Milhares
de pacientes com gonorreia podem ficar sem opções de tratamento. De acordo com
um alerta publicado nesta quarta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
sete países já relataram casos de resistência ao antibiótico cefalosporina – a
última opção de terapia disponível hoje. Estima-se que anualmente 106 milhões
de pessoas se infectem com gonorreia, uma doença transmitida sexualmente.
Até o
momento, os países que registraram os casos de resistência são Austrália,
França, Japão, Noruega, Suécia e Grã-Bretanha. "A gonorreia está se
tornando um grave desafio de saúde pública, devido à alta incidência de
infecções e redução nas opções de tratamento", diz Manjula
Lusti-Narasimhan, do Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa da OMS.
"Os dados disponíveis mostram apenas a ponta do iceberg. Sem um
monitoramento adequado, não saberemos a extensão da resistência da gonorreia.
Sem pesquisa de novos agentes antibacterianos, pode não haver tratamento eficaz
em um curto prazo."
Medicação
– Entre as novas orientações
publicadas nesta quarta-feira pela OMS está a necessidade de um monitoramento
mais apurado de quais antibióticos são usados no tratamento da doença. O órgão
pede ainda que sejam realizadas mais pesquisas sobre possíveis tratamentos
alternativos para infecções pela bactéria gonococo – causadora da gonorreia.
"Estamos
muito preocupados com relatos recentes de falha no tratamento com a última
opção disponível, a classe de antibióticos cefalosporina. Isso porque não existe
nenhuma outra nova terapia em desenvolvimento", diz Lusti-Narasimhan.
"Se as infecções por gonococo se tornarem não tratáveis, as implicações
para a saúde serão significativas."
Fonte: VEJA Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário