As fortes e ininterruptas chuvas em Santa Catarina no mês de novembro causaram prejuízos às pessoas e também ao solo da região. Os terrenos afetados pelos temporais - que descarregaram o equivalente a 1.000 litros de água por metro quadrado - devem demorar, no mínimo, seis meses para se estabilizar. Até a recuperação total, as vítimas da tragédia ainda têm com o que se preocupar. O solo permanecerá sujeito a novos deslizamentos.
A Defesa Civil de Santa Catarina anunciou oficialmente 118 mortos, dos quais 98% foram vítimas de deslizamentos. Segundo o coordenador do Laboratório de Análises Ambientais da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Fernando Scheib, explicou à agência Estado, essas ocorrências resultam da saturação de água em uma parte argilosa do subsolo. Ele disse que, em condições normais de chuva, normalmente a água chega a um determinado nível e depois flui para um nível inferior. Porém, com a intensidade pluviométrica, houve um "encharcamento generalizado da camada argilosa, diminuindo a capacidade de absorção".
"A intensidade da chuva foi tão grande que essa camada chegou ao limite de sua liquidez. Deixou de exercer um papel predominante no processo de absorção", afirmou o geólogo. Na opinião de Scheib, será preciso realizar um novo planejamento de ocupação para lidar com as mudanças do solo em decorrência dos deslizamentos. "Seria vital que os governantes levassem em consideração essas transformações. A geologia nesses terrenos sofreu muitas transformações", disse.
Fonte: veja.com
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