No período de 2006 a 2010, um total de 221 pessoas morreram em Santa Catarina devido ao fumo. A informação está no relatório da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado neste domingo, que faz um balanço de óbitos causados pelo uso de substâncias psicotrópicas no Brasil. O estudo indica que no país foram registrados 40.692 mortes no período de 2006 a 2010 pelo uso, principalmente, de álcool, fumo e cocaína. Em Santa Catarina foram 1.089 óbitos.
A principal causa de morte quando se consideram substâncias lícitas e ilícitas é o álcool. De cada 100 mortes por uso de psicotrópicos, 85 são ligadas diretamente ao consumo de bebidas alcoólicas. Minas Gerais é o principal estado quando se considera mortes por consumo de álcool. São 23 municípios entre as 50 cidades com maiores taxas de mortalidade bruta para cada 1.000 habitantes. Em segundo lugar vem o Paraná com nove, seguido por São Paulo, com cinco. Santa Catarina nem entra na lista, apesar de ter contabilizado 830 mortes por este motivo entre 2006 e 2010.
Quando se trata de fumo ou tabaco, o Estado aparece em terceiro no número de municípios na lista das 50 cidades com maiores taxas de mortalidade bruta para cada 1.00 habitantes. Rio Grande do Sul é o primeiro com 17 e Minas Gerais vem na sequência com sete. Lindóia do Sul, São João do Itaperiú, Luzerna, Balneário Barra do Sul, Alto Bela Vista e Palmeira são os seis municípios catarinenses na lista. Ao todo, 221 pessoas faleceram no estado pelo uso de tabaco, enquanto no Brasil o número chegou a 4.625. Este é a segunda causa de óbitos no país causados pelo uso de substâncias psicotrópicas.
O uso de mais de uma substância ao mesmo tempo e a cocaína também entraram na lista do estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios. Ao todo, foram 834 mortes no país. Em Santa Catarina foram 38. Ouro, Garopaba, Três Barras, Balneário Arroio do Silva e Capivari de Baixo figuram entre as 50 cidades com maiores taxas de mortalidade bruta para cada 1.000 habitantes.
O estudo realizado pela CNM usa os números computados pelo DATASUS do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A análise levou em conta causa da morte e local de residência. O SIM é a única referência no Brasil sobre a mortalidade. Os dados coletados pelas Secretarias Municipais de Saúde são consolidados pelas Secretarias Estaduais de Saúde e, posteriormente, remetidas à Coordenação Geral de Análise de Informações em Saúde (CGAIS). Na base do processo estão as Unidades Notificadoras - estabelecimentos de saúde, institutos médico-legais, serviços de verificação de óbitos e cartório de registro civil - que registram a causa e o local da morte.
Uma análise da própria CNM de novembro do ano passado aponta que 98% das cidades pesquisadas já sabiam da existência do crack. Há, portanto, uma dificuldade quanto à emissão dos laudos, no que se refere à ausência de um alinhamento conceitual quanto à causa da morte. Outro problema é a operacionalização do SIM, que é lento e burocrático.
Fonte: Diário Catarinense
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