Em um caso considerado "raro", um soldado britânico morreu após receber em um transplante um pulmão com câncer, publica nesta terça-feira a imprensa britânica. Matthew Millington, 31 anos, recebeu em abril de 2007 os pulmões de um homem que fumava entre 30 e 50 cigarros de fumo de rolo por dia, segundo as conclusões da investigação. Os exames iniciais não detectaram nenhum problema com o órgão, e apenas em outubro, seis meses depois do transplante, os médicos encontraram o tumor. O câncer havia crescido de 8 mm para 13 mm em apenas dois meses, a um ritmo acelerado pelas drogas imunossupressivas que Millington estava tomando para evitar rejeição.
De acordo com o jornal The Times, por ser um paciente de câncer, Millington não foi autorizado pelo hospital de Papworth, um centro de excelência em Cambridge, a ser submetido a outro transplante. O soldado passou por um tratamento de radioterapia, mas morreu dez meses depois em sua casa em Stoke-on-Trent, no noroeste da Inglaterra.
Concluída na semana passada, a investigação descartou que o paciente tenha sido vítima de negligência médica. Para o legista, Millington morreu de "complicações da cirurgia de transplante e do tratamento com drogas imunossupressivas". A viúva do soldado, que serviu no Iraque, no Chipre, na Alemanha e na Bósnia, entre outros países, disse ao jornal Daily Telegraph que o marido teve de ser submetido a três cirurgias em nove dias por conta dos problemas pós-operatórios. "Ele saiu da primeira cirurgia extremamente bem e disse que queria um café da manhã completo (com salsichas, ovos, bacon e pão frito)", afirmou Siobhan. "Depois da terceira ele estava com muita dor. Ele disse que seus pulmões pareciam dois balões vazios." Apesar disso, a família disse não acreditar que o hospital tenha agido de maneira repreensível. Uma porta-voz de Papworth afirmou que todos os órgãos utilizados em transplantes são cuidadosamente examinados e que o caso de Millington é "extremamente raro".
"Usar pulmões de doadores que fumaram no passado não é incomum", disse. "Se tivéssemos uma política de não usar pulmões de fumantes, o número de transplantes realizados seria significativamente mais baixo."
Segundo a porta-voz, em 2008/09 foram realizados na Grã-Bretanha 146 transplantes de pulmão, enquanto 84 pessoas morreram na fila de espera.
Fonte: BBC Brasil
De acordo com o jornal The Times, por ser um paciente de câncer, Millington não foi autorizado pelo hospital de Papworth, um centro de excelência em Cambridge, a ser submetido a outro transplante. O soldado passou por um tratamento de radioterapia, mas morreu dez meses depois em sua casa em Stoke-on-Trent, no noroeste da Inglaterra.
Concluída na semana passada, a investigação descartou que o paciente tenha sido vítima de negligência médica. Para o legista, Millington morreu de "complicações da cirurgia de transplante e do tratamento com drogas imunossupressivas". A viúva do soldado, que serviu no Iraque, no Chipre, na Alemanha e na Bósnia, entre outros países, disse ao jornal Daily Telegraph que o marido teve de ser submetido a três cirurgias em nove dias por conta dos problemas pós-operatórios. "Ele saiu da primeira cirurgia extremamente bem e disse que queria um café da manhã completo (com salsichas, ovos, bacon e pão frito)", afirmou Siobhan. "Depois da terceira ele estava com muita dor. Ele disse que seus pulmões pareciam dois balões vazios." Apesar disso, a família disse não acreditar que o hospital tenha agido de maneira repreensível. Uma porta-voz de Papworth afirmou que todos os órgãos utilizados em transplantes são cuidadosamente examinados e que o caso de Millington é "extremamente raro".
"Usar pulmões de doadores que fumaram no passado não é incomum", disse. "Se tivéssemos uma política de não usar pulmões de fumantes, o número de transplantes realizados seria significativamente mais baixo."
Segundo a porta-voz, em 2008/09 foram realizados na Grã-Bretanha 146 transplantes de pulmão, enquanto 84 pessoas morreram na fila de espera.
Um comentário:
Olha só... Interessante.. Ganhou na loto ao contrário!!
Luiz Fernando Wanssa.
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