Sentadas em roda, na entrada de um posto de saúde de São Sebastião, elas iniciam o ritual que repetem todas as manhãs de quarta-feira, sem falta. Estão ali para conversar, desabafar, trocar experiências. Antes, porém, a coordenadora do grupo, Marilene Barbosa, lembra as regras a serem respeitadas: ouvir em silêncio, não julgar o que a outra pessoa diz, não dar conselhos, falar sempre de si e não da outra e, sempre que possível, citar canções, versos e provérbios que se relacionem com o assunto discutido. Todas de acordo, é iniciada mais uma sessão de terapia comunitária, técnica surgida há 21 anos no Ceará e que, desde então, se espalhou por todo o país e chegou à Europa.
Definida por seu criador, o psiquiatra da Universidade Federal do Ceará (UFC) Adalberto Barreto, como “um espaço de acolhimento e escuta”, a terapia comunitária acaba de ser abraçada pelo governo federal como parte da estratégia de atenção básica à saúde. Por meio de um convênio entre a UFC e o Ministério da Saúde, 1,1 mil profissionais das equipes do Programa Saúde da Família (PSF) serão capacitados, até março de 2009, para aplicar a metodologia em comunidades carentes de todo o país — exatamente o público para a qual a terapia foi desenvolvida.
Nas sessões, o terapeuta comunitário, ou facilitador, estimula os participantes a contar os problemas que os afligem. Depois das exposições, cada pessoa do grupo vota em um dos problemas apresentados. Aquele que gerar mais interesse será debatido. Além da pessoa que trouxe a questão, falam também aqueles que já passaram por uma situação parecida e podem dizer como lidaram com ela. Ao final, ocorre o ritual de agregação, quando, de mãos dadas, todos dizem o que estão levando da experiência vivida. Muitos grupos utilizam canções, que servem para encorajar os participantes a enfrentar seus problemas.
“Não se trata de psicoterapia, mas de uma rede solidária de apoio. A comunidade tem seus problemas, mas também tem as soluções”, resume a psiquiatra Maria Henriqueta Camarotti, uma das diretoras do Movimento Integrado de Saúde Comunitária do Distrito Federal (Mismec-DF), primeiro pólo a formar grupos de terapia comunitária fora do Ceará, desde 2001. Hoje, graças à entidade, cerca de 40 rodas funcionam no DF.
Fonte: Informativo da SBMFC
Definida por seu criador, o psiquiatra da Universidade Federal do Ceará (UFC) Adalberto Barreto, como “um espaço de acolhimento e escuta”, a terapia comunitária acaba de ser abraçada pelo governo federal como parte da estratégia de atenção básica à saúde. Por meio de um convênio entre a UFC e o Ministério da Saúde, 1,1 mil profissionais das equipes do Programa Saúde da Família (PSF) serão capacitados, até março de 2009, para aplicar a metodologia em comunidades carentes de todo o país — exatamente o público para a qual a terapia foi desenvolvida.
Nas sessões, o terapeuta comunitário, ou facilitador, estimula os participantes a contar os problemas que os afligem. Depois das exposições, cada pessoa do grupo vota em um dos problemas apresentados. Aquele que gerar mais interesse será debatido. Além da pessoa que trouxe a questão, falam também aqueles que já passaram por uma situação parecida e podem dizer como lidaram com ela. Ao final, ocorre o ritual de agregação, quando, de mãos dadas, todos dizem o que estão levando da experiência vivida. Muitos grupos utilizam canções, que servem para encorajar os participantes a enfrentar seus problemas.
“Não se trata de psicoterapia, mas de uma rede solidária de apoio. A comunidade tem seus problemas, mas também tem as soluções”, resume a psiquiatra Maria Henriqueta Camarotti, uma das diretoras do Movimento Integrado de Saúde Comunitária do Distrito Federal (Mismec-DF), primeiro pólo a formar grupos de terapia comunitária fora do Ceará, desde 2001. Hoje, graças à entidade, cerca de 40 rodas funcionam no DF.
Fonte: Informativo da SBMFC
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