A solidão não só torna as pessoas mais tristes, como também faz mal para a saúde, afirma uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Os psicólogos envolvidos no estudo encontraram uma relação direta entre a solidão e a hipertensão, uma ligação que não depende da idade ou de outros fatores como tabagismo ou obesidade. No entanto, alertam os especialistas, a solidão nada tem a ver com a depressão ou estresse.
"A solidão se mostrou como um dos fatores de risco para a saúde de pessoas com mais de 50 anos", afirmou a pesquisadora Louise Hawkley na revista especializada Psychology and Ageing. Hawkley, da Universidade de Chicago, tem desenvolvido um trabalho pioneiro sobre o impacto da solidão na saúde e na qualidade de vida. A hipertensão, também conhecida como uma ameaça silenciosa por causa dos discretos sintomas, compromete a saúde de várias maneiras. A disfunção aumenta as chances de uma pessoa sofrer um ataque cardíaco ou um derrame. A hipertensão está entre as doenças mais comuns nos Estados Unidos e a responsável por 18% das mortes no país.
A pesquisa, liderada por Hawkley, envolveu 229 pessoas, entre 50 e 68 anos. O grupo, escolhido aleatoriamente, fez parte de um longo estudo sobre envelhecimento. Os voluntários responderam a um questionário com uma série de perguntas no intuito de determinar se eles se consideravam pessoas sozinhas. Durante cinco anos, a cientista analisou a saúde e a vida do grupo de idosos e encontrou claras conexões entre o sentimento de solidão e a hipertensão. Mesmo as pessoas com modestos níveis de solidão foram impactadas durante o estudo. Os voluntários mais sozinhos registram um aumento de até 10% na pressão sanguínea.
Fonte: VEJA Saúde
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