A Secretaria Municipal de Saúde, em decorrência das enchentes que assolam nossa região, vem alertar sobre o risco de transmissão da leptospirose pelo contato com água e lama contaminadas com urina de roedores urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos). Este contato ocorre principalmente no período imediato após a enchente, quando as pessoas retornam para limpar suas casas, fazendo a remoção da lama e outros detritos.
Salienta ainda a Secretaria que deve-se garantir que sejam tratados todos os casos suspeitos de leptospirose, e que a coleta (após o 7º dia dos sintomas) e o tratamento sejam realizados de forma adequada.
Ressalta que não há tratamento profilático, e que a prevenção da doença consiste na adoção de procedimentos básicos para evitar o contato.
- A definição de caso suspeito de leptospirose é: “indivíduo que apresenta sinais e sintomas de processo infeccioso inespecífico e agudo (febre, cefaléia, mialgia intensa, prostração,...) E tenha sido exposto à água ou lama de enchente nos últimos 30 dias anteriores à data de início dos sintomas".
- Conduta frente ao caso suspeito: preenchimento da ficha de notificação e, na suspeita clínica com nexo epidemiológico comprovado, iniciar imediatamente o tratamento, independente da confirmação laboratorial.
- Tratamento: Ampicilina VO 6/6h por 07 dias OU Amoxicilina VO 8/8h por 07 dias OU Doxiciclina VO 12/12h por 07 dias (lembrando que a Doxiciclina não deve ser utilizada em crianças menores de 09 anos, gestantes, nutrizes e portadores de nefro ou hemopatias).
- Mesmo casos leves de leptospirose adequadamente tratados podem evoluir para quadros moderados ou graves. Os pacientes devem ser avisados sobre os sinais de alerta (tosse com dispnéia, taquipnéia, hemoptóicos, alterações urinárias como colúria e oligúria, fenômenos hemorrágicos, hipotensão, alteração do nível de consciência e icterícia), e orientados a procurar assistência hospitalar na sua vigência.
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