Cerca de 13 milhões de abortos são feitos por ano na China, em um país no qual há poucas dificuldades para passar por tal procedimento devido às restrições demográficas e onde 20 milhões de nascimentos são registrados anualmente, segundo números do próprio governo chinês.
Wu Shangchun, integrante da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar chinesa, declarou nesta quinta ao jornal China Daily que a metade das mulheres que abortam na China não usava nenhum método anticoncepcional.
As estatísticas do governo mostram que 62% das mulheres que abortam têm entre 20 e 29 anos de idade. Além disso, a maioria é solteira. Wu teme que o número real de abortos seja muito maior do que o publicado, já que a cifra atual foi calculada por meio de dados de instituições médicas e muitos abortos são feitos em clínicas clandestinas. Além disso, é preciso acrescentar outros 10 milhões de abortos decorrentes do uso de pílulas abortivas, segundo os números de vendas anuais destes remédios, acrescentou Wu. "Temos o duro desafio de reduzir o número de mulheres que abortam na China", afirmou.
Segundo Li Ying, professor da Universidade de Pequim, esta situação infeliz e evitável indica que os jovens chineses precisam saber mais sobre sexo. Uma pesquisa feita pelo hospital militar 411 do Exército de Libertação Popular em Xangai mostra, por exemplo, que menos de 30% das mulheres que engravidaram de forma indesejada e que eram atendidas no local não sabiam como evitar a gravidez, e apenas 17% tinham conhecimentos sobre doenças sexualmente transmissíveis.
Ainda segundo o estudo, mais de 70% dos entrevistados disseram desconhecer que a principal forma de contágio do vírus HIV é a relação sexual sem proteção. Segundo o professor Li, os pais chineses são reticentes no momento de falar com seus filhos sobre sexo. Por isso, ele pede um reforço na educação sexual por parte das universidades e da sociedade.
Para o ginecologista Yu Dongyan, parte do problema reside no fato de que o sexo não é mais considerado entre os jovens, que acham que podem aprender tudo sobre o assunto pela internet. "Entretanto, isto não significa que tenham desenvolvido uma compreensão do sexo", lembra.
É difícil fazer com que as escolas chinesas promovam a educação sexual porque alguns professores e pais acham que, com isso, estariam incentivando o sexo, diz Sun Xiaohong, do centro de educação da comissão de planejamento familiar de Xangai. De acordo com Sun Aijun, do Beijing Union Hospital, a falta de conhecimento por parte de muitas chinesas sobre a segurança do uso da pílula anticoncepcional é outro dos motivos pelos quais elas recorrem ao aborto.
Sun afirma que, além disso, os homens se negam a usar preservativos em suas relações sexuais antes ou fora do casamento. Um aborto na China custa 600 iuanes (US$ 88). Desde a década de 90, os médicos do país não perguntam sobre o estado civil da grávida antes de realizar um aborto.
Wu Shangchun, integrante da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar chinesa, declarou nesta quinta ao jornal China Daily que a metade das mulheres que abortam na China não usava nenhum método anticoncepcional.
As estatísticas do governo mostram que 62% das mulheres que abortam têm entre 20 e 29 anos de idade. Além disso, a maioria é solteira. Wu teme que o número real de abortos seja muito maior do que o publicado, já que a cifra atual foi calculada por meio de dados de instituições médicas e muitos abortos são feitos em clínicas clandestinas. Além disso, é preciso acrescentar outros 10 milhões de abortos decorrentes do uso de pílulas abortivas, segundo os números de vendas anuais destes remédios, acrescentou Wu. "Temos o duro desafio de reduzir o número de mulheres que abortam na China", afirmou.
Segundo Li Ying, professor da Universidade de Pequim, esta situação infeliz e evitável indica que os jovens chineses precisam saber mais sobre sexo. Uma pesquisa feita pelo hospital militar 411 do Exército de Libertação Popular em Xangai mostra, por exemplo, que menos de 30% das mulheres que engravidaram de forma indesejada e que eram atendidas no local não sabiam como evitar a gravidez, e apenas 17% tinham conhecimentos sobre doenças sexualmente transmissíveis.
Ainda segundo o estudo, mais de 70% dos entrevistados disseram desconhecer que a principal forma de contágio do vírus HIV é a relação sexual sem proteção. Segundo o professor Li, os pais chineses são reticentes no momento de falar com seus filhos sobre sexo. Por isso, ele pede um reforço na educação sexual por parte das universidades e da sociedade.
Para o ginecologista Yu Dongyan, parte do problema reside no fato de que o sexo não é mais considerado entre os jovens, que acham que podem aprender tudo sobre o assunto pela internet. "Entretanto, isto não significa que tenham desenvolvido uma compreensão do sexo", lembra.
É difícil fazer com que as escolas chinesas promovam a educação sexual porque alguns professores e pais acham que, com isso, estariam incentivando o sexo, diz Sun Xiaohong, do centro de educação da comissão de planejamento familiar de Xangai. De acordo com Sun Aijun, do Beijing Union Hospital, a falta de conhecimento por parte de muitas chinesas sobre a segurança do uso da pílula anticoncepcional é outro dos motivos pelos quais elas recorrem ao aborto.
Sun afirma que, além disso, os homens se negam a usar preservativos em suas relações sexuais antes ou fora do casamento. Um aborto na China custa 600 iuanes (US$ 88). Desde a década de 90, os médicos do país não perguntam sobre o estado civil da grávida antes de realizar um aborto.
Fonte: Agência EFE
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