Nos dias de hoje, quando o cuidado com a saúde é uma das maiores preocupações, a medicina ainda não encontrou a melhor forma de atender os pacientes. Muito se discute sobre a forma mais eficaz e segura de tratamento e, para isso, os governos criam programas de saúde em todas as esferas públicas. Na prática, porém, pouco se discute sobre o que realmente é importante para melhorar os tratamentos e atendimentos do País.
Os médicos se especializam em problemas do coração, do sangue, psiquiátricos e de uma determinada faixa etária, mas há um grupo que além de conhecedores gerais do corpo humano, se preocupam com a pessoa e não apenas com a doença. Especializados na Medicina de Família e Comunidade (MFC), o atendimento desses médicos não fica restrito ao gênero, órgãos ou idade: os médicos de família e comunidade são especializados no tratamento do paciente como um todo, e não restrito a uma parte, apenas. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Gustavo Gusso, "o médico de família e comunidade não quer saber apenas que doença a pessoa tem, mas qual pessoa tem determinada doença".
Esses médicos são especializados no atendimento às pessoas porque sabem como uma doença afeta a vida de familiares. Durante sua formação, aprendem que há diferentes formas de uma mesma doença afetar pessoas que vivem, por exemplo, em ambientes sociais distintos. Lembrados por muitos como os "médicos de cabeceira", esses profissionais criam vínculo com cada paciente e se tornam referência quando o assunto é a escolha do melhor tratamento.
Considerada uma especialidade estratégica nos sistemas de saúde pela maneira com a qual tratam os pacientes, os Médicos de Família e Comunidade atendem nas Unidades de Saúde da Família, planos de saúde e consultórios médicos de forma integral. As competências terapêuticas e preventivas são componentes destacadas da especialidade não apenas no Brasil, mas em países como Portugal, Canadá, Inglaterra, Cuba e Holanda, onde o contato com o médico de família virou prioridade. "Os princípios da especialidade são compatíveis com os princípios da atenção primária à saúde: primeiro contato com o sistema, atendimento ao longo da vida e cuidado coordenado e integral", explica Gusso.
Apesar de existir no País desde 1976, ter sido uma das primeiras especialidades oficializadas pela Comissão Nacional de Residência Médica e fazer parte da Organização Mundial dos Médicos de Família, a especialidade ainda não é tão conhecida no Brasil, onde a cultura das especialidades está enraizada no sistema de saúde.
Fonte: Assessoria de imprensa da SBMFC
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário