Orientação Técnica – Doenças Diarréicas Agudas (DDA)

- Definição de caso: será considerado um caso de diarréia aguda aquele em que o indivíduo apresentar fezes cuja consistência revele aumento do conteúdo líquido (pastosas ou aquosas), com o aumento da freqüência e duração inferior a duas semanas, acompanhado ou não de vômitos, sendo um processo autolimitado, com duração média de dois a três dias.
- Definição de surto: é a ocorrência de dois ou mais casos de diarréia relacionados entre si, numa mesma área geográfica e num mesmo período de tempo.
- Condições que favorecem o aparecimento: falta de água em quantidade e de boa qualidade; falta de higiene pessoal; falta de higiene do ambiente; manipulação e/ou conservação inadequada dos alimentos.
- Principais agentes etiológicos: Staphilococcus aureus, E. coli, Bacilus cereus, Clostridium perfringens, Salmonella ssp, Shiguella ssp, Vibrio cholerae, rotavírus A, B e C, adenovírus entérico, Giardia lamblia, Entamoeba histolityca, entre outros.
- Modo de transmissão: água e alimentos contaminados, mãos contaminadas, gelo fabricado com água contaminada, chupetas, etc.
- Diagnóstico: em geral, clínico. Quando necessário, são realizados exames laboratoriais.
- Tratamento: independe do isolamento do agente, visto que o objetivo é reidratar ou evitar a desidratação. Deve ser utilizada a conduta indicada no Manual de Assistência e Controle das Doenças Diarréicas, do Ministério da Saúde.
- TRO: pode e deve ser realizada nas unidades básicas de saúde, devendo-se restringir o atendimento hospitalar aos casos de desidratação grave.
- Complicações: desidratação e desequilíbrio eletrolítico, podendo inclusive levar ao óbito. A gravidade da DDA é definida pelo grau de desidratação do indivíduo.
- Importante: os surtos de DDA não devem ser notificados, apenas registrados nos impressos próprios utilizados no Monitoramento das Doenças Diarréicas Agudas – MDDA.
- Medidas de controle e prevenção: melhoria da qualidade da água, destino adequado de lixo e dejetos, controle de vetores, higiene pessoal e alimentar

Diretoria de Vigilância Epidemiológica – SES de Santa Catarina