A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu no começo da noite desta terça-feira a importação e a comercialização do cigarro eletrônico. De acordo com o órgão, o equipamento libera nicotina e outras substâncias cancerígenas e não ajudava no propósito de fazer o usuário parar de fumar. A decisão deve ser publicada ainda nesta semana no Diário Oficial da União. “Na verdade, o dispositivo tem as mesmas substâncias que são nocivas. Dizia-se que o cartucho do cigarro (eletrônico) era livre de nicotina, mas a FDA (agência americana responsável pela regulamentação de alimentos e remédios nos EUA) mostrou que há presença dela”, afirmou o diretor da Anvisa Agenor Álvares. Segundo ele, a decisão foi baseada em estudos científicos. De acordo com Álvares, o fato de o cigarro eletrônico não ter efeito diferente do cigarro normal e ser vendido como “alternativa” foi determinante para a proibição. “Muita gente comprava e trazia de boa fé o cigarro eletrônico com a ilusão de que o aparelho ia ajudar a parar de fumar”, disse.
A importação do equipamento pela internet também fica proibida. Segundo o diretor, as autoridades sanitárias não deixarão entrar no país aparelhos que tenham sido comprados pela rede. O cigarro eletrônico, diz Álvares, já era barrado nas alfândegas dos aeroportos. Caso os fabricantes consigam comprovar cientificamente para a Anvisa que o cigarro eletrônico tem alguma propriedade terapêutica, o diretor disse que a agência pode rever a decisão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário