"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Hermann Gonçalves Schatzmayr

Hermann Gonçalves Schatzmayr (Rio de Janeiro, 1936 — Rio de Janeiro, 21 de junho de 2010) foi um virologista brasileiro. Foi um expoente da ciência brasileira e acompanhou a própria história da virologia no país: estudou a pandemia de gripe de 1957 e 1958 no Rio de Janeiro, participou de programas de erradicação da varíola e de combate à poliomielite, além de ter produzido destacados estudos em dengue, inclusive como responsável pelo isolamento dos vírus da dengue 1, 2 e 3 no Brasil.
A partir de 1961, passou a trabalhar na Fundação Oswaldo Cruz, quando conheceu a pesquisadora Ortrud Monika Barth, nascida na Alemanha e filha do também pesquisador da Fundação Rudolph Barth (1913-1978), com que casou e viveu durante 49 anos.
Concluiu o doutorado nas universidades de Giessen e Freiburg, onde apresentou uma tese sobre o vírus da poliomielite. Ao retornar ao Brasil em 1967, foi responsável pela produção de vacina anti-variólica em ovos embrionados. Pouco depois da adesão à Fiocruz, liderou a equipe responsável pela diluição e distribuição da vacina Sabin - que acabara de ser adotada pelo Brasil e era importada na forma concentrada. Por mais de 30 anos comandou o Departamento de Virologia no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que deu origem a outros centros de referência nacionais e internacionais.
Estudou surtos de doenças no Brasil e desenvolveu projetos relacionados aos vírus de doenças como poliomielite, varíola e rubéola. Atuou na área de microbiologia, com ênfase em virologia, em temas como flavivirus (em especial, dengue e febre amarela), biossegurança e poxvirus. Em agosto de 1984, recebeu o Prêmio da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica. Ocupou o cargo de presidente da Fiocruz de 1990 a 1992, quando criou o FioSaúde, um plano de saúde sob gestão da FioPrev - instituição de seguridade social da Fiocruz.
Hermann Schatzmayr também integrou vários comitês internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi membro da Academia Brasileira de Medicina Veterinária e Academia Brasileira de Ciências, além de sócio-fundador e primeiro presidente da Sociedade Brasileira de Virologia. Schatzmayr era chefe do Departamento de Virologia do IOC quando o vírus da dengue foi isolado pela primeira vez no Brasil, em 1986, na época o do vírus tipo 1. Em 1990, também sob coordenação do pesquisador, foi isolado o vírus do tipo 2 e, em 2001, o do tipo 3.
O virologista faleceu na semana passada, aos 74 anos de idade, vítima de falência de múltiplos órgãos. Deixou um casal de filhos - um engenheiro residente na Alemanha e uma bióloga; quatro netas e um neto.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Albert Sabin


Albert Bruce Sabin (Białystok, 26 de agosto de 1906 — Washington, 3 de março de 1993) foi um renomado pesquisador médico judeu-americano, sendo melhor conhecido por ter desenvolvido a vacina oral (famosa "gotinha") para a poliomielite.
Sabin nasceu em 1906 na cidade de Białystok, então parte da Rússia (atualmente na Polônia), e imigrou em 1921 para os Estados Unidos da América com sua família. Sabin estudou medicina na Universidade de Nova Iorque e desenvolveu um intenso interesse em pesquisa, especialmente na área de doenças infecciosas. Em 1931, completou o doutorado em medicina. Passou uma temporada trabalhando em Londres em 1934, como representante do Conselho Americano de Pesquisas. De volta aos Estados Unidos, tornou-se pesquisador do Instituto Rockfeller de Pesquisas Médicas. Nesse instituto, demonstrou o crescimento do vírus da poliomielite em tecidos humanos.
Sabin esteve várias vezes no Brasil, acompanhando pessoalmente o combate à poliomielite, tendo se casado em 1972 com a brasileira Heloísa Sabin. Centenas de escolas, hospitais, clínicas e instituições brasileiras levam o seu nome. O cientista recebeu do governo brasileiro, em 1967, a Grã-Cruz do Mérito Nacional.
Em 1946 Sabin tornou-se o líder de Pesquisa Pediátrica na Universidade de Cincinnati. Publicou mais de 350 estudos, que incluem trabalhos sobre pneumonia, encefalite, câncer e dengue; foi o primeiro a isolar o vírus da dengue: o tipo I na área do mediterrâneo, durante a Segunda Guerra Mundial, e o tipo II na região do Pacífico. Com a ameaça da pólio crescendo, após a Segunda Guerra Mundial, ele e outros pesquisadores, notadamente Jonas Salk em Pittsburgh, iniciaram a busca por uma vacina para prevenir ou amenizar a doença. A vacina de Salk, desenvolvida com vírus "inativado ou morto", foi testada e liberada para o uso em 1955. Ela era eficaz na prevenção da maioria das complicações da pólio, mas não prevenia a infecção inicial de acontecer.
A inovação de Sabin aconteceu cerca de cinco anos depois, quando o Serviço Público de Saúde dos Estados Unidos apoiou sua vacina com vírus "vivo" para a pólio em 1961. Seu produto, preparado com o vírus atenuado da pólio, poderia ser tomada oralmente, e prevenia a contração da moléstia. Esta é a vacina que eliminou efetivamente a pólio em quase todo o mundo (exceto em alguns países na África e Ásia). Sabin renunciou aos direitos de patente da vacina que criou, facilitando a difusão da mesma e permitindo que crianças de todo o mundo fossem imunizadas.
Albert Sabin morreu de ataque cardíaco, aos 86 anos, em sua casa em Washington, em 1993. No mesmo ano, foi fundado naquela cidade o Instituto Sabin de Vacinas, a fim de dar prosseguimento às pesquisas sobre vacinas e perpetuar o legado construído por ele.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pais descobrem que filha morreu após receber pulmão de fumante

Uma britânica morreu de pneumonia meses depois de ter recebido um pulmão transplantado de um homem que fumou por trinta anos. A informação veio à tona quando os pais da vítima, Lynsey Scott, de 28 anos, requisitaram dados sobre a operação. Lynsey, que nasceu com fibrose cística (uma doença hereditária que causa deficiências progressivas em todo o organismo e muitas vezes leva à morte prematura), foi operada em fevereiro de 2009, após sua condição ter se deteriorado. Ela acabou morrendo em julho do ano passado, e a principal causa da morte foi identificada como sendo pneumonia. O caso levou a pedidos no país para que haja uma transparência maior dos hospitais sobre a origem de órgãos a serem transplantados.
O pai Lynsey, Allan Scott, disse que sua filha ficaria "horrorizada" se descobrisse que o pulmão pertencia a um homem que fumou por 30 anos.
"Eu posso dizer com toda sinceridade que ela ficaria horrorizada ao saber que aqueles pulmões eram de um fumante e com certeza teria se recusado a seguir em frente com a operação", disse o pai de Lynsey, Allan. "Eu entendo que em órgãos humanos não existe nada parecido com um órgão perfeito. Não é como quando existe algo de errado com seu carro e seu carro quebra - em que você recebe uma peça nova para aquele carro. Não existem peças novas para órgãos, eu entendo".
Na época, o pulmão transplantado tinha recebido a qualificação de "marginal" - ou seja, de órgão que oferece um certo risco ao receptor mas que ainda é considerado seguro.
Os pais de Lynsey defendem que os pacientes sejam avisados sobre as condições do órgão que receberão.
"Eles deveriam estar cientes no início da fase de avaliação para o transplante, deveria estar nos livretos de informação e deveria ser explicado para eles naquele momento".
O University Hospital of South Manchester (UHSM), que administra o hospital em que Lynsey foi operada, disse que seguiu as diretrizes estipuladas pela entidade que supervisiona operações e transplantes no país, o National Blood and Transplant Service.
"Existe um padrão de critérios para aceitar um órgão de um doador, baseados em indícios clínicos, que formam parte da discussão com os pacientes durante sua avaliação", afirmou um porta-voz do hospital. Pelo fato de o número de doadores de pulmão ser extremamente baixo e de 30% dos receptores morrerem antes de receber um transplante, o UHSM e outros centros de transplante ampliaram seus critérios.
Isto causou um aumento no número de pulmões disponíveis para doação considerados "seguros", segundo o porta-voz.
"Caso existam fatores ou questões envolvendo o doador que transformem a doação em um procedimento de mais alto risco nós vamos discutir estas preocupações diretamente com o receptor, por exemplo abuso de drogas ou um episódio particular na vida do doador."
De acordo com os números mais recentes obtidos pela BBC, a proporção de órgãos doados "marginais" era de 13% em 1998. Dez anos depois esse porcentual dobrou.
Um porta-voz do Departamento de Saúde britânico diz que "existem diretrizes que determinam os riscos e os benefícios de quando um órgão deve ser usado. No fim das contas esta é uma decisão do médico, do paciente e de sua família. Qualquer decisão sempre deve ser feita após uma discussão completa com a família para que eles entendam todos os aspectos do tratamento que está sendo preparado".

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Uso incorreto de anestésico levou a mortes de pacientes após endoscopia

As mortes de três mulheres após um exame de endoscopia em uma clínica de Joaçaba foram causadas pelo uso errado do anestésico, concluiu um relatório da Vigilância Sanitária de Santa Catarina. Segundo o relatório, na falta da versão em spray do anestésico, o médico responsável pelos exames, Denis Braga, diluiu a lidocaína em água e ordenou aos pacientes que a ingerissem. O procedimento não era indicado pela bula e contraria a Anvisa, que proíbe a ingestão da substância. Ainda segundo o relatório, a clínica não possuía pessoal e equipamentos de suporte para realizar endoscopias. Duas das mortes ocorreram no dia 14 de maio. Uma adolescente de 15 anos foi internada em estado grave e morreu semanas depois. Braga, que também é dono da clínica, foi solto após pagar fiança de R$ 2.550. Seu advogado não foi localizado ontem.
Fonte: Folha online

terça-feira, 8 de junho de 2010

Anel vaginal que previne Aids será testado em mulheres africanas

A Parceria Internacional para os Microbicidas (IPM, na sigla em inglês) anunciou hoje o primeiro teste em mulheres da África de um anel vaginal com antirretrovirais que poderá prevenir a transmissão da aids durante o ato sexual. A organização sem fins lucrativos apresentou na Women Deliver, uma conferência internacional sobre saúde materna em Washington, o plano do estudo que se desenvolverá em duas fases com 280 mulheres africanas voluntárias, as primeiras delas na África do Sul.
O anel vaginal é feito de silicone flexível e desprende 25 miligramas do antirretroviral durante 28 dias, o que poderia proteger as mulheres durante o ato sexual. Na primeira fase da pesquisa, algumas mulheres utilizarão durante três meses um anel de placebo e outras, o que contém o remédio. Depois, serão medidos os resultados para saber se o anel garante a proteção.
O anel da IPM foi testado e aprovado em quatro testes clínicos feitos em mulheres da Europa. Se os testes com as africanas confirmarem seu sucesso, o programa passará à terceira e última fase, que deve ocorrer em 2011 e cujos resultados devem sair em 2015. Vários tipos de anéis vaginais foram utilizados desde 2001 como método anticoncepcional ou como tratamento hormonal em países desenvolvidos. Seu sucesso, segundo a IPM, se deve à liberdade, discrição e autonomia que este tipo de produto oferece às mulheres.
– Muitas vezes as mulheres não podem controlar sua saúde sexual ou se proteger da contaminação do vírus. A tecnologia de anéis poderia resolver esse problema – assegurou a enviada especial do secretário-geral da ONU para a aids na África, Elizabeth Mataka.
Segundo dados divulgados na Women Deliver, a cada dia, mais de três mil mulheres no mundo são infectadas pela aids e a doença é a maior causa de morte de mulheres entre 15 e 49 anos na África.
Fonte: Agência EFE

domingo, 6 de junho de 2010

Jovem em relacionamentos têm menos chances de abusar de tóxicos

Jovens que vivem um romance nos dois anos após o término do colégio têm menos chances de se envolver em bebedeiras pesadas ou fumar maconha, revela um novo estudo americano. A descoberta se soma a outras, anteriores, que afirmavam ser o casamento um fator de proteção contra o abuso de álcool e drogas.
“Não estou dizendo que devemos abrir serviços de união de adolescentes”, diz Charles Fleming, autor do estudo e cientista da Universidade de Washington. “Mas é algo que os pais devem saber, assim como outras pessoas que trabalham com jovens adultos”, completa.
Fleming e sua equipe divulgaram a descoberta na edição de junho do Journal of Health and Social Behavior. A observação tem origem em uma pesquisa feita no início dos anos 1990, que acompanhou mais de 900 meninos e meninas no ensino médio e nos dois anos após a formatura. O estudo concluiu que embora os solteiros de 19 ou 20 anos tenham na verdade bebido e fumado menos durante o colegial, nos anos seguintes essa lógica se inverte.
“Eles alcançavam e até ultrapassavam seus pares”, diz Fleming, se referindo à descoberta de que, nesta fase, indivíduos solteiros têm 40% mais probabilidade de fumar maconha do que aqueles que ainda moram sozinhos, mas têm um relacionamento. Fleming e seus colegas teorizam que o suporte do parceiro pode explicar a descoberta, bem como o fato de que aqueles que vivem uma relação costumam estar mais felizes e socializar menos em locais com usuários de substâncias tóxicas, como bares e festas. Entretanto, nem sempre a relação presta essa função protetora. O estudo também revelou que os comprometidos com um parceiro usuário de maconha ou álcool têm, nas verdade, mais chances – e não menos – de também fumar ou beber.

sábado, 5 de junho de 2010

SUS pode ter critérios de avaliação de desempenho de suas equipes médicas

O método de Pagamento por Performance será discutido no próximo dia 8 de junho, em audiência pública, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, para implantação aos médicos do SUS (Sistema Único de Saúde). O objetivo da discussão é verificar se existe a possibilidade de se criar uma lei para incluir critérios de avaliação de desempenho na saúde pública.
No início do mês de junho, Brasília debaterá a viabilidade do projeto proposto pelo Deputado Federal Alceni Guerra, de viabilizar o modelo P4P de Pagamento por Performance entre profissionais de saúde do SUS. “A oportunidade de iniciar esta discussão é fundamental, pois é um tema relevante para a melhoria da saúde dos usuários do SUS, através do engajamento dos médicos e nos modelos P4P que buscam, na essência, alinhar incentivos à qualidade da assistência”, explica o doutor César Abicalaffe, um dos palestrantes convidados a discutir o tema que possui experiência na metodologia e é autor do modelo P4P-NAGIS que já está sendo usado na saúde suplementar. “O modelo muito flexível foca na qualidade da assistência à saúde, portanto pode ser aplicado para qualquer sistema de saúde ambulatorial e hospitalar, público ou privado”, explica Abicalaffe.
Fonte: Portal Médico - CFM

Modelo de Kübler-Ross

O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelo qual as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia. Segundo esse modelo, pacientes com doenças terminais passam por esses estágios. O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross em seu livro On Death and Dying, publicado em 1969. Os estágios se popularizaram e são conhecidos como Os Cinco Estágios do Luto (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte).
Os estágios são:
   1. Negação e Isolamento: "Isso não pode estar acontecendo."
   2. Cólera (Raiva): "Por que eu? Não é justo."
   3. Negociação: "Me deixe viver apenas até meus filhos crescerem."
   4. Depressão: "Estou tão triste. Por que se preocupar com qualquer coisa?"
   5. Aceitação: "Tudo vai acabar bem." 
Kübler-Ross originalmente aplicou estes estágios para qualquer forma de perda pessoal catastrófica, desde a morte de um ente querido e até o divórcio. Também alega que estes estágios nem sempre ocorrem nesta ordem, nem são todos experimentados por todos os pacientes, mas afirmou que uma pessoa sempre apresentará pelo menos dois. Outros notaram que qualquer mudança pessoal significativa pode levar a estes estágios. Por exemplo, advogados criminalistas de defesa experientes estão cientes de que réus que estão enfrentando a possibilidade de punições severas com pouca possibilidade de evitá-las freqüentemente experimentam estes estágios, sendo desejável que atinjam o estágio de aceitação antes de se declararem culpados.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vaga para médico da ESF em Itajaí

A Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí solicita a divulgação da seguinte nota:

"A Secretaria Municipal de Saúde abrirá na próxima segunda-feira (07) as inscrições para o terceiro processo seletivo simplificado deste ano visando a contratação de médicos por tempo determinado. Durante o período de vigência do contrato haverá Processo em Regime Emprego Público para os profissionais se vincularem ao quadro.A prova será aplicada no dia 03 de julho publicação do Edital do Processo Seletivo Público Simplificado, no site (www.itajai.sc.gov.br) e no Jornal Oficial do Município.
Informações: (47)3249.5502
Gentileza divulgar.
Att.
Coordenação Saúde da Família"

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Memória feminina é 15% melhor do que a masculina

Um estudo realizado pela Universidade de Londres com 10 mil pessoas na faixa dos 50 anos constatou que a memória feminina é 15% melhor do que a masculina. Para os estudiosos, características genéticas e hábitos de vida são as principais causas da vantagem. Os voluntários ouviram dez palavras e tiveram dois minutos para lembrar o maior número possível delas.
Em seguida, precisaram listá-las depois de cinco minutos e o intervalo entre a memorização e o teste foi aumentando. Na segunda etapa do estudo, a tarefa era riscar em um minuto mais letras "p" e "w" de um caça-palavras. Depois, nomear quantos animais conseguissem ao longo de um minuto. Ao final do estudo, as mulheres venceram os homens, com placar 15% melhor do que o deles em todos os testes. Os estudiosos acreditam que tal diferença está ligada a características biológicas e ao nível de estrogênio no organismo, mas que os hábitos de vida também influenciam nos resultados.
Novos estudos devem ser feitos, mas os cientistas acreditam que este já é um grande passo para entender a memória de homens e mulheres e encontrar respostas para doenças relacionadas a ela, como o Mal de Alzheimer.

Médicos denunciam más condições impostas por planos de saúde

A saúde é uma preocupação do brasileiro. Todos os meses, milhões de pessoas pagam caro para ter a segurança que um plano de saúde oferece. Mas, quanto será que custa cada serviço prestado? Essa conta pouca gente conhece. Em São Paulo, um grupo de médicos organizou uma campanha para denunciar as más condições de trabalho e os baixos valores repassados pelos convênios. Muitos profissionais estão abandonando os planos. Os reflexos dessa briga já podem ser sentidos pelos pacientes.
O presidente de cooperativa Evandro Corado Oliveira paga R$ 600 por mês para um plano de saúde família. Mas um dia, o médico disse que não iria mais atender pelo plano. “Alegando que o valor que ele recebia da consulta era muito baixo”, lembra Evandro. Sem condições de pagar a consulta, ele procurou outro médico. Mas novamente a história se repetiu. “Hoje nós não temos mais pediatra fixo, o que é muito ruim para acompanhamento da saúde do meu filho”, reclama. A médica Maria Rita de Souza Mesquita, especialista em partos de risco, chegou a ser credenciada por 15 planos de saúde. Hoje atende apenas cinco deles. O valor de um parto, segundo ela, não ultrapassa R$ 200.
“Uma escova progressiva hoje custa muito mais caro do que o valor de um parto, mesmo não sendo de risco, um parto que disponibiliza o obstetra. Você tem trabalho de parto que as vezes dura de 10 a 12 horas”, compara a médica.
Duas associações de São Paulo iniciaram uma campanha para denunciar os valores pagos por consultas e cirurgias. Elas dizem que o repasse é tão pequeno, que se nada for feito, o atendimento ficará inviável. Não são apenas os baixos valores que incomodam os médicos. “Você não poderia pedir mais do que uma cota de exames por semana e tem que atender determinado número de pacientes em poucas horas, ou seja, 30 pacientes em um período. É um atendimento que não consegue dar qualidade, não consegue conhecer aquela pessoa que está contando um problema para você e não consegue exercer uma medicina digna”, afirma o especialista em cirurgia de tórax, Altair da Silva Costa Júnior. A Federação Nacional de Saúde disse em nota, que os valores das consultas entre as suas operadoras, são em média de R$ 45. Afirma ainda que desconhece que exista pressão sobre os médicos para que eles não peçam muitos exames e que hoje a procura por credenciamento é muito grande. O presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Ricardo Machado Curi, diz que não é bem assim:
“Os pediatras nesse momento no Brasil, em vários estados, já estão se descredenciando. Outras especialidades estão sinalizando para isso. Em vários desses locais, os pacientes estão pagando porque querem manter o vínculo com o médico”.
A Fenasaúde afirmou que, em dois anos, a remuneração de médicos credenciados pelos planos aumentou cerca de 30%. A Agência Nacional de Saúde (ANS), que fiscaliza os planos, informou que criou um grupo de trabalho formado por médicos e representantes dos planos para discutir regras de remuneração.
Reportagem de hoje do Bom Dia Brasil

Câncer matará 13,2 milhões por ano até 2030, diz ONU

Até 2030, o câncer deve matar mais de 13,2 milhões de pessoas por ano, quase o dobro do número de vítimas da doença em 2008, disse a Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (AIPC, um órgão da ONU) nesta terça-feira. Também em 2030, a previsão é de que quase 21,4 milhões de novos casos sejam diagnosticados por ano. Ao lançar um novo atlas da incidência global do câncer em 2008, último ano com dados disponíveis, a agência disse que o ônus do tratamento está cada vez mais passando dos países ricos para os pobres.
"O câncer não é raro em lugar nenhum do mundo, nem confinado a países de altos recursos", disse a AIPC em nota.
Em 2008, houve 12,7 milhões de novos casos de câncer, e 7,6 milhões de mortes. Cerca de 56 por cento dos novos casos e 63 por cento das mortes foram nos países em desenvolvimento. Naquele ano, os tipos mais comuns de câncer foram de pulmão (1,61 milhão de casos), mama (1,38 milhão) e colorretal (1,23 milhão). Os mais letais foram os de pulmão (1,38 milhão de mortes), estômago (740 mil) e fígado (690 mil).
Fonte: G1 Saúde

Campanha de vacinação contra a gripe H1N1 termina nesta quarta-feira

Termina nesta hoje a campanha de vacinação da gripe A (H1N1) com o encerramento do prazo para os dois últimos grupos-alvo se vacinarem: crianças de 2 a 4 anos e 11 meses e adultos de 30 a 39 anos. Para se vacinar basta ir a um posto de saúde com a carteira de identidade, no caso de adultos, ou com o cartão de vacinação, no caso das crianças. Gestantes que ainda não se vacinaram também devem procurar um dos 36 mil postos do país.
Embora a meta de vacinar pelo menos 80% do público-alvo tenha sido atingida em quase todos os grupos, ainda está baixa na faixa etária de 2 a menores de 5 anos, com apenas 5,4% de doses aplicadas – 515 mil pessoas vacinadas de um público estimado em 9,6 milhões. Entre os adultos de 30 a 39 anos, a cobertura está em 55,2% – 16 milhões de imunizados, em um público estimado de 29 milhões. Nesses dois grupos, nenhum estado atingiu a meta mínima de 80%. O país imunizou mais de 70 milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde, o país deve atingir a meta de imunizar 80% dos adultos 20 a 29 anos. A meta foi alcançada para profissionais de saúde (100%), crianças de seis meses a menores de 2 anos (100%), portadores de doenças crônicas (100%) e indígenas (83%). Nas gestantes, a cobertura é de 70%, com mais de 2,1 milhões de mulheres vacinadas. A meta geral é 80%.
No ano passado, foram registrados 2.051 óbitos em todo o país. Desse total, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas e 189 entre gestantes. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total) e os de 30 a 39 concentraram 22% das mortes (454, no total).
Dados do Ministério da Saúde

Dificuldade dos adolescentes em se concentrar é 'mal da idade'

Se você tem menos de 20 anos e tem dificuldade para se concentrar nas suas atividades, não se preocupe, isso não é sua culpa. Uma pesquisa publicada no periódico especializado Journal of Neuroscience sugere que os adolescentes têm dificuldade de concentração porque o cérebro dessa turma é menos desenvolvido do que se pensava. De acordo com cientistas da Insitituto de Neurociência Cognitiva da Universidade College London, apesar de terem a aparência de jovens adultos, os adolescentes têm o cérebro mais parecido com o das crianças. Portanto, eles são mais desorganizados e têm mais dificuldades de concentração que os mais velhos. O cérebro, dizem os especialistas, só se desenvolve completamente no fim da segunda década de vida e princípio da terceira.
Para o estudo, um grupo de adolescentes teve sua atividade mental escaneada enquanto resolviam tarefas e tentavam não se distrair. Ao final do teste, os cientistas se surpreenderam com a quantidade de atividade detectada na parte pré-frontal do córtex, uma área localizada na parte da frente do cérebro usada para tomar decisões e realizar múltiplas tarefas. Segundo os responsáveis pela pesquisa, esse resultado mostra que os cérebros desses adolescentes estavam operando de maneira menos eficaz que o cérebro de um adulto.
"Não é fácil para os adolescentes prestarem atenção nas aulas sem deixar que a mente vagueie ou ignorar as distrações trazidas pelo irmão mais novo enquanto resolvem um problema de matemática. Mas isso não é culpa deles. Isso acontece devido à estrutura de seus cérebros", afirma Iroise Dumontheil, uma das autoras do estudo. "Os adolescentes simplesmente não possuem as mesmas capacidades mentais que os adultos."
Segundo a pesquisa, o cérebro dos adolescentes possuem muita massa cinzenta - responsável pelo tráfego de mensagens - o que significa que o pensamento deles é mais caótico que o dos adultos. A quantidade de massa cinzenta diminui com a idade, fazendo com que, com o decorrer dos anos, organizemos melhor e de maneira mais eficiente nossos pensamentos e tornemos o nosso cérebro mais eficiente.
Fonte: VEJA Saúde

Mulheres fumantes têm mais chances de enfarte, diz Inca

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) lançou uma campanha ontem, no Dia Mundial Sem Tabaco, para alertar as mulheres sobre os danos à saúde causados pelo cigarro. O órgão fez um levantamento de estudos científicos realizados nos últimos anos e destacou que o fumo, aliado a fatores específicos relacionados à vida feminina, pode aumentar em até dez vezes o risco de enfartes.
Segundo relatório divulgado pelo instituto, mulheres que fumam e usam pílulas anticoncepcionais têm dez vezes mais chances de sofrer ataques cardíacos e embolia pulmonar do que as não-fumantes que usam o mesmo método de controle de natalidade. O risco de doenças do sistema circulatório ainda aumenta em 39% e as chances de desenvolver doenças coronarianas, em 22%. O medicamento facilita a formação de coágulos e o cigarro obstrui as paredes dos vasos sanguíneos.
O Inca destaca que o tabagismo é responsável por 40% das mortes de mulheres com menos de 65 anos em todo o mundo. "Além disso, o número de casos de câncer de pulmão aumentou muito entre as mulheres, porque elas absorvem mais fumaça que os homens quando fumam - há estudos científicos que comprovam isso", disse o diretor-geral do Inca, Luiz Antônio Santini. A escolha do tema do Dia Mundial Sem Tabaco em 2010 foi uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), que aponta a mulher como principal vítima das campanhas publicitárias dos fabricantes de cigarros. "Embora o tabagismo no mundo esteja diminuindo, a redução não é tão significativa em relação às mulheres", afirmou Santini. De acordo com a OMS, ações de marketing usam categorias "ilusórias", como os cigarros "light", para atrair mulheres. A organização afirma que 63% dos consumidores desses produtos são do sexo feminino e diz que fumantes desses tipos de cigarro tendem a fumar mais e a inalar mais fumaça para absorver a quantidade necessária de nicotina.
O relatório apresentado pelo Inca aponta também os danos causados pelo cigarro à fertilidade e à gravidez. Segundo o texto, mulheres fumantes que não usam pílulas anticoncepcionais têm a taxa de fertilidade reduzida em 24%, devido à concentração de nicotina no ovário. Quem fuma antes da gravidez pode ter duas vezes mais chances de ter dificuldades de concepção. O diretor-geral do Inca também cobrou a aprovação de uma legislação federal, em tramitação no Congresso, que proíba os fumódromos em ambientes fechados, a exemplo do que estabelecem leis em vigor em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outros Estados. "Há resistência dos setores ligados à indústria (do tabaco), mas as leis estaduais mostraram que (as medidas) são eficazes", afirmou Santini.
A proteção contra a exposição à fumaça em ambientes fechados é uma das recomendações da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, assinada pelo Brasil. A lei 9.294 de 1996 proíbe o fumo em recintos coletivos, mas permite a criação de ambientes exclusivos para fumantes.
Por: Bruno Boghossian - Agência Estado

terça-feira, 1 de junho de 2010

Hospital de Camboriú inaugura novo pronto atendimento

Camboriú inaugura nesta segunda-feira a reforma e ampliação do Hospital Edwirges Bernardes. pronto atendimento do hospital foi ampliado em 300 m² e também foram construído quatro novos quartos e uma sala de recuperação com 12 leitos. Além disso, o hospital está com equipamentos novos, tanto no pronto socorro, quanto na sala de cirurgias.
A expectativa da Secretaria de Saúde de Camboriú é que o hospital se torne referência e atenda também a moradores de algumas cidades vizinhas.
Fonte: ClicRBS Itajaí