"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Soldado morre após receber transplante de pulmão com câncer

Em um caso considerado "raro", um soldado britânico morreu após receber em um transplante um pulmão com câncer, publica nesta terça-feira a imprensa britânica. Matthew Millington, 31 anos, recebeu em abril de 2007 os pulmões de um homem que fumava entre 30 e 50 cigarros de fumo de rolo por dia, segundo as conclusões da investigação. Os exames iniciais não detectaram nenhum problema com o órgão, e apenas em outubro, seis meses depois do transplante, os médicos encontraram o tumor. O câncer havia crescido de 8 mm para 13 mm em apenas dois meses, a um ritmo acelerado pelas drogas imunossupressivas que Millington estava tomando para evitar rejeição.
De acordo com o jornal The Times, por ser um paciente de câncer, Millington não foi autorizado pelo hospital de Papworth, um centro de excelência em Cambridge, a ser submetido a outro transplante. O soldado passou por um tratamento de radioterapia, mas morreu dez meses depois em sua casa em Stoke-on-Trent, no noroeste da Inglaterra.
Concluída na semana passada, a investigação descartou que o paciente tenha sido vítima de negligência médica. Para o legista, Millington morreu de "complicações da cirurgia de transplante e do tratamento com drogas imunossupressivas". A viúva do soldado, que serviu no Iraque, no Chipre, na Alemanha e na Bósnia, entre outros países, disse ao jornal Daily Telegraph que o marido teve de ser submetido a três cirurgias em nove dias por conta dos problemas pós-operatórios. "Ele saiu da primeira cirurgia extremamente bem e disse que queria um café da manhã completo (com salsichas, ovos, bacon e pão frito)", afirmou Siobhan. "Depois da terceira ele estava com muita dor. Ele disse que seus pulmões pareciam dois balões vazios." Apesar disso, a família disse não acreditar que o hospital tenha agido de maneira repreensível. Uma porta-voz de Papworth afirmou que todos os órgãos utilizados em transplantes são cuidadosamente examinados e que o caso de Millington é "extremamente raro".
"Usar pulmões de doadores que fumaram no passado não é incomum", disse. "Se tivéssemos uma política de não usar pulmões de fumantes, o número de transplantes realizados seria significativamente mais baixo."
Segundo a porta-voz, em 2008/09 foram realizados na Grã-Bretanha 146 transplantes de pulmão, enquanto 84 pessoas morreram na fila de espera.
Fonte: BBC Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

Olha só... Interessante.. Ganhou na loto ao contrário!!






Luiz Fernando Wanssa.