Apenas 5% dos fumantes que tentam abandonar o vício sem ajuda especializada consegue manter a abstinência. A grande maioria acaba voltando a acender o cigarro depois de um ano. E a principal razão para desistir da resolução é o estresse, segundo pesquisa conduzida pelo Grupo de Apoio ao Tabagismo do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo. O levantamento foi feito com 677 fumantes recorrentes atendidos pela equipe. O estresse foi relatado por mais da metade, ou 53%, dos pacientes que voltaram a fumar. Outros 13% culparam a necessidade de controlar tristezas como a causa da recaída, e 10% citaram a necessidade de diversão.
Dentre os entrevistados, 68% atribuíram o retorno ao tabagismo aos motivos citados. Segundo a psiquiatra Célia Lídia da Costa, coordenadora do GAT, é mais difícil manter a abstinência quando o indivíduo não se responsabiliza pela recaída.
A médica ressalta que o tratamento do tabagismo evoluiu bastante nos últimos anos. "Antes não havia quase nenhum recurso para diminuir os sintomas da abstinência de nicotina, um dois pontos mais complicados para quem tenta largar o vício", conta. Atualmente, há medicamentos que podem ser administrados de acordo com o perfil de cada paciente, em associação a outras abordagens, como acompanhamento psicológico e orientações comportamentais. Evitar a recaída, no entanto, ainda é o maior desafio.
Fonte: UOL notícias
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