O Brasil começou a montar em 2008 o seu Cadastro Nacional de Adoção. É um instrumento que pretende dar racionalidade e ordem a um drama social dos mais complexos. Por um lado, a existência de milhares de crianças vivendo em abrigos, sem pais, à espera de pessoas dispostas a adotá-las. Por outro, milhares de pessoas dispostas a adotar crianças, mas nem sempre capazes de encontrar exatamente o que estão procurando.
Hoje, o interessado em adotar passa por um longo processo de habilitação, que inclui entrega de documentos, comprovação de bons antecedentes, fotos do local onde vive, entrevistas com psicólogos e assistentes sociais e um parecer do juiz da Vara da Infância e da Juventude. Sendo considerado apto a adotar, entra numa fila de pretendentes e aguarda a criança com o perfil desejado. Dependendo das características e da idade da criança que deseja adotar, a espera pode ser superior a um ano. Até então, o processo de habilitação só era válido para a localidade onde a pessoa ou o casal mora. Para buscar uma criança em outra cidade o interessado era obrigado a passar por um novo processo de habilitação.
Com a criação do cadastro nacional, isso acaba: uma vez habilitado, o requerente está apto à adoção em qualquer lugar do Brasil, o que pode facilitar a adoção. “Mas ainda é cedo para ver os resultados”, diz Iasin Issa Ahmed, juiz da Vara de Infância e Juventude de Santo Amaro, em São Paulo, a maior do país.
Último Segundo
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