"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Dividir chimarrão facilita transmissão da gripe, diz secretária de saúde no RS

O hábito de tomar chimarrão nas cidades do Sul do país pode agravar o número de casos da nova gripe na região, caso a cuia com a bebida seja compartilhada com alguma pessoa infectada pelo vírus Influenza A (H1N1). A informação é da Secretaria Municipal de Saúde de Itaqui (RS).
De acordo com Eliane Piffero Goulart, secretária municipal de Saúde de Itaqui, a vida do vírus Influenza A (H1N1) tem "durabilidade" diferente de acordo com o meio transmissor. "Por exemplo, ele dura cinco minutos em uma mão contaminada. Em uma superfície lisa, a vida do vírus aumenta para um período de 24 a 48 horas. No caso da saliva, a transmissão é direta. O compartilhamento da cuia de chimarrão se enquadra na transmissão pela saliva." Gil Marques Filho, prefeito de Itaqui, disse que faz um trabalho de prevenção e de conscientização sobre os riscos de contágio da nova gripe pelas conhecidas rodas de chimarrão, típicas do costume gaúcho. "É muito difícil fazer o gaúcho parar de dividir o chimarrão. Isso está enrraizado na cultura sulista, mas é um alerta que precisa ser feito para a comunidade."
Os caminhoneiros argentinos Raul Adrian Bulens, 28 anos, e Perie Medardo, 56 anos, compartilhavam a mesma cuia de chimarrão na tarde desta quinta-feira (2), no estacionamento do Porto de Itaqui. "Se tiver de acontecer, vai acontecer. A gente esá preocupado com essa gripe, mas se ficarmos tensos com tudo que não podemos fazer, deixaremos de viver", disse Medardo. Apesar de desconsiderar o risco de contágio da nova gripe pela cuia do chimarrão, Bulens disse que está assustado com a nova onda de morte por causa da doença registrada na Argentina. "Agora está assustando de verdade. Se o porto fechar, por exemplo, por causa desse problema de saúde, perderemos o emprego também, além de corrermos o risco de contrair a doença." Falcão Hector, 24 anos, também caminhoneiro argentino, disse que o compartilhamento da cuia é algo social e difícil de mudar, tanto para os argentinos como para os brasileiros. "Não tenho medo de imediato. Não divido a cuia com qualquer pessoa, normalmente fazemos isso com pessoas conhecidas e que sabemos que não estão infectados."

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