Fibromialgia é uma síndrome que se caracteriza por provocar dores, indisposição, fadiga, mal estar e distúrbios do sono. Mesmo sem nenhuma lesão aparente as dores são constantes, principalmente nos ombros, pescoço, costas, braços, quadris e pernas.
Há outros sintomas que parecem estar relacionados à doença, são cólicas menstruais, falta de flexibilidade pela manhã, dores de cabeça, formigamentos nas mãos e pés, dificuldades de memória e raciocínio. As pessoas com esse mal, normalmente, reclamam que ao acordar pela manhã, “parece que um trator as atropelou”.
A fibromialgia é de difícil diagnóstico já que a enorme diversidade de sintomas pode confundi-la com outras doenças físicas ou psicológicas.
Isso, aliado à falta de um medicamento específico, pode resultar em uso de remédios nem sempre adequados. Usam-se antiinflamatórios, analgésicos, relaxantes musculares e até antidepressivos. Todos os medicamentos servem apenas para amenizar os sintomas.
A base de seu tratamento são os exercícios físicos: “A melhor forma de evitar as dores da fibromialgia, além de melhorar os distúrbios do sono, é a prevenção através de atividades físicas” - sugere o reumatologista Eduardo Paiva do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná. A endorfina (analgésico fabricado pelo nosso próprio corpo) e a somatostatina (substância que promove o desenvolvimento muscular) são responsáveis pela sensação de bem estar gerado pelos exercícios físicos. Nosso corpo libera essas substâncias durante a atividade física provocando relaxamento da musculatura e aliviando os sintomas da doença. A orientação dos especialistas é para que os exercícios continuem, mesmo com dor, pois assim as dores diminuirão gradualmente.
A única certeza que se tem em relação à fibromialgia é que ela não está ligada a lesões, mas sim a distúrbios neuromusculares. A sensação de músculos fracos, que é um dos sintomas da fibromialgia, é explicada pelo fato de que a dor acaba induzindo a pessoa a fugir dos exercícios físicos, o que gera mais dor, já que nossos músculos existem para se movimentar e o sedentarismo provoca dores musculares.
No Brasil, a fibromialgia atinge cerca de 3% da população. A maior incidência está entre as mulheres entre 30 a 50 anos com vida atribulada e sem tempo para a prática de exercícios físicos.
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