"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

quinta-feira, 10 de março de 2011

Marcello Malpighi


Marcello Malpighi (Crevalcore10 de março de 1628 — Roma29 de novembro de 1694) foi um médicoanatomista e biólogo italiano. Foi pioneiro na utilização do microscópio, sendo considerado por muitos um dos fundadores da fisiologia comparativa e da anatomia microscópica. Várias estruturas fisiológicas foram nomeadas em sua homenagem, como o corpúsculo de Malpighi (nos rins humanos) e os túbulos de Malpighi (sistema excretor de alguns invertebrados). Malpighi cresceu na fazenda de seus pais, e aos 17 anos ingressou na Universidade de Bolonha. Lá, começou a estudar filosofia aristoteliana. Quando seu pai, sua mãe e sua avó paterna morreram, Malpighi teve de abandonar seus estudos para cuidar da família. Retornou à universidade dois anos depois, e se formou doutor em medicina em 1653. Casou-se com Francesca Massari, irmã mais nova de seu professor de anatomia, em 1654. Ela morreu um ano depois.
Túbulos de Malpighi
Os túbulos de Malpighi são os principais órgãos excretores dos insetos. Estão presentes em número de dois até várias centenas. Cada túbulo desemboca no intestino, entre as porções média e posterior, enquanto a outra extremidade termina em fundo cego e, na maioria dos insetos, situa-se na hemocele.
Alguns insetos, entretanto, notadamente os besouros que se alimentam de substâncias secas, apresentam um arranjo especial associado a uma extraordinária capacidade de retirar água do excremento. Nesses, a extremidade em fundo cego do túbulo encontra-se em última associação com o reto, sendo toda a estrutura circundada por uma membrana (membrana periretal). O espaço formado por essa membrana é preenchido por um fluido (fluido periretal), que circunda o túbulo de Malpighi e o epitélio retal, mas é separado da hemolinfa.
O túbulo de Malpighi funciona da seguinte maneira: o potássio é ativamente secretado para a luz do túbulo e a água segue passivamente devido às forças osmóticas, resultando na formação de uma abundante quantidade de fluido rico em potássio no túbulo. Esse fluido é isotônico em relação ao sangue, mas tem uma composição bastante diferente, que contrasta de forma surpreendente com o rim dos mamíferos, no qual o fluido urinário inicial é um ultrafiltrado do plasma sangüíneo.
Dentro do túbulo de Malpighi ocorre a modificação do fluido por processos secretórios, bem como reabsortivos, e a seguir há a passagem do fluido para o intestino posterior, onde os solutos e grande parte da água são reabsorvidos, ocorrendo a precipitação de ácido úrico (que faz parte do fluido na forma de urato de potássio hidrossolúvel). Isso facilita a subseqüente retirada de água, pois o ácido úrico precipitado não contribui para a atividade osmótica do conteúdo retal. Finalmente, o conteúdo remanescente no reto é expelido como urina misturada às fezes.

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