"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Caramujo africano volta a aparecer em SC

Uma praga que há alguns anos já foi comum na região voltou a aparecer em Corupá - SC. A proliferação do caramujo africano (Achatina fulica) causa preocupação e já mobilizou a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e a de Saúde para combater a praga.
Na última semana foram espalhados pela cidade 15 pontos de coleta para que a população possa colaborar no controle da proliferação do caramujo. Por enquanto, ele está mais localizado na região central da cidade, onde tem causado estragos nas hortas e pequenas plantações das propriedades.
É recolhida uma média de 130 quilos de caramujos, que são incinerados em um local especial do aterro sanitário. Os técnicos agrícolas alertam que a população deve ter alguns cuidados ao manipular o caramujo. Ele deve ser coletado com a proteção de luvas ou sacolas plásticas nas mãos e não pode ser colocado no lixo comum, pois se levado para o aterro sanitário ele pode se proliferar naquela região.
Todo esse cuidado é porque o caramujo é responsável pela transmissão de duas doenças. A mais comum é a meningite causada por um micro-organismo chamado Angiostrongylos cantonensis, encontrado na secreção do caramujo. Seus principais sintomas sintomas são febre, vômitos e forte dor de cabeça.
Outra doença, mais rara, mas que pode ser mortal, é a angiostrongilíase abdominal. Ela também é causada por um micro-organismo presente na secreção do molusco e pode levar à morte por perfuração intestinal. Felizmente não há nenhum registro oficial de pessoas contaminadas pelas doenças dos caramujos. Essa praga começou a aparecer na região no final dos anos 80, quando algumas pessoas o confundiram com o escargot, caramujo comestível que é apreciado na alta culinária.
— Algum ignorante resolveu criar o caramujo africano e outros foram atrás achando que poderiam ganhar alguma coisa. Quando ficou comprovado que eles não são comestíveis e podem causar doenças, os animais foram largados na natureza, onde viraram uma praga — diz Jean Marcel Bertoldi Diel, técnico agrícola da Prefeitura.
Fonte: Diário Catarinense

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