Fizesse chuva ou sol, Benedito Donizete de Oliveira, de 43 anos, supervisor de operações da Johnson & Johnson em São José dos Campos, interior de São Paulo, o Benê, como é chamado pelos colegas, deixava a empresa diversas vezes ao dia para caminhar 1 quilômetro. Não era exercício, mas a rotina de um fumante em uma empresa que resolveu proibir de vez o cigarro. Primeira companhia no Brasil a obter o selo de ambiente livre de tabaco, há dois anos, a Johnson hoje tem menos de 3% de fumantes.
Histórias como a de Benê devem se tornar mais frequentes daqui em diante. Em dois meses, todas as empresas do estado de São Paulo terão de pôr um fim aos famigerados fumódromos e abolir o cigarro em suas dependências por causa da lei que acaba de ser sancionada pelo governador José Serra. Cigarro, agora, só na rua. No grupo ThyssenKrupp Bilstein Brasil, do setor automotivo, que nunca teve fumódromos, os funcionários que querem fumar precisam se deslocar para fora dos prédios. A empresa implantou diversas ações ligadas à saúde e à qualidade de vida dos funcionários. Os fumantes são incentivados a largar o vício por um programa que fornece a custo zero medicação, tratamento psicológico e acupuntura. Quem consegue ganha um tratamento de clareamento dos dentes. “No último ano, conseguimos fazer com que 30% das pessoas do programa parassem de fumar”, diz Alexandre Bamberg, presidente da Thyssen, que cita benefícios como a redução de pausas no trabalho, de gastos com assistência médica, afastamentos e melhora da disposição geral do funcionário. “Gente mais saudável e disposta acaba sendo mais produtiva.”
Uma pesquisa recente do laboratório Pfizer em 14 países colocou os empregadores brasileiros entre os mais dispostos a dizer adeus ao cigarro, com 87% de intenção. Na frente dos brasileiros, apenas os indianos, com 91%. Batizado de Global Workplace Survey, o estudo entrevistou 3 515 empregados fumantes e 1 403 empregadores de empresas com mais de 100 funcionários. O estudo apontou que para 98% dos empregadores e 95% dos funcionários é inaceitável fumar no ambiente de trabalho. Além disso, 44% dos funcionários e 80% dos empregadores acham que os funcionários não fumantes são mais produtivos.
A Johnson fez um programa de acompanhamento e subsídio de 80% do tratamento com reposição de nicotina. Mais de 400 pessoas aderiram a ele. Hoje, Benê só dá tragadas antes de sair de casa. “Reduzi de 15 para seis o número de cigarros diários e me sinto mais disposto.” Quem ainda está com o cigarro na mão, é bom ficar atento. Não há histórias de empresas que discriminem claramente candidatos fumantes às vagas, mas a situação pode mudar quando eles precisarem deixar a empresa para acender seu cigarrinho na calçada. Dados mostram que o cigarro traz mais restrições a contratação do que antecedentes criminais: 12,6% contra 12,1%.
Histórias como a de Benê devem se tornar mais frequentes daqui em diante. Em dois meses, todas as empresas do estado de São Paulo terão de pôr um fim aos famigerados fumódromos e abolir o cigarro em suas dependências por causa da lei que acaba de ser sancionada pelo governador José Serra. Cigarro, agora, só na rua. No grupo ThyssenKrupp Bilstein Brasil, do setor automotivo, que nunca teve fumódromos, os funcionários que querem fumar precisam se deslocar para fora dos prédios. A empresa implantou diversas ações ligadas à saúde e à qualidade de vida dos funcionários. Os fumantes são incentivados a largar o vício por um programa que fornece a custo zero medicação, tratamento psicológico e acupuntura. Quem consegue ganha um tratamento de clareamento dos dentes. “No último ano, conseguimos fazer com que 30% das pessoas do programa parassem de fumar”, diz Alexandre Bamberg, presidente da Thyssen, que cita benefícios como a redução de pausas no trabalho, de gastos com assistência médica, afastamentos e melhora da disposição geral do funcionário. “Gente mais saudável e disposta acaba sendo mais produtiva.”
Uma pesquisa recente do laboratório Pfizer em 14 países colocou os empregadores brasileiros entre os mais dispostos a dizer adeus ao cigarro, com 87% de intenção. Na frente dos brasileiros, apenas os indianos, com 91%. Batizado de Global Workplace Survey, o estudo entrevistou 3 515 empregados fumantes e 1 403 empregadores de empresas com mais de 100 funcionários. O estudo apontou que para 98% dos empregadores e 95% dos funcionários é inaceitável fumar no ambiente de trabalho. Além disso, 44% dos funcionários e 80% dos empregadores acham que os funcionários não fumantes são mais produtivos.
A Johnson fez um programa de acompanhamento e subsídio de 80% do tratamento com reposição de nicotina. Mais de 400 pessoas aderiram a ele. Hoje, Benê só dá tragadas antes de sair de casa. “Reduzi de 15 para seis o número de cigarros diários e me sinto mais disposto.” Quem ainda está com o cigarro na mão, é bom ficar atento. Não há histórias de empresas que discriminem claramente candidatos fumantes às vagas, mas a situação pode mudar quando eles precisarem deixar a empresa para acender seu cigarrinho na calçada. Dados mostram que o cigarro traz mais restrições a contratação do que antecedentes criminais: 12,6% contra 12,1%.
Um comentário:
Fantástico, só com medidas assim que vai se conseguir reduzir o número de fumantes no mundo! Bah! Nota 10 para o governo de São Paulo! Nota 10 para o Serra.
Luiz Fernando Wanssa
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