Doença característica em regiões que sofreram alagamentos, a febre tifóide é transmitida pela bactéria gram negativa Salmonella typhi, cujo quadro clínico cursa normalmente com febre alta, cefaléia, mal-estar geral, anorexia, esplenomegalia e um dos principais sinais: de Faget – dissociação pulso-temperatura, cuja presença é muito sugestiva da doença. Além de outros sinais e sintomas gerais, a febre tifóide pode causar comprometimento neurológico, diarréia e tosse seca.
A febre tifóide é uma doença de veiculação oral, cuja transmissão pode ocorrer de forma direta, através do contato direto com as mãos do doente ou portador; ou de forma indireta, guardando estreita relação com o consumo de água ou alimentos contaminados com fezes ou urina do doente ou portador. Legumes e verduras crus, irrigados com água contaminada, além de frutos do mar mal cozidos ou crus e leite não pasteurizado podem veicular salmonelas. A contaminação de alimentos normalmente é feita por portadores ou doentes oligossintomáticos; por isso, a febre tifóide também é conhecida como a “doença das mãos sujas”.
O diagnóstico da doença é basicamente clínico-epidemiológico. O período médio de incubação é de duas semanas, e a transmissibilidade persiste enquanto existirem bacilos sendo eliminados nas fezes ou urina (normalmente até o fim do período de convalescença). As principais complicações da FT são hemorragia intestinal e, mais raramente, perfuração intestinal.
Tratamento: preferencialmente ambulatorial, a primeira escolha é o Cloranfenicol. A doença também responde bem a Ampicilina, Sulfa+Trimetoprim, Amoxicilina, Ciprofloxacino e Ceftriaxone, sendo que este último tem boa indicação para FT associada à AIDS.
A febre tifóide é doença de notificação compulsória.
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