Jovens que vivem um romance nos dois anos após o término do colégio têm menos chances de se envolver em bebedeiras pesadas ou fumar maconha, revela um novo estudo americano. A descoberta se soma a outras, anteriores, que afirmavam ser o casamento um fator de proteção contra o abuso de álcool e drogas.
“Não estou dizendo que devemos abrir serviços de união de adolescentes”, diz Charles Fleming, autor do estudo e cientista da Universidade de Washington. “Mas é algo que os pais devem saber, assim como outras pessoas que trabalham com jovens adultos”, completa.
Fleming e sua equipe divulgaram a descoberta na edição de junho do Journal of Health and Social Behavior. A observação tem origem em uma pesquisa feita no início dos anos 1990, que acompanhou mais de 900 meninos e meninas no ensino médio e nos dois anos após a formatura. O estudo concluiu que embora os solteiros de 19 ou 20 anos tenham na verdade bebido e fumado menos durante o colegial, nos anos seguintes essa lógica se inverte.
“Eles alcançavam e até ultrapassavam seus pares”, diz Fleming, se referindo à descoberta de que, nesta fase, indivíduos solteiros têm 40% mais probabilidade de fumar maconha do que aqueles que ainda moram sozinhos, mas têm um relacionamento. Fleming e seus colegas teorizam que o suporte do parceiro pode explicar a descoberta, bem como o fato de que aqueles que vivem uma relação costumam estar mais felizes e socializar menos em locais com usuários de substâncias tóxicas, como bares e festas. Entretanto, nem sempre a relação presta essa função protetora. O estudo também revelou que os comprometidos com um parceiro usuário de maconha ou álcool têm, nas verdade, mais chances – e não menos – de também fumar ou beber.
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