Pacientes fora do grupo de risco e com sintomas de gripe só receberão o medicamento Tamiflu caso o quadro se agrave depois do primeiro atendimento. Por determinação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, o protocolo mudou nas cidades. Para pacientes no grupo de risco — pessoas com imunidade mais baixa, como grávidas, crianças e idosos — continua valendo a mesma regra: o medicamento é administrado imediatamente.
Também faz parte do novo protocolo critérios para a realização do exame de confirmação da doença. Segundo o diretor da Dive, Luis Antonio Silva, a medida foi tomada depois de discussões com infectologistas do Estado e pode gerar a melhora de pacientes com quadros agravados. Anteriormente, de acordo com ele, não era permitido pelo Ministério da Saúde o tratamento de pacientes com Tamiflu depois de 48 horas do início dos sintomas. A recomendação também era dada pelo fabricante do medicamento. Para Luiz Antonio, a orientação precisa ser bastante clara para quem não está no grupo de risco e apresenta os primeiros sintomas. A qualquer momento, se houver agravamento do quadro ou aparecer um novo sintoma, o paciente precisa de novo atendimento para a reavaliação do quadro. A Vigilância Epidemiológica também estabeleceu o critério para a realização de teste laboratorial de confirmação da Gripe A. Somente pessoas internadas ou gestantes terão material coletado para encaminhamento do exame. Antes, não havia critério específico para ser feito o teste.
O professor do departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Marco Aurelio Da Ros, avalia que mais importante que tentar contabilizar quantas pessoas estão com o vírus é verificar e monitorar o grupo de risco. Sobre o medicamento, ele também considera correto o protocolo.
— Dentre os adultos jovens, não há como saber quem terá os problemas agravados.
O professor de infectologia da Universidade de São Paulo (USP), Eliseu Waldman, também lembra que é necessário preservar o estoque de medicamento, já que a epidemia é mundial.
— A conduta é a mais adequada. O uso só deve ser feito em caso de complicações.
Fonte: DC online
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