Deitar-se nas câmaras de bronzeamento artificial pode trazer grandes perigos à saúde. Oferecido em salões de beleza e clínicas de estética, o procedimento é mais nocivo do que se expor à forte luz natural, na praia ou na piscina. É o que aponta pesquisa realizada pelo Grupo de Física das Radiações da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). De 40 aparelhos avaliados na Capital e no interior do Estado, 32 apresentavam radiação equivalente aos raios solares do meio-dia, um dos horários mais prejudiciais à pele.Realizado entre 2006 e 2008, o estudo coloca sob suspeita o sol artificial, muito procurado com a proximidade do verão por quem quer chegar à estação com “aquela corzinha”. Desde os que exageram na dose da exposição nas câmaras até aqueles que não são tão assíduos no procedimento, mas nem por isso estão isentos de seus efeitos cumulativos, ninguém é poupado dos perigos que se escondem sob a fogueira das vaidades revestida de lâmpadas.
Dentro das câmaras, as dezenas de lâmpadas de 80 a 400 watts de potência – cuja luminosidade estimula a produção de melanina, hormônio responsável pela coloração da pele – ofuscam justamente um dos principais perigos do recurso estético. Como no bronzeamento artificial não há radiação infravermelha, que dá a sensação de queimor, as pessoas se submetem ao bronzeamento sem perceber o exagero.– A câmara só emite radiação ultravioleta A, responsável pelo bronzeamento da pele, e não tem emissão de radiação ultravioleta B, que é o que dá a sensação de ardência e indica que já foi ultrapassado o limite de exposição – adverte Mara Rizzatti, coordenadora do estudo e gerente do Grupo de Física das Radiações da PUCRS.
Na escala de índices de ultravioletas – que variam de um a 18 – a radiação indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para as câmaras de bronzeamento artificial é entre um e dois. Mas, em 80% dos 40 aparelhos avaliados no Rio Grande do Sul, chegava a cinco pontos, o que corresponde ao sol do meio-dia, o mais feroz para a saúde.
Fonte: ClicRBS
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