Crianças que nascem prematuramente se tornam mais sensíveis a dor do que os recém-nascidos que nascem de nove meses, apontou uma pesquisa britânica. O estudo analisou cerca de 60.000 prematuros, antes de completarem 37 semanas de vida, a cada ano na Grã-Bretanha. Muitos deles passaram semanas em um tratamento intensivo e doloroso, tomando injeções, sendo alimentados por meio de um tubo ou fazendo exames de sangue no hospital antes de serem liberados a ir para casa.
Depois, uma nova análise foi feita no cérebro das crianças submetidas a esta rotina de exames, e o que se verificou foi que os prematuros ficam particularmente mais sensíveis à dor com o passar do tempo - em comparação com os nascidos no tempo certo. A descoberta é crucial em relação ao sentido do tato, destacam os cientistas.
"Nosso estudo mostra que nascer prematuramente e ser submetido à terapia intensiva afeta o processamento da dor no cérebro infantil. Essas observações devem ser a base das diferenças de sensibilidade da dor a essas mesmas crianças ao longo dos anos", destaca Rebeccah Slater, que liderou a pesquisa da Universidade College London, publicada no jornal científico NeuroImage.
De acordo com Rebeccah, estas informações permitirão aos médicos desenvolver tratamentos analgésicos para aliviar a dor dos prematuros, quando ainda estão sendo acompanhado na UTI neonatal. "Isso nos permite definir a forma ideal de proporcionar alívio a esse grupo vulnerável."
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