Eluana Englaro, de 37 anos, deve sofrer eutanásia. Procedimento ocorrerá após dez anos de polêmicas e de disputa judicial.
A italiana, que se tornou um símbolo do movimento pró-eutanásia, foi transferida nesta terça-feira para um hospital da cidade de Udine, ao norte da Itália, onde vai morrer pacificamente. A ambulância que levou Eluana deixou a clínica onde ela estava em Lecco, próximo a Milão, desde que entrou em estado vegetativo após sofrer um acidente de carro 17 anos atrás. Um grupo de manifestantes contrários à eutanásia tentou evitar a saída do veículo. Eles gritavam "Não a matem". A decisão de permitir o fim da vida de Eluana gerou um imento debate na Itália, com o Vaticano apoiando os adversários do "direito de morrer". Em 21 de janeiro, um tribunal de Milão derrubou uma decisão de autoridades regionais que impedia os hospitais da região de cooperar com o fim da vida de Eluana. Isso encerrou a batalha judicial de dez anos travada pelo pai de Eluana, Beppino.
Os médicos calculam que, retirada a sonda de alimentação, Eluana deve demorar 15 dias para morrer, por desnutrição/desidratação agudas. Não se pode falar em fome e sede, visto que tecnicamente a pessoa precisa estar consciente para sentir tais necessidades.
No Brasil, a legislação é omissa em relação a casos como este, e médicos que auxiliem num procedimento semelhante estão sujeitos a penalidades éticas e criminais.
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