A quantidade de
cigarros que uma pessoa fuma por dia pode ser determinada por uma variação
genética, de acordo com uma nova pesquisa com mais de 30.000 participantes,
feita por 50 instituições médicas dos Estados Unidos.
O trabalho descobriu que os fumantes com uma
determinada variante genética consomem 30 cigarros a mais ao mês do que os
outros fumantes. Os resultados foram publicados nesta terça-feira no periódico
Translational Psychiatry e fazem parte do Estudo de Tabaco em Populações
Minoritárias (STOMP, na sigla em inglês), do Consórcio de Genética.
Os pesquisadores, que pertencem a
universidades como a de Stanford, de Indiana e de Washington, analisaram o
material genético de 32.389 indivíduos fumantes e não fumantes. Eles observaram
que uma determinada variação no gene que funciona como receptor de nicotina faz
com que a pessoa fume um cigarro a mais ao dia. Outra variante no mesmo gene já
havia sido anteriormente associada ao hábito de fumar.
Segundo Helena Furberg, uma das autoras do
trabalho, esses resultados podem possibilitar tratamentos específicos para o
vício entre as pessoas que carregam essa variação genética.
No entanto, como explica o coordenador do
estudo, Sean David, os fatores ambientais — como ter fácil acesso ao cigarro,
estar cercado por pessoas que fumam ou estar exposto a situações de stress que
levem um indivíduo a fumar mais, por exemplo — são tão importantes quanto
o fator genético e, por isso, também devem ser levados em consideração nas
abordagens contra o tabagismo.
Fonte: VEJA Saúde
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