por temperaturas de cozimento da ordem de 70 graus, que correspondem aos métodos normais de cozinhar carnes, de porco e outras.

Como posso me proteger contra infecção por gripe suína devido a contato com pessoas contaminadas?
No passado, as infecções humanas por gripe suína eram em geral amenas, mas se sabe que elas já causaram diversas doenças, como a pneumonia. Para os atuais surtos nos Estados Unidos e México, porém, o quadro clínico se provou diferente. Nenhum dos casos confirmados nos Estados Unidos sofria da forma severa da doença e os pacientes se recuperaram dela sem recorrer a cuidados médicos. No México, alguns pacientes supostamente sofrem da variedade severa da doença.

Para se proteger, siga as práticas preventivas normais contra a gripe:
Evite contato próximo com pessoas que pareçam doentes, com febre e tosse.
Lave as mãos com água e sabão, frequente e cuidadosamente.
Pratique hábitos de boa saúde, entre os quais dormir devidamente, comer alimentos nutritivos e se manter ativo fisicamente.

Se houver alguém doente em sua casa:
- Tente manter a pessoa em uma seção separada da casa; caso isso não seja possível, mantenha o paciente a pelo menos um metro de distância dos demais moradores.
- Cubra o nariz e a boca ao prestar assistência ao doente. Máscaras podem ser adquiridas comercialmente ou improvisadas com materiais facilmente disponíveis, desde que sejam jogadas fora ou lavadas devidamente.
- Lave suas mãos com água e sabão, cuidadosamente, depois de cada contato com a pessoa doente.
- Tente melhorar o fluxo de ar na área em que a pessoa doente está acomodada. Use portas e janelas para aproveitar as brisas.
- Mantenha um ambiente limpo, com produtos de limpeza domésticas comuns.
- Caso você viva em um país onde a gripe suína afetou seres humanos, siga as recomendações adicionais das autoridades locais de saúde.

O que devo fazer se acredito estar sofrendo de gripe suína?
Se você não se sente bem e apresenta febre alta, tosse e/ou dor de garganta:
- Fique em casa e afastado do trabalho, da escola ou de lugares movimentados, na medida do possível.
- Repouse e consuma muitos fluidos.
- Cubra a boca e o nariz com lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, e jogue fora cuidadosamente os lenços de papel usados.
- Lave as mãos com água e sabão cuidadosa e frequentemente, especialmente depois de tossir ou espirrar.
- Informe sua família e amigos sobre a doença, e peça ajuda para tarefas caseiras que requerem contato com terceiros, por exemplo ir às compras.

Caso você precise de cuidados médicos:
- Contacte seu médico ou serviço de saúde antes de ir ao local, e informe-os sobre os sintomas. Explique por que imagina estar com gripe suína (por exemplo, por conta de uma viagem recente a um país no qual haja surto humano de gripe suína). Siga as recomendações de tratamento que receber.
- Se não puder contactar o serviço de saúde com antecedência, comunique sua suspeita de que está sofrendo de gripe suína assim que chegar ao local.
- Mantenha o nariz e a boca cobertos durante o percurso até lá.

Fonte: OMS - Organização Mundial da Saúde

domingo, 26 de abril de 2009

Hospital em São Paulo examina suspeita de gripe suína no País

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, confirmou neste domingo a ocorrência da suspeita do primeiro caso de gripe suína no Brasil. Um mexicano com cerca de 30 anos deu entrada ontem no hospital com alguns dos sintomas da doença, segundo o médico do Instituto, Edmilson Calore, que examinou o paciente neste domingo.
"O paciente apresenta um quadro gripal, mas os exames radiológicos do tórax não sinalizaram algo mais grave. Provavelmente este paciente não está com a gripe suína", explicou o especialista.
Por precaução, o mexicano, cujo nome não pode ser revelado, está isolado na unidade terapia intensiva (UTI) para a realização de novos exames. "O paciente deve permanecer mais alguns dias na UTI em razão da epidemiologia do caso", disse Calore. Segundo o médico, o paciente apresentou os sintomas da gripe no Brasil. "Entre a contaminação e o desenvolvimento dos sintomas, transcorre certo tempo. Os sintomas apareceram aqui no Brasil", afirmou.
De acordo com o médico, há informações de que o paciente esteve na Cidade do México antes de embarcar para o Brasil - a capital mexicana é uma das cidades que têm apresentado o maior número de vítimas e suspeitos da gripe suína. Segundo informações das autoridades mexicanas, há registros de 1,3 mil casos da doença em todo o México desde 13 de abril, com até 81 mortos.
Além desse paciente já em avaliação, Calore relatou que há uma suspeita de um segundo caso de gripe suína. Segundo o médico, o paciente está sendo trazido neste momento para o hospital, mas, por enquanto, não há informações detalhadas sobre este novo caso.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Você conhece o teste do olhinho?

Não é de estranhar que pouca gente tenha ouvido falar nesta doença, afinal, ela atinge apenas 400 crianças brasileiras anualmente. Mas não é por isso que o retinoblastoma merece menos atenção. Ao contrário: perceber que o problema se instalou nos olhos do seu filho é essencial para preservar a visão dele. E não é nada complicado flagrar esse tumor. Antes de descobrir como diagnosticá-lo, saiba que o retinoblastoma é um tumor maligno que surge na retina – ele pode estar presente quando a criança nasce ou surgir até o terceiro ano de vida. “Após os quatro anos, o risco cai muito. São raros os casos”, ressalta Sidenei Epelman, presidente da Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca). Para detectá-lo ainda na maternidade, é importante fazer o teste do reflexo vermelho – também conhecido como teste do olhinho – logo que o bebê chega ao mundo. O médico projeta um feixe de luz sobre os olhos da criança e observa se algum empecilho bloqueia o trajeto do raio. É simples, rápido e indolor. Caso a doença se desenvolva depois de alguns meses, um exame de fundo de olho, realizado pelo oftalmologista, poderá diagnosticá-la. Mas importante mesmo é que os pais estejam atentos. Esse câncer dá um sinal perceptível a olho nu: um reflexo branco na pupila, chamado de leucocoria, o popular olho de gato. Ele pode aparecer em um olho só ou nos dois – tirar uma fotografia da criança ajuda a enxergá-lo. “Outros sintomas que podem estar relacionados ao retinoblastoma são o estrabismo e os olhos vermelhos”, aponta Sidnei Epelman. Segundo o especialista, é preciso que os pais mantenham os olhos abertos e levem a criança ao oftalmologista. “O diagnóstico precoce pode evitar a perda da visão”, alerta.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Uma criança morre e quatro ficam internados com suspeita de botulismo em Alagoas

Uma criança morreu no Hospital Geral de Maceió, no sábado (18), com suspeita de botulismo, uma intoxicação provocada por bactéria presente em alimentos. Outros quatro membros da mesma família, permanecem internados. São crianças e adolescentes.
A criança que morreu, de 6 anos, foi internada no hospital junto com os outros familiares, na madrugada de sábado. De acordo com a assessoria do hospital, a suspeita é que, na sexta-feira (17), as vítimas tenham comido sardinha enlatada, que poderia estar contaminada com a bactéria.
Uma criança de 8 anos e dois adolescentes, de 12 e 14 anos, seguem internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Um adolescente de 17 anos está na chamada “área vermelha” do hospital, que atende aos casos mais graves, e espera por vaga na UTI. Todos eles foram medicados com soro contra a bactéria, segundo a assessoria do hospital. Ainda de acordo com a assessoria, os quatro pacientes e a menina que morreu apresentaram sintomas semelhantes e típicos de intoxicação por botulismo, dentre os quais fraqueza muscular, visão turva e dupla, palidez, vômito e dispneia.
Amostras biológicas dos pacientes foram coletadas pelo Laboratório Central (Lacen) e devem ser enviadas para laboratórios de referência para investigar a hipótese de botulismo. Segundo a diretora do Lacen, Telma Pinheiro, também foram colhidas amostras do lixo da família que devem ser enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mozart - a grande turnê

A grande turnê da família Mozart (1763-1766) foi uma longa viagem por volta das capitais e das principais cidades da Europa ocidental feita por Leopold Mozart, sua esposa Anna Maria e seus filhos superdotados: Maria Anna (Nannerl) e Wolfgang Amadeus. Leopold era um dos músicos da corte do Príncipe-Arcebispo de Salzburgo, e em 1763 já ocupava o cargo de Mestre de Capela.
Ao obter uma licença profissional, o professor de piano pôde se ausentar do posto para apresentar ao resto do mundo o talento precoce de seus filhos, com idades entre os sete e onze anos, respectivamente. O dote musical dos irmãos, contudo, já tinha sido revelado durante suas visitas em Munique e em Viena em 1762, onde tocaram perante a Imperatriz Maria Teresa e arrecadaram uma soma considerável de dinheiro. As oportunidades sociais e pecuniárias que a longa viagem poderia fornecer, tendo como palco as maiores cortes da Europa, complementaram aquilo que Leopold via como uma obrigação: apresentar suas milagrosas crianças ao mundo inteiro.
O itinerário da turnê levou a família de Munique e Frankfurt a Bruxelas. De lá, viajaram para Paris e, após uma estadia de cinco meses na capital francesa, partiram para Londres, onde permaneceram por longos quinze meses. Em Londres, Wolfgang conheceu alguns dos principais músicos da época, ouviu muita música, e compôs suas primeiras sinfonias. Depois, a família foi para os Países Baixos, onde uma doença afetou tanto Wolfgang quanto Nannerl e fez com que alguns concertos fossem interrompidos, embora nessa fase o irmão de Anna continuasse a compor prolificamente. A viagem pela Europa integrou uma segunda parada em Paris e uma viagem através da Suíça, antes da família regressar para Salzburgo, em novembro de 1766.
Onde quer que passavam, as concertos dos dois irmãos gerava muito espanto e centenas de comentários. Embora as recompensas materiais da jornada não tenham sido substanciais a ponto de transformarem a vida da família — Leopold continuou a serviço do Príncipe-Arcebispo — a viagem permitiu às crianças a experiência de vivenciar por completo o mundo musical cosmopolita, receber uma excelente educação e, no caso de Wolfgang, continuar durante os seis anos posteriores diversas viagens de acesso fácil e com um certo prestígio.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Cefaléia Tensional

Definição
É um problema semelhante à enxaqueca e, segundo alguns estudos, até mais freqüente que ela. Há duas modalidades principais: a episódica e a crônica. No primeiro caso, o paciente tem menos que quinze crises por mês; no segundo, mais de quinze por mês, e pode até sofrê-las diariamente. Cada crise pode durar de três horas a dias.A crise não é precedida de aura. Em geral, a dor se manifesta na forma de uma pressão ou aperto e, em seu auge, pode ser latejante como na enxaqueca. Alguns pacientes referem náuseas, mas em regra elas não ocorrem, como também não ocorrem vômitos ou fotofobia (aversão à luz). Em alguns casos, a pessoa sofre durante a crise uma contração de músculos da nuca ou de outros em torno do crânio.
Causa
Ainda não se definiram bem os mecanismos que a produzem, embora alguns estudos tenham indicado, entre eles, alterações da função das plaquetas sanguíneas, alterações de serotonina e mesmo alterações do fluxo sanguíneo cerebral.Embora ao longo dos anos essas modificações orgânicas tenham sido atribuídas à tensão emocional, o que explica o nome “cefaléia tensional”, nem sempre os pacientes identificam um estado emocional desse tipo que tivesse tido intensidade excessiva a ponto de precipitar a crise. Algumas pessoas relatam que esta ocorre após terem permanecido durante muito tempo numa posição corporal forçada.
Prevenção
Os remédios são os mesmos empregados na prevenção da enxaqueca, destacando-se em especial a amitriptilina e a fluoxetina. Às vezes, no conjunto das medidas preventivas, indica–se também a psicoterapia e práticas de relaxamento.
Tratamento
O tratamento das crises é feito com analgésicos e antiinflamatórios e, se for o caso, com a correção de posições inadequadas do corpo.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pimentão contém alto índice de resíduos tóxicos, constata Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quarta-feira (15) os resultados do seu Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos em Alimentos (Para). O pimentão foi considerado o alimento que apresentou pior resultado, com 65% das amostras com índices insatisfatórios.
Morango, uva e cenoura também apresentaram resultados insatisfatórios, em mais de 30% das amostras. Já o arroz e o feijão resultados considerados positivos, com 4,41% e 2,92% de amostras insatisfatórias, respectivamente.
Foram analisados 1.773 amostras de 17 alimentos. No total, 15,29% estavam irregulares quanto aos resíduos de agrotóxicos.
A Anvisa considera o resultado insatisfatório quando o alimento apresenta índices de resíduos agrotóxicos acima dos permitidos, ou quando detecta que foram usados venenos proibidos para aquele tipo de cultura.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que ele próprio já cortou o consumo de alguns dos alimentos com maiores índices de contaminação e que a população deve dar preferência aos produtos da época, que necessitam de menos pesticidas na hora de serem produzidos.
O ministro ressaltou que o estudo não indica que todos os produtos estão contaminados, variando entre os Estados e as amostras. "A pesquisa alerta para que a população saiba que produtos estão mais seguros e para que os produtores sigam as boas práticas de plantio e as recomendações das autoridades sanitárias", afirmou.

Queda

Nas amostras de tomates, o percentual de irregularidades baixou de 44,72% para 18,27%, entre 2007 e 2008. Já para a batata, a queda foi de 22% para 2%, entre 2002 e 2008, e, para a banana, de 6,53% para 1,03%, no mesmo período.

Cuidados

Para reduzir o consumo de agrotóxico em alimentos, a Anvisa alerta que o consumidor deve optar por produtos com origem identificada. Isso aumenta o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos alimentos, com adoção de boas práticas agrícolas, segundo a agência.É importante, ainda, que a população escolha alimentos da época ou produzidos por métodos de produção integrada (que a princípio recebem carga menor de agrotóxicos). Alimentos orgânicos também são uma boa opção, pois não utilizam produtos químicos para serem produzidos.Os procedimentos de lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras ajudam na redução dos resíduos de agrotóxicos presentes nas superfícies dos alimentos.A análise completa pode ser conferida no site da Anvisa.
*Com informações da Agência Brasil

Fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2009/04/15/ult4477u1537.jhtm .
acessado em 15/04/09.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Consequências da sepse causam maioria de mortes no pós-operatório

Devido aos avanços da medicina e ao envelhecimento da população, a proporção de pacientes em risco de morte após cirurgias está aumentando. Estudo aponta que, entre os pacientes não-cardíacos que foram para a UTI depois de sofrer cirurgias de grande porte e de urgência, há um alto índice de complicações, 38,3%, e uma taxa geral de mortalidade de 15%.
O trabalho, realizado com 587 pacientes, em 21 UTIs brasileiras de 18 instituições (oito de hospitais públicos e dez de privados), O trabalho, realizado com 587 pacientes, em 21 UTIs brasileiras de 18 instituições (oito de hospitais públicos e dez de privados), foi coordenado pela Dra. Suzana Lobo (coordenadora do Serviço de Terapia Intensiva - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e professora adjunta do Departamento de Medicina Interna) e está na última edição da Revista Brasileira de Terapia Intensiva, publicação da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
Complicações no pós-operatório são fonte importante de morbidade e mortalidade para pacientes submetidos à cirurgia não-cardíaca. O estudo apontou que 24,7% dos pacientes foram atingidos por infecção. As nosocomiais mais frequentes foram pneumonias (10%), abdominal (5,6%), infecção do local da cirurgia (5,1%), infecção do trato urinário (1,7%) e infecção de corrente sanguínea relacionada ao cateter (1%).
A complicação mais frequente foi sepse afetando 22,9% da população global, sendo 95% de sepse grave ou choque séptico, e 73% dos que foram a óbito, causado, na grande maioria, por disfunção de múltiplos órgãos (DMOS). A doença é o maior problema de saúde pública das UTI brasileiras, cujas taxas de mortalidade variam de 47% a 52%, e tem uma incidência ainda mais alta, de 28%, nos pacientes que se submeteram a operações intra-abdominais.
A falha de extubação foi a segunda complicação mais comum (10%). O estudo indica que, nesses casos, a taxa de mortalidade foi quase cinco vezes mais alta em comparação aos pacientes que não tiveram essa ocorrência.Falhas de extubação, frequentemente, resultam em 12 dias adicionais de ventilação mecânica e em mortalidade mais alta.
A terceira complicação pós-operatória de mais incidência, com 8%, foi disfunção gastrointestinal (DGI), que representa um problema clínico relevante, seguido por uma mortalidade maior, permanência mais longa na UTI e ventilação mecânica. Todavia, a falta de consenso na definição de DGI é um dos mais importantes fatores limitantes da pesquisa nesta área.
MortalidadeA taxa geral de mortalidade foi de 15%. Os índices globais de mortalidade hospitalar foram de 16,7% até 30 dias, 19,7% até 60 dias e 20,3% até 90 dias após a cirurgia, sendo que um total de 94% dos pacientes que foram a óbito após a intervenção apresentavam um número significativo de comorbidades no momento da cirurgia.
No caso de pacientes que morreram, 66% foram submetidos a cirurgias de urgência; 70% tinham mais de 60 anos e 46% tinham acima de 70 anos. Dentre eles, 30% tinham diabetes e 21% estavam subnutridos. Do total, 69,3% dos pacientes tiveram choque séptico, 29,5% pneumonia, 23,8% tiveram DGI, 19,3% tinham sangramento grave e 18% edema pulmonar.
As principais causas de morte na UTI foram disfunção de múltiplos órgãos (DMOS) em 64% dos pacientes; morte súbita em 14,9% e choque refratário em 6,8%. As taxas de mortalidade foram três vezes mais altas para cirurgias de grande porte do que para cirurgias moderadas em pacientes com duas ou menos condições pré-existentes, como hipertensão e cardiopatia.
Segundo Ederlon Rezende, um dos autores do estudo, as reservas fisiológicas comprometidas, associadas com cirurgias extensas, seguidas por DMOS, cuja recuperação é prolongada, parece ser a marca dos pacientes de alto risco. "A fim de melhorar significativamente a sobrevida, é necessária uma abordagem bem orquestrada e multidisciplinar com ênfase em prevenção de complicações e suporte de órgãos", complementa.
Fonte: Assessoria de imprensa da AMIB

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Médicos descobrem árvore crescendo em pulmão de paciente

Cirurgiões na Rússia acreditavam que iriam retirar um tumor do pulmão de um paciente de 28 anos. No entanto, eles encontraram uma planta - de cerca de 5 centímetros - crescendo no interior do órgão do paciente. O incidente ocorreu na região dos Urais, segundo o diário "Komsomolskaya Pravda". Artyom Sidorkin reclamava de dor no peito e relatava aos médicos que tossia sangue. "Quando me disseram que haviam encontrado uma árvore no meu pulmão, pisquei e acreditei que estava delirando", conta Sidorkin. Os médicos acreditam que Sidorkin tenha inalado uma semente de um abeto - uma árvore conífera comum na América do Norte, Ásia e Europa -, que depois começou a brotar em seu pulmão.

Inscrições para o concurso de especialista em MFC e para residência em MFC

Interessados no concurso de especialista em Medicina de Família e Comunidade, a ser realizado em 31 de maio, deverão ter pelo menos quatro anos de experiência ou ter concluído a residência médica na área, em curso credenciado pelo Ministério da Educação (MEC). As inscrições serão feitas até 15 de abri pelo site https://ssl664.websiteseguro.com/sbmfc/site/insc_prov_titulo_2009/fichainscricao.asp. Mais informações, clique em www.sbmfc.org.br ou pelo email temfc@amrigs.org.br.

Os candidatos interessados no Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, oferecido pela Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, terão até 14 de abril para realizarem as inscrições. Os candidatos deverão ter concluído a graduação e estarem inscritos no Conselho Regional de Medicina (CRM). Para se inscrever, acesse www.uniplac.net/residenciamedica/.

sábado, 11 de abril de 2009

Como era a pessoa de Jesus Cristo

O governador da Judéia, Públius Lentulus, ao César Romano:
Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.
Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas. Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos. É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
A sua cabeleira tem, até as orelhas, a cor das nozes maduras e daí aos ombros tingem-se de um louro claro e brilhante; divide- a uma risca ao meio, à moda nazarena. A sua barba, da mesma cor da cabeleira e encaracolada, não é longa e também repartida ao meio. Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face.
Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar. Até nos rigores é afável e benévolo. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando. As suas mãos são belas como seus braços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora. Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestissimamente vestido. O seu porte é muito distinto. É belo. Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país.
Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei. Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências. Anda descalço e de cabeça descoberta. Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que, porém, se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no.
Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César. Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa.
(A descrição acima foi traduzida de uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma. Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério. O texto original encontra-se na Biblioteca do Vaticano. Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa do Senhor Jesus.)
Do blog do Aderbal Machado.

Feliz Páscoa

Este blog deseja aos alunos e leitores uma FELIZ PÁSCOA!!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A vida dos fumantes só piora

A vida de quem fuma só piora no Brasil e no mundo. Mas agora, em São Paulo, fumar virou um inferno. A partir de agora, será proibido acender cigarros, cachimbos e charutos em qualquer ambiente público fechado em todo o estado. Isso significa que: 1) restaurantes não poderão mais ter alas para fumantes; 2) bares terão de aposentar seus cinzeiros; 3) hotéis passarão fiscalizar seus hóspedes; e 4) empresas serão obrigadas a fechar as acinzentadas salinhas conhecidas como fumódromos. Quem quiser dar suas tragadas, só poderá fazê-lo em casa, no carro ou ao ar livre.
A nova regra foi uma iniciativa do governador José Serra, do PSDB, o maior expoente da luta contra o fumo no país. Quando esteve no Ministério da Saúde, Serra (que não esconde de ninguém que detesta o cheiro de cigarro) baniu a propaganda de tabaco da televisão e obrigou os fabricantes a expor nos maços imagens chocantes, que mostram os malefícios do hábito.
À frente do governo paulista, Serra já havia tomado medidas domésticas contra a fumaça. Em 2007, ele não apenas acabou com os fumódromos do Palácio dos Bandeirantes como baniu o tabaco de toda a área interna e externa do local, incluindo jardim e estacionamento. Quem quer fumar um cigarro precisa andar 500 metros, cruzar o portão e sair para a rua. "Quando chove é pior, porque a gente precisa usar o guarda-chuva para chegar lá", conta Ricardo Meyer, funcionário da Casa Civil do governo. "Ficou tão difícil fumar que até decidi parar", diz ele.
Tendência – Quem considera a lei exagerada deve saber que São Paulo apenas se alinha a uma tendência mundial. Em Londres, desde o ano passado não se pode fumar em espaços fechados, como pubs, cafés, restaurantes e escritórios. Lá, também foram extintos os fumódromos. Em Nova York, já é proibido fumar em lugares fechados desde 2003. No estado americano da Califórnia, a lei é ainda mais dura. Há mais de um ano, é vetado fumar dentro dos carros se um dos passageiros tiver menos de 18 anos. Na cidade de Belmont, também na Califórnia, a restrição chega aos lares. Não se pode acender cigarros em apartamentos que dividam chão, teto ou parede com outros. Os fumantes americanos têm outro problema para se preocupar: eles pagam, em média, 25% a mais pelo plano de saúde, já que o cigarro está associado a um sem-número de doenças.
O caso mais radical é o do Butão, pequeno país espremido entre a Índia e a China, que simplesmente baniu a venda de tabaco em 2004. A brasa do tabagismo está se apagando mundo afora. E a maioria não-fumante não quer deixar que ela seja reavivada.
Fonte: Veja.com

A Ressurreição de Cristo

Ressurreição de Cristo é uma pintura a óleo sobre madeira do mestre do renascimento italiano Rafael Sanzio. A obra é uma das primeiras pinturas conhecidas do artista, executada entre 1499 e 1502. É provável que seja um elemento de uma predela, tendo-se aventado a hipótese de o painel ser uma das obras remanescentes do retábulo da igreja de San Nicola da Tolentino, a primeira encomenda documentada de Rafael (seriamente danificada por um sismo em 1789, e cujos fragmentos encontram-se hoje dispersos em museus da Europa).
A Ressurreição de Cristo é uma das primeiras obras conservadas de Rafael em que já se prenuncia a natureza dramática de seu estilo compositivo, em oposição à poética branda de seu mestre,
Pietro Perugino. A composição, extremamente racional, é regida por uma complexa geometrização ideal, que interliga todos os elementos da cena e lhe confere uma peculiar animação rítmica, transformando as personagens do painel em co-protagonistas de uma única "coreografia". É possível notar na pintura a influência estética de Pinturicchio e Melozzo da Forlì, embora a orquestração espacial da obra, tendente ao movimento, permita supor o conhecimento por parte de Rafael do ambiente artístico florentino, já por volta de 1500.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Uma história de dedicação e sucesso

Como Santa Catarina se transformou no estado brasileiro com o maior número de doadores efetivos de órgãos
Eram 4h20 da tarde de 21 de julho de 2001 quando a dona de casa catarinense Margarida Fritzke recebeu a notícia de que sua filha, Raquel, entrara em morte encefálica. Aos 20 anos, a moça não resistiu a uma cirurgia no cérebro para a retirada de um tumor na glândula hipófise. Ao comunicado de que os órgãos da jovem poderiam ser doados e, dessa forma, salvar vidas, a mãe manteve-se inflexível e irredutível: "Ninguém mexe em minha filha. Ela será enterrada inteira". Seis anos e quatro meses se passaram e o que parecia improvável aconteceu. Num exame de rotina, aos 15 anos, Denis, o segundo filho de Margarida, foi diagnosticado com um tumor raro de fígado. Diante da constatação dos médicos de que só um transplante salvaria o menino, a mãe desabou: "Percebi ali o enorme erro que havia cometido ao me recusar a doar os órgãos de Raquel. Cheguei a pensar que eu não merecia a chance de salvar meu filho. Luto todos os dias para não me deixar dominar pela culpa". Inscrito na fila para a recepção de um fígado, Denis foi operado em apenas quinze dias. Se a família Fritzke não morasse em Santa Catarina, Margarida provavelmente teria perdido seu outro filho por falta de doadores. Nos demais estados brasileiros, a espera por um fígado varia de um a dois anos, e Denis tinha, conforme os prognósticos mais otimistas, apenas três meses de vida.
O sistema de transplantes de Santa Catarina é exemplar. O número de doadores efetivos do estado é o mais alto do país. Santa Catarina fechou 2008 com 16,7 doadores por milhão de habitantes, enquanto a média nacional é de minguados sete doadores por milhão de habitantes. Por doador efetivo entenda-se o corpo pronto para a retirada dos órgãos, quando já foram vencidas todas as etapas do processo de captação – do diagnóstico de morte encefálica à manutenção do corpo na UTI, passando pela autorização familiar. "Ninguém morre numa fila de espera por falta de médicos, hospitais ou remédios", diz Joel Andrade, coordenador da Central de Transplantes de Santa Catarina. "Morre-se por falta de órgãos." No caso específico do fígado, a morosidade da fila é ainda mais perniciosa. "Dias a mais de espera costumam ser determinantes", afirma o cirurgião hepático Julio Cesar Wiederkehr, do Hospital Santa Isabel, em Blumenau. "Não há tratamentos paliativos para quem chegou ao ponto de precisar de um transplante hepático." Como em Santa Catarina a fila por um fígado é mais veloz do que no resto do país, o estado se tornou o campeão nacional dos transplantes hepáticos.
Tal velocidade fez com que vários pacientes optassem por esperar um novo órgão em Santa Catarina. Há duas condições para que uma pessoa se candidate a um transplante: ela só pode estar inscrita na lista de um hospital e morar num raio de até 60 quilômetros do local onde ocorrerá a cirurgia. Em janeiro passado, a professora Olga Marcondes, em companhia do marido, Ernizio, deixou a casa, os três filhos e o neto em São Paulo e mudou-se para um flat na cidade de Blumenau, o principal centro catarinense transplantador de fígado. Aos 56 anos, vítima de uma cirrose autoimune, ela ingressou na fila dos transplantes paulista em 2005. "Até outubro do ano passado, no entanto, o pessoal de São Paulo não era capaz de me dar uma previsão de quando chegaria a minha vez de ser operada." A expectativa é que ela receba um novo fígado em julho, no máximo. Assim como Olga, 10% dos 100 pacientes na lista catarinense são "estrangeiros".
Até cinco anos atrás, Santa Catarina era apenas mais um estado brasileiro a sofrer com a falta de doadores e as dificuldades de captação e distribuição de órgãos. Em 2004, o número de doadores era de sete por milhão de habitantes, o equivalente à média brasileira. A reviravolta começou a partir do momento em que os coordenadores da central de transplantes decidiram colocar equipes especializadas em captação de órgãos nos hospitais com centros de neurologia, justamente para onde são encaminhados os pacientes em morte encefálica. Determina a lei federal que todo hospital com mais de oitenta leitos deve ter uma comissão com foco na doação. Hoje, em Santa Catarina, 90% dos hospitais com serviço de neurologia contam com um grupo de profissionais treinados em captação de órgãos – independentemente do número de leitos. Além disso, a maioria dos coordenadores dessas equipes são intensivistas. Faz todo o sentido. São os médicos das UTIs os primeiros a fazer o diagnóstico de morte encefálica de um paciente. Se eles estiverem engajados num programa de transplantes, dificilmente deixarão de comunicar a existência de um doador em potencial. Das mais de 10 000 mortes encefálicas registradas no ano passado no país, apenas a metade foi notificada. Em Santa Catarina, sete em cada dez diagnósticos de óbito são informados.
Decretada a morte encefálica, o primeiro passo é informar a família e pedir autorização para a doação. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (Abto), apenas 1% dos parentes de eventuais doadores é abordado. "Muitos profissionais ainda ficam constrangidos em tocar nesse assunto, temendo aumentar o sofrimento da família", diz o cirurgião Sergio Mies, chefe da equipe de transplantes do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo. Geralmente, a solicitação é feita por uma pessoa com a qual os parentes não têm nem tiveram nenhum contato durante a internação – o que, num momento de luto, aumenta a probabilidade de recusa. Para diminuir esse risco, o sistema catarinense prevê que o contato entre a equipe de captação e os parentes do possível doador seja feito assim que ele entrar na UTI. "Paciência é a palavra de ordem", diz a enfermeira Solange Aparecida Ramos, uma das responsáveis pela abordagem familiar no Hospital Santa Isabel, em Blumenau. No início, os profissionais se colocam à disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre a condição da pessoa internada. O passo seguinte se dá quando os médicos retiram a sedação do doente, a fim de constatar se o cérebro já está inativo. Durante esse processo, que dura, em média, seis horas, uma psicóloga procura os familiares para consolá-los. A palavra "doação" só é dita pela primeira vez doze horas mais tarde, quando todos os exames necessários para comprovar a morte encefálica foram concluídos. "É mais simples conseguir uma autorização de quem já nos conhece", diz a psicóloga Rosi Meri da Silva, do Hospital Santa Isabel. As estatísticas comprovam a importância de uma abordagem mais humanista. No último ano, a queda nos índices de recusa familiar em Santa Catarina foi de 53%. No resto do Brasil, de 37%.
Autorização concedida, dá-se início a outra batalha: a de conservar os órgãos do paciente morto em condição de serem transplantados por meio de ventilação artificial, doses de medicamentos a intervalos regulares e litros e mais litros de soro. Do contrário, o organismo entra em falência cardiorrespiratória e os órgãos se deterioram por falta de oxigênio. Santa Catarina, mais uma vez, detém um dos melhores índices de manutenção de corpos para transplante. Lá, de cada 100 pacientes em morte encefálica, quase 80% se conservam em condições ideais para o transplante. Em São Paulo, o aproveitamento é de 60%.
De um sistema eficiente, faz parte necessariamente a abnegação profissional – e a dos médicos, enfermeiros e psicólogos catarinenses chega a ser emocionante. Por incrível que pareça, a excelência nas cirurgias hepáticas foi conquistada pela única equipe de transplante de fígado existente no estado: a do Hospital Santa Isabel, em Blumenau. Somente em janeiro passado foi criado um segundo grupo de especialistas nessa área, o do Hospital São José/Fundação Pró-Rim, em Joinville. Em 2008, no que se refere ao número absoluto de cirurgias, a equipe pioneira ficou atrás apenas de um dos melhores centros de saúde do país, o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Os catarinenses fizeram 91 transplantes e os paulistas, 95. Um dos maiores responsáveis pela proeza é o cirurgião Mauro Igreja. Em companhia do motorista Carlão, a bordo de um Gol 2006, 89 000 quilômetros rodados, o médico zanza de um lado para outro do estado, num raio de até 300 quilômetros de Blumenau, na tarefa de captar os órgãos para transplante. Distâncias maiores são percorridas em helicópteros ou jatinhos. A dedicação de Igreja é tanta que ele faz questão de participar também do transplante dos órgãos captados. Em geral, o médico que capta não opera. Em setembro do ano passado, ele participou de dezesseis transplantes hepáticos e de mais dezesseis cirurgias para a retirada de órgãos. Saldo total: 100 horas num centro cirúrgico, duas multas por excesso de velocidade e dezesseis vidas salvas.
Revista Veja, ed. 2107

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Conselho proíbe vínculo entre médico e consórcio

A mudança na legislação dos consórcios desagradou as entidades médicas. O Conselho Federal de Medicina impede o vínculo entre médicos e consórcios. Em março de 2008, o Conselho Federal de Medicina editou Resolução CFM nº 1.836/2008 que proíbe vínculo entre médico e empresas que financiam cirurgias plásticas. De acordo com a resolução "é vedado ao médico vínculo de qualquer natureza (atendimento de pacientes encaminhados ou não) com empresas que anunciem e/ou comercializem planos de financiamento, consórcios e similares para procedimentos médicos". “A resolução proíbe que os médicos se associem, sejam credenciados e indicados por essas empresas. O paciente pode procurar ajuda financeira em qualquer estabelecimento, mas o profissional médico tem deveres éticos”, defendeu o conselheiro Antônio Pinheiro. A nova legislação do setor de consórcios, entre as novidades, permite o financiamento de pacotes turísticos, serviços médicos, próteses dentárias, cirurgias plásticas e até pós-graduação no exterior.
Fonte: www.portalmedico.org.br

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Última forma - feriado da Semana Santa

Ao contrário do noticiado na semana passada, a Prefeitura de Itajaí voltou atrás e não decretará ponto facultativo na quinta-feira (09). Desta forma, como o calendário acadêmico também não prevê feriado, os alunos alocados em unidades de saúde do município terão atividades normais neste dia.
Sentimos muito pelo contratempo.
Prof. Alexandre

Abuso contra crianças começa por casa

Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac) mostra que o crime de abuso sexual de crianças e adolescentes sempre é cometido por pessoas conhecidas da vítima. De acordo com o levantamento, feito com base em denúncias apresentadas na cidade entre 2002 e 2007, o padrasto aparece em primeiro lugar como agressor.
"Tivemos 311 casos e em primeiro lugar no ranking de abusadores a figura que aparece é a do padrasto, seguido de tios e avós. Ou seja, sempre pessoas vinculadas à família", diz o professor de psicologia Liércio Pinheiro, que coordenou a pesquisa. Ele também explica que abuso sexual é diferente de pedofilia, porque nem todo agressor que comete abuso é um pedófilo.
"A pedofilia, para a psicologia e a psiquiatria, é um distúrbio. O pedófilo é aquele que tem um comprometimento mental, que tem um desejo incontrolável por criança. Então, nem todo mundo que abusa sexualmente de uma criança sofre desse distúrbio que é a pedofilia", explicou o professor .
De acordo com ele, o aumento no número denúncias de abusos abuso sexual de crianças e adolescentes nos últimos anos não reflete o crescimento do número de casos e sim a conscientização da sociedade.
"O abuso sempre houve. O que nós estamos presenciando agora, principalmente com a ajuda da mídia em divulgar o abuso sexual para a sociedade, é um maior esclarecimento das famílias, principalmente para que a mãe e outros familiares possam estar atentos para fazer denúncia", avaliou Liércio.
Segundo ele, a criança que sofre abuso sexual normalmente apresenta alguns sintomas, alterações de comportamento que podem ser observadas pelos familiares.
"Choro repentino, depressão, agressividade. Deve-se observar o comportamento dela [da criança] em casa, se há uma alteração na sua rotina e, principalmente, se ela apresenta crises de choro sem motivos aparentes", alertou.
Em Alagoas, as vítimas de abuso sexual são atendidas pelo Centro de Apoio às Vítimas de Crime. Uma das coordenadoras do centro, Taísa Costa, explica que as crianças e adolescentes recebem um atendimento interdisciplinar, com advogado, assistente social e psicólogo.
"O setor jurídico providencia a parte jurídica, o que é preciso fazer nesse âmbito de delegacia e do Poder Judiciário. O serviço social tenta verificar se a vítima já foi ao posto de saúde para atendimento especializado em relação às DST [Doenças Sexualmente Transmissíveis], se ela tem a documentação completa, se está estudando, onde foi o crime, se precisa mudar de endereço. O setor psicológico tenta o que a gente chama de reestruturação emocional da vítima", explicou.
De acordo com a coordenadora, o número de casos atendidos aumentou muito nos últimos anos, mas poderia ser ainda maior.
"É um crime que quando é praticado por alguém externo, por um desconhecido, é uma violência urbana, mas quando é no ambiente doméstico, fica muito no muro do silêncio, entre quatro paredes. Existe muita ameaça por trás disso, então o medo de denunciar é muito grande", afirmou.
Desde que foi criado, em 2003, o Disque 100, que registra casos de violência contra crianças e adolescentes, já encaminhou quase 90 mil denúncias em todo o Brasil. Só este ano, já foram 4,7 mil registros, 31% deles relativos à violência sexual, 35% à negligência e 34% a casos de violência física e psicológica.
Dos casos de violência sexual, quase 60% são de abuso seguido de exploração sexual comercial.
O Distrito Federal é a unidade da Federação que mais denuncia proporcionalmente à sua população. Alagoas aparece em 18º lugar. Por último está o Amapá.
Quem comete abuso sexual contra crianças e adolescentes é indiciado por estupro ou atentado violento ao pudor. A pena para o crime varia de seis a dez anos de reclusão, com aumento em até metade do período dependendo das circunstâncias do crime.
(Agência Brasil)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Atividades na semana santa

Na quinta-feira da semana santa será ponto facultativo no município de Itajaí. Os alunos não terão nenhuma atividade ambulatorial neste dia, estando dispensados até a segunda-feira após a Páscoa.
Bom feriado.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

31% das brasileiras nunca fizeram mamografia

Entre as brasileiras de 35 a 65 anos, 31% nunca realizaram um exame de mamografia. O alerta faz parte de uma pesquisa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), realizada pelo Instituto Datafolha. De 1,8 mil mulheres entrevistadas em 17 capitais, 80% se referiram ao autoexame como o principal método de diagnóstico precoce contra o câncer de mama - o que é considerado insuficiente.
Entre as entrevistadas, 14% não souberam informar nenhuma forma de detectar o câncer precocemente. Para a presidente da entidade, Maira Caleffi, os próprios médicos não incentivam a prática como rotina. “Estamos perplexas com esses dados, pois muitas não sabem da importância da prevenção e as que sabem se previnem de forma errada.”
Em situação ainda pior estão aquelas que nunca realizaram nenhum tipo de exame diagnóstico para o câncer de mama. Para 7% das entrevistadas, mamografia, ressonância ou autoexame são práticas inéditas. Ontem, a presidente da Femama esteve em Brasília, onde se reuniu com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para cobrar ações. O câncer de mama é o tumor com maior incidência entre as brasileiras, com mais de 49 mil casos em 2008. No dia 29 entra em vigor uma lei que obriga serviços públicos em todo o País a oferecer mamografia gratuita para mulheres com mais de 40 anos.
Fonte: Agência Estado

Usuários de crack sentem-se escravizados pela droga

O começo do vício é sempre parecido. Primeiro é o consumo de maconha, depois vem a cocaína. O crack é o próximo passo. Ele não escolhe cor, gênero, classe social ou religião. Com poder avassalador, invadiu a sociedade, quebrou regras, transpôs limites e escravizou milhares de pessoas.Há pessoas que acreditam ser mais fortes que o vício.
Marcela, 30 anos, que usou crack por seis meses, é um exemplo. “Quando eu comecei, na primeira noite, pensei que fosse ter controle sobre isso, como eu tinha sobre a cocaína. Mas vi que, na segunda semana, já tinha perdido completamente o domínio, porque fazia isso 24 horas por dia”, diz. De família de classe média do Rio Grande do Sul e mãe de duas meninas, ela começou a consumir crack após a morte da mãe. “Minha família estava passando por uma turbulência e me aproveitei muito disso”, afirma. Marcela não estava sozinha, pois a irmã era sua companheira de uso, inclusive, era ela quem fazia o contato com traficantes. A compulsão pela droga era tão grande que Marcela desfalcou a empresa do pai, na qual também trabalhava, para comprar crack.
Rodrigo, 34 anos, morador de uma favela de São Paulo, usou crack por quatro anos, o suficiente para levá-lo ao “fundo do poço”. Para conseguir a droga, ele roubava o dinheiro do comércio da mãe. “Ela tem um barzinho, e eu pegava muito dinheiro do caixa. Às vezes, ela tinha dinheiro no cofre e eu furtava para usar drogas”, disse. Rodrigo afirma que o efeito de apenas 15 segundos provoca sensações de poder e êxtase aos usuários. “O crack tem um poder muito grande de vício. Ele dá um prazer ilusório, dá vontade de querer sempre mais. É nessa vontade que você larga tudo de lado.”O crack é descrito pelos usuários como uma “droga egoísta”.
Dependentes deixam aos poucos o convívio familiar, amigos e trabalho. Isolam-se. Até os companheiros de uso são abandonados. A vida social passa a não existir mais. E as alucinações provocadas pela paranóia pós-droga começam a atormentar.
“O pânico com o crack é maior. Você se sente perseguido. Seus amigos e conhecidos parecem que viram seus inimigos”, revela Carla, 30 anos, que experimentou a droga em Brasília aos 28. O grito por socorro vem quando existe uma consciência da própria desmoralização. Os usuários entendem a realidade e, principalmente, o motivo que a levou ao consumo. “O que me fez buscar o tratamento foi a dor de perder o caráter.
Perdi mulher, filhos, trabalho, amigos”, disse Maurício, 31 anos, ex-usuário em tratamento em Brasília. A recuperação é difícil. Exige acima de tudo determinação. Henrique França, coordenador de uma comunidade terapêutica em Brasília, acredita que a vontade de se recuperar tem de partir do próprio usuário. “Se alguém nos pede e deseja sinceramente se livrar das drogas, o problema dele passa a ser nosso. Se não quer, a gente não pode fazer nada”, argumenta.
Existem pessoas que não conseguem se livrar do vício com apenas uma internação. É o caso do sul-mato-grossense Felipe, 32 anos, que começou a usar crack em Salvador há sete anos. Ele já foi internado 15 vezes. “Já andei o Brasil inteiro, já usei droga no país inteiro. Fui internado em São Paulo, Manaus, Recife. Não sei nem como consigo, hoje, depois de tudo que fiz, trocar idéias, fazer coisas”. Durante a última internação, Felipe disse que não consegue mais consumir crack sem se sentir culpado. “Quando a vontade é muito forte e eu vejo que não vou conseguir segurar, eu me interno, procuro ajuda porque eu tenho que começar de novo. Eu fico espantado, de vez em quando eu tenho esses pensamentos.”
* Todos os nomes de usuários de crack, ex-usuários, jovens e crianças desta reportagem especial são fictícios.
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Salário mínimo profissional recebe relatório favorável

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público recebeu, no último dia 10, relatório favorável ao Projeto de Lei 3.734/2008, que altera o salário mínimo profissional dos médicos.
O PL 3.734, de autoria do deputado Ribamar Alves (PSB-MA), prevê mudanças na lei 3.999, de 1961, que altera o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas. O texto sugere que seja modificada a redação da lei que estabelece o cumprimento de 2h a 4h diárias, passando a estabelecer o período de 20h semanais, como já consagrado hoje pelos médicos.
Relator do projeto na Câmara, Mauro Nazif (PSB-RO) propôs ainda algumas alterações. A principal mudança será no valor do piso salarial estipulado pelo projeto em R$ 7 mil. A Lei nº 3.999 previa que o salário mínimo dos médicos fosse três vezes o salário mínimo em vigor no país, o que, nos dias de hoje, corresponderia a um salário de R$ 1.245,00. De acordo com o projeto original, o reajuste seria baseado no salário mínimo. Agora, com as alterações de Nazif, o reajuste terá como base o INPC.
“Já houveram projetos do mesmo teor que foram aprovados pelas duas Casas (Câmara e Senado) e vetados pelo presidente da República por inconstitucionalidade, devido ao reajuste estar baseado no salário mínimo. O INPC é considerado constitucional pelo governo e essa alteração vai tornar o trâmite do projeto mais rápido na Casa”, assinalou o deputado. O Projeto corre em caráter terminativo e, por isso, após ser aprovada pela Comissão de Trabalho passará para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Depois segue direto para o Senado, sem precisar da aprovação do plenário da Câmara dos Deputados.
Segundo o conselheiro Geraldo Guedes, as entidades médicas apóiam o projeto porque a proposta se aproxima a reivindicação da categoria de R$ 7.503,18 para o piso salarial. O valor é resultante da atualização monetária pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumulado no ano de 2008 (9,81%). “O movimento médico tem lutado principalmente por três eixos centrais: salário mínimo profissional, plano de cargos e salários e carreira de estado. O projeto se aproxima da nossa reivindicação”, salientou Guedes.
Mesmo o salário sendo para a iniciativa privada, quando aprovado, servirá de incentivo e de base para a remuneração na rede pública de saúde. “Por tabela, e é isso o que acontece, certamente o piso será acompanhado no setor publico, e esse é um dos objetivos da relatoria do projeto”.
Em relatório da Comissão de Trabalho, o deputado Mauro Nazif defendeu o piso salarial: “a atualização do valor remuneratório constante na proposição é o mínimo tolerável para o resgate da dignidade profissional dos médicos que tem trabalhado, nos mais diversos setores, mediante um salário insignificante, o que os obriga a contratar vários empregadores, trabalhar e dar mais plantões sem as condições mínimas, precarizando, em consequência, o atendimento à saúde da população”.
Para Mauro Nazif, que também é médico, a chance de o PL 3.734/2008 ser aprovado no início deste ano é grande. Tudo vai depender, agora, da mobilização dos médicos sobre a questão, garantindo, assim, uma pressão para que as Comissões insiram a matéria na pauta nos próximos dias. Se isso ocorrer, o salário mínimo profissional pode ser aprovado nas duas Casas ainda este ano.
do site: www.portalmedico.org.br