"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Vacina contra a gripe precisa ser mais eficaz

Após analisar a literatura publicada sobre as vacinas contra a gripe utilizadas nos Estados Unidos, os pesquisadores descobriram que elas são muito menos eficazes do que se imaginava: protegem 59% dos adultos saudáveis, com níveis bem abaixo dos 70% e 90% que se espera de uma imunização desse tipo.  A descoberta se refere à vacina trivalente (que protege contra três vírus diferentes), o mesmo tipo utilizado nas campanhas de vacinação de gripe sazonal no Brasil. A vacina, entretanto, continua sendo a melhor forma de imunização contra a gripe.
Segundo os pesquisadores, contudo, é preciso encontrar novas soluções, a fim de reduzir a gripe, doenças relacionadas e mortes. A análise, publicada na revista The Lancet Infectious Diseases, foi feita a partir de 5.707 pesquisas científicas publicadas entre 1967 e 2011.
Michael Osterholm, autor do estudo da Universidade Johns Hopkins, buscou evidências de eficácia e efetividade das vacinas. Ele reduziu as análises a 31 estudos, que testaram para a presença da gripe em testes de laboratório. Além disso, a pesquisa limitou os resultados para aqueles que usaram ensaios clínicos randomizados ou outros métodos observacionais não enviesados. Eles também chamaram a atenção para a falta de pesquisas em crianças com idades entre 2 e 17 anos.
Os autores concluíram que a vacina atual é o melhor método existente para combater a gripe sazonal. Apesar disso, ela não oferece uma uma proteção de alto nível, especialmente para pessoas em risco de complicações médicas ou aquelas com mais de 65 anos. "A diferença entre 69% de eficácia e efetividade contra 90% tem um impacto importante na saúde pública em qualquer pandemia que causa morbidade grave ou aumento da mortalidade", afirma Osterholm.
Fonte: VEJA Saúde

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