Um pesquisador da Universidade McGill, na cidade canadense de Quebec, descobriu que drogas existentes podem ajudar no combate à tuberculose por meio do controle da produção de eicosanoides, moléculas ligadas ao sistema imunológico humano. Após a absorção da bácteria pelas vias respiratórias, macrófagos localizados nos alvéolos pulmonares detectam o parasita e o engolfam para proteger o organismo. O segredo da tuberculose está na capacidade da bactéria, obtida com o passar dos anos, de sobreviver e se replicar dentro das células de defesa.
A morte do macrófagos define a imunidade do corpo à tuberculose. Caso as células sejam destruídas por necrose, as bactérias continuam a se espalhar pelo organismo do infectado. O código genético da bactéria responsável pela tuberculose pode fazer com que o nível de dois tipos de eicosanoides favoreça à necrose dos macrófagos. Mas caso o nível de eicosanoides seja favorável, pode ocorrer apoptose nas células de defesa, mecanismo no qual a membrana é mantida, prendendo os bacilos e impedindo a disseminação da tuberculose a outras partes do corpo. O médico Maziar Divangahi descobriu em sua pesquisa que drogas existentes para o combate de outras patologias como a artrite reumatoide já controlam a produção de eicosanoides. "O próximo passo é descobrir exatamente como as drogas podem ser usadas para combater especificamente a tuberculose", afirma Divangahi.
A doença infecta entre 8 e 10 milhões de pessoas todo ano. Transmissível por meio de tosses e espirros, a patologia causada pelo bacilo de Koch mata 2 milhões de infectados anualmente. Por vezes a tuberculose não apresenta sintomas evidentes e pode persistir em indivíduos com sistemas imunológicos normais.
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