terça-feira, 31 de maio de 2011
Dia Mundial sem Tabaco (2)
Um sucesso de organização e de público o evento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí hoje, Dia Mundial sem Tabaco, na rua Hercílio Luz. Durante toda a manhã e parte da tarde, profissionais da área da saúde estiveram repassando informações, realizando exames e orientando a população sobre os malefícios do hábito de fumar, defronte a Casa da Cultura Dide Brandão.
Neste local, além de medição de pressão arterial, glicemia capilar e pico respiratório, foi montado o "espaço do pulmão", uma tenda cuja entrada eram dois gigantescos pulmões, um sadio e outro doente. Nesta tenda falou-se sobre as doenças provocadas pelo tabagismo, além da demonstração, em peças oferecidas pelo laboratório de anatomia da Univali, das características da árvore respiratória saudável e doente.
Estiveram presentes alguns dos responsáveis pelo Programa de Combate ao Tabagismo de Itajaí, como os médicos Jorge Zimmermann, Alexandre Pereira e Julio Corazza, as enfermeiras Ivone e Glaucia e a psicóloga Cris. Também se fizeram presentes ao evento fonoaudiólogas, professores de educação física, enfermeiras e acadêmicos dos cursos de enfermagem e medicina, além de agentes comunitários de saúde. No final da manhã, compareceu para nos prestigiar a diretora do Departamento de Atenção à Saúde do município, Marcia Cracco.
Vários veículos de comunicação locais, como jornais, rádios e TVs registraram o evento, que teve como ponto alto a caminhada realizada pelos participantes do grupo Itajaí Ativo pelas ruas da cidade. Nos posts seguintes, algumas das fotos deste dia especial.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Dia Mundial sem Tabaco terá programação na Rua Hercílio Luz, em Itajaí
Com o tema “Convenção - Quadro para o Controle do Tabaco”, o Programa de Controle ao Tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Programa Itajaí Ativo promoverá nesta terça-feira (31) uma série de atividades alusivas ao Dia Mundial sem Tabaco. A programação iniciará com uma caminhada a partir das 9h, saindo defronte a Igreja Matriz até a Igreja Imaculada Conceição, com ida e volta pelo mesmo trajeto. A ação deve reunir participantes de todos os pólos do Itajaí Ativo, totalizando cerca de 200 pessoas. O objetivo da caminhada é conscientizar a população para os problemas de saúde relacionados ao tabagismo. Após a caminhada, os profissionais da Secretaria da Saúde, se instalarão em frente a Casa da Cultura Dide Brandão onde permanecerão até as 14h.
No local, haverá entrega de material informativo, aferição de pressão arterial, teste de HGT e glicemia. A equipe, formada por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, nutricionistas, agentes comunitários e professor de educação física vai orientar a população acerca do tabagismo, o uso do cigarro e suas consequências.
Tabagismo
Os números do tabagismo no mundo são alarmantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, a cada dia, 100 mil crianças tornam-se fumantes em todo o planeta. Cerca de cinco milhões de pessoas morrem, por ano, vítimas do uso do tabaco. Caso as estimativas de aumento do consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos se confirmem, esse número aumentará para 10 milhões de mortes anuais por volta de 2030. Ainda segundo a OMS, o fumo é uma das principais causas de morte evitável, hoje, no planeta. Um terço da população mundial adulta – cerca de 1,3 bilhão de pessoas – fuma: aproximadamente 47% da população masculina e 12% da população feminina fazem uso de produtos derivados do tabaco. Nos países em desenvolvimento, os fumantes somam 48% dos homens e 7% das mulheres, enquanto nos desenvolvidos, a participação do sexo feminino mais do que triplica, num total de 42% de homens e 24% de mulheres fumantes.
No Brasil, pesquisa realizada recentemente pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indica que 18,8% da população brasileira é fumante (22,7% dos homens e 16% das mulheres).
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajaí - itajai.sc.gov.br
Um em cada cinco jovens tem pressão alta, aponta pesquisa
A hipertensão (pressão arterial alta) é, em geral, uma doença que não apresenta sintomas até ocorrer uma lesão em algum órgão. Por isso, mesmo com uma prevenção simples, baseada na prática regular de exercícios, dieta e medicamentos de controle, a pressão arterial elevada é muitas vezes fatal - trata-se da segunda principal causa de morte nos Estados Unidos, por exemplo. E, agora, uma nova pesquisa americanda indica que o problema é muito maior do que se pensava entre a população jovem: um em cada cinco jovens adultos entre 24 e 32 anos de idade teria pressão alta.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill comparou seus resultados com uma publicação do governo federal, feita pelo National Health and Nutrition Examination Survey, que apontou apenas 4% dos adultos jovens com pressão alta. Segundo a Universidade da Carolina do Norte, o número chega a 19% dos pacientes - somente a metade sabia da doença por médicos. Ambos os resultados foram definidos sob os mesmo parâmetros: uma leitura de pressão arterial de 140 por 90 milímetros de mercúrio ou mais. A pressão arterial normal é considerada 120 por 80 ou inferior. Contudo, ninguém explica a diferença das estimativas de hipertensão entre os dois levantamentos.
"As descobertas indicam que muitos jovens correm o risco de desenvolver doenças cardíacas, mas não sabem que têm hipertensão", disse Quynh Nguyen, um estudante de doutorado na University da Carolina do Norte em Chapel Hill, cujo estudo aparece em linha na revista Epidemiology. A relação entre pressão arterial alterada e consumo de sódio, principal causador do problema, não foi estudada pelos pesquisadores.
O Instituto de Medicina, por meio da Academia Nacional das Ciências, declarou, no ano passado, que a pressão arterial - condição que aumenta o risco de derrames e ataques cardíacos - é uma "doença negligenciada", que custa aos cofres americanos cerca de 73 bilhões de dólares por ano.
O estudo da Universidade de North Carolina analisou, em 2008, mais de 14 mil homens e mulheres, entre 24 e 32 anos, a partir do Estudo Nacional Longitudinal de Saúde do Adolescente, conhecido como Add Health, financiada pelo National Institutes of Health.
"O que temos é uma observação nova e precisamos examinar as contradições dos números. O estudo não muda a revisão da política e avaliação de saúde. Ele é apenas um sinal de que precisamos analisar com mais detalhes os dados", diz Steven Hirschfeld, médico do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano.
Fonte: Agência Reuters
domingo, 29 de maio de 2011
House M.D. - Terceira Temporada
Esta é uma temporada muito tumultuada para House. O médico se recupera do tiro que levou, volta a trabalhar, mas sente dores novamente. Ele é preso e perseguido por um policial, que o acusa de ser viciado em remédios e forjar prescrições médicas. Além disso, a equipe de House, formada por Chase, Foreman e Cameron, é desintegrada, e Foreman deixa o hospital.
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quinta-feira, 26 de maio de 2011
Georges Albert Édouard Brutus Gilles de la Tourette
Georges Albert Édouard Brutus Gilles de la Tourette (Saint-Gervais-les-Trois-Clochers, 30 de outubro de 1857 — Lausanne, 26 de Maio de1904) foi um médico francês, epônimo da síndrome de Tourette, um transtorno neurológico.
Em 1873, com 16 anos, iniciou seus estudos na faculdade de medicina de Poitiers. Mudou-se depois para Paris, onde foi interno de Jean-Martin Charcot, diretor do Hospital da Salpêtrière, em 1884. Em seguida foi chefe da clínica de Charcot, de 1887a 1889, e depois membro da equipe de Fulgence Raymond, o sucessor de Charcot na Salpêtrière.
Gilles de la Tourette estudou a histeria, os aspectos médicos e legais do mesmerismo, e lecionou psicoterapia. Em 1884, descreveu, em nove pacientes, os sintomas da síndrome que denominou maladie des tics convulsifs ("doença dos tiques convulsivos") e que Charcot renomearia "doença de Gilles de Tourette" em sua honra.
Membro da chamada Escola da Salpêtrière, Gilles de la Tourette sempre compartilhou inteiramente das idéias de Charcot, seja com relação à hipnose, seja quanto à histeria. Publicou um artigo sobre a histeria no Exército Alemão (que enfureceu Otto von Bismarck) e um outro sobre as condições anti-higiênicas nos hospitais flutuantes do rio Tâmisa. Em colaboração com Gabriel Legué, analisou as observações feitas pela Madre Jeanne des Anges sobre o seu próprio caso de histeria, cuja origem teria sido o seu amor não correspondido pelo padre Urbain Grandier - posteriormente acusado de bruxaria e queimado vivo.
Nos últimos anos de sua vida, porém, Gilles de la Tourette sofreria uma série de reveses. Em 1893 (ou 1896), pouco depois da trágica morte do seu filho e do professor Charcot, uma jovem paranóide, antiga paciente da Salpêtrière, deu-lhe um tiro na cabeça, dentro do seu consultório, depois de acusá-lo de tê-la hipnotizado contra a sua vontade - o que os especialistas garantem ser impossível. Gilles de la Tourette sobreviveu a esse ataque, mas o bizarro episódio deu origem a um rumoroso processo que parecia, à primeira vista, endossar a tese, defendida pela Escola de Nancy, de que os indivíduos podem ser movidos ao crime, sob sugestão hipnótica - tese que Gilles de la Tourette sempre rejeitara veementemente. Extremamente abalado, Gilles de la Tourette começou a oscilar entre crises de depressão e acessos hipomaníacos. Entretanto, continuava a dar conferências sobre literatura, mesmerismo e teatro até por volta de 1902, quando seu estado mental se agrava. Ele é demitido do seu posto de trabalho e internado em uma clínica psiquiátrica de Lausanne, onde morre a 26 de Maio de 1904.
Apesar da relevância de suas realizações, a morte de Gilles de la Tourette suscitou apenas a publicação de um relato biográfico incompleto, feito por seu amigo Paul Le Gendre, e de alguns obituários pouco informativos.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Santa Catarina registra a primeira apreensão de oxi
A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina confirmou a primeira apreensão de oxi no Estado. A droga mais mortal que o crack foi encontrada na noite de terça-feira em Araranguá, no Litoral Sul. A Central de Polícia fez a apreensão em uma casa da periferia da cidade. A substância estava enterrada perto de um muro e, segundo a polícia, foi identificada pelo cheiro e pela cor, mais forte do que o crack. Ao todo, havia 54 gramas da droga, embalada em 17 porções. O oxi é um subproduto da cocaína acrescido de querosene e cal virgem. É mais tóxico e mais barato que o crack.
A substância entrou no país pelo Norte, na fronteira com a Bolívia, e já foi apreendida em estados como Acre, Bahia, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Seus efeitos são muito fortes e levam à morte 30% dos usuários no primeiro ano de uso.
Fonte: DC online
O poder das frutas oleaginosas e das frutas secas
As frutas secas e oleaginosas, muito apreciadas por pessoas de diferentes faixas etárias, são comumente ingeridas sozinhas ou como parte de diversos tipos de preparações muito consumidas nas festas de final de ano.
Frutas Oleaginosas:
As frutas oleaginosas, como nozes, amêndoas, castanhas, avelãs, entre outras, são bastante conhecidas pelo seu alto teor calórico, porém podem trazer também diversos benefícios para a saúde, não devendo ser excluídas das dietas do dia a dia, pois fornecem gorduras mono e poliinsaturadas, que são fundamentais para o bom funcionamento do organismo.
Avelãs:
Além de um alto percentual de fibras, nós temos as vitaminas B1 e B2, uma qualidade excepcional de proteína vegetal.A avelã com sua expressiva quantidade de gorduras monoinsaturadas induz à queda dos níveis do colesterol ruim (LDL). Com isso, tal qual as aveias, é uma benção para a saúde do seu coração.
Ainda mais, as avelãs são riquíssimas em ferro e fósforo, que são nutrientes muito especiais para a sua saúde diária. Não abra mão de um punhado de avelãs nas suas refeições diárias.
Amêndoas:
As amêndoas são uma boa fonte de vitamina E e de manganês. As amêndoas são uma boa fonte de magnésio, cobre, riboflavina (vitamina B2), e fósforo. Felizmente, apesar de um quarto de chávena de amêndoas conter cerca de 18 gramas de gordura, a maioria (11 gramas) são gorduras monoinsaturadas.O conveniente écomer todos os dias algumas amêndoas cruas; isto trará benefícios ao seu coração, assim como muitos nutrientes antes mencionados. Também é possível o consumo de óleo de amêndoas, ou amêndoas trituradas, e você pode incorporá-las em diferentes receitas de cozinha.
Castanhas de caju:
Possui acido fólico e vitamina E.A castanha do caju possui alto valor calórico, por isso, considerada afrodisíaca e energética. Você sabia que o verdadeiro fruto do cajueiro é a castanha de caju? Pois é, a parte amarela que é apenas a parte carnuda, é que sustenta o caju.
Castanhas do Pará:
É uma fruta típica do norte do Brasil e um dos principais produtos de exportação da Amazônia. Possui alto valor protéico e calórico além de ser rica em selênio, substância que reduz o risco de cânceres como o de pulmão e de próstata e combate os radicais livres, agindo contra o envelhecimento, fortalece o sistema imunológico, atua no equilíbrio da tireóide. Mantenha-se jovem e saudável com uma castanha por dia.
Macadâmias:
Contêm antioxidantes, os quais possuem propriedade rejuvenescedora. Por ser rica em gorduras monoinsaturadas, quando consumidas com frequência (duas ou mais vezes por semana), reduz o risco de doenças cardíacas, diminui o colesterol total e o ruim (LDL) e ainda, o triglicérides. Ela é bastante calórica, mas se for consumida moderadamente não engorda e traz benefícios para a saúde. Existem dez espécies de macadâmia, sendo seis comestíveis e as outras tóxicas.
Nozes:
Contêm Omega 3 que Reduz o colesterol, triglicéridos, combate radicais livres, retardando o envelhecimento, previne doenças cardiovasculares, diminue a pressão arterial, os processos inflamatórios, reduz dores musculares e protege contra isquemias.Omega 6 que ajuda a reduzir o colesterol e intervém na formação do tecido nervoso e na produção de anticorpos e Vitamina E que é antioxidante. Quando comer nozes, beba um pouco de vinho. Ao contrário do que se pensa, é benéfico se consumido moderadamente, ajuda a reduzir o risco de sofrer de doenças cardiovasculares, arteriosclerose e doenças cerebrais, como a Alzheimer, por exemplo.
Frutas secas:
As frutas secas, ao contrário das frutas frescas, representam uma fonte mais concentrada de calorias (devido a sua concentração ainda maior do açúcar da fruta, frutose), fibras e alguns nutrientes, além de serem leves e não perecíveis. Elas contém cerca de 3 a 25% de carboidratos, fração esta, composta basicamente de açúcares simples, pectina, amido e celulose (fibra).
Os figos e as ameixas contêm laxativos naturais, além de grandes quantidades de fibras. Apesar de serem tradicionalmente usadas contra prisão de ventre, o consumo excessivo das ameixas, pode provocar diarréia.
As frutas secas são obtidas pela perda parcial da água da fruta madura, inteira ou em pedaços, podendo sua secagem ser mecânica ou pelo sol. Durante o processo de secagem das frutas, parte da vitamina C e do betacaroteno podem ser perdidos, principalmente se as frutas forem secas ao sol.
Devido a seu teor calórico ser maior que o das frutas frescas, devemos tomar cuidado com o excesso no consumo destas frutas, procurando consumir uma quantidade não muito exagerada.
Blog "Entre Coisas"
domingo, 22 de maio de 2011
De Hipócrates à hipocrisia
Planos de saúde ofereceram uma melhor remuneração, denominada "consulta bonificada" a médicos que pedissem menos exames a seus pacientes. A Associação Médica Brasileira denunciou a prática como antiética e a Agência Nacional de Saúde proibiu sua utilização. Em tempo. Se um médico pede um exame é porque julga necessário. Não pedi-lo em troca de dinheiro seria pôr em risco a saúde do paciente. Por outro lado, se não era necessário e mesmo assim pediu, por que o fez? A quem interessava o pedido indevido? A confiança na palavra do médico, ponte entre a vida e a morte, é a essência da relação com o paciente. É gravíssimo desmoralizá-la a troco do que em profissões menos nobres se chamaria gorjeta.
Essa relação tem uma origem sagrada. Deus tutelar da medicina, Esculápio viveu em Epidauro e foi elevado ao Olimpo por suas práticas curativas, misto de conhecimento e deferência com o sofrimento humano. À sua morte espalharam-se pelo mundo antigo templos em seu louvor, construídos por discípulos e sacerdotes aos quais acorriam peregrinos em busca de alívio para seus males. Neles havia espaço para que pernoitassem e repousassem durante a convalescença. Nasciam os hospitais e seus médicos. Gerações mais tarde um descendente de Esculápio, Hipócrates, abre caminho para a medicina moderna anunciando que os males não vinham dos deuses, mas da natureza, e que, descobertas as causas do mal, na própria natureza encontraríamos seu remédio. Nascia o diagnóstico. Os escritos de Hipócrates são o fundamento da ética médica.
A travessia da dor e da morte empresta à relação médico-paciente um caráter de confiança mesclada de gratidão.Transformada em prestação anônima de serviço, essa relação está adoecendo. Quem não teve, em um hospital ou posto de saúde, a experiência de ser atendido por um médico, depois controlado por outro, e mais tarde por um terceiro, desconhecido? Quem não sentiu, então, a vertigem do desamparo? Onde a intimidade que unia o paciente ao médico, autorizando a nudez do corpo e da alma fragilizados?
Mais que um serviço, o que se poderia explicar pelas necessidades do atendimento de massa, contaminada pela lógica do mercado, a medicina corre o risco de se tornar um produto. O episódio da consulta bonificada fere a dignidade dos médicos e o direito dos pacientes. A solicitação de exames desnecessários, por sua vez, suscita interrogações sobre a medicina tecnológica. Apesar dos inestimáveis serviços que presta, sobretudo na prevenção de doenças como o câncer de mama, estaria a medicina tecnológica induzindo a um hiper consumo de exames oferecidos por uma pletora de empresas? Onde a verdade, onde a impostura? Não estaria o paciente sendo vítima do fogo cruzado de uma sombria batalha por lucros? Essas dúvidas só a ética médica pode dirimir.
Segundo ato, a definição mesma de doença. Antes uma sensível pane do corpo, hoje ela se define como um avesso da expectativa da saúde perfeita, horizonte marqueteiro que recua quanto mais nos aproximamos dele. A cada item dessa pauta inesgotável corresponde uma oferta terapêutica, um produto novo colocado no mercado ou um serviço que alguém se dispõe a prestar. Afinal, não é a oferta que induz a demanda? Prospera a invenção das doenças. A criança travessa - diagnosticada como hiperativa - precisa supostamente de atendimento psicológico ou de tranqüilizantes. E há quem, sem necessidade de cuidados especiais, pague a um personal - esse anglicismo abreviado que se incorporou ao nosso vocabulário - para simplesmente caminhar a seu lado, já que o exercício diário é necessário e, se não praticado, mandamos para nós mesmos a conta da culpa. As farmácias assépticas que substituem nas esquinas a alegria dos bares são o depoimento urbano sobre a medicalização da vida e a ampliação do mercado da saúde. Os filósofos iluministas já desconfiavam que esse negócio iria prosperar. Voltaire, na rubrica "doença" de seu Dicionário Filosófico, põe na boca de um médico: "Nós curamos infalivelmente todos aqueles que se curam a si mesmos." Rousseau, no Emílio, é ainda mais categórico: "Impaciência, preocupação e, sobretudo, remédios mataram pessoas que a doença teria poupado e o tempo curado."
A saúde é, hoje, uma caixa-preta a ser aberta pelos médicos que honram o juramento de Hipócrates e pacientes inseguros que querem se defender das hipocrisias. Ela guarda as duas faces perversas de um mesmo negócio: a deriva da medicina de mercado e o mito da saúde perfeita. Em todos os sentidos, ambos nos custam caríssimo.
Rosiska Darcy de Oliveira, escritora, escreveu este artigo para o CFM, tendo sido republicada pelo jornal "O Globo" em 30 de abril de 2011.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Num casal, não há metade perfeita. E as diferenças são muito bem-vindas.
No diálogo O Banquete, do filósofo grego Platão (427-347 a.C.), vários pontos de vista sobre o amor são apresentados. Um dos participantes, o poeta cômico Aristófanes (cerca de 450-cerca de 388 a.C.), também grego, conta ali um mito comovente. Nos tempos primevos, haveria um terceiro gênero, nem homem, nem mulher, mas um ser completo, formado por duas metades. Este ser "era uma totalidade redonda, sua espádua e suas costas formando um círculo; tinha quatro braços, pernas em número igual ao dos braços, dois rostos sobre um pescoço circular, semelhantes em tudo, e sobre estes dois rostos que estavam colocados em sentido oposto somente uma cabeça; além disso, quatro orelhas, dois órgãos sexuais".
Havia três espécies do gênero: uma com as duas metades homem, outra com as duas metades mulher e uma terceira, com uma metade homem e a outra, mulher. Todas eram criaturas fortes, a ponto de poderem desafiar os deuses. Para enfraquecê-las, Zeus seccionou-as em duas partes. A partir de então, cada uma procura sua metade.
Aqui está colocada aquela ideia de uma destinação única e inelutável, comum em casais apaixonados e com pouca experiência em relações amorosas, a popular "metade da maçã", ou "cara-metade". Diz respeito àquele sentimento de perfeição experimentado pelo jovem casal, que acredita ser forte e capaz de enfrentar todos os desafios e de se entender perfeitamente, cada um adivinhando e realizando o desejo do outro, pois os dois se tornaram um. Nesse estágio as diferenças não são percebidas, escondem-se sob o manto do desejo de ser e fazer tudo aquilo que o outro deseja.
Sabemos que tal estado tem uma duração limitada. Amainada a fogueira da paixão, as diferenças começam a aparecer, as demandas deixam de ser tão prontamente atendidas, ou passam a ser desatendidas. Surge então a clássica frase "Somos muito diferentes", cujo subtexto é "Nossa relação não vai dar certo".
Alguns casais se separam durante este período tempestuoso e outros o atravessam aprendendo a conviver com a diferença, mas lamentando secretamente o paraíso perdido.
Pois bem: além de ser inevitável o aparecimento das diferenças, elas têm importantes funções. Havendo boa vontade para ouvir e levar em consideração os pontos de vista do parceiro, e havendo compreensão e tolerância para as suas idiossincrasias, mesmo que bobas, um poderá se enriquecer com as peculiaridades do outro.
A aceitação da diferença tem também função no delicado campo da atração sexual. Um casal que está descobrindo as diferenças, mas ainda não sabe lidar com elas, tende a ir se afastando até que surge uma briga séria. Esta reaproxima os parceiros no território da agressividade, seguindo-se então um período de amuo que incomoda os dois, especialmente quando as brasas da paixão ainda ardem. Aí, o desejo sexual, a serviço do desejo de reaproximação, cresce muito, levando a intenso encontro de corpos e almas. O prazer sentido e a fusão experimentada amolecem as defesas e ambos ficam mais propensos a se abrir e a admitir as diferenças. Eles se tornam mais porosos na relação, podendo aceitar a subjetividade do outro. Esse processo várias vezes repetido consolida a relação e é possível que chegue o momento em que o casal possa dizer: "Bendita diferença".
* Nahman Armony, médico psicanalista, é membro da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle (Spid), do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro e da Federação Internacional das Sociedades Psicanalíticas. Publicou, entre outros livros, Borderline: Uma Outra Normalidade.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
House M.D. - Segunda Temporada
Na segunda temporada. Cameron enfrenta a possibilidade de ter uma doença que arrisque sua vida e precisa fazer um teste de HIV. Chase é acusado de ter cometido um erro médico. Dr. House recebe a visita de seus pais, e começa a ter dores mais fortes na perna. Wilson vai morar na casa de House, depois de se separar de sua mulher, e alguns problemas de convivência surgem.
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