A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, em exames preliminares, casos de sarampo em duas crianças, de 11 e 12 anos. As suspeitas são agora investigadas pelo Ministério da Saúde, segundo nota divulgada na quinta-feira (19). No início de agosto deste ano, três casos importados de sarampo foram confirmados no Pará.
Os exames iniciais que confirmaram o sarampo no Rio Grande do Sul foram realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do estado (Lacen/RS). Para concluir o diagnóstico, o material foi encaminhado para o Laboratório de Referência Nacional para sarampo, na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O resultado está previsto para a próxima semana. Segundo o Ministério da Saúde, os dois irmãos estiveram com a família em Buenos Aires, de 22 a 28 de julho. De acordo com a família, eles não foram vacinados por serem alérgicos a ovo. Os três irmãos que tiveram sarampo no Pará também não haviam sido vacinados contra a doença.
Os dois casos no Sul do país foram notificados ao Ministério em 17 de agosto, e desde então autoridades locais de saúde buscam casos suspeitos de sarampo nos lugares frequentados pelas crianças.
O Brasil interrompeu a circulação do vírus autóctone (com transmissão dentro do país) do sarampo em 2000. Desde então, foram registrados cinco eventos (grupo de casos relacionados) de sarampo no país, todos importados. Os últimos casos da doença foram registrados em 2006, segundo o Ministério.
De acordo com o Ministério da Saúde, o sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida por vírus, de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. No início da doença o paciente apresenta febre, tosse, catarro e conjuntivite. Depois, esses sintomas são acentuados, com o aparecimento de manchas avermelhadas na pele. Vacinar é o meio mais eficaz de prevenção contra o sarampo. A vacina está disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 12 meses de idade.
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