"Quereis ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência.
Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?"

- Esculápio -

domingo, 29 de novembro de 2009

Tarja preta: dose, remédio ou veneno?

Interessante reportagem publicada neste final de semana no Diário Catarinense, realizada pela repórter Ângela Bastos, falando sobre o avanço das medicações de "tarja preta" no mercado farmacêutico brasileiro:
— Doutor, quero que o senhor me receite Rivotril.
— Por que você quer Rivotril? — pergunta o médico.
— Porque preciso estudar e passar em um concurso público.
O cenário é o consultório do psiquiatra Marcos Zaleski, em Florianópolis, especialista em dependência química pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e mestre em Psicofarmacologia no Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
— Não sei se tenho alguma doença. Insônia, sim. Uma colega de trabalho me deu Rivotril e foi ótimo.
O espaço é o balcão de uma loja no Bairro Kobrasol, em São José, na Grande Florianópolis. A atendente conta que a medicação devolveu-lhe a sensação de relaxamento, pois, mesmo depois de horas no MSN (programa de conversa simultânea pela internet) rolava na cama e não conseguia dormir. Como a caixinha do remédio terminou, foi consultar com a mesma médica da amiga. Argumentou problemas pessoais, em família e no trabalho. Conseguiu o que queria:
— A médica perguntou se eu já havia tomado algum remédio. Disse que não, mas que minha tia tomava Rivotril e que todo mundo notava melhoras nela.
No bairro Prainha, em Florianópolis, o assunto é parecido:
— Os filhos crescem e a gente não descansa enquanto não voltam para a casa. Só mesmo com calmante para se aquietar — conta a mulher, que toma a medicação receitada por uma médica do SUS.
Rivotril é o remédio da moda. Um tranquilizante do grupo dos benzodiazepínicos, usado para controlar a ansiedade. Está na ponta da língua de pessoas que utilizam algum medicamento tarja preta. Precisem deles ou não. Uma pesquisa do Ministério da Saúde aponta que o Rivotril é o segundo medicamento mais vendido no Brasil. A Secretaria de Estado da Saúde não tem levantamento sobre o consumo dos remédios com tarja preta no Estado. O órgão repassa valores de acordo com as exigências dos municípios, por meio da Assistência de Saúde Básica, e cada um tem autonomia para a compra dos medicamentos. Com mais de 20 anos de experiência no ramo, o médico Marcos Zaleski reclama:
— O profissional se pergunta o que está fazendo ali. O paciente acha que sabe o que tem e vem de casa com o nome da medicação.
Inversão de papéis, onde o médico deveria primeiro ouvir o paciente para depois dar o diagnóstico e recomendar o tratamento, é cada vez mais comum. Repete-se do consultório sofisticado ao centro de saúde da periferia. Na antessala do consultório ou na fila do SUS, outra conclusão: o paciente também se apoderou de expressões antes restritas à classe médica. Não importa se tem o curso superior ou séries primárias. O vocabulário inclui termos como fobias, ansiedade, pânico, déficit de atenção e transtornos mentais. A questão tornou-se mais evidente a partir dos anos 1990, quando os assuntos do cérebro romperam as barreiras científicas. Exames como ressonância magnética começaram a alimentar os pacientes com novas informações. A medicina mostrou às pessoas o que estava dentro de sua caixola. Fez mais: explicou a elas o efeito que determinada droga causa em algumas regiões do cérebro.
Houve outras mudanças. O modelo antes chamado simplesmente de loucura, passou a ser visto de forma diferente, como doença mental. Até os anos 1980, o psiquiatra era visto quase como um não-médico. Hoje, é comum um vestibulando dizer que fará Medicina para se dedicar à psiquiatria. É bom que façam isso. Previsões da Organização Mundial da Saúde indicam que a depressão, por exemplo, afeta 120 milhões de pessoas no mundo. É considerada a quarta enfermidade mais incapacitante. Um estudo feito em 1996 indicou que, em 2020, será a segunda doença entre a população, perdendo, apenas, para doenças isquêmicas do coração.
Mas não dá para esquecer de Paracelso. Médico e alquimista suíço, Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim avisou: a dose certa diferencia um veneno de um remédio. Já a psiquiatra Letícia Maria Furlanetto, professora no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina, sugere cautela:
— A questão nem é tanto a dose. Mas que exista um profissional para receitar, acompanhar e suspender o uso quando necessário. Fora disso, diz, a banalização é um demônio.
O que são as tarjas
* Tarja preta: informa que o medicamento é de alto risco, não pode ser consumido sem prescrição médica. A venda deste tipo de medicamento deve ser obrigatoriamente com a apresentação da receita médica.
* Tarja vermelha: de menor risco, embora também seja vendido apenas com receita médica. Não representa risco de vida, mas apenas de efeitos colaterais.
* Sem tarja: pode ser vendido sem a apresentação da receita médica, mas o consumidor deve manter os cuidados recomendados para os demais medicamentos.
A escalada do ansiolítico no Brasil
Em 1998, o ansiolítico da época, o Lexotan, estava em sexto no ranking dos mais vendidos. Dez anos depois, o Rivotril aparece em segundo lugar.
1998
1 - Cataflam (analgésico e anti-inflamatório)
2 - Novalgina (analgésico e antitérmico)
3 - Hipoglós (pomada contra assaduras)
4 - Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
5 - Voltaren (antirreumático, anti-inflamatório e analgésico)
6 - Lexotan (ansiolítico)
7 - Redoxon (vitamina C)
8 - Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
9 - Sorine (descongestionante nasal)
10 - Vick Vaporub (unguento descongestionante)
2004
1 - Microvlar (anticoncepcional)
2 - Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
3 - Hipoglós (pomada contra assaduras)
4 - Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
5 - Novalgina (analgésico e antitérmico)
6 - Rivotril (ansiolítico e anticonvulsivante)
7 - Tylenol (analgésico e antitérmico)
8 - Cataflam (analgésico e anti-inflamatório)
9 - Neovlar (anticoncepcional)
10 - Luftal (antigases)
2008
1 - Microvlar (anticoncepcional)
2 - Rivotril (ansiolítico e anticonvulsivante)
3 - Puran T4 (hormônio tireoidiano)
4 - Hipoglós (pomada contra assaduras)
5 - Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
6 - Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
7 - Salonpas (analgésico e anti-inflamatório)
8 - Tylenol (analgésico e antitérmico)
9 - Novalgina (analgésico e anti-inflamatório)
10 - Ciclo 21 (anticoncepcional )
Fonte: Ministério da Saúde

sábado, 28 de novembro de 2009

A morte lenta do cigarro

Uma interessantíssima reportagem sobre a agonia do cigarro nos países ocidentais - a morte lenta do cigarro. Vale a pena conferir toda a trajetória do apogeu à queda deste grande vilão da humanidade, principalmente quando se lê uma frase lapidar do epidemiologista Thomas Frieden, chefe do CDC em Atlanta. Em 2002, Thomas disse que o maior problema de Nova York era o cigarro. Lembrado de que, pouco antes, Nova York sofrera um atentado terrorista que matara 3000 pessoas, respondeu: "O cigarro mata mais".
Veja a reportagem e a entrevista de Frieden em:

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Brasil terá quase meio milhão de novos casos de câncer em 2010

O Brasil terá cerca de 489.270 novos casos de câncer no próximo ano, afirmou nesta terça-feira o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o Instituto, os tipos mais comuns no país serão o de pele não melanoma, próstata e mama feminina. Os dados fazem parte da estimativa produzida uma vez a cada dois anos.
O levantamento aponta que serão as mulheres as mais afetadas, respondendo por 52% dos novos casos (cerca de 253.000), enquanto os homens serão responsáveis por 48% do casos (236.000). Os tipos mais comuns de câncer entre elas serão de mama, colo de útero, cólon e reto. Já entre eles, o de próstata será o tumor mais incidente.
Ainda de acordo com o estudo, as mulheres que vivem nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo terão risco maior de desenvolver câncer de mama, enquanto as do Amazonas e Tocantins serão mais vulneráveis ao de colo de útero. O câncer de pulmão será mais incidente entre as pacientes do Rio Grande do Sul, e o de estômago, do Ceará.
Entre a população masculina, os que vivem no Rio Grande do Sul serão os que apresentarão mais casos de câncer de próstata e pulmão, enquanto o câncer de estômago será mais incidente entre os moradores do Ceará.
Os dados utilizados para o cálculo têm como base o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, e os Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). A pesquisa foi feita em 20 cidades brasileiras. De acordo com o Instituto, a estimativa atual não pode ser comparada às anteriores, porque reflete um contexto que se modifica ao longo do tempo.
O crescimento no número de casos de câncer está diretamente ligado ao envelhecimento da população, em todo o mundo. Contudo, alguns hábitos da população potencializam o desenvolvimento da doença, como o consumo de álcool e o sedentarismo.
O Inca ressalta que o controle do tabagismo poderia evitar cerca de 30% dos novos casos de câncer previstos para o Brasil no próximo ano. Já uma alimentação saudável poderia evitar 35% de tumores, enquanto 10% das doenças que atingem a pele não aconteceriam se fossem adotadas medidas de proteção à radiação solar.

Flash Beck

A XXI Turma de Medicina e a Profª. Denise Viuniski da Nova Cruz convidam professores e alunos para a "Primeira Aula Homenagem de História da Medicina ao Professor Beck"!
Local: Auditório da Medicina
Data: 24 de novembro
Horário: 19h30min as 21h00min

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sócios da SBMFC receberão livros no CBMFC

Associados à Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) que participarem da 10ª edição do Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade (CBMFC) - a ser realizado entre os dias 3 e 6 de dezembro em Florianópolis, SC- serão contemplados com os livros “Estratégias da Medicina Preventiva”, de Geoffrey Rose, “Medicina centrada na pessoa”, escrito por Moira Stewart, Judith Belle Brown, W. Wayne Weston, Ian R. McWhinney, Carol L. McWillian e Thomas R. Freeman, e “Manual Medicina de Família e Comunidade”, de Ian R. McWhinney e Thomas Freeman.
Fonte: SBMFC News nº 36

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Percentual de fumantes cai 50% em 20 anos

O estudo Saúde Brasil 2008, divulgado nesta quinta-feira em Brasília pelo Ministério da Saúde, mostrou que o percentual de adultos fumantes caiu pela metade nas últimas duas décadas. Em 1989, nada menos que 31% dos brasileiros fumavam regularmente. Atualmente, esse número é 16,3%.
A queda é atribuída às campanhas de conscientização e às leis anti-fumo. “A queda no tabagismo é um motivo a se comemorar, principalmente porque já começou a se refletir na queda de mortes por doenças cardiovasculares”, afirma a coordenadora geral de Doenças e Agravos Não-transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta.
A contagem dos fumantes foi aferida pelo Vigitel, um sistema de inquérito por meio telefônico realizado nas 26 capitais e do Distrito Federal. O sistema monitora variáveis como o hábito de fumar, o consumo de bebidas alcoólicas, o excesso de peso, a obesidade, os hábitos alimentares, o sedentarismo e a morbidade referida, com diagnóstico prévio para diabetes e hipertensão arterial.
De acordo com o estudo, a morte por doenças cardiovasculares caiu 20% entre 1990 e 2006. Ainda assim, figuram no topo da lista de óbitos Brasil. Em 2006, 300 mil pessoas morreram de problemas do coração, quase 30% do total de óbitos daquele ano. As mortes especificamente por doenças cerebrovasculares tiveram redução ainda maior: 30,9% no mesmo período, quando passaram de 64,5 por 100 mil habitantes para 44,6 por 100 mil habitantes.

Gabarito da prova de MFC

1 - A
2 - B
3 - E
4 - B
5 - A
6 - A
7 - D
8 - B
9 - C
10 - D
11 - ========= (ou arqueadas com a convexidade para cima)
12 - F - V - V - V - F
13 - B
14 - C
15 - D
16 - D
17 - C
18 - Peças de amputação OU óbito fetal em gestação menor que 20 semanas ou feto menor que 500 g e 25 cm.
19 - E
20 - B

Boa sorte!!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Peixe-médico

O peixe médico (Garra rufa) é uma espécie de peixe utilizado com fins medicinais. Na Turquia foram criadas piscinas ao ar livre com peixes que se alimentam da pele de doentes com psoríase. O peixe consome apenas a pele morta ou afetada pela doença, deixando a pele saudável crescer normalmente. Ainda que este tratamento não cure a doença, apenas aliviando temporariamente os sintomas, os doentes repetem periodicamente os tratamentos. Registaram-se casos de cura completa da psoríase após alguns tratamentos, mas devido à natureza imprevisível da doença, fortemente influenciada por fatores endógenos, a cura é improvável.
A espécie tem habitat nas bacias dos rios das áreas setentrionais e centrais do Oriente Médio, nomeadamente os rios Jordão, Orontes, Tigre e Eufrates. Também em rios e lagoas da Turquia e norte da Síria. A sua exploração comercial é protegida por lei na Turquia, devido a recear-se uma captura excessiva para exportação. Os Garra rufa podem ser criados num aquário doméstico; ainda que não seja um peixe para principiantes, é bastante robusto. Para tratamento de doenças de pele, as espécimes de aquário não serão as mais adequadas, pois o seu comportamento de se alimentarem de pele manifesta-se apenas em condições de alimentação escassa e irregular.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Bocejo contagia por ativar área do cérebro responsável pela empatia

O ato de bocejar está associado à habilidade das pessoas de demonstrarem empatia entre elas e por isso seria contagioso, diz uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Birkbeck, em Londres. A pesquisa foi realizada com 24 crianças portadoras de transtornos autistas e outras 25 que não apresentavam o quadro clínico. Os pesquisadores observaram que crianças com autismo bocejaram menos do que as outras ao assistirem vídeos em que adultos aparecem bocejando.Segundo os especialistas, isso aconteceria porque o bocejo "contagioso" e a empatia entre as pessoas têm mecanismos neurológicos semelhantes, e o autismo é uma desordem que afeta seriamente a interação social e o desenvolvimento da habilidade de comunicação dos indivíduos.
Quando bocejamos, despertamos no outro estímulos que vão direta e inconscientemente a área do cérebro responsável pela empatia e afinidade, o que explica tais resultados. Se o bocejo é relacionado à capacidade de transmitir empatia, então é possível que os indivíduos com autismo, cuja demonstração de empatia é prejudicada pelo problema, demonstrem os sintomas da doença ao não se contagiarem pelo bocejar dos outros. Alguns especialistas sustentaram a ideia de que o bocejo contagioso funciona como um simples reflexo, porém, para os pesquisadores, os resultados da pesquisa confirma as previsões da teoria da empatia ao revelar que indivíduos com desenvolvimento atípico do relacionamento com os outros não se contagiam pelo bocejo das outras pessoas.

domingo, 15 de novembro de 2009

Paul Broca

Paul Pierre Broca (Sainte-Foy-la-Grande, 28 de junho de 1824 — Paris, 9 de julho de 1880) foi um cientista, médico, anatomista e antropólogo francês.
Aos 17 anos entrou na escola médica e obteve o seu diploma aos 20, a idade quando seus contemporâneos estão apenas começando seus estudos médicos. Broca estudou medicina em Paris; logo se tornou professor de Patologia cirúrgica da Universidade de Paris e um renomado pesquisador médico em diversas áreas. Mas o que lhe confere o seu lugar na história da medicina é a sua descoberta do "centro de uso da palavra" no cérebro (agora conhecida como a área de Broca), na região do lobo frontal à esquerda. Esta descoberta é fruto de seus estudos sobre os cérebros dos pacientes com afasia, particularmente o cérebro do seu primeiro paciente no Hospital Bicêtre, Leborgne, apelidado de "Tan", devido à sua incapacidade de falar claramente qualquer outra expressão além de "tan". Em 1861, através de necrópsia, Broca determinou que Tan tinha uma lesão provocada pela sífilis no hemisfério cerebral esquerdo, mais especificamente num ponto do lobo frontal reconhecidamente importante para a reprodução da fala.
Broca é também um pioneiro em antropologia física. Ele fundou a Sociedade antropológica, em 1859, a Revue d'Anthropologie em 1872, e da Escola de Antropologia, em Paris, em 1876. Outra área em que trabalhou Broca é a anatomia comparativa dos primatas. Ele descreveu pela primeira vez trepanações que remontam ao Neolítico. Era muito interessado nas relações entre a anatomia do crânio e do cérebro e as habilidades mentais e inteligência.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Prazo para as inscrições on-line no CBMFC termina hoje

Terminam nesta sexta-feira, 13 de novembro, as inscrições on-line para o 10º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade (CBMFC), a ser realizado de 3 a 6 de dezembro em Florianópolis, Santa Catarina. Até a data limite, os associados à Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) quites com a mensalidade pagarão R$ 380,00. No local do Encontro, os sócios pagarão R$ 530,00. Informe-se pelo site www.sbmfc.org.br/congresso2009/.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Atenção - oportunidade de emprego

A Secretaria de Saúde de Brusque - SC está contratando médicos, em caráter emergencial, para atuação na área de ESF (40 horas) e Clínica Geral (20 horas), além da possibilidade de realização de plantões no pronto-atendimento municipal. Os salários giram em torno de R$ 7.500,00 para ESF e R$ 3.700,00 para 20 horas.
Interessados devem procurar entrar em contato com Kelly ou Sani, através do telefone (47) 3251-1818.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bebês de mães fumantes sofrem mais com cólicas severas

Mães que fumam podem causar cólicas fortes em seus bebês, garante um estudo publicado no Archives of Disease in Childhood. A pesquisa, feita com mais de três mil famílias e coordenada por pesquisadores da Organização Australiana de Pesquisa Científica Aplicada, mostrou uma relação entre a cólica dos bebês e o fumo.
Filhos de mães fumantes, segundo o estudo, costumam chorar mais de três horas por dia, mais de três vezes na semana, e têm duas vezes mais cólicas que os filhos de não-fumantes. O motivo do sofrimento dos pequenos é a cotinina, uma substância presenta na nicotina que é eliminada no leite materno. A incidência de cólicas severas, indica é pesquisa, é proporcional à quantidade de cotinina no leite da mãe. Estudos indicam que o cigarro também é responsável por alergias, problemas respiratórios e baixa imunidade, além de aumentar o risco de morte súbita no primeiro ano de vida da criança.

Como surgiram os nomes dos meses do ano?

Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano em períodos nomeados de acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. De acordo com alguns pensadores, como Plutarco (45-125), no princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (atual março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompílio, o segundo rei de Roma, que governou por volta de 700 a.C. Os romanos não davam nome apenas para os meses, mas também para alguns dias especiais. O primeiro de cada mês se chamava Calendae e significava "dia de pagar as contas" - daí a origem da palavra calendário, "livro de contas". Idus marcava o meio do mês, e Nonae correspondia ao nono dia antes de Idus. E essa era apenas uma das diversas confusões da folhinha romana.
Até Júlio César (100 a.C.-46 a.C.) reformar o calendário local, os meses eram lunares (sincronizados com o movimento da lua, como hoje acontece em países muçulmanos), mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações. O descompasso, de dez dias por ano, fazia com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, o Intercalaris, tivesse que ser enxertado.
Com a ajuda de matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte calendário solar: Januarius, Februarius, Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. Quase igual ao nosso, com as diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem ao meses de julho e agosto. Quando e como isso aconteceu, você descobre lendo o quadro abaixo.
Folhinha milenar
Divisão do ano é basicamente a mesma há 20 séculos:
Janeiro
Januarius era uma homenagem ao deus Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão. Seu nome vem daí: ianitor quer dizer porteiro, aquele que comanda as portas dos ciclos de tempo.
Fevereiro
O nome se referia a um rito de purificação, que em latim se chamava februa. Logo, Februarius era o mês de realizar essa cerimônia. Nesse período, os romanos faziam oferendas e sacrifícios de animais aos deuses do panteão, para que a primavera vindoura trouxesse bonança.Por que 28 dias?Até 27 a.C., fevereiro tinha 29 dias. Quando o Senado criou o mês de agosto para homenagear Augusto, surgiu um problema: julho, o mês de Júlio César, tinha 31 dias, e o do imperador, só 30. Então o Senado tirou mais um dia de fevereiro.
Março
Dedicado a Marte, o deus da guerra. A homenagem, porém, tinha outra motivação, bem menos beligerante. Como Marte também regia a geração da vida, Martius era o mês da semeadura nos campos.
Abril
Pode ter surgido para celebrar a deusa do amor, Vênus. Na primeiro dia do mês, as mulheres dançavam com coroas de flores. Outra hipótese é a de que Aprilis tenha se originado de aperio, "abrir" em latim. Seria a época do desabrochar da primavera.
Maio
Homenagem a Maia, uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Por esse motivo, segundo escreveu Ovídio na obra Fastos, Maius era chamado de "o mês do conhecimento".
Junho
Faz alusão a Juno, a esposa de Júpiter. Se havia uma entidade poderosa no panteão romano, era ela, a guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres.
Julho
Chamava-se Quinctilis e era simplesmente o nome do quinto mês do antigo calendário romano. Até que, em 44 a.C. o Senado romano mudou o nome para Julius, em homenagem a Júlio César.
Agosto
Antes era Sextilis, "o sexto mês". De acordo com o historiador Suetônio, o nome Augustus foi adotado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano, César Augusto (63 a.C.-14 d.C.).
Setembro a dezembro
Para os últimos quatro meses do ano, a explicação é simples: setembro vem de Septem, que em latim significa "sete". Era, portanto, o sétimo mês do calendário antigo. A mesma lógica se repete até o fim do ano. Outubro veio de October (oitavo mês, de octo), novembro de November (nono mês, de novem, e data do Ludi Plebeii, um festival em homenagem a Júpiter) e dezembro de December (décimo mês, de decem).
E o ano bissexto?
Dia extra a cada quatro anos corrige distorção. Ao adotar o calendário solar, em 44 a.C., Júlio César criou o ano de 365 dias e um quarto. Por causa dessa diferença, a cada quatro anos era necessário atualizar as horas acumuladas com um dia extra. O problema do calendário juliano é que, na verdade, um ano tem 11 minutos e 14 segundos a menos do que se estimava. Por isso, em 1582, o papa Gregório XIII (1502-1585) anulou dez dias do calendário e determinou que, dos anos terminados em 00, só seriam bissextos os divisíveis por 400. E o nome "bissexto" tem uma explicação curiosa: em Roma, celebrava-se o dia extra no sexto dia de março, que era contado duas vezes.

domingo, 8 de novembro de 2009

Osvaldo Cruz

Osvaldo Gonçalves Cruz (São Luís do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz, respeitado internacionalmente.
Filho de cariocas, nasceu no interior de São Paulo. Aos 5 anos de idade acompanhou a família em seu retorno ao Rio de Janeiro. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, formando-se em 1892. Em 1896, estagiou no Instituto Pasteur, em Paris, onde foi discípulo de Émile Roux, seu diretor na época. Voltou ao Brasil em 1899 e organizou o combate ao surto de peste bubônica registrado em Santos (SP) e em outras cidades portuárias brasileiras. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soro adequado. Como a importação era demorada à época, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo. Foi então criado o Instituto Soroterápico Federal (1900), cuja direção assumiu em 1902. Como Diretor-geral da Saúde Pública (1903), coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola, no Rio de Janeiro. Organizou os batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu o presidente Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada, o que ficou conhecido como Revolta da Vacina.
Premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, realizado em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909). Dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Em 1916, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis. Doente, faleceu um ano depois, não tendo completado o seu mandato.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Inscrições para seleção ao curso de doutorado em Bioética, no CFM, vão até sexta-feira

Os interessados em concorrer a uma das vagas do curso de Doutorado em Bioética, promovido pela Universidade do Porto e organizado pelo Conselho Federal de Medicina, têm até sexta-feira (6), para se candidatar. Serão oferecidas vinte vagas para médicos, além de cinco para advogados e outras cinco para filósofos. O início das aulas está previsto para a segunda semana de janeiro de 2010, com cinco módulos mensais de aulas presenciais. Cada um deles terá duração de uma semana e as aulas ocorrerão na sede do CFM, em Brasília – DF, em datas a serem definidas.
Para concorrer, o interessado deverá apresentar curriculum vitae resumido e monografia de, no mínimo, 5 páginas sobre os temas divulgados no Portal Médico e listados abaixo. Eles deverão ser enviados à Presidência do CFM pelo e-mail presidencia@cfm.org.br. As monografias deverão ser escritas em formato A4, letra 11, espaçamento 1,5 e margens de laterais e superiores de 2,5 cm. O trabalho deverá ter, pelo menos, 5 laudas de texto, não inclusas folha de rosto e bibliografia, e, no máximo, 10. As referências bibliográficas deverão obedecer às normas da ABNT.
As monografias deverão ser desenvolvidas sobre os seguintes temas:
1. A confidencialidade médica e o paciente adolescente
2. A autonomia do paciente versus a autonomia do médico
3. Alocação de recursos na saúde
4. Conflitos de interesse
5. Bioética e a terminalidade da vida
6. Cuidados paliativos e os princípios bioéticos
7. Maternidade de substituição (barriga de aluguel)
8. Clonagem terapêutica: os limites éticos
9. Doador encomendado: bebês gerados para doação de órgãos ou tecidos
10. O(A) doador(a) anônimo(a) de sêmem/óvulo: anonimato versus o direito à informação do receptor.
11. Diagnóstico pré-natal e o aborto eugênico
12. Contracepção de emergência
13. A utilização de óvulos/sêmem post-mortem
14. O utilitarismo na gestão da saúde
15. Consentimento informado na atenção médica
Custo
O curso está orçado em 2.500 euros, que deverão ser pagos pelo aluno, assim como as despesas com deslocamento para Brasília, compra de livros, etc.
Informações adicionais poderão ser solicitadas por correspondência eletrônica, enviada para o endereço presidencia@cfm.org.br, ou pelo telefone (61) 3445 5904.
Fonte: Twitter CFM

terça-feira, 3 de novembro de 2009

10º CBMFC vale pontos pela CNA

O 10º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade (CBMFC) somará pontos pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA). Cada especialidade receberá respectivamente: Medicina de Família e Comunidade 20 pontos, Ginecologia e Obstretrícia um, Clínica Médica cinco, Pediatria seis, enquanto Medicina Preventiva e Social e Psiquiatria 10. Serão encaminhados para acreditação os nomes titulados após 2006.
Fonte: SBMFC News nº 34

domingo, 1 de novembro de 2009

2 de Novembro - Dia de Finados

O Dia dos Fiéis Defuntos, Dia dos Mortos ou Dia de Finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos. Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.
Nossos respeitos e orações a todos os entes queridos que se foram, deixando saudades e marcas profundas em nossas mentes e corações.