Um estudo americano aponta que altos níveis de um hormônio que controla o apetite - a leptina - parece reduzir também os riscos de uma pessoa sofrer de Mal de Alzheimer. A pesquisa, que durou 12 anos, analisou 200 idosos e as conclusões foram publicadas nesta quarta-feira no Journal of the American Medical Association.
Entre os idosos acompanhados pelos pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Boston, 20% dos que apresentavam os menores níveis de leptina desenvolveram Alzheimer ao longo de mais de uma década de pesquisa. Entre aqueles que apresentavam os maiores níveis de leptina, esse número baixou para 6%. A leptina é um hormônio produzido pela gordura das células que envia um sinal de saciedade ao cérebro, reduzindo o apetite. Agora, novas evidências sinalizam que ela beneficia o desenvolvimento e funcionamento do cérebro e da memória. De acordo com a pesquisa, a leptina atua nessa região reduzindo os níveis de beta-amilóide, uma proteína do cérebro que contribui para o desenvolvimento do Alzheimer.
Susan Sorensen, coordenadora da pesquisa, afirma que as conclusões são "importantes" e devem ajudar no tratamento dos doentes. "Agora, é necessário fazer novas pesquisas para entendermos melhor essa relação. Isso pode nos aproximar das causas da doença e oferecer informações vitais para o desenvolvimento de novos medicamentos", afirmou Susan no estudo.
Fonte: VEJA Saúde
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