"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

sábado, 3 de outubro de 2009

Noz-moscada

Noz-moscada é uma das especiarias obtidas do fruto da moscadeira (Myristica fragans), uma planta da família das Myristicaceae, de porte alto, atingindo cerca de 10 a 15 metros de altura, com várias ramas dispostas ao longo do tronco principal; a madeira é muito boa para confecção de móveis. O consumo de uma noz-moscada inteira ou 5 g do seu pó, podem produzir efeitos de intoxicação como: alucinações auditivas e visuais, descontrole motor e despersonalização. Contém miristicina, um IMAO (inibidor da monoamina oxidase). Até meados do século XIX a única fonte mundial de noz moscada eram as pequenas ilhas Banda nas Molucas, Indonésia. Utilizada desde o tempo dos romanos, a noz-moscada era uma das mais valorizadas especiarias na Idade Média, utilizada em noz e em macis como tempero e preservante em culinária e na medicina. Vendida por mercadores árabes à República de Veneza era distribuída na Europa a preços exorbitantes. Como os mercadores nunca divulgavam a localização exata da sua fonte, nenhum europeu conseguia deduzir a sua origem. Em Agosto de 1511, em nome do rei de Portugal, Afonso de Albuquerque conquistou Malaca, que era ao tempo o centro do comércio asiático. Conseguindo obter a localização das ilhas Banda, enviou uma expedição de três navios comandados pelo seu amigo de confiança António de Abreu para as encontrar. Pilotos malaios guiaram os portugueses via Java até Banda, onde chegaram no início de 1512. Sendo os primeiros europeus a chegar às ilhas, aí permaneceram durante cerca de um mês, comprando e enchendo os seus navios com noz moscada e cravinho. Mais tarde a noz-moscada e o macis seriam negociados também pelos holandeses, passando depois a ser cultivada na Índia, na Malásia, nas Caraíbas e noutras regiões.

2 comentários:

Anônimo disse...

E eu que pensava que só o cogumelo fazia isso...

LuCa

Anônimo disse...

Que fantástica a história da noz-moscada... Isso sim é cultura!!




Luiz Fernando Wanssa.