"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dia mundial sem tabaco

Com o tema "Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta", o município de Itajaí, através do seu Programa de Controle do Tabagismo, comemorou hoje o Dia Mundial Sem Tabaco, evento criado e estimulado pela OMS.
Durante toda a manhã deste dia 31 de maio várias equipes formadas por profissionais da saúde e voluntários, além do pessoal do Programa Itajaí Ativo, estiveram na rua Hercílio Luz distribuindo informações sobre os males do cigarro através de folderes, panfletos, cartazes e uma mostra de pulmões (reais, cedidos pela Univali) saudáveis e tomados por doenças relacionadas ao fumo.
Itajaí conta hoje com quatro unidades de saúde que realizam o programa de controle do tabagismo, com profissionais capacitados para auxiliar aqueles que desejam parar, através de trabalho cognitivo comportamental e fornecimento de medicação aos que necessitarem:
- Unidade Central, com enf. Ivone;
- UBS Votorantim, com dr. Julio;
- UBS Espinheiros, com dr. Alexandre; 
- UBS Costa Cavalcante, com enf. Glaucia.
Todas essas equipes podem ser contatadas através da unidade central, com Ivone, no telefone (47) 3908-5639.
Abaixo, algumas imagens do evento desta quinta-feira:

















Hospitais gastam mais com pacientes que fumam, aponta estudo


Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que as complicações de saúde causadas pelo tabagismo após um procedimento cirúrgico contribuem de forma significativa para o aumento dos gastos dos hospitais no país. Segundo o levantamento, publicado na edição de junho do periódicoJournal of the American College of Surgeons, problemas respiratórios apresentados por um fumante após uma operação são os principais responsáveis por esse aumento.
De acordo com Aparna Kamath, professora da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, e coordenadora do estudo, estima-se que 30% de todos os pacientes que precisam passar por um procedimento cirúrgico sejam fumantes.
A equipe de Kamath analisou 14.853 pacientes que haviam se submetido a um procedimento cirúrgico em um período de um ano. Dessas pessoas, 34% eram fumantes atuais, 39% eram ex-fumantes e não fumavam há pelo menos um ano quando a operação aconteceu, e 27% não eram fumantes. Os pesquisadores também observaram os custos hospitalares dos centros médicos em três áreas: nos procedimentos cirúrgicos, nas operações que precisaram ser feitas após 30 dias da alta de um paciente e nos gastos com as internações.
O estudo concluiu que os gastos com pacientes fumantes eram maiores do que com não-fumantes, e o aumento dos custos se deveu principalmente a complicações respiratórias causadas pelo tabagismo após um procedimento cirúrgico.
Além disso, os resultados indicaram que os gastos totais de internação foram 4% maiores quando o paciente era fumante em comparação com pacientes que nunca haviam fumado — porcentagem que se traduziu em cerca de 900 reais a mais para cada pessoa que passou por um procedimento cirúrgico. Quando a complexidade da operação era maior, essa diferença aumentou para 6%. No entanto, essa diferença nao foi significativa quando os pesquisadores compararam ex-fumantes e não-fumantes.
Para Kamath, embora esses resultados não tenham sido uma surpresa para a equipe, ajudam a reforçar a necessidade de intervenções antitabagistas antes de um procedimento cirúrgico. "Os médicos devem encorajar os pacientes a parar de fumar antes de serem operados para que não tenham complicações respiratórias após a cirurgia", diz a pesquisadora, que ressalta que mesmo períodos curtos de abstinência de cigarro já são benéficos para a saúde.
"Embora nossa pesquisa não aborde diretamente essa questão, as evidências sugerem que parar de fumar antes de uma operação, mesmo de quatro a seis semanas antes do procedimento, melhora os resultados pós-operatórios e diminui as complicações nos pacientes", afirma.
Brasil — Uma pesquisa feita em 2010 na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que, em 2005, 27,6% dos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com procedimentos relacionados ao câncer e a doenças do aparelho circulatório e respiratório estavam relacionados ao tabagismo. Esse número se traduziu, naquele ano, em quase 340 milhões de reais.
Essa pesquisa, publicada nos Cadernos de Saúde Pública, também indicou que o tabagismo correspondeu a 7,7% dos custos totais do SUS em procedimentos de quimioterapia em todas as patologias. Além disso, entre todas as internações oferecidas pelo SUS naquele ano, 35,9% entre os homens e 27% entre as mulheres puderam ser atribuídas ao tabagismo.
De acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2011, o número de fumantes está em queda no Brasil. O porcentual de fumantes passou de 16,2%, em 2006, para 14,8%, em 2011. Os homens ainda fumam mais (18,1%) do que as mulheres (12%), mas são eles que lideram a redução do hábito: 25% dos homens declararam serem ex-fumantes.
Fonte: VEJA Saúde

Indústria do tabaco promove ataques cada vez mais agressivos, segundo OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou nesta quarta-feira que segue firme na guerra contra a indústria do tabaco, acusada de usar a "intimidação" e de lançar "ataques cada vez mais agressivos" para debilitar as políticas públicas contra o cigarro. Em entrevista coletiva realizada às vésperas do Dia Mundial sem Tabaco, celebrado nesta quinta, Douglas Bettcher, diretor da Iniciativa Livre de Tabaco da OMS, pediu unidade para resistir às artimanhas da indústria tabagista, que, por sua vez, tenta "atingir" grupos de consumidores cada vez mais jovens. "Temos que ser aliados nesta batalha contra a interferência da indústria do tabaco. A OMS rejeita terminantemente suas tentativas de intimidação e todas suas sujas artimanhas", declarou Bettcher.
O consumo de tabaco no mundo permanece estável, com 20% da população mundial. Entre os homens, a prevalência é de 38%, enquanto entre as mulheres é de 10%. "Em termos absolutos, o número de fumantes gira em torno 1,1 bilhão em nível mundial, destacando uma tendência específica ao aumento do consumo entre mulheres jovens da América Latina, Europa e algumas partes da Ásia", apontou outro analista da OMS na luta contra o tabaco, Armando Peruga. Segundo Peruga, essas regiões citadas registram cada vez mais casos de adolescentes, entre 13 e 15 anos, "viciados em nicotina", sendo que o consumo do tabaco é diretamente responsável por doenças que causam a morte de 6 milhões de pessoas ao ano.
No último século, de acordo com Bettcher, o tabaco provocou a morte de 100 milhões de pessoas. Seguindo as projeções, o século XXI poderia registrar a morte de 1 bilhão de pessoas por causa do tabaco. No entanto, as vítimas dessa indústria não são somente os fumantes, mas também todos aqueles que inalam a fumaça produzida por outros. Um recente estudo citado por Peruga revela que 300 mil pessoas no mundo morrem anualmente por causas relacionadas à exposição da fumaça do tabaco e que, deste número, 120 mil são crianças menores de cinco anos.
Ofensiva da indústria — Em termos de interferência da indústria com os processos legislativos nacionais, Peruga citou os esforços que as companhias de tabaco fazem para impedir que a Austrália introduza um novo pacote padrão para os maços de cigarros. A partir de outubro, o governo australiano deve aplicar uma nova legislação que impedirá que as empresas utilizem cores ou desenhos atrativos em torno de seus logotipos. Dentro desta nova lei, os maços terão um padrão único para todas as marcas.
A Nova Zelândia e a Grã-Bretanha já declararam publicamente sua intenção de adotar uma medida similar, em relação a apresentação dos maços de cigarros, em um prazo de dois anos. "A indústria está desesperada porque estão perdendo suas opções de espaços para fazer propaganda de seus produtos", disse Bettcher.
Dia sem cigarro — Um estudo feito recentemente por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins mostrou que, no Dia Mundial sem Tabaco, a procura por informações na internet sobre como parar de fumar, assim como a divulgação de notícias sobre o assunto, aumentam em até 84% em países da América Latina. Segundo os pesquisadores, essa é uma das primeiras vezes em que são estabelecidas evidências sobre os impactos da data no comportamento dos fumantes. Esse trabalho foi publicado na edição deste mês no periódico Journal of Medical Internet Research.
Fonte: Agência EFE

Brasil gasta R$ 21 bi ao ano por causa de males do cigarro


O Brasil gastou no ano passado 21 bilhões de reais no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.
A pesquisa foi divulgada na véspera do Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no país. São 130 mil óbitos anuais (357 por dia).
Os resultados são fruto da análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas — cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular cerebral — responderam por 83% dos gastos.
Os custos, segundo uma das coordenadoras do estudo, a economista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Márcia Teixeira Pinto, são referentes às despesas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar. "Há tempos buscamos números que indiquem o impacto do tabagismo na economia do país", diz a diretora executiva da ACT, Paula Johns. Um dos argumentos da indústria do fumo para frear medidas de prevenção é a alta arrecadação de impostos, além da alta quantidade de empregos concentrada na atividade.
Aditivos No debate mais recente, feito durante a discussão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proibição de aditivos ao cigarro, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) apontou que em 2010 a indústria recolheu 9,3 bilhões de reais de tributos e gerou receita de 4,1 bilhões de reais. "Não concordamos com o número apresentado por eles de arrecadação. Mesmo assim, é mais do que a metade do gasto com doenças", afirma Paula.
Segundo ela, os números mostram que ainda há muito o que ser feito no combate ao tabagismo. Entre reivindicações está a regulamentação da lei que proíbe fumo em locais públicos fechados e a da proibição de propaganda nos locais de venda.
Fumantes no Brasil  De acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2011, o número de fumantes está em queda no Brasil. O porcentual de fumantes passou de 16,2%, em 2006, para 14,8%, em 2011. Os homens ainda fumam mais (18,1%) do que as mulheres (12%), mas são eles que lideram a redução do hábito: 25% dos homens declararam serem ex-fumantes.
Fonte: Agência Estado

terça-feira, 29 de maio de 2012

House M.D. - resumo da terceira temporada


House (Hugh Laurie) esboça sinais de ter sentimentos logo no primeiro episódio, quando trata um paciente que está preso a uma cadeira de rodas. O médico insiste que ele pode voltar a andar, mas ninguém dá crédito às suas opiniões. No final, Cuddy (Lisa Eldestein) tenta o tratamento proposto por House. O homem volta a andar, mas a médica e Wilson (Robert Sean Leonard) decidem não contar que deu certo, para que ele seja mais humilde em suas ações.
Nesta temporada, ele também sofre com o assédio de uma jovem paciente, vivida por Leighton Meester, que tenta a todo custo conquistá-lo durante dois ou três episódios. Outro personagem que causa problemas para o protagonista é Michael Tritter, que consegue enfraquecer a amizade de House e Wilson. Cameron e Chase começam uma relação em segredo, mas logo são descobertos.
O médico tem problemas para conseguir Vicodin, o que o deixa irritado. Cuddy restringe seu acesso ao remédio, depois que ele é acusado de posse ilegal de narcóticos. House enfrenta a Justiça e passa um curto período na reabilitação.
O final da temporada é voltado para o fim de sua equipe. Foreman (Omar Epps) não agüenta mais House e resolve que vai deixar o hospital. Chase (Jesse Spencer) é demitido. Cameron (Jennifer Morisson) também decide abandonar o time.

domingo, 27 de maio de 2012

House M.D. - resumo da segunda temporada

A segunda temporada é cheia de emoções e Gregory House (Hugh Laurie) está ainda mais afinado com sua equipe. Em A Caça, o médico trata um vizinho homossexual com Aids. Durante o tratamento, o paciente tosse sangue na boca da médica Cameron (Jennifer Morisson), que passa boa parte da trama preocupada por ter sido infectada com a doença.
A temporada também é marcada pela ex de House, Stacy (Sela Ward). Os dois discutem a relação passada e tentam reatar o romance em Falha de Comunicação e Preciso Saber. Nada dá certo e House se diz incapaz de amar, apesar de sofrer com isso.
Em Sexo Mata, House causa polêmica ao desobedecer ao Comitê de Transplantes. Seu paciente, que sofre de síndrome de Fitz-Hugh-Curtis, precisa de um coração, mas não está apto a recebê-lo. Irritado com a situação, ele usa o órgão de uma mulher morta, que também teve os órgãos rejeitados pelo Comitê de Transplantes.
Além de tudo isso, no final, o protagonista leva um tiro na perna de um ex-marido de uma paciente. O caso nunca foi bem explicado, mas atiçou a curiosidade dos fãs para uma próxima temporada.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

House M.D. - resumo da primeira temporada


Logo de cara, Gregory House (Hugh Laurie) já é apresentado com a irreverência que vai marcar todas as demais temporadas. Por ser a primeira, tem muitos episódios marcantes. Entre eles, Maternidade, em que bebês são infectados por bactérias e o médico acaba precisando perder um deles para descobrir a cura. Sua primeira equipe é formada por Cameron (Jennifer Morrison), Chase (Jesse Spencer) e Foreman (Omar Epps).
Os métodos nada tradicionais para desvendar alguns diagnósticos causam polêmicas logo nos primeiros capítulos. Quando um bilionário começa a financiar o hospital, Cuddy (Lisa Eldestein) precisa defender a permanência do médico no Princeton-Plainsboro. Sofrendo com dores na perna, ele é desafiado a ficar sem tomar Vicodin. Além disso, House também precisa lutar para que sua equipe não seja demitida.
House também consegue seu primeiro problema com a Justiça. No episódio Me Deixe Morrer, ele trata um músico de jazz com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que pede para não passar por procedimentos de ressucitação. House, claro, o desobedece.
No episódio 21, Três Histórias, a ex-mulher do médico, Stacy (Sela Ward), aparece e pede que ele trate seu atual marido. Durante o capítulo, ele relembra como ficou manco de uma perna. House se diagnosticou com a 'morte' do músculo. Ao lado de Stacy consultou a Dr. Cuddy, que sugeriu amputar o membro.
O médico recusou e disse que desejava restaurar a circulação de sua perna, o que o salvou da amputação, mas o condenou a uma vida de dor. Durante a operação, Cuddy desobedeceu a uma das sugestões de House e retirou todo o tecido morto, sem amputar a perna, o que deixou o membro desfigurado e não resolveu o problema.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Variação genética pode determinar quantidade de cigarros que uma pessoa fuma


A quantidade de cigarros que uma pessoa fuma por dia pode ser determinada por uma variação genética, de acordo com uma nova pesquisa com mais de 30.000 participantes, feita por 50 instituições médicas dos Estados Unidos.
O trabalho descobriu que os fumantes com uma determinada variante genética consomem 30 cigarros a mais ao mês do que os outros fumantes. Os resultados foram publicados nesta terça-feira no periódico Translational Psychiatry e fazem parte do Estudo de Tabaco em Populações Minoritárias (STOMP, na sigla em inglês), do Consórcio de Genética.
Os pesquisadores, que pertencem a universidades como a de Stanford, de Indiana e de Washington, analisaram o material genético de 32.389 indivíduos fumantes e não fumantes. Eles observaram que uma determinada variação no gene que funciona como receptor de nicotina faz com que a pessoa fume um cigarro a mais ao dia. Outra variante no mesmo gene já havia sido anteriormente associada ao hábito de fumar.
Segundo Helena Furberg, uma das autoras do trabalho, esses resultados podem possibilitar tratamentos específicos para o vício entre as pessoas que carregam essa variação genética.
No entanto, como explica o coordenador do estudo, Sean David, os fatores ambientais — como ter fácil acesso ao cigarro, estar cercado por pessoas que fumam ou estar exposto a situações de stress que levem um indivíduo a fumar mais, por exemplo —  são tão importantes quanto o fator genético e, por isso, também devem ser levados em consideração nas abordagens contra o tabagismo.
Fonte: VEJA Saúde

EUA divulgam recomendação contra exame preventivo para câncer de próstata


Fazer exames periódicos para a prevenção do câncer de próstata pode não trazer benefício algum. É o que afirma a mais nova recomendação da Força Tarefa para Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF, sigla para United States Preventive Services Task Force), um órgão do governo americano formado por um grupo independente de especialistas em saúde preventiva. Em artigo publicado no periódico Annals of Internal Medicine, a USPSTF afirma que os prejuízos da triagem, independentemente da idade do homem, são maiores do que os seus reais benefícios.
Em sua última recomendação, publicada em 2008, os pesquisadores da Força Tarefa haviam concluído que não havia evidências que apoiassem a triagem para homens acima dos 75 anos de idade. Um painel independente de especialistas revisou, no entanto, as evidências usadas à época e concluiu que os danos da triagem com o antígeno específico de próstata (PSA) são maiores do que os benefícios. Na avaliação, foi levada em consideração apenas danos e benefícios à saúde, mas não custos.
Prejuízos – Nos dois grandes testes usados pela Força Tarefa, os homens eram assintomáticos. O primeiro, conduzido nos Estados Unidos, não demonstrou redução alguma na mortalidade pelo câncer como um resultado da triagem. O segundo, feito em sete países europeus, descobriu uma redução de cerca de uma morte para cada 1.000 homens – em um subgrupo de homens com idades entre 55 e 69 anos. Os resultados, no entanto, foram evidentes apenas em dois países. Nos outros cinco, não houve uma redução significativa nas mortes.
Segundo a USPSTF, fortes evidências mostram que a triagem está associada a danos significativos. Aproximadamente 90% dos homens que tiveram a doença detectada pela triagem passaram por tratamentos precoces com cirurgia, radiação ou terapia de privação de hormônios masculinos. Algumas evidências apontam, no entanto, que mais de cinco em 1.000 homens morrem cerca de um mês após a cirurgia para o câncer. Entre 10 e 70 sobrevivem, mas sofrerão ao longo da vida de efeitos colaterais, como incontinência urinária e disfunção erétil e intestinal.
Conclusão precipitada — De acordo com William J. Catalona, diretor médico da Fundação para Pesquisa Urológica e autor de um editorial que acompanha a pesquisa, a recomendação da Força Tarefa tem subestimado os benefícios e superestimado os danos da triagem. Ele e seus coautores argumentam que a Força Tarefa – cujo painel não inclui urologistas ou especialistas em câncer – baseia sua recomendação em estudos. Além disso, as recomendações focam apenas na mortalidade e não levam em consideração a dificuldade em se viver com um câncer avançado.
De acordo com Otis W. Brawley, diretor da Sociedade Americana de Câncer e autor de um segundo comentário que acompanha a publicação, o diagnóstico em demasia faz a triagem parecer salvar vidas quando ela verdadeiramente não o faz. Isso porque muitos homens são diagnosticados com câncer de próstata que poderia nunca progredir. Mas como são tratados, eles pensam que a triagem salvou suas vidas. "Muitas pessoas têm uma fé cega na detecção precoce do câncer", diz Brawley.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Sensibilidade materna ao glúten aumenta risco de esquizofrenia nos filhos


Mães que são sensíveis ao glúten, proteína presente no trigo, na cevada, na aveia e no centeio, podem influenciar o risco de seus filhos terem problemas psiquiátricos, como esquizofrenia, segundo pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, e da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Essa é a primeira vez em que tal associação é feita. Antes, o aumento das chances de distúrbios como esses só havia sido relacionado com infecções e outras desordens inflamatórias maternas. O resultado faz parte de uma pesquisa que será publicada na edição do mês de junho do periódico American Journal of Psychiatry.
Os pesquisadores analisaram dados do nascimento e amostras de sangue de 764 recém-nascidos entre 1975 e 1985. Eles mediram, no sangue dos bebês, os níveis do anticorpo IgG, que ataca a proteína do leite de vaca e também a gliadina, um dos componentes do glúten. Esse anticorpo, cuja presença determina a sensibilidade que uma pessoa tem a esses alimentos, atravessa a placenta durante a gravidez para conferir ao bebê imunidade.
Ao longo dos anos seguintes, 211 dessas crianças desenvolveram alguma desordem psiquiátrica, como esquizofrenia ou transtorno delirante. Os resultados indicaram que crianças que tinham maiores níveis do anticorpo anti-gliadina apresentaram o dobro de risco de terem um problema psiquiátrico do que as crianças com quantidades normais do anticorpo. A associação continuou a mesma mesmo depois de a equipe adequar os resultados para fatores que ajudam a desencadear desordens psiquiátricas, como idade da gestante e peso do bebê ao nascer.
De acordo com Hakan Karlsson, que coordenou o trabalho, esses dados reforçam a ideia de que os riscos de uma desordem psiquiátrica podem ser moldados por, além de genes e estilo de vida, fatores associados à gestação da mãe. “No entanto, isso não significa de maneira alguma que todo o tipo de sensibilidade a alimentos provoquem esquizofrenia”, diz o pesquisador.

CONHEÇA A PESQUISA:
Título original: Maternal Antibodies to Dietary Antigens and Risk for Nonaffective Psychosis in Offspring
Onde foi divulgada: periódico American Journal of Psychiatry
Quem fez: Hakan Karlsson, Åsa Blomström, Susanne Wicks, Shuojia Yang, Robert Yolken e Christina Dalman 
Instituição: Instituto Karolinska, Suécia, e Universidade Johns Hopkins Estados Unidos
Dados de amostragem: 764 recém-nascidos
Resultado: Sensibilidade da mãe ao glúten está associada ao dobro do risco do filho apresentar uma desordem psiquiátrica, como esquizofrenia ou transtorno delirante, ao longo da vida

Fonte: Revista VEJA

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Comer ovos no café da manhã mantém a fome distante até o almoço


Um estudo descobriu que quando as pessoas comem ovos mexidos no café da manhã ficam com menos fome na hora do almoço do que aquelas que começam o dia com cereais. O estudo concluiu que um ovo é capaz de fazer com que as pessoas se sintam satisfeitas por mais tempo do que outros alimentos. As informações foram publicadas no Daily Mail.
No estudo, 20 pessoas saudáveis comeram no café da manhã dois ovos mexidos ou uma tigela de cereal a cada dia, durante uma semana. O Congresso Europeu sobre Obesidade disse que as refeições eram semelhantes em tamanhos e tinham o mesmo número de calorias. Eles também tinham a mesma quantidade de proteínas, carboidratos e gordura. Em seguida, na fase de preparação para o almoço, os voluntários foram questionados sobre intensidade de sua fome. Eles tiveram acesso a um buffet e a quantidade que cada um comeu foi monitorada. Finalmente, exames de sangue foram feitas.
Os resultados mostraram que as pessoas se sentiram mais completas após o café da manhã com ovo. Isto levou-os a comer menos do buffet. Os exames de sangue mostraram diferenças distintas nos níveis de hormônios do apetite. Os níveis de grelina, que é associado com a sensação de fome, foram menores nos que comeram ovo. Esses efeitos de saciedade são geralmente atribuídos ao elevado nível de proteína que ele contém.
Neste estudo, o cereal continha a mesma quantidade de proteína que os ovos mexidos, e, com isso, os investigadores da Louisiana State University deduziram que a qualidade da proteína é importante.
Fonte: Portal Terra Saúde

Veja algumas dicas simples para perder peso


Sempre acontece o mesmo com todo mundo: as pessoas prometem eliminar todos os alimentos ricos em gordura da dieta, mas no dia seguinte voltam a comer biscoitos, aproveitam para tomar drinques no happy hour e em pouco tempo, a dieta é sabotada.
Para ajudar essas pessoas, o site Health fez uma lista para ajudar as pessoas a perderem peso aos poucos, ajustando a dieta à vida e ao dia a dia.
Troque a sua listinha de prioridades: evite pedir pratos elaborados nos restaurantes e determine alguns dias para comer apenas salada e frango grelhado.
Fuja dos lanchinhos: evite comprar salgadinhos, pipocas, chocolates ou todos esses pacotes de guloseimas que são vendidos no supermercado. Te obrigar a ir ao mercado cada vez que te dá vontade, faz você desistir de comer.
Faça um café da manhã de 300 calorias: misture proteínas, grãos integrais e, com isso, você irá conseguir evitar devorar grandes pratos na hora do almoço.
Mova-se: quando você já não entrar mais na calça jeans, passe a dedicar pelo menos 20 minutos do dia para uma corrida.
Pare de fumar: troque um vício pelo outro: deixe de fumar e crie adoração pela academia. Esta é a melhor forma de você se sentir mais saudável.
Faça uma limpeza: limpe sua despensa e substitua os alimentos mais calóricos por sementes de girassol torradas ou cereais de chocolate.
Torne seu happy hour mais saudável: depois do trabalho, as pessoas costumam combinar de sair para comer ou beber alguns drinques. No lugar, combine uma caminhada ou exercícios em grupo.
Faça uma play list: carregue seu tocador de músicas com sons animados e que te façam ter ainda mais vontade de fazer exercícios e deixe seu treino animado.
Prefira os vegetais: acrescente vegetais em alimentos que teoricamente seriam mais gordurosos como a pizza, por exemplo.
Faça exercícios de 5 minutos: faça alguns ataques de exercícios nos tempos livres. Faça polichinelos ou abdominais durante comerciais de televisão ou uma dança enquanto lava pratos.

Conselho Federal de Medicina define critérios de diagnóstico de anencefalia


O Conselho Federal de Medicina (CFM) definiu os critérios para diagnóstico de fetos com anencefalia (sem cérebro ou parte dele). As regras foram publicadas no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira.
A chamada "anencefalia" é uma grave malformação fetal que resulta da falha de fechamento do "tubo neural" (a estrutura que dá origem ao cérebro e a medula espinhal), levando à ausência de cérebro, calota craniana e couro cabeludo. A junção desses problemas impede qualquer possibilidade de o bebê sobreviver, mesmo se chegar a nascer.
O Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou há um mês a interrupção da gravidez nesses casos. As grávidas de fetos anencéfalos poderão optar por interromper a gestação com assistência médica e sem risco de serem penalizadas.
Segundo a nova resolução, o diagnóstico de anencefalia deve ser feito por exame de ultrassom realizado a partir da 12ª semana de gestação, contendo fotos que demonstrem a ausência da calota craniana, além de laudo assinado por dois médicos, capacitados para tal diagnóstico.
De acordo com o CFM, "concluído o diagnóstico de anencefalia, o médico deve prestar à gestante todos os esclarecimentos que lhe forem solicitados, garantindo a ela o direito de decidir livremente sobre a conduta a ser adotada, sem impor sua autoridade para induzi-la a tomar qualquer decisão ou para limitá-la naquilo que decidir".
"É direito da gestante solicitar a realização de junta médica ou buscar outra opinião sobre o diagnóstico. Ante o diagnóstico de anencefalia, a gestante tem o direito de manter a gravidez ou interromper imediatamente a gravidez, independente do tempo de gestação, ou adiar essa decisão para outro momento", diz o texto.
A resolução do CFM diz ainda que "se a gestante optar pela manutenção da gravidez, ser-lheá assegurada assistência médica pré-natal compatível com o diagnóstico. Tanto a gestante que optar pela manutenção da gravidez quanto a que optar por sua interrupção receberão, se assim o desejarem, assistência de equipe multiprofissional nos locais onde houver disponibilidade."
Fonte: Portal G1

Probiótico reduz diarreia causada por uso de antibióticos


Um estudo promovido pelo instituto RAND - organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos que desenvolve pesquisas nas áreas de saúde, educação, direito e meio ambiente - indica que o consumo de probióticos ajuda a reduzir casos de diarreia em tratamento com antibióticos. O trabalho foi publicado nesta quarta-feira no periódico Journal of the American Medical Association.
De acordo com os cientistas, pelo menos 30% dos pacientes em tratamento com antibióticos sofrem de diarreia. Esse efeito colateral é um dos principais motivos que levam pacientes a interromper o uso do medicamento antes do tempo previsto, prejudicando o tratamento.
O estudo mostrou que o uso a incidência de diarreia em pacientes em tratamento com antibiótico foi 42% menor naqueles que ingeriram probióticos. "Nós descobrimos um claro efeito benéfico dos probióticos na prevenção ou no tratamento de diarreia associada ao uso de antibióticos", diz o coautor do estudo, Sydne J. Newberry, do RAND. 
Mais eficientes - Os pesquisadores do RAND fizeram uma longa revisão da literatura médica para levantar os últimos estudos sobre o uso de probiótico para prevenção e tratamento de diarreia associada ao uso de antibióticos.
De acordo com os pesquisadores, nos últimos anos, vários estudos individuais foram feitos para entender o papel dos probióticos na prevenção e tratamento desse efeito colateral dos antibióticos. A ideia deles foi reunir os resultados encontrados em uma única pesquisa para chegar a dados mais consistentes sobre o tema.
Os autores ressaltam a necessidade de estudos futuros para verificar se existem linhagens ou grupos de probióticos mais eficientes na prevenção de diarreia ou se o uso deles pode trazer algum risco para a saúde dos pacientes.
Fonte: VEJA Saúde

domingo, 13 de maio de 2012

Usuário de plano de saúde terá número do Cartão SUS


Cerca de 30 milhões de usuários de planos de saúde cadastrados pelo Ministério da Saúde terão também o número do Cartão Nacional de Saúde, do SUS. De acordo com proposta do Ministério da Saúde, as operadoras devem, no momento da troca do cartão, adicionar na nova versão tanto o número do plano quanto o do Cartão. O objetivo é facilitar a cobrança por serviços prestados pelo SUS a clientes dos planos de saúde.
"Isso vai permitir a comparação dos dados, tornando mais fácil a cobrança do ressarcimento", disse o ministro da saúde, Alexandre Padilha. O ministro afirmou não haver um prazo para que todos os cartões de planos de saúde estampem também o número de inscrição do cartão nacional de saúde. O número do cartão já é exigido para atendimento de alta complexidade, tanto ambulatorial quanto hospitalar.
Recorde - O governo anunciou nesta terça-feira uma arrecadação recorde de reembolso de planos de saúde. Em 2011, a pasta recebeu 82,8 milhões de reais de ressarcimento de planos de saúde, um valor cinco vezes superior ao que havia sido reembolsado em 2010, 15,42 milhões de reais. "Mudanças no sistema de informação permitiram o avanço", disse Padilha. O ressarcimento recebido ano passado é referente a procedimentos realizados não apenas em 2011, mas também em anos anteriores.
Pela lei, planos de saúde devem reembolsar o Ministério quando seus usuários recebem tratamento no SUS. Operadoras, porém, resistiam em cumprir a determinação. Em 2010, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estimava que operadoras deviam cerca de 400 milhões de reais ao SUS. Além da resistência no pagamento, a ANS durante o período deixou de cobrar pelos procedimentos.
Antes da instalação do sistema eletrônico de cobrança, o tempo médio para o pagamento de ressarcimento ao SUS era de cerca de quatro anos. Além do novo sistema, Padilha disse esperar que o sistema de cobrança das operadoras ganhe reforço com a inscrição de usuários no Cartão Nacional de Saúde. A regra começa a valer a partir de junho, mas não haverá tempo suficiente para a entrega dos números a todos os usuários. De acordo com ministro, pacientes não vão precisar apresentar, no primeiro momento, a inscrição. "A falta do número não pode ser usado como justificativa para recusa no atendimento", afirmou Padilha.
Fonte: Agência Estado

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Nunca chame uma mulher de gorda...


Estudo: dietas restritivas são pouco eficazes a longo prazo


Os regimes restritivos, como a dieta Dukan, podem reduzir o peso rapidamente, mas são menos eficazes a longo prazo que os conselhos nutricionais das autoridades de saúde sobre alimentação saudável, variada, em quantidades moderadas e sem beliscar entre as refeições, afirma um estudo francês.
O relatório, baseado nas respostas de 105.711 pessoas questionadas mensalmente durante três anos, revelou que apesar de certos regimes restritivos, como a dieta Dukan, "terem um efeito espetacular em um primeiro momento, não são eficazes a longo prazo", explicou o coordenador do estudo, Serge Hercberg. O Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica francês (Inserm) detectou que até 76% das pessoas que tinham seguido as recomendações nutricionais oficiais tinham conseguido perder peso e mantido a forma conseguida inclusive seis meses após abandonar a dieta.
No entanto, aqueles que seguiram dietas como a hiperproteica Dukan ou a Cohen, personalizada segundo os níveis hormonais de cada indivíduo, assim como regimes "caseiros" tiveram resultados eficazes apenas a curto prazo. Além destes resultados, os responsáveis pelo relatório "NutriNet-Saúde" destacaram dados que consideram alarmantes: 7 em cada 10 mulheres e 5 em cada 10 homens gostariam de diminuir seu peso, apesar de muitos deles não apresentarem quilos a mais.
De fato, quase 6 em cada 10 mulheres e 3 em cada 10 homens sem sobrepeso gostariam de estar mais magros, um fato que deveria gerar reflexão sobre o ideal promovido na sociedade, alertou Hercberg. Este professor da Universidade Paris 13 acrescentou que quase 30% das mulheres seguiram cinco dietas em sua vida e 9% tinham passado de dez, uma "espiral de regimes" que os especialistas consideram perigosa para a saúde. Além disso, 36% delas tinham começado a fazer dieta entre os 15 e 25 anos, uma precocidade que também preocupa os responsáveis do estudo.
"Sem indicação médica, não há nenhuma razão para se impor um regime severo quase perpétuo", disse Hercberg, para quem no caso das adolescentes, estas práticas são "ainda mais questionáveis" porque podem gerar problemas de crescimento.
Fonte: Agência EFE

Exigir garantia para internação hospitalar poderá ser considerado crime


A Câmara aprovou nesta quarta-feira projeto tornando crime condicionar o atendimento de emergência em hospitais a qualquer garantia, como o cheque-caução e nota promissória. O projeto torna crime também a exigência de preenchimento prévio de formulários administrativos para que o paciente receba atendimento médico-hospitalar emergencial.
O texto prevê a pena de prisão de três meses a um ano, além de multa. A pena será aumentada até o dobro se a falta de socorro resultar em lesão corporal de natureza grave e até o triplo, se resultar em morte. A proposta foi aprovada no plenário da Câmara mediante acordo entre os partidos e seguirá agora para votação pelos senadores.
O projeto foi encaminhado ao Congresso pelo Executivo, depois da morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, após sofrer um infarto, em janeiro deste ano. Ele morreu depois de procurar atendimento em dois hospitais privados de Brasília. A família de Ferreira afirmou que o socorro foi negado, porque lhe foi exigido um cheque-caução, mas o ex-secretário estava sem o talão de cheques. Os hospitais procurados não aceitavam o plano de saúde do servidor.
Os estabelecimentos de saúde serão obrigados também, de acordo com o projeto, a fixar em local visível, cartaz com o texto da lei informando ser crime "a exigência de cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição de atendimento médico-hospitalar emergencial".
Omissão de socorro — A exigência de garantias, como o cheque-caução, atualmente, é tratada no Código Penal como omissão de socorro. No entanto, o projeto vai dar mais garantias ao paciente e permitir a punição mais dura e efetiva à instituição que condicionar o atendimento. O projeto foi elaborado por determinação da presidente Dilma Rousseff como forma de evitar mais mortes por falta de socorro.
"A inviolabilidade do direito à vida, a proteção à saúde e a dignidade humana, são garantias fundamentais de qualquer pessoa, cabendo ao Estado assegurar sua efetivação, intervindo não apenas para garantir os serviços públicos necessários à sua concretização, mas também para afastar qualquer forma de agressão", afirmaram os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Saúde, Alexandre Padilha, no projeto encaminhado ao Congresso em fevereiro deste ano.
Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Exame de sangue poderia ajudar a prever risco de depressão pós-parto


Novas descobertas feitas por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Warwick, na Grã Bretanha, podem ajudar na criação de um exame de sangue capaz de prever o risco de uma mulher ter depressão pós-parto. Uma pesquisa feita por esses especialistas identificou determinadas variações genéticas que são mais frequentes em mães que apresentam o problema. Portanto, segundo os autores, testes capazes de detectar tais variações poderiam ajudar a prevenir e tratar a depressão. Esses resultados foram apresentados nesta quarta-feira no Congresso Internacional de Endocrinologia, em Florença, na Itália.
Aproximadamente uma em cada sete mulheres que dão à luz sofrem dessa depressão, e o problema costuma aparecer cerca de duas semanas após o parto, segundo explicam os autores do trabalho. De acordo com os pesquisadores, trata-se de uma condição grave e cujos sintomas incluem tristeza, episódios de choro, diminuição da libido e ansiedade. Além da mulher, o problema pode também afetar a criança, já que mães depressivas tendem a ser menos afetuosas e interagir menos com seus filhos, que podem vir a desenvolver problemas emocionais e comportamentais ao longo da vida.
No estudo, foram avaliadas 200 mulheres grávidas em dois momentos: na primeira consulta pré-natal de cada uma e, depois, entre a segunda e a oitava semana após elas darem à luz.  Os pesquisadores descobriram que aquelas que sofreram de depressão pós-parto foram mais propensas a apresentarem variações genéticas específicas em receptores que estão ligados à resposta hormonal ao stress. Essa atividade acontece no hipotálamo, região do cérebro relacionada aos sistemas nervoso e endócrino e à liberação de uma série de hormônios na corrente sanguínea. De acordo com os autores, testes sanguíneos poderiam identificar as variações e, assim, ajudar a prever o risco de depressão pós-parto.
De acordo com os especialistas, esses resultados sugerem que a depressão pós-parto é um subgrupo específico dos casos de depressão que são desencadeados por fatores ambientais e também genéticos. "Nós acreditamos que fizemos uma descoberta com importantes implicações clínicas e sociais. Se pudermos identificar com antecedência quais mulheres podem sofrer de depressão pós-parto, seremos capazes de tratá-las de forma adequada e em má fase inicial. Assim, melhoraremos não apenas a vida dos pais, mas também de seus filhos", diz Dimitris Grammatopoulos, um dos autores do estudo.
Publicado em VEJA online