"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

terça-feira, 8 de junho de 2010

Anel vaginal que previne Aids será testado em mulheres africanas

A Parceria Internacional para os Microbicidas (IPM, na sigla em inglês) anunciou hoje o primeiro teste em mulheres da África de um anel vaginal com antirretrovirais que poderá prevenir a transmissão da aids durante o ato sexual. A organização sem fins lucrativos apresentou na Women Deliver, uma conferência internacional sobre saúde materna em Washington, o plano do estudo que se desenvolverá em duas fases com 280 mulheres africanas voluntárias, as primeiras delas na África do Sul.
O anel vaginal é feito de silicone flexível e desprende 25 miligramas do antirretroviral durante 28 dias, o que poderia proteger as mulheres durante o ato sexual. Na primeira fase da pesquisa, algumas mulheres utilizarão durante três meses um anel de placebo e outras, o que contém o remédio. Depois, serão medidos os resultados para saber se o anel garante a proteção.
O anel da IPM foi testado e aprovado em quatro testes clínicos feitos em mulheres da Europa. Se os testes com as africanas confirmarem seu sucesso, o programa passará à terceira e última fase, que deve ocorrer em 2011 e cujos resultados devem sair em 2015. Vários tipos de anéis vaginais foram utilizados desde 2001 como método anticoncepcional ou como tratamento hormonal em países desenvolvidos. Seu sucesso, segundo a IPM, se deve à liberdade, discrição e autonomia que este tipo de produto oferece às mulheres.
– Muitas vezes as mulheres não podem controlar sua saúde sexual ou se proteger da contaminação do vírus. A tecnologia de anéis poderia resolver esse problema – assegurou a enviada especial do secretário-geral da ONU para a aids na África, Elizabeth Mataka.
Segundo dados divulgados na Women Deliver, a cada dia, mais de três mil mulheres no mundo são infectadas pela aids e a doença é a maior causa de morte de mulheres entre 15 e 49 anos na África.
Fonte: Agência EFE

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